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AULA 02

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Auditoria em Saúde
Facilitador: Tiago Alves
Auditoria Governamental 
ou Pública
• Auditoria Governamental ou Pública
• É o conjunto de técnicas que visa avaliar a gestão pública pelos
processos e resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos
por entidades de direito público e privado, mediante a confrontação entre
uma situação encontrada com um determinado critério técnico, operacional
ou legal (IN 01/2001 da Secretaria Federal de Controle Interno - CGU).
• Auditoria Governamental ou Pública
• Voltada para a tarefa de “emitir opinião” sobre a gestão de recursos
públicos administrados por entidades do setor governamental ou por
entes de natureza privada, mas que movimentam bens, valores e
dinheiros públicos, estando, portanto, sujeitos à prestação de contas
daqueles recursos.
• Auditoria Governamental ou Pública
• A auditoria no setor público está diretamente relacionada com o
acompanhamento das ações empreendidas pelo órgãos e entidades da
administração direta e indireta das três esferas de governo.
• Normalmente é realizada por entidades superiores de fiscalização sob a
forma de Tribunais de Contas ou Controladorias e organismos de
controle interno da administração pública.
• Auditoria Governamental ou Pública
• Tem por objetivo primordial garantir resultados operacionais na gerência
da coisa pública.
• Auditoria Governamental ou Pública
• O ARTIGO 70 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Informa que:
• A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional mediante
Controle Externo, e pelo sistema de Controle Interno de cada Poder.
• Auditoria Governamental ou Pública
• A base do Controle Externo no país é a CF/ 88 que o vincula ao Poder
Legislativo.
• O Art. 75 da CF/ 88 estabelece que as normas estabelecidas para o Controle
Externo aplicam se à organização, composição e fiscalização dos
Tribunais de Contas dos Estados, Distrito Federal, Tribunais e Conselhos
de Contas dos Municípios.
• Auditoria Governamental ou Pública
• Os Tribunais de Contas são órgãos técnicos que auxiliam o Poder
Legislativo mas não são subordinados a ele.
• São órgãos constitucionalmente autônomos.
• Auditoria Governamental ou Pública
• Da mesma forma, não há subordinação entre os Tribunais de Contas, a
competência de cada um é definida pela origem dos recursos:
• TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO recursos federais
• TRIBUNAIS DE CONTAS DO ESTADO recursos estaduais
• TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL recursos do DF
• TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS recursos municipais
• Finalidades da auditoria Governamental
• Comprovar a legalidade e legitimidade e avaliar os resultados, quanto à
economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial;
• Dar suporte ao exercício pleno da supervisão ministerial, através das
atividades básicas;
• Finalidades da auditoria Governamental
• Examinar a observância da legislação federal específica e normas
correlatas;
• Avaliar a execução dos programas de governo, dos contratos, convênios,
acordos, ajustes e outros instrumentos congêneres;
• Observar o cumprimento, pelos órgãos e entidades, dos princípios
fundamentais de planejamento, coordenação, descentralização, delegação
de competência e controle.
• Finalidades da auditoria Governamental
• Avaliar o desempenho administrativo e operacional das unidades da
administração direta e entidades supervisionadas;
• Verificar o controle e a utilização dos bens e valores sob uso e guarda dos
administradores ou gestores;
• Finalidades da auditoria Governamental
• Examinar e avaliar as transferências e a aplicação dos recursos
orçamentários e financeiros das unidades da administração direta e
entidades supervisionadas;
• Verificar e avaliar os sistemas de informações e a utilização dos recursos
computacionais das unidades da administração direta e entidades
supervisionadas.
• Abrangência de atuação da Auditoria
• A abrangência de atuação da auditoria inclui as atividades de gestão das
unidades da administração direta, entidades supervisionadas, programas de
trabalho, recursos e sistemas de controles administrativo, operacional e
contábil;
• Estão sujeitos à auditoria, pessoas nos diferentes níveis de
responsabilidades;
• Tomada de contas:
• Os ordenadores de despesas das unidades da administração direta;
• Aqueles que arrecadarem, gerirem ou guardarem dinheiros, valores e
bens da União , ou que por eles respondam;
• Prestação de contas:
• Os dirigentes das entidades supervisionadas da administração indireta;
• Os responsáveis por entidades ou organizações, de direito público ou privado,
que se utilizem de contribuições para fins sociais, recebam subvenções ou
transferências à conta do Tesouro;
• Entidades supervisionadas da administração indireta:
• Autarquias;
• Empresas públicas;
• Sociedades de economia mista;
• Fundações públicas;
• Serviços sociais autônomos;
• Conselhos federais de fiscalização das profissões liberais;
• Fundos especiais e fundos setoriais de investimentos;
• Entidades supervisionadas da administração indireta:
• Empresas subsidiárias, controladas, coligadas ou quaisquer outras de cujo
capital o poder público tenha o controle direto ou indireto;
• Empresas supranacionais de cujo capital social a União participe de forma
direta ou indireta, nos termos de seus tratados constitutivos, inclusive em
virtude de incorporação ao patrimônio público.
• Formas de auditoria governamental:
• 1- Diretas: quando realizadas diretamente pelos Auditores, em exercício.
• 2- Integradas: quando realizadas por mais de uma unidade de auditoria.
• 3- Compartilhadas: quando realizadas com a utilização de auditores de uma
entidade, em conjunto com Auditor do órgão seccional, regional ou setorial,
desenvolvendo trabalhos específicos na própria entidade auditada ou numa
terceira.
• Formas de auditoria governamental:
• 4- Subsidiárias: quando realizadas pelas respectivas unidades de auditoria
interna das entidades em exame, sob a orientação do órgão seccional, regional
ou setorial do Sistema.
• 5- Indiretas: quando realizadas por firmas ou empresas privadas de auditoria,
contratadas em caráter supletivo, devido a situações excepcionais. Ex: efetuam
trabalhos em entidades ou projetos.
• Tipos de Auditoria Governamental:
• 1- Auditoria de Gestão: objetiva “emitir opinião” com vistas a certificar a
regularidade das contas verificar a execução de contratos, convênios,
acordos ou ajustes, a probidade na aplicação dos dinheiros públicos e na
guarda ou administração de valores e outros bens da União ou a ela confiados;
• 2- Auditoria de Programas: objetiva acompanhar, examinar e avaliar a
execução de programas e projetos governamentais específicos, bem como a
aplicação de recursos descentralizados;
• Tipos de Auditoria Governamental:
• 3- Auditoria Operacional: atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/entidade,
avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais,
humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência
dos controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos;
• 4- Auditoria Contábil: é a técnica que, utilizada no exame dos registros e
documentos e na coleta de informações e confirmações, mediante
procedimentos específicos, pertinentes ao controle do patrimônio de um órgão
ou entidade;
• Tipos de Auditoria Governamental:
• 5- Auditoria de Sistema: tem como objetivo assegurar a adequação,
privacidade dos dados e informações oriundas dos sistemas eletrônicos de
processamento de dados, observando as diretrizes estabelecidas e a legislação
específica;
• 6- Auditoria Especial: Tem como objetivo o exame de fatos ou situações
consideradas relevantes, de natureza incomumou extraordinária, sendo
realizadas para atender determinação do Presidente da República, Ministros de
Estado ou por solicitação de outras autoridades;
Auditoria Privada
• Auditoria Privada ou Independente:
• É uma técnica contábil constituída por um conjunto de procedimentos
técnicos sistematizados para obtenção e avaliação de evidências sobre as
informações contidas nas demonstrações contábeis de uma empresa;
• Saúde Suplementar no Brasil:
• O sistema de saúde brasileiro é constituído por instituições públicas e privadas,
que se inter-relacionam. Os consumidores têm a opção de utilizar o sistema
privado e o público;
• Quando optam pelo sistema privado, os consumidores não ficam isentos da
contribuição para o sistema público, uma vez que a saúde é financiada por toda
a sociedade, direta ou indiretamente, segundo a Constituição Federal (art 195).
Por outro lado, despesas com planos de saúde podem ser integralmente
abatidas do imposto de renda de pessoa física;
• Saúde Suplementar no Brasil:
• Art. 199- A assistência à saúde é livre à iniciativa privada:
• §1 º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do
sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito
público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins
lucrativos...
• A auditoria Governamental da Gestão Privada:
• Processo sistemático, realizado por Auditores do Governo, de obtenção e
avaliação objetiva de evidências sobre afirmações a respeito da gestão de
recursos privados, para confrontação do grau de correspondência entre as
afirmações e critérios compulsórios estabelecidos (Leis, Decretos,
Regulamentos) e de comunicação dos resultados aos interessados (sociedade);
• A auditoria Governamental da Gestão Privada:
• O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações
contábeis por parte dos usuários;
• Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as
demonstrações contábeis;
• São elaboradas, em todos os aspectos relevantes em conformidade com uma
estrutura de relatório financeiro aplicável;
• A auditoria Governamental da Gestão Privada:
• Na área da saúde a auditoria foi introduzida no início do século XX, como
ferramenta de verificação da qualidade da assistência, através da análise de
registros em prontuários;
• Atualmente, a auditoria é adotada como ferramenta de controle e regulação
da utilização de serviços de saúde e, especialmente na área privada que tem
dirigido o seu foco para o controle dos custos da assistência prestada;
• A auditoria Governamental da Gestão Privada:
• É na área privada onde se observa um número maior de auditores
principalmente de enfermeiros, cujo conhecimento e experiência profissional
são particularmente utilizados para a racionalização dos custos envolvidos
na prática assistencial, atuando em instituições hospitalares ou em operadoras
de planos de saúde, como também empresas que prestam serviços de auditorias;
• Campo de atuação:
• Governamental da Gestão Privada: voltada para a tarefa de emitir opinião
sobre a gestão de recursos privados, quanto à arrecadação de Tributos, por
agentes públicos específicos (Auditores de Tributos Federais, Auditores da
CVM, Auditores da Receita e outros) em entidades de natureza privada com
finalidade lucrativa;
• Campo de atuação:
• Privada ou Empresarial: voltada para a atividade privada, num contexto de
busca de resultado econômico e financeiro, lucro, realizadas, geralmente, no
setor privado. Pode também atuar no setor público em algumas entidades da
Administração Indireta;
• Os processo da auditoria privada dentro do hospital são obrigatórios;
• Setor da auditoria e faturamento andam interligados;
• O setor de custos hospitalares é o responsável por estabelecer os valores
“sadios” de cada transação que a unidade poderá fazer e a qual valor cobrar;
• O auditor governamental, no exercício de suas funções, terá livre acesso a
todas as dependências do órgão ou entidade auditada, assim como a
documentos, valores e livros considerados indispensáveis ao cumprimento de
suas atribuições, não lhe podendo ser sonegado, sob qualquer pretexto, nenhum
processo, documento ou informação;
• O Auditor privado terá acesso a todos os documentos inerentes ao processo,
mediante solicitação prévia de forma oficial;
• Quando houver limitação da ação do auditor, o fato deverá ser comunicado, de
imediato, por escrito, ao dirigente da unidade/entidade auditada, solicitando as
providências necessárias;
• No âmbito do serviço público e privado, a opinião do Auditor, com atribuição
de auditoria, deverá ser expressa através de Relatório e/ou Certificado de
auditoria;
• Certificado de auditoria será emitido quando o auditor verificar e certificar as
contas ou procedimentos dos responsáveis pela aplicação;
• Certificado Pleno - será emitido quando o Auditor formar a opinião de que na
gestão dos recursos públicos foram adequadamente observados os princípios
da legalidade, legitimidade e economicidade;
• Certificado Restritivo - será emitido quando o Auditor constatar falhas,
omissões ou impropriedades;
• Certificado de Irregularidade - será emitido quando o Auditor verificar a não
observância da aplicação dos princípios de legalidade, legitimidade e
economicidade, constatando a existência de desfalque, alcance, desvio de bens
ou outra irregularidade de que resulte prejuízo quantificável;
• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
• ALMEIDA, M. C.Auditoria um curso moderno e completo. São Paulo: Atlas, 2002.
• CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed. São Paulo: Campus, 2006.
• DONABEDIAN, A. The definition of quality and approaches to its assessment: explorations in quality 
assessment and monitoring. v. 1. Ann Arbor: Health Administration Press, 1980.
• GIL, A. L. Auditoria operacional e de gestão. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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