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Avaliação de pesquisa 02 - Cultura Luso-brasileira

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Cultura Luso-brasileira - CT
Aluno (a): 
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Avaliação de Pesquisa 02
NOTA:
INSTRUÇÕES:
Esta Avaliação de pesquisa contém 06 questões, totalizando 10 (dez) pontos.
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Ao terminar grave o arquivo com o nome Avaliação de Pesquisa 02 (nome do aluno).
Envie o arquivo pelo sistema.
		RISOCLEIDE MATIAS DE AMORIM SILVA 02 10 22
Observação: 
Todas as questões possuem um gabarito que poderá ser consultado no livro disponbilizado para servir como referêncial. Não serão aceitas respostas iguais aos do gabarito!
Boa atividade!!!
1) O conservadorismo político no Brasil da década de 1930 tem no Integralismo sua principal representação. Explique essa afirmação. 
 O integralismo decorre da crise econômica que a Primeira Guerra Mundial deflagra e que tem efeitos devastadores. O crescimento das camadas urbanas médias e o descontentamento de setores da burguesia concorrem para que o Integralismo se corporifique como tomada de posição alinhada a uma ação contrária ao que representa o crescimento do Socialismo, como resultado da Revolução Russa, em 1917. Baseado num sentimento de nacionalismo radical, o Integralismo visa á extirpação total do cancro social que, segundo eles, apodrece nossas instituições e condena o país ao atraso. Para os integralistas, o poder deve ser concentrado nas mãos de um Estado forte, que não faça concessão de qualquer tipo ás demandas socialistas em expansão, caracterizando assim uma situação de totalitarismo sem margens á discussão democrática. 
2) Com a profissionalização do futebol, surgem as primeiras grandes equipes de massa como o Flamengo, do Rio de Janeiro. Como se dá esse processo?
	Sobre os primórdios do futebol no Brasil, se remete ao final do século XIX, data de sua chegada, ou ainda, ao início do século XX, quando são criadas das principais agremiações esportivas. Sua prática, num primeiro momento, restringe-se aos ingleses residentes ou de passagem, além dos brasileiros que retornaram ao país trazendo na bagagem bolas, chuteiras e uniformes. Desse modo, o esporte popular se mantém sob o controle da elite que o pratica.
	Ainda assim, surgem os grupos de “torcedores”, também parte das camadas abastadas, da sociedade. O esporte bretão, tão ao gosto da aristocracia, acaba por incorporar as camadas mais humildes da população negra e mestiça, descendentes de ex-escravos, que passam a constituir a diferença quanto à forma de jogar. Assim, em muitos casos, o patronato branco e aristocrata, não tendo número suficiente de jogadores para completar as equipes, conta com os empregados. Segue a isso a organização das primeiras grandes equipes brasileiras, que quase sempre não admitiam negros. Os primeiros clubes a admitirem jogadores negros são, respectivamente, o Bangu e o Vasco da Gama, ambos do Rio de Janeiro. Primeiro tem origem na fábrica de tecidos, que nomeia o bairro onde fica instalada e conta com a participação de operários. Segundo, por ser oriundo da colônia portuguesa, liga-se à comunidade de trabalhadores portuários. Com o advento do profissionalismo, na década de 1930, surgem as primeiras grandes equipes de massa, a exemplo do Flamengo, o clube mais popular do país, responsável pela consagração das primeiras grandes estrelas do futebol brasileiro como – Fausto dos Santos. Domingos da Guia e Leônidas da silva – todos eles negros. 
3) Mesmo com o processo de cerceamento promovido pela censura oficial, aliado à propaganda anticomunista, a literatura dos anos 1930 oferece uma série de propostas de leitura do Brasil, do ponto de vista social. Dê exemplos.
 	Devido também à surpreendente tomada de consciência ideológica de intelectuais e artistas, numa radicalização que antes era quase inexistente. Os anos 1930 foram de engajamento político, religioso e social no campo da cultura. Mesmo os que não se definiam explicitamente, e até os que não tinham consciência clara do fato, manifestaram na sua obra esse tipo de inserção ideológica, que dá contorno especial à fisionomiado período.
 O que houve mais foi preocupação de discutir a pertinência dos temas e das atitudes ideológicas, quase ninguém percebendo como uma coisa e outra dependem de elaboração formal (estrutural e estilística), chave do acerto em arte e literatura. Note-se que isso não foi próprio dos escritores e artistas de esquerda, ou radicais no sentido amplo. Ocorreu também nos outros, inclusive os de direita, devido ao mesmo desvio obsessivo rumo aos “problemas”, bastando pensar no aspecto pouco elaborado de obras ambiciosas e não desprovidas de força, como a de Otávio de Faria, que se tornou um crítico acerbo do Modernismo e dos temas “sociais”, defendendo a concentração nos de conho religioso, moral e psicológico, que praticava no entanto com total insensibilidade em relação aos aspectos de fatura. Tanto no caso da ficção espiritualista quando do “romance social”, a imersão nos “planos” com aspecto dominante conduzia ao espontâneo, que no limite é o informe.
Na poesia houve paralelo, mas diferente, que foi positivo: a tensão entre o verso (elaborado segundo as regras) e o não verso (livre, em vários sentidos). Poetas como Drummond e Murilo Mendes pareciam reduzir o verso a uma forma nova de expressão, que incorporou as qualidades da prosa e funcionou como instrumento adequado para exprimir o dilaceramento da consciência estética, sob esse aspecto eles prolongam a experiência modernista de apagamento das fronteiras entre gêneros, que foram empreendida nos anos de 1920 sobre tudo por Oswald de Andrade (cujo Serafim Ponte Grande, publicado em 1933); e que nos anos 1930 encontrou manifestação curiosa no irrealizado o Anjo, de Jorge de Lima (1934).
4) Em sua viagem ao Nordeste, Mário de Andrade descobre a figura de Chico Antônio, cantador de coco que lhe causa grande impressão. O que representa essa descoberta?
Mostra-se ser síntese de tudo que procura a qual ele diz:
[...]Que artista. A voz dele é quente e duma simpatia incomparável. A respiração dele é tão longa que mesmo depois da embolada inda Chico Antônio sustenta a nota final enquanto o coro entra no refrão. O que faz com o ritmo não se diz! Enquanto os três ganzás, único acompanhamento instrumental que aprecia, se movem interminavelmente ao compasso unário, “na pancada do ganzá”, Chico Antônio vai fraseando com uma força inventiva incomparável, tais sutilezas certas feitas que a notação erudita nem pense em grafar, se estrepa.(ANDRADE, 1976,p. 277) desta forma o encantamento de Mário de Andrade com as coisas da cultura e seu gigantesco projeto de pensar a cultura do Brasil, o levaram a conceber a incorporação de todo esse material etnográfico registrado em partitura como manancial de pesquisa. O conjunto dessa pesquisa tem o objetivo de constituir a obra na Pancada do Ganzá, que não se realiza em seu tempo de vida. Por outro lado, esse material é organizado postumamente por Oneyda Alvarenga, sua ex-aluna e publicado com os títulos de Danças Dramáticas do Brasil6 e Música de Feitiçaria no Brasil, coletâneas de partituras. Nelas estão reunidos cantos religiosos, cantos de trabalho, pregões etc.
5) A Semana de Arte Moderna representa um escândalo pelo inusitado das questões que traz à tona do debate cultural. Explique.
		O evento da Semana de Arte Moderna, realizado no teatro Municipal de São Paulo, na primeira quinzena de fevereiro de 1922, representa até os dias atuais o maior movimento de força da história da cultura brasileira. Podemos dizer que o que passa a ser chamado de Modernismo inaugura o século XX no Brasil, na medida em que esse tempo não apresentamos qualquer sinal efetivo de inserção nos parâmetros inerentes à atividade cultural dos países desenvolvidos.
		Somos atrasados em tudo, nas relações sociais, com índices gritantes de analfabetismo miséria; no desenvolvimento econômico, com a monoculturacafeeira e o ruralismo determinando os rumos da política do país; nas manifestações culturais, quando cada vez mais reforçamos o desejo de nossa elite culta como uma cópia do modelo europeu. Enfim, essa cultura da reduplicação sem críticas acaba por situar nossa atividade cultural num patamar de subserviência ao passado europeu já em desuso. Imaginemos que, com o advento da aceleração dos meios de comunicação e reprodução técnica, a arte e a cultura do início do século XX já não obedecem aos valores de idealização do Romantismo; ainda assim, o Simbolismo reitera um sentido de subjetividade que acaba por coincidir com o Cubismo e o futuro. No Brasil, é de causar estranheza o fato de alguns de nossos artistas e intelectuais em viagem pela Europa não terem dado importância aos acontecimentos da vanguarda. O fato é que o ano de 1922 representa o marco de um rompimento dos adeptos da estática moderna com o passado, sobretudo com o Parnasianismo, sendo mais que isso, um basta à afirmação da linguagem culta como mantenedora de um poder que se reveza em mãos de uma minoria. A semana de Ate Moderna impressiona e causa estranheza aos incautos. Nela destaca-se um núcleo de jovens idealistas, entre eles Mário de Andrade, poeta que escandaliza a plateia ao declamar “ Ode ao burguês”,. A Semana de Arte Moderna é uma espécie de anti celebração, uma comemoração ao avesso no ano do centenário da independência do Brasil. Imbuída desse sentido por uma estética da reação, serve como ponta de lança à liberação que se faz necessária à viabilidade de uma cultura descolonizada, que preza antes de tudo pelo primitivo como parte integrante de um conjunto em que se incluem os elementos da vanguarda, aplicados à situação brasileira.
6) A exposição de Anita Malfatti, em 1917, representou um escândalo sem precedentes e gerou como resposta o artigo “Paranoia ou mistificação?”, de Monteiro Lobato. De que trata o conhecido artigo?
		Monteiro Lobato no seu Artigo “Paranoia ou mistificação?” ataca com dureza o Expressionismo em seu vertente brasileira, referindo-se à pintura de Anita Malfatti de modo a desconsiderá-la em seu valor estético: 
De há muito que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios. A única diferença reside em que nos manicômios esta arte é sincera, produto lógico dos cérebros transtornados pelas mais estranhas absorvidas pelo público que compra, não há sinceridade nenhuma, nem nem nenhuma lógica, sendo tudo mistificação. (LOBATO, 1949,p.48-49)
		Fator de maior relevância no período anterior à Semana de Arte Moderna, a exposição de Anita Malfatti serve como medida à aceitação problemática da opinião pública e da crítica em função do inusitado das questões que suscita. A atitude de Monteiro Lobato serve para dar ênfase ao evento inovador, em que pese a dureza das críticas deflagradas. Há que se compreender, no entanto, um pensamento de divisão entre o moderno e o anti moderno na consciência de Monteiro Lobato, que não consegue obter o êxito desejado na careira de pintor, sendo contrário ás correntes estéticas do século XX. Anita Malfatti traz em sua obra as tendêcias da pintura pós-impressionista, com ênfase ao Cubismo e ao Expressionismo, que absorve em suas viagens á Alemanha até então sequer o avanço efetivo do movimento de insurreição da interligência brasileira, a Semana de Arte Moderna. Esse feito , com a repecurssão que alcança, torna-se um divisor de águas de mentalidades opostas. 
Avaliação de Pesquisa 02: Cultura Luso-brasileira - CT

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