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Estudo de caso PNEUMOFUNCIONAL

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CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO IIII
GEISY NAIARA DA SILVA GADELHA
ESTUDO DE CASO
VILHENA, AGOSTO - 2022
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO IIII
Estudo de Caso
Trabalho apresentado ao professor(a) Vinicius Akio Monma como requisito avaliativo na matéria de ESTÁGIO SUPERVISIONADO –Fisioterapia Pneumofuncional e Cardiovascular das Faculdades integradas Aparício Carvalho – FIMCA.
VILHENA, AGOSTO - 2022
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
2	ESTUDO DE CASO	5
2.1	Anamnese	5
2.2	Alterações identificadas	6
2.3	Fundamentação teórica	6
2.4	Terapia Manual	7
3	EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS	8
4	AÇÕES IMPLEMENTADAS	8
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................................9
6	REFERÊNCIAS	9
1	INTRODUÇÃO
Inaugurada no último dia 10 de agosto, a UPA 24h foi responsável por quase dobrar o número de atendimentos do pronto-socorro, saindo de média de 3.639 atendimentos no primeiro semestre de 2021 para 6.098 atendimentos nestes primeiros 30 dias de funcionamento da UPA, um aumento de cerca de 70%. Mais contratações, melhorias e incrementos na unidade estão em andamento.  "A estrutura aqui é muito mais nova, confortável e espaçosa para os pacientes. Percebemos que os usuários do SUS conseguiram rapidamente identificar para onde recorrer em casos de atendimento mais imediato. A UPA era esperada há anos e estamos atendendo às expectativas. Nos primeiros 30 dias, que é um período também de adaptação, tivemos ao todo 6.098 atendimentos, foram 4.359 atendimentos durante o dia e mais 1.739 a noite", relatou o diretor da UPA, Frank Feitosa. (JORNAL FOLHA DE VILHENA 2021).
A UPA atualmente conta com atendimento multiprofissional sendo eles: Médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, residentes em fisioterapia, farmacêuticos, dentistas, nutricionista, assistente social, psicólogas. Sua infraestrutura é composta por salas de apoio para realização de atendimentos e avaliações, uma sala vermelha para Emergência para casos de risco iminente a vida do paciente e salas amarela e azul.
O paciente envolvido apresenta diagnostico inicial de DPOC Execerbado, diabetico e hipertensão. Apresenta desordens respiratorios e que causa limitação de atividades funcionais, em uso de oxigenoterapia 3L/min.
 A Fisioterapia em pacientes com DPOC tem como objetivo reduzir ou eliminar fatores que comprometem a função corporal e melhorar a qualidade de vida, reduzir dispneia, promover higiene brônquica, melhorar a capacidade a atividade física, além de orientações para melhora do conhecimento e autocuidado. (Langer D, 2009)
2 ESTUDO DE CASO
2.1 Anamnese
O paciente escolhido para esse presente estudo se identifica como P.A.R sexo masculino, 63 anos, deu entrada na sala de emergencia em cadeira de rodas, apresentando dispneia e sibilos. Refere ser diabético, hipertenso e apresentando crises de asma recorrente.
Queixa principal
Paciente queixa-se de “falta de ar que vem piorando há 8 meses”. 
História da doença atual
Paciente apresenta tosse, geralmente com secreção. Relata bronquite asmática e que faz uso de bombinha diariamente e que há 8 meses vem apresentando dispnéia aos moderados esforços. Essa dispneia vem piorando, e, nas últimas 2 semanas, está acontecendo, por vezes, até em repouso, o impedindo de realizar suas atividades diárias e se afastar do trabalho. 
Antecedentes pessoais
Antecedentes pessoais: Hipertenso em uso de Losartana 50 mg 2x ao dia, tem stend cardíaco realizado a 5 anos e diabético. Nega alergia medicamentosa. 
Exame físico
Ectoscopia: Paciente em regular estado geral, lúcido e orientado no tempo e espaço, longilíneo, sem alterações na marcha, dispneico com uso de musculatura acessória.
PA: 144/98 mmHg; FR: 28 irpm; FC: 109 bpm; Temperatura axilar: 36,2 Cº; SpO2: 98%.
Aparelho Respiratório: Tórax com aumento do diâmetro ântero-posterior, taquipneia com expiração prolongada, diminuição da expansibilidade, murmúrio vesicular presente e ruídos adventícios - sibilos presentes.
Suspeitas diagnósticas 
· Asma
· DPOC
· Insuficiência Cardíaca
2.2 Alterações identificadas
· Apresenta dificuldades em respirar;
· Tosse persistente;
· Presença de pequena quantidade de catarro, semelhante a clara de ovo;
· Chiado ao respirar;
· Sensação de mal estar no corpo;
2.3 Fundamentação teórica
Segundo o III CONSENSO BRASILEIRO NO MANEJO DA ASMA:
A Asma é definida como uma doença inflamatória crônica caracterizada por hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por limitação variável ao fluxo aéreo, reversível espontaneamente ou com tratamento. Manifesta-se clinicamente por episódios recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente à noite e pela manhã ao despertar. Resulta de uma interação entre genética, exposição ambiental e outros fatores específicos que levam ao desenvolvimento e à manutenção dos sintomas.
A Asma e a DPOC, comprometem a vida de uma elevada proporção da população, causando sofrimento e altos custos financeiros e sociais, representando dois sérios problemas de Saúde Pública na maior parte do mundo. O impacto econômico do binômio Asma e DPOC sobre o indivíduo, sobre sua família e sobre a sociedade é enorme, e vem aumentando em relação direta com o envelhecimento da população (CAMPOS, 2004).
A DPOC inclui o enfisema, que é definida anatomicamente como uma destruição dos alvéolos pulmonares e dilatação dos espaços aéreos, bronquite crônica, uma condição definida clinicamente por tosse crônica e expectoração purulenta, e a doença das pequenas vias aéreas, uma patologia na qual os bronquíolos de pequeno calibre se encontram estreitados e são menos numerosos. Enfisema, bronquite crônica e doença de pequenas vias aéreas estão presentes em graus variados nos diferentes pacientes com DPOC.
Dispneia, tosse e grande produção de secreção são os sintomas mais frequentes. A dispneia aos esforços, crônica e progressiva é o sintoma mais recorrente na DPOC. (ZONIN, G. A,2017)
Neste caso é ofertado ao paciente a oxigenoterapia ou suporte ventilatório, é um método de suporte utilizado para tratar de pacientes que estão com insuficiência respiratória seja aguda ou crônica agudizada, tem como seus objetivos a manutenção das trocas gasosas, fazendo a correção da hipoxemia e também da acidose respiratória que está associada à hipercapnia, como também trazer alívio ao trabalho da musculatura respiratória, pois, em situações agudas que acontece a alta demanda metabólica, está elevado, evitar ou reverter a fadiga dessa musculatura respiratória, baixar o consumo de oxigênio, assim, reduz-se o desconforto respiratório e permite seguir o programa de terapia específicas.
2.4 Terapia Manual
A Terapia manual é composta por técnicas com o propósito de prevenir e tratar diversas disfunções. Tem como finalidade obter reações fisiológicas de equilíbrio e normalidade de alterações musculares, funcionais, orgânicas e osteoarticulares, bem como manifestação de dores. A técnica consiste em inúmeras manobras, como de mobilizações passivas, massagens de tecidos moles, e estabilização segmentar (BLOG INSPIRAR. 2019) 
A fisioterapia tem papel muito importante na Reabilitação Pulmonar, atuando com o objetivo de interferir nos sinais e sintomas presentes no paciente, melhorando a capacidade funcional e restituindo sua independência. Para isso, a fisioterapia dispõe de várias condutas como a higiene brônquica e o recondicionamento físico.
Há também várias evidências que os exercícios resistidos de membros inferiores e superiores devem ser incluídos no Programa de Reabilitação Pulmonar.
Segundo a autora TAISE COSTA, 2021 :
Todos os sons ou ruídos adventícios devem ser descritos, localizados topograficamente, mensurados e situados na fase do ciclo respiratório. Ainda falando das partes fundamentais de uma avaliação, é fundamental a procura dos sinais vitais não torácicos ou sistêmicos que direcionam o diagnósticoda patologia pulmonar avançada, os quais modificam substancialmente o tamanho da disfunção: pletora ou cianose, dilatação venosa jugular, baqueteamento digital, edema dos membros inferiores e asteríxis.
3 EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS
Os exercícios terapêuticos são o principal recurso do fisioterapeuta e visam a reabilitação através do movimento, sejam eles para aumento de força, flexibilidade ou resistência. A seleção de exercícios deve ser realizada pelo profissional utilizando referências confiáveis e com evidências científicas atuais. (JACHSTET, F.; 2020)
4 AÇÕES IMPLEMENTADAS
Diante das queixas do paciente e a avaliação física, foi realizado ajuste do O² de 2L/min para 3L/min e feito o acompanhamento da saturação. O paciente também realizou exercício com o aparelho Respiratório Shaker, com o objetivo de higiene brônquica, ele produz uma vibração na caixa torácica mobilizando as secreções para facilar a expectoração. Outros beneficicios são redução da dispneia. Ao final paciente realizou mobilização passiva dos MMII e exercicios Ativos/Assistidos, o mesmo continua em cuidados pela equipe. 
5 CONSIDERAÇÃO FINAL
As intervenções fisioterapêuticas influenciaram positivamente na melhoria de qualidade de vida e bem estar da paciente, a importância do profissional de fisioterapia no atendimento em Fisioterapia Pneumofuncional e Cardiovascular é cuidar da capacidade funcional dos pacientes e também restaurar sua independência respiratória e física, para que diminuam os riscos de complicações que estão associadas à permanência do indivíduo no leito, usando novas técnicas e novos recursos para preparar o paciente para a respiração independente e, consequentemente, para a alta.
6 REFERÊNCIAS
PREFEITURA DE VILHLENA Com UPA 24h, pronto-socorro quase dobra número de atendimentos em Vilhena Disponivel em: http://www.vilhena.ro.gov.br/index.php?sessao=b054603368vfb0&id=1431979
INSPIRAR FACULDADES. Terapia Manual. Blog Inspirar, 2019. Disponível em: < https://blog.inspirar.com.br/terapia-manual/
KISNER, Carolyn; LYNN, Allen Colby. EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS Fundamentos e Técnicas. Editora Manole, Barueri, SP. 2016. 
CONSENSO BRASILEIRO NO MANEJO DA ASMA. Revista AMRIGS, v.46, n.3, 2002; 46(3,4): 151-172.
CAMPOS, H.S. Artigo de revisão DPOC e ASMA. Boletim de Pneumologia Sanitária. v.12, n.1, 2004
ZONIN, G. A.; et al. O que é importante para o Diagnóstico da DPOC?. Pulmão RJ, 26(1):5-14, 2017.
Langer D, Probst VS, Pitta F, Burtin C, Hendriks E, Schans CPVD, et al. Guia para prática clínica: Fisioterapia em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Rev Bras Fisioter. 2009
TAISE C,S - A FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA NAS SUAS FUNÇÕES PULMONARES - CENTRO UNIVERSITARIO UNIAGES, PARIPIRANGA 2021
ACHSTET, F.; FORGIARINI SACCOL, M. O EXERCÍCIO TERAPÊUTICO COMO 
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