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Aula 2 e 3 Imuno Micro Bioq

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EXAMES 
LABORATORIAIS
Hematologia,Imunologia.
Microbiologia,Bioquímica.
Prof. Larissa Perez Pardo
Hematologia
• É o estudo das células sanguíneas e dos 
processos de coagulação.
• Qualquer alteração em um dos componentes 
correspondem a doença hematológica.
• COMPOSIÇÃO DO SANGUE : células brancas 
(leucócitos - granulócitos, linfócitos, monócitos, 
eosinófilos e basófilos), células vermelhas 
(eritrócitos) e plaquetas (trombócitos).
Imunologia
Imunologia
¢Estuda o sistema imunitário (ou imunológico).
¢Ele lida, entre outras coisas, com o funcionamento
fisiológico do sistema imune de um indivíduo no
estado sadio ou não, mal funcionamento do
sistema imune em casos de doenças imunológicas
(doenças autoimunes, hipersensitividade,
deficiência imune rejeição pós enxerto);
¢É a pesquisa de anticorpos contra antígenos de
determinada doença.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%25C3%25A1rio
Imunologia
• Pesquisa-se principalmente os
diagnósticos de doenças auto-imune ou
infecciosas.
• O que proporciona a equipe um dado
importante no tratamento do paciente.
Imunologia
• Imunoglobulina G (IgG)
– É um anticorpo. É uma imunoglobulina
monomérica simples que corresponde a 80% das
imunoglobulinas do organismo. Esta igualmente
distribuída nos compartimentos extracelulares e
é a única que atravessa a placenta. É o anticorpo
principal nas resposta imunes secundárias.
– É o que chamados de “imunoglobulina de
memória”, ou seja, o indivíduo teve contato com
a doença, desenvolveu anticorpos e agora não
se encontra doente. Ex: Vacina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anticorpo
Imunologia
• Imunoglobulina M (IgM) é um anticorpo.
Corresponde a aproximadamente 10% do conjunto de
imunoglobulinas.
• A IgM é encontrada principalmente no intravascular,
sendo uma classe de anticorpos "precoces" (são
produzidas agudamente nas fases agudas iniciais das
doenças que desencadeiam uma resposta).
• Ou seja, quando presentes, significa que o indivíduo
está contaminado e com determinada doença.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Anticorpo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%25C3%25A7a
Microbiologia
• Microbiologia é o ramo da biologia que
estuda os microrganismos, incluindo
eucariontes unicelulares e procariontes,
como as bactérias, fungos e vírus.
Atualmente, a maioria dos trabalhos em
microbiologia é feita com métodos de
bioquímica e genética. Também é
relacionada com a patologia, já que
muitos organismos são patogênicos.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Biologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Microrganismo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eukaryota
http://pt.wikipedia.org/wiki/Unicelular
http://pt.wikipedia.org/wiki/Procarionte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bact%25C3%25A9ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fungi
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%25C3%25ADrus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bioqu%25C3%25ADmica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%25C3%25A9tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Patologia
Bioquímica
• Bioquímica é a ciência que estuda os
processos químicos que ocorrem nos
organismos vivos. Trata da estrutura e função
metabólica de componentes celulares como
proteínas, carboidratos, Na, K, lipídeos,
glicemia, Ur, Cr, colesterol, triglicérides,
transaminases, albumina, Ca total e iônico,
• Em algumas situações esses parâmetros são
relevantes para detecção de certos
diagnósticos.
Preparo para a coleta
• Como selecionar o material?
• Realização de exames sorológicos, bioquímicos,
hemograma, glicemia e testes de coagulação
Cor da tampa Anticoagulante Teste 
Vermelha Nenhum Sorologias e 
bioquímicos
Roxa EDTA Hemograma 
Cinza Fluoreto e oxalato Glicemia 
Verde Heparina Tempo de 
coagulação
Azul Citrato Tempo de 
coagulação
CONSIDERAÇÕES DE 
SEGURANÇA
• Utilizar barreiras de proteção
• Toda a amostra deve ser tratada como potencial
patogênica
• Usar frascos e meio de transporte apropriados
• Não manusear amostra em trânsito
• As amostras deverão ser transportadas em sacos
plásticos fechados
• O profissional que transporta o material deverá
utilizar luvas de procedimento
Coleta de sangue
Coleta de sangue
• Princípios gerais:
– Verificar os exames e separar os tubos 
correspondentes;
– Identificar o paciente e perguntar o nome completo;
– Verificar se o paciente esta em condições adequadas 
para a coleta, principalmente sobre o jejum;
– Informar ao paciente como a coleta será realizada;
– Posicionar o mesmo de forma confortável;
– Solicitar que abra e feche a mão para que as veias 
se tornem mais palpáveis;
– Escolher a veia, verificar o calibre e eleger o 
dispositivo de coleta de tamanho compatível;
– Realizar antissepsia da pele com algodão embebido 
em álcool a 70% realizando movimentos circulares 
de dentro para fora.
Coleta de sangue
• Princípios gerais:
– Aplique o torniquete a no mínimo 10 cm do local de 
punção e deixe por no máximo 1 minuto;
– Insira a agulha de forma suave e rápida, se usar a 
seringa puxar o êmbolo delicadamente, se for coleta 
a vácuo posicione o tubo e aguarde o seu 
enchimento ;
– Após a coleta, libere o torniquete;
– Retire a agulha e exerça pressão no local utilizando 
um algodão seco;
– Se a coleta for com seringa transfira o sangue para 
os tubos, iniciando por aqueles que contenham 
anticoagulante;
– Nos tubos com anticoagulante movimente-os 
lentamente para misturas com o sangue – NÃO 
AGITE.
Coleta de sangue
• Princípios gerais:
– Descarte a agulha;
– Mantenha-se atento para o estado geral 
do paciente;
– Encaminhar assim que possível as 
amostra para o laboratório.
Coleta com Vacutainer
Coleta com Vacutainer
Coleta com Vacutainer
Coleta com Vacutainer
Coleta em pediatria
Scalp com vacutainer
Scalp ou 
cateter 
agulhado
Descarte
COMPOSIÇÃO DO SANGUE
• Uma pessoa média tem aproximadamente 5 litros de
sangue circulante.
• As células sanguíneas são produzidas na medula óssea e
representam as parte “sólida” do sangue.
• As células sanguíneas são classificadas como:
- brancas (leucócitos). Os leucócitos ainda são classificados
como granulócitos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e
basófilos.
- células vermelhas (eritrócitos)
- plaquetas (trombócitos).
HEMOGRAMA
• É um teste de rastreamento básico.
• Os achados fornecem informações diagnósticas
úteis sobre o sistema hematológico e outros
sistemas orgânicos, prognóstico, resposta ao
tratamento e recuperação.
• Coagulação sanguínea: É também através do
HMG que verificamos a coagulação sanguínea
com a contagem de plaquetas.
Hemograma
• Dividido em três partes:
1. Eritrograma:
• Avalia a contagem global de hemácias ou glóbulos
vermelhos e ainda as características morfológicas das
mesmas.
2. Leucograma:
• Refere-se à contagem do número de leucócitos por
milímetro cúbico e sua contagem diferencial, ou seja , o
percentual de cada célula da série branca.
3. Plaquetograma:
• Avaliação quantitativa do número de plaquetas e suas
alterações quanto ao tamanho.
Hemograma 
• Preparo do paciente : não é necessário jejum.
• Tipo de coleta : tubo com tampa roxa (anti-
coagulante : EDTA)
HEMOGRAMA
• Plaquetas
• Leucócitos
• Hemácias
• Hemoglobina
• Hematócrito
• Índices de hemácias
Hemograma completo inclui a contagem de leucócitos
Contagem de: 
ERITROGRAMA
• A principal função da hemácia é transportar oxigênio
dos pulmões para os tecidos corporais e transferir
dióxido de carbono dos tecidos para os pulmões
• Esse processo é atingido por meio da Hb nas
hemácias, que se combina facilmente com o oxigênio
e o dióxido de carbono.
ERITROGRAMA
INDICAÇÃO
• Diagnóstico de anemias e eritrocitoses
PROCEDIMENTO
• Colher 5 ml de sangue venoso em tubo 
anticoagulado com EDTA
ERITROGRAMA
INTERPRETAÇÃO
Número de eritrócitos
• A diminuição deste número chama-se eritrocitopenia
Hemoglobina
• Sua diminuição também representa anemia
Hematócrito
• É a proporção do volume de uma amostra de sangue ocupada 
por eritrócitos
• Ajuda na estimativa da anemia, é usado como parâmetro 
preferido nas técnicas de hemodiluição
HEMATÓCRITO
• A palavra hematócritosignifica “separar o sangue”, o
que explica o mecanismo do teste, porque o plasma e
as células do sangue são separados por centrifugação.
• Este teste mede indiretamente a massa de hemácias.
• É uma medida importante na determinação de
anemia ou policetemia.
HEMATÓCRITO
• Pessoas que vivem em grandes altitudes possuem Ht 
elevados, o mesmo acontecendo quanto a Hb
• A desidratação intensa eleva falsamente o Ht
HEMOGLOBINA
• Principal componente dos eritrócitos. Serve como veículo
para o transporte de oxigênio e dióxido de carbono.
• A capacidade de combinação do oxigênio do sangue é
diretamente proporcional à concentração de hemoglobina e
não ao número de hemácias, porque algumas hemácias
contém mais hemoglobina que outras.
• A determinação da Hb é usada para rastreamento da doença
associada à anemia, para determinar a intensidade da anemia,
para monitorizar a resposta ao tratamento e para avaliar a
policetemia.
Diferença de hemoglobina e 
hemácias
§ Hemácia é a célula que contém as hemoglobinas,
que são proteínas que transportam o oxigênio.
§ A hemoglobina possui moléculas de Ferro, que
quando se ligam com o oxigênio oxidam, ficando
com a cor vermelha particularidade (cor de
ferrugem!)
ERITROGRAMA
Homens Mulheres
Eritrócitos
(/mm3)
5,3 ± 0,8 4,7 ± 0,7
Hb (g/dl) 15,3 ± 2,5 13,6 ± 2,5
Ht (%) 46 ± 7 41 ± 6
ERITROGRAMA
Os valores podem estar diminuídos em :
• Anemias ferropênicas
• Talassemias
• Deficiência de vitamina B12
• Anemias hemorrágicas
• Anemias hemolíticas (causas imunológicas, infeccciosas 
eparasitárias)
• Alcoolismo
• SIDA
• Deficiência de eritropoietina (IRC, hipotireoidismo, doenças 
inflamatórias crônicas)
ERITROGRAMA
Os valores podem estar aumentados (eritrocitose) em :
• Na hemoconcentração secundária a desidratação
• Intoxicação por CO em altas altitudes
• Doença pulmonar
Eritrograma
• Outras doenças sanguíneas que 
envolvem as hemácias: 
– Anemias ferropriva: há uma queda na produção de Hb.
– Anemia falciforme: hemácias em forma de foice.
– Anemia perniciosa: Doença auto imune caracterizada pela falta do 
fator intrínseco necessário para absorção da Vit B12 da dieta.
Análise morfológica
Normal
Em foice
Em forma de 
lágrima ou gota
Hemograma - eritrograma
• Análise da série vermelha ou eritrocitária
– Índices hematimétricos:
– Estes fornecem informações adicionais sobre as 
hemácias e auxiliam na caracterização dos quadros 
anêmicos. São eles:
• VCM (volume corpuscular médio)- índice do volume das 
hemácias
• HCM (hemoglobina corpuscular média) e CHCM 
(concentração de hemoglobina corpuscular média) – índices 
de cor das hemácias
• RDW (red cell distibution width) – avaliação do tamanho das 
hemácias.
PLAQUETAS
INDICAÇÃO
• Dirigida para distúrbios de coagulação sugeridos pela 
anamnese e pelo exame físico.
VALORES NORMAIS
• 140.000 a 360.000 /µl
PLAQUETAS
Costuma haver sangramento 
espontâneo quando as plaquetas 
estão abaixo de 20.000
PLAQUETAS
• Os valores podem estar aumentados em:
• Doenças mieloproliferativas (leucemia)
• Doenças inflamatórias crônicas
• Resposta a drogas: vincristina
• Os valores podem estar diminuídos em:
• Anemia aplásica
• Neoplasia metastáticas
• Uso de certas drogas (salicilatos, heparina, digitálicos, etc)
• Doença autoimunes
• Doenças infecciosas
Hemograma - Avaliação das plaquetas
– Tempo de sangramento (TS)
• Faz-se um pequeno furo com uma lanceta no lobo
da orelha ou no antebraço e marque-se o tempo
até que o sangramento cesse.
• É considerado normal até 7 minutos.
Hemograma- Coagulação sanguínea
• Tempo de sangramento (TS)
Hemograma - Coagulação sanguínea
• Avaliação das plaquetas
– Prova do laço
• A prova é considerada positiva quando 5 ou mais
petéquias surgem em um quadrado de 25cm² na
superfície do antebraço submetido à uma pressão
mantida por um manguito inflado no braço
(90mmHg) – 5 minutos;
• Doenças com fragilidade capilar como a dengue
hemorrágica causam resultados positivos.
Hemograma- Coagulação sanguínea
• Prova do laço
Hemograma- Coagulação sanguínea
• Avaliação das plaquetas - coagulograma
§ Agregação plaquetária
• Faz se a contagem do número de plaquetas a partir da
amostra de sangue coletada em um tubo de tampa azul
contendo citrato de sódio que impede a agregação.
• Após induz-se a agregação com agentes agregantes (como
adrenalina e colágeno).
Agregação 
plaquetária
TESTES DOS LEUCÓCITOS
• Os leucócitos combatem a infecção e defendem
o organismo através de um processo
denominado fagocitose.
• Produzem, transportam e distribuem anticorpos
como parte da resposta imune a uma substância
estranha (antígeno).
LEUCOGRAMA
INDICAÇÕES
• Diagnóstico e seguimento de processos 
infecciosos e inflamatórios
• Investigação de doenças hematológicas
LEUCOGRAMA
PROCEDIMENTO
• Obter uma amostra de 5 ml de sangue venoso 
anticoagulado com EDTA (tubo roxo)
Leucograma
Células 
Neutrófilos Tipo mais numeroso e importante na reação do corpo à 
inflamação através da fagocitose. Em seu estágio imaturo de 
desenvolvimento, são denominados bastões
Linfócitos São células móveis que migram para áreas de inflamação 
tanto na fase inicial quanto na fase final do processo. São 
fonte do imunoglobulinas séricas e da resposta imune celular. 
Todos os linfócitos são produzidos na medula óssea.
Eosinófilos Capazes de fagocitar, ingerem complexos antígeno-
anticorpos
Monócitos Estas células fagocíticas removem células lesadas e mortas, 
microorganismos e partículas insolúveis do sangue circulante
Basófilos Constituem uma pequena percentagem do número total de 
leucócitos e são considerados fagocíticos
Valores normais Observações 
Leucócitos 
totais
5.000 – 11.000/µl Leucocitose – valores acima de 11.000
Leucopenia – valores abaixo de 5.000
Neutrófilos 1.500– .500/µl
(40-70% do total 
leucócitos)
Incluem os bastões (0-5%) e os segmentados (40-70%)
Neutropenia – contagens abaixo de 2000 (1500 na raça negra)
Produção baixa ou quando é armazenado em grandes 
quantidades na periferia dos vasos
Neutrofilia – contagens acima de 7500 em resposta a 
organismos invasores e a células tumorais
Linfócitos 2.000 – 4.000/µl 
(20-50% do total 
leucócitos)
Linfocitose – valores acima de 5000
Linfopenia – valores abaixo de 1500
Eosinófilos 0-700/µl
(0 - 8% do total 
leucócitos)
A contagem tem leve variação diurna, com valores maiores 
ocorrendo no início da manhã, diminuindo com a elevação 
dos níveis endógenos de corticosteróides
Monócitos 100 – 1.000/µl
(2-10% )
Monocitose – contagens acima de 500
Basófilos 0 – 3%/µl
(40-70% )
Basofilia – ocorre com contagens acima de 200
Células Estas células combatem
Leucócitos Na maioria dos casos, contagens elevadas de leucócitos 
ocorrem como resposta de uma medula óssea normal e 
inflamações e infecções; leucocitose pode ocorrer por stress 
físico ou emocional
Neutrófilos Infecções piogênicas (bacterianas)
Linfócitos Sugestivos de infecções virais (sarampo, rubéola, varicela)
Eosinófilos Distúrbios alérgicos e infestações parasitárias
Monócitos Infecções graves. É mais tardia e permanece na 
convalescença
Basófilos Infecções parasitárias, alguns distúrbios alérgicos
Estuda inflamação crônica
Leucograma
• A contagem pode aumentar ou diminuir na presença de
doenças, e diminuir em estresse e alcoolismo.
• O aumento dos leucócitos indica infecção.
– Neutrófilos: defesa contra bactéria.
– Linfócitos: defesa contra vírus.
– Eosinófilos: ocorre nas infestações por parasitoses e em
processos alérgicos.
– Basófilos: leucemias.
– Monócitos: endocardite, hepatite.
CUIDADOS PRÉ -TESTE
• Evitar o estresse, pois o estado fisiológico alterado 
influencia e modifica os valores do hemograma normal
• A desidratação ou a hiperidratação pode alterar 
drasticamente os valores; por exemplo, grandes 
volumes de líquidos IV podem “diluir” o sangue, e os 
valores apresentar-se-ão como contagens menores
• Não é necessário jejum. Entretanto, refeições ricas em 
gorduras podem alterar resultados de alguns examesCUIDADOS PÓS -TESTE
• Aplicar pressão manual e curativos no local da 
punção após remover a agulha
• Monitorizar se houver sangramento ou 
formação de hematoma no local da punção
• Não é raro haver equimoses no local da punção. 
Os sinais de inflamação são incomuns e devem 
ser descritos
Mielograma
¢ É o estudo citomorfológico das células da medula 
óssea.
¢ Aplica-se anestesia local e punciona-se o osso 
esterno ou ilíaco e aspirando-se pequena 
quantidade de conteúdo.
¢ É utilizado para diagnósticos de neoplasias 
hematológicas e em síndromes mielodisplásicas, 
além de outros diagnósticos que podem ser feitos 
com esse exame. 
Mielograma
EXAMES BIOQUÍMICOS
Íons/Eletrólitos do plasma
• No plasma existem diversos eletrólitos 
positivos: 
– Na+, K+, Ca², Mg²
• E eletrólitos negativos: 
– Cl-, HCO3-, fosfatos e proteínas. 
“Os seus valores são mantidos em níveis 
relativamente constantes. 
Alterações aos valores normais podem 
indicar situações patológicas”.
Sódio (Na+)
• Principal íon do líquido extracelular.
• desempenha papel importante na distribuição de água 
corporal.
• Hipernatremia (excesso de Na+ plasmático)
– Ex: desidratação
• Hiponatremia (diminuição de Na+ plasmático)
– Ex: vômitos, diarréia.
• Valores de Referência : 135 a 145 mEq/L
• Preparo do Paciente : jejum de 8 a 10 horas
• Tipo de Coleta : tubo seco sem anti-coagulante
Potássio (K+)
• O potássio plasmático participa de grande número de 
processos bioquímicos da célula.
• O potássio elevado prejudica a capacidade de contração 
muscular, inclusive miocárdica.
• Hipercalemia (excesso de K+ plasmático)
– Ex: Insuficiência renal Aguda (IRA)
• Hipocalemia (diminuição de K+ plasmático)
– Ex: vômitos, uso excessivo de diuréticos
• Valores de Referência : 3.5 a 4.5 mEq/L
• Preparo do paciente : jejum de 8 a 10 horas
• Tipo de Coleta : tubo seco sem anti-coagulante. 
GLICEMIA
• A glicose é formada pela digestão de carboidratos e conversão 
do glicogênio em glicose pelo fígado.
• Os dois hormônios que regulam diretamente a glicose sanguínea 
são o glucagon e a insulina.
• O glucagon acelera a decomposição de glicogênio no fígado e 
causa elevação do nível sanguíneo de glicose.
• A insulina aumenta a permeabilidade da membrana celular à 
glicose, transporta glicose para o interior das células, estimula a 
formação de glicogênio e reduz os níveis sanguíneos de glicose
GLICEMIA
VALORES DE REFERÊNCIA
• Adultos: 60 a 100 mg/dl
• Níveis maiores ou iguais a 126 mg/dl, em 2 medidas, confirmam 
o diagnóstico de DM
• Níveis entre 101-125 mg/dl determinam intolerância à glicose
PROCEDIMENTO
• Colher uma amostra de 5 ml de sangue venoso da pessoa em 
jejum
• Em casos conhecidos de diabetes, a coleta deve preceder a 
administração de insulina ou hipoglicemiante oral
• Deve ser utilizado frasco de tampa cinza (com cloreto de sódio)
GLICEMIA – IMPLICAÇÕES 
CLÍNICAS
ELEVAÇÃO DO NÍVEL DE GLICOSE
• DM: glicose em jejum > 126 mg/dl
– Hiperglicemia indica Diabetes Mellitus tipo 1 ou Diabetes Mellitus
tipo 2.
DIMINUIÇÃO DO NÍVEL DE GLICOSE
– Hipoglicemia, se recorrente, a causa deve ser investigada 
(doença hepática, consumo de álcool).
GLICEMIA – INTERVENÇÕES
CUIDADOS PRÉ-TESTE
• Explicar o objetivo
• Do teste e procedimento de coleta da sangue
• Orientar jejum de 12 horas (pode consumir 
água)
• Instruir o paciente a adiar a administração de 
insulina ou hipoglicemiantes orais até a coleta do 
sangue
GLICEMIA – INTERVENÇÕES
CUIDADOS PÓS-TESTE
• Orientar o paciente a comer e beber após a 
coleta de sangue
• Aconselhar em relação à necessidade de 
modificações do estilo de vida (medicação, dieta, 
exercício, monitorização da glicose)
• Orientar quanto aos cuidados com pé diabético, 
se adequado
• Usar abordagem em equipe
Glicemia
• Teste de Tolerância a glicose (curva 
glicêmica)
– Consiste na administração, via oral, de 75g de glicose em solução 
aquosa a 25%.
– Fazer coletas seriadas de sangue nos intervalos de 0 a 120min, 
para dosagem da glicose.
“Nos critérios atuais, são considerados 
diabéticos pacientes que tiverem glicemia > 
200mg/dl 120min após a sobrecarga”.
“A curva glicêmica também é indicada para 
investigar diabetes gestacional”.
Glicemia
Cuidados para realização do “Teste de 
Tolerância a glicose”. 
• O paciente deve ingerir pelo menos 150g de carboidratos por dia, 
durante os 3 dias que antecedem a prova.
• Deve estar exercendo suas atividades físicas habituais e 
mantendo seu regime alimentar habitual, exceto pela adição de 
carboidratos.
• Não deve estar fazendo uso de medicação que sabidamente 
interfira no metabolismo da carboidrato.
• Deve permanecer em repouso durante o teste.
• A prova deve ser realizada pela manhã, com o paciente em jejum 
de 8 a 10horas.
Lipídeos
• Avaliado laboratorialmente pela determinação dos níveis séricos 
de:
– COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES
– TRIGLICÉRIDES
Frações de Colesterol (HDL e LDL):
• HDL (lipoproteínas de alta densidade)
– Transportam o colesterol dos tecidos periféricos para o fígado, 
onde pode ser transformado em sais biliares e eliminado.
• LDL (lipoproteínas de baixa densidade)
– Transportam o colesterol do fígado para outros tecidos. É o 
colesterol LDL que pode formar placas ateroscleróticas.
COLESTEROL TOTAL
• A dosagem de colesterol avalia o risco de 
aterosclerose
• O colesterol está relacionado com a doença 
coronariana e é um teste de rastreamento 
importante para a cardiopatia
• Também é utilizado para monitorizar a 
efetividade da dieta, alterações do estilo de vida
COLESTEROL TOTAL
VALORES DE REFERÊNCIA
• Nível desejável: 140 – 199 mg/dl
• Elevado limítrofe: 200 – 239 mg/dl
• Elevado: > 240 mg/dl
PROCEDIMENTO
• Colher 5 ml de sangue venoso
• É necessário jejum 
FATORES QUE INTERFEREM
• Os estrogênios reduzem os níveis plasmáticos de colesterol
• Algumas drogas aumentam ou diminuem os níveis de colesterol
COLESTEROL TOTAL
NIVEIS ELEVADOS
• Hipercolesterolemia 
• Doença hepatocelular
• Alcoolismo
• Dieta rica em colesterol e 
gorduras
NÍVEIS DIMINUÍDOS
• Doença hepatocelular 
grave
• Desnutrição
• Síndrome de má 
absorção
COLESTEROL –LIPOPROTEÍNA 
DE ALTA DENSIDADE (HDL)
• É uma classe de lipoproteína produzida pelo fígado e 
intestino
• Participa na produção de outras lipoproteínas e no 
transporte de colesterol dos tecidos periféricos para o 
fígado
• A HDL remove o colesterol das artérias
• É usada para avaliar o risco de doença coronariana 
monitorizar pessoas com baixo nível de HDL
COLESTEROL –LIPOPROTEÍNA 
DE ALTA DENSIDADE (HDL)
VALORES DE REFERÊNCIA
• Homens: 35 – 65 mg/dl
• Mulheres: 35 – 80 mg/dl
• < 25 mg/dl: 2 vezes o risco de cardiopatia coronariana
• 26 – 35 mg/dl: 1,5 vezes o risco
• 36 – 44 mg/dl: 1,2 vezes o risco
• 45 – 59 mg/dl: risco médio
• 60 – 74 mg/dl: risco abaixo da média
• > 75 mg/dl : sem risco 
COLESTEROL –LIPOPROTEÍNA 
DE BAIXA DENSIDADE (LDL)
• São as principais transportadoras de 
triglicerídeos
• Este teste é realizado especificamente para 
determinar o risco de cardiopatia coronariana
• A LDL, “mau colesterol”, está intimamente 
associado ao aumento da incidência de 
aterosclerose e cardiopatia coronariana
COLESTEROL –LIPOPROTEÍNA 
DE BAIXA DENSIDADE (LDL)
VALORES DE REFERÊNCIA
• Desejável: < 130 mg/dl
• Limítrofe de alto risco: 140 – 159 mg/dl
• Alto risco: > 160 mg/dl
TRIGLICERÍDEOS
• Este teste avalia suspeita de aterosclerose e mede 
a capacidade do corpo de metabolizar gordura
• A elevação dos triglicerídeos constitui fator de 
risco para doença coronariana
TRIGLICERÍDEOS
VALORES DE REFERÊNCIA
• Desejável: < 150 mg/dl
• Limítrofe elevado: 150 – 199 mg/dl
• Elevado: 200 – 499 mg/dl
• Muito elevado: ≥ 500 mg/dl
TRIGLICERÍDEOS
NÍVEIS ELEVADOS
• Hepatopatia
• Hipotireoidismo
• Pancreatite 
• Dm mal controlado
• IAM
NÍVEIS DIMINUÍDOS
• Desnutrição 
• Hipertireoidismo 
COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES + 
TRIGLICERÌDEOS - INTERVENÇÕES
PRÉ-TESTE
• Explicar o objetivo e procedimento do teste
• Orientarjejum oral de 12 horas
• Orientar consumo de dieta normal por 7 dias antes do teste
• O paciente deve abster-se do consumo de álcool por 48 horas 
antes do teste
• Registrar as drogas que o paciente está tomando
PÓS-TESTE
• Interpretar os resultado e aconselhar apropriadamente.
• Os níveis de colesterol são influenciados por hereditariedade, 
dieta, peso corporal e atividade física
Transaminases
As transaminases existem em quantidades 
mínimas no sangue de um indivíduo 
normal, mas após destruição celular 
extensa aumentam significativamente. 
São enzimas indicadoras de morte celular. 
Existe em quantidades importantes nas 
células hepáticas, cardíacas, 
musculares e do pulmão.
Transaminases
• As duas transaminases de interesse 
clínico são:
1. AST (aspartato-transaminase) ou TGO (transaminase 
glutamato-oxalacetato)
2. ALT (alanina-transaminase) ou TGP
(transaminase glutamato-piruvato)
• Valores de Referência:
– TGO: 5 a 40 U/L
– TGP: 5 a 35 U/L
• Preparo do Paciente: jejum de 8 a 10 
horas
Albumina
• É a proteína mais abundante no plasma.
• Contribui para manutenção da pressão 
oncótica e é responsável pelo transporte de 
hormônios, cálcio, ácidos graxos, drogas, 
bilirrubina, fármacos.
• Hiperalbuminemia
– Ex: desidratação intensa.
• Hipoalbuminemia
– Ex: desnutrição, síndrome nefrótica.
• Valores de referência:
– 3,5 a 5,5g/dl
Amônia
• O trato gastrointestinal é a mais importante fonte 
de amônia
• Para este exame há alguns cuidados específicos:
– O paciente deve ficar no mínimo 8 horas sem fumar
– Tomar banho e trocar de roupa após fumar e antes da 
coleta
– A pessoa que irá coletar o sangue não pode ser fumante 
para não ter risco de contaminação da amostra
– A amostra deverá ser imediatamente refrigerada
– Evitar contato com o ar e o mínimo de manuseio 
Cálcio total
• Esta dosagem é útil para diagnóstico de 
alterações no metabolismo do cálcio ou 
fósforo, como doenças óssea, renais ou 
neoplásicas.
• O seu aumento é chamado de 
Hipercalcemia e a diminuição Hipocalcemia
• Valores de referência para adulto: 8,4 a 
10,2 mg/dL
• A coleta deverá ser feita em tubo seco.
Cálcio iônico
• Ou chamado de Cálcio Ionizado
• É a fração de cálcio fisiologicamente 
ativo no organismo
TESTES DE HEMOSTASIA E 
COAGULAÇÃO
• As funções básicas do mecanismo de coagulação são 
proteger a integridade dos vasos sanguíneos, mantendo 
estado líquido do sangue.
• Pode haver problemas clínicos graves ou até mesmo a 
morte, na incapacidade de controlar a perda de sangue, 
ou quando há incapacidade de formação de coágulo 
normal.
• Os teste de hemostasia e coagulação geralmente são 
feitos em pacientes com distúrbios hemorrágicos, lesão 
ou trauma vascular, ou coagulopatias.
• As causas mais comuns de hemorragia são
trombocitopenias (deficiência de plaquetas) e outros
distúrbios de coagulação adquiridos, incluindo
hepatopatia, uremia, administração de anticoagulante.
As tendências hemorrágicas estão associadas a retardos
na formação do coágulo ou à lise prematura do coágulo
• A trombose está associada à ativação imprópria do 
coágulo
• Os distúrbios de coagulação estão divididos em duas 
classes:
Comprometimento 
da coagulação Hipercoagulabilidade 
ESTADOS DE 
HIPERCOAGULABILIDADE
As condições e classificações associadas à
hipercoagulabilidade incluem:
• Anormalidades plaquetárias (associados à
arteriosclerose, DM, aumento de colesterol, aumento
dos níveis plaquetários e tabagismo).
• Anormalidades no sistema de coagulação (superfícies
artificiais, tais como valvas cardíacas, uso de
contraceptivos orais ou estrogênio, estado pós
operatório, distúrbios na medula óssea, predisposição
genética.
• Trombose venosa (relacionada à estase do fluxo
sanguíneo, ou diminuição dos fatores de coagulação).
DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA
• Anormalidades vasculares congênitas (defeitos na estrutura da 
parede do vaso).
• Anormalidades adquiridas da estrutura da parede do vaso –
resposta alérgica a infecção ou drogas, DM.
• Distúrbios hereditários do tecido conjuntivo.
• Distúrbios adquiridos do tecido conjuntivo – deficiência de 
vitamina C.
• Anormalidades quantitativas das plaquetas.
• Anormalidades congênitas da coagulação – hemofilia A e B 
(deficiências dos fatores VIII e IX, respectivamente).
• Anormalidades adquiridas da coagulação – hepatopatia, atividade 
anticoagulante na presença do antifator VIII, mieloma múltiplo
TTPa
• TTPa – Tempo de tromboplastina parcial 
ativada 
• DETERMINA A CAPACIDADE GERAL DE 
COAGULAÇÃO DO SANGUE
• Teste de coagulação usado para detectar 
deficiências no intrínseco da coagulação e para 
monitorizar o tratamento com heparina
TTPa
• TTPa – Tempo de tromboplastina parcial 
ativada 
• Resumindo: TTPA é o tempo em que a
protrombina será convertida em trombina
para a formação do coágulo. Quanto
maior for esse tempo, maior será o tempo
necessário para a coagulação sanguínea..
TTPa
VALORES DE REFERÊNCIA
• 21 a 35 segundos
PROCEDIMENTO
• Colher uma amostra de 5 ml de sangue venoso e 
usar citrato de sódio como anticoagulante (tubo 
azul)
• Não colher amostras de sangue de um 
mecanismo de heparina ou cateter heparinizado
TTPa – IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
PROLONGAMENTO DO TTPa
Deficiências congênitas de fatores da via intrínseca da coagulação, 
incluindo hemofilia A e B
• Tratamento com heparina e fibrinolóticos
• Deficiência de vitamina K
• Hepatopatia 
DIMINUIÇÃO DO TTPa
• Câncer extenso, especialmente com comprometimento do fígado
• Imediatamente após hemorragia aguda
TTPa > 70 segundos 
significa sangramento espontâneo !
TEMPO DE PROTROMBINA (TP)
• A protrombina é uma proteína produzida pelo
fígado para coagulação do sangue.
• A produção de protrombina depende do
consumo e absorção adequada de vitamina K.
• Durante o processo de coagulação, a
protrombina é convertida em trombina.
• O conteúdo de protrombina do sangue é
reduzido em pacientes com hepatopatia.
TEMPO DE PROTROMBINA (TP)
VALORES DE REFERÊNCIA
• 11 a 13 segundos (pode variar de acordo com o 
laboratório).
PROCEDIMENTO
• Colher uma amostra de 5 ml de sangue venoso 
em um tubo contendo anticoagulante (citrato de 
sódio) – tubo azul.
TEMPO DE PROTROMBINA (TP) –
IMPLICAÇÕES CLÍNICAS
CONDIÇÕES QUE AUMENTAM O TP:
• Deficiência de vitamina K
• Hepatopatia
• Tratamento com anticoagulante oral
• Obstrução biliar
TEMPO DE PROTROMBINA (TP) –
FATORES QUE INTERFEREM
• Dieta: ingestão excessiva de vegetais verde-
escuro aumenta a absorção de vitamina K, o que
promove coagulação sanguínea.
• O alcoolismo ou a ingestão excessiva de álcool
prolonga os níveis de TP.
• Influência de medicamentos prescritos: aspirina,
fenitoína, etc.
TESTES DE COAGULAÇÃO
CUIDADOS PRÉ-TESTE
• Explicar o objetivo, o procedimento e a necessidade de 
testes frequentes.
• Cuidado com a automedicação. Determinar que drogas 
o paciente vem tomando.
• Instruir o paciente a nunca iniciar ou interromper o uso 
de qualquer droga sem a permissão do médico.
• Aconselhar a respeito da dieta se estiver fazendo uso de 
anticoagulante oral.
• Advertir sobre uso de barbeadores elétricos, escovas de 
dentes macias e a evitar traumas.
TESTES DE COAGULAÇÃO
CUIDADOS PÓS -TESTE
• Evitar injeções intramusculares durante o tratamento com
anticoagulantes.
• Quando o TTPa estiver alargado ou o TP alterado avaliar
cuidadosamente se há sangramento de diversas áreas: isso pode
exigir avaliação neurológica, avaliação e ausculta pulmonar,
avaliações gastrintestinais e geniturinárias.
• Instruir o paciente a observar e relatar sinais de sangramento em
mucosas e eliminações.
• Mudanças na intensidade de exercícios devem ser feitas
gradualmente ou evitadas.
HEMOCULTURA
HEMOCULTURA
• Determinação de microorganismos
• Sua indicação consiste na suspeita clínica de infecções ou no 
diagnóstico clínico estabelecido de:
• Sepse 
• Endocardite
• Infecções graves localizadas cujo agente etiológico pode ser 
isolado por hemocultura, como
ü Pneumonias requerendo internação hospitalarü Osteomielite
ü Artrite séptica
ü Gastroenterites
VALORES DE REFERÊNCIA
• Normal – NEGATIVO para patógenos
• Volume necessário
• Criança – 1 a 5 ml
• Adulto – 8 a 10 ml
• Encaminhar as amostras imediatamente após a 
coleta
HEMOCULTURA
HEMOCULTURA - COLETA
• Lavar as mãos e utilizar luvas de procedimento
• Remover os selos da tampa dos frascos de hemocultura e fazer assepsia prévia nas 
tampas com álcool a 70%
• Garrotear o braço do paciente e selecionar uma veia adequada. Esta área não deverá 
mais ser tocada com os dedos
• Fazer antissepsia da pele com álcool 70% de forma circular e de dentro para fora
• Aplicar solução antisséptica (Clorexidine Alcóolica) 
• Deixar secar durante 1 a 2 minutos
• Coletar a quantidade certa de 8 a 10 ml de sangue e injetar no frasco através da tampa 
de borracha. Não se recomenda a troca de agulhas entre a punção de coleta e a 
distribuição do sangue no frasco de hemocultura
• Identificar apropriadamente
• Encaminhar ao laboratório em 30 minutos
• Colher 2 amostras de sangue de locais diferentes, com intervalo de 5 minutos entre as 
punções e antes da antibioticoterapia.
• Quanto mais amostras, maior a probabilidade de encontrar o microrganismo.
HEMOCULTURA – NA SUSPEITA 
DE ENDOCARDITE
• Coletar 3 amostras, em diferentes sítios de
punção, com intervalo de 15 minutos a 30
minutos.
• Colher, de preferência, as duas primeiras antes
do início da febre.
HEMOCULTURA – IMPLICAÇÕES 
CLÍNICAS
• CULTURAS NEGATIVAS: se todas as culturas e esfregaços 
corados pelo método Gram forem negativos, pode-se descrever 
ausência de crescimento da hemocultura após 5 a 7 dias de 
incubação
• CULTURAS POSITIVAS: os patógenos encontrados mais 
frequentemente incluem:
v Brucella spp
v Enterobacteriaceae
v Pseudomonas aeroginosa
v Haemophylus influenzae
v Streotococcus pneumoniae
vEnterococcus spp
vCandida albicans
HEMOCULTURA – FATORES QUE 
INTERFEREM
As hemoculturas são 
sujeitas a contaminação
Proceder técnica correta
PRÉ-TESTE
• Explicar o objetivo e o procedimento da cultura
• Obter história pertinente de sinais e sintomas (calafrios, 
febre)
PÓS-TESTE
• Interpretar os resultados do teste
• Monitorizar bacteremia, septicemia e outras doenças 
febris
• Aconselhar apropriadamente sobre o tratamento
HEMOCULTURA -
INTERVENÇÕES
ESCARRO
ESCARRO
• Determinação de agente etiológico de infecções 
pulmonares bacterianas
ou fúngicas:
üTuberculose 
üPneumonia bacteriana 
ESCARRO
VALORES DE REFERÊNCIA
• Escarro negativo na presença de:
üTuberculose
üEstreptococos
üEstafilococos
üOutros patógenos
ESCARRO – COLETA
• Lembrar que as amostras de escarro devem vir dos brônquios. Secreções pós-
nasais ou saliva não são aceitas
• Amostras do início da manhã são as melhores
• Instruir o paciente a retirar próteses, lavar a boca com água e gargarejar, se 
possível
• Primeiro, o paciente deve limpar o nariz e a garganta, inspirar profundamente 
3 a 4 vezes, realizar uma série de tosses curtas, e depois de inspirar 
profundamente e tossir forçadamente para levantar uma amostra de escarro
• O escarro deve ser expectorado em um frasco estéril. Uma amostra de 2 a 3 
ml é adequada
• As amostras de escarro geralmente não são refrigeradas e devem ser levadas 
ao laboratório logo que possível
• Na suspeita de infecção por micobactérias ou fungos , coletar pelo menos 3 
amostras em dias consecutivos
• Em caso de paciente com dificuldade para escarrar, esta amostra poderá ser 
induzida por inalação
ESCARRO – FATORES QUE 
INTERFEREM
Amostras de escarro 
insatisfatórios incluem 
amostra de saliva ou contaminadas
ESCARRO – IMPLICAÇÕES 
CLÍNICAS
• Achados anormais indicam a causa de 
pneumonia e outras doenças respiratórias
ESCARRO – INTERVENÇÕES
PRÉ-TESTE
• Explicar o objetivo e procedimento de coleta
• Advertir o paciente a não tocar o interior do frasco de 
coleta
PÓS-TESTE
• Avaliar os resultados e aconselhar apropriadamente 
sobre o tratamento e autocuidado na doença 
respiratória
• Monitorizar o estado respiratório quando necessário, 
intervir apropriadamente quando indicado
Referências
• Alba Lúcia Bottura Leite de Barros e cols. ANAMNESE E 
EXAME FÍSICO: avaliação diagnóstica de enfermagem no 
adulto.2°ed, Artmed-Porto Alegre, 2010.

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