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Slide de Historia da Psicologia

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Hermann Helmholtz
Immanuel Kant
Wilhelm Wundt
Gustav Fechner
Jhoannes Muller
Ernst Weber
 A Fundação da Psicologia e a Psicologia de Wundt. 
Os vetos kantianos e a crítica positivista. 
A superação dos vetos e a reação da fisiologia
Gustav Fechner - Hermann Helmholtz
e Jhoannes Muller
e Ernst Weber
Kathleen Valéria de Souza Albuquerque da Silva
 A Fundação da Psicologia
PSICOLOGIA = PSYCHÉ (ALMA, ESPÍRITO) + LOGOS (ESTUDO, RAZÃO):
 A origem da Psicologia remonta ao século V a. C., quando Platão e Aristóteles já se viam às voltas com muitas questões que hoje são abordadas pela Psicologia. Durante muito tempo a Psicologia foi um campo do saber mais ligado à espiritualidade, ao abstrato e até a Filosofia. 
Negar a Psicologia como ciência estava muito intrínseco ao fato de que algumas perguntas não podiam ser respondidas para que fosse considerada uma disciplina científica, como por exemplo: “Qual o objeto de estudo?” “Quais métodos deveriam ser usados na investigação psicológica?” Especialmente Imannuel Kant fez severas críticas à Psicologia como ciência, colocando-a no mesmo lugar da metafísica, entendida como um saber sem fundamento e isso será visto mais adiante quando abordarmos os vetos Kantianos.
 Pela dificuldade em se provar como ciência independente, a Psicologia acabou se apoiando em outras ciências, como por exemplo a Fisiologia (um braço da biologia que estuda as funções e as partes dos organismos vivos, incluindo os humanos).
 No século XIX, o Fisiologista Wilhelm Wundt inaugura em 1879, o Laboratório de Psicologia Experimental na Universidade de Leipzig.
 Esse não foi o primeiro laboratório, visto que o próprio Wundt já tinha fundado um laboratório em Heidelberg para realizar seus experimentos psicológicos, mas a diferença é que o Laboratório de Leipzig atraiu uma enorme quantidade de estudantes estrangeiros e isso lhe conferiu o título de primeiro centro internacional de formação de psicólogos. E esse é um dos motivos que levou Wilhelm Wundt a ser considerado o “Pai da Psicologia Moderna.” 
Continuação
 Já Franz Brentano, explora as consequências ontológicos deste veto de Kant, rompendo com as tentativas de decomposição da vida mental em elementos básicos constituintes (feitas pelo estruturalismo e pela psicologia fisiológica). Ele declara a unicidade como característica distintiva da vida mental, confere necessidade pela psicologia e advoga por uma transformação básica ao estudo do ato mental e intencionalidade da consciência.
 As ideias de Brentano exerceram forte influencia nas filosofias fenomenológicas de Hurssel, de Scheler e de Heidegger.
Continuação
 Um dos principais problemas da psicologia enfrenta diz respeito a definição do seu objeto. Como ainda não há uma resposta definitiva a essa questão, a psicologia tem sua autonomia e identidade constantemente ameaçadas pelos frequentes propostos de explicação dos fenômenos psicológicos através da neurociência. Nesse sentido, um dos programas de pesquisa mais influentes no debate contemporâneo é o materialismo eliminativo, defendido, sobretudo pelos Churchlands. Sua tese central afirma que a nossa concepção tradicional dos fenômenos psicológicos (folk psycology) constituiu uma teoria defeituosa e radicalmente falso, que precisa ser substituído por uma nova teoria baseada na neurociência. Entretanto, antes que o materialismo eliminativo se imponha como horizonte teórico para a psicologia, alguns obstáculos metodológicos precisam ser superados. O objetivo do presente artigo é “eliminação”, que nos parece insuperável.
O MATERIALISMO ELIMINATIVO E O PROBLEMA ONTOLÓGICO DA PSICOLOGIA
Continuação
 A Psicologia de Wundt
QUEM FOI WILHELM WUNDT?
Era médico, filósofo e psicólogo alemão;
Nascimento: 16 de agosto de 1832, Mannheim, Alemanha;
Falecimento: 31 de agosto de 1920, Großbothen, Grimma, Alemanha;
Foi educado na Universidade de Tubingen University (1851) e University of Heiderlber (1856);
Era considerado o pai da Psicologia Experimental e fundador da psicologia moderna.
 
A universidade Alemã e a institucionalização da psicologia
 A psicologia na realidade surgiu como um estudo independente e, no início, ela era basicamente experimental, era uma junção das ideias da filosofia e da fisiologia. A psicologia experimental surgiu em um dia de dezembro na Alemanha no final do século XIX, e Wilhelm Wundt é considerado o fundador, devido ele ter criado o primeiro laboratório de psicologia no ano de 1879, na Universidade de Leipzig. Esse laboratório foi de grande importância pois se transformou no primeiro centro internacional de formação de psicólogos.
Continuação
 
A CONTRIBUIÇAÕ DE WUNDT PARA A PSICOLOGIA
 Sua maior contribuição foi mostrar que a psicologia poderia ser uma ciência experimental válida.
 Ao criar o primeiro laboratório de psicologia experimental ele separou a psicologia da filosofia e da fisiologia e tornou-se a primeira pessoa a ser chamada de psicólogo.
 
COMO É DEFINIDA A PSICOLOGIA DE WUNDT
 Para Wundt a psicologia é definida como uma ciência da mente, tendo como objeto de estudo a experiência consciente imediata. 
Na sua concepção essa ciência faz pesquisas sobre como o sujeito desenvolve sensações e sentimentos.
Continuação
COMO ERAM OS EXPERIMENTOS?
 
 Wundt adaptou muitas técnicas empregadas pelas fisiologistas para avançar com sua pesquisa, concentrou-se no estudo da própria capacidade de organização da mente, no qual atribuiu o nome de voluntarismo, que é a ideia de que a mente é capaz de organizar o conteúdo mental de pensamento superior.
 
Continuação
QUAL METODO WUNDT UTILIZAVA?
 
Considerado por Wundt a "ciência da experiência consciente" o método introspectivo utilizava da introspecção, pois somente o indivíduo que passa por tal experiência é capaz de observá-la. Este método era conhecido como percepção interna. Com isso tal método de observação devia utilizar para que se tenha um melhor resultado.
 
A abordagem de Wundt ficou conhecida como estruturalismo porque ele usou métodos experimentais para encontrar os blocos básicos de construção (estruturas) de pensamento e investigar como eles interagiam
QUEM FOI IMMANUEL KANT ?
Foi um filósofo prussiano. Amplamente considerado como o principal filósofo da era moderna;
Nascimento: 22 de abril de 1724, Königsberg;
Falecimento: 12 de fevereiro de 1804, Königsberg;
Formação: Universidade de Conisberga (1770).
 Os Vetos Kantianos e a Crítica Positivista
 Immanuel Kant (Prússia, 1724 – 1804), um dos principais filósofos da modernidade e um dos pensadores do Iluminismo: um movimento cultural europeu do século XVII e XVIII que buscava gerar mudanças políticas, econômicas e sociais na sociedade da época. As principais obras de Kant são a “Crítica da Razão Pura’’ que fala sobre como conhecemos as coisas através da razão e a ”Crítica da Razão Prática” onde ele fala sobre como a razão deve orientar as nossas ações. Esse tema também é abordado em outros livros dele, como: A Fundamentação da Metafísica dos Costumes e a Metafísica dos Costumes. 
Continuação
 Na Crítica da Razão Pura, Kant aborda sobre a teoria do conhecimento, ou seja, como nós conhecemos as coisas. Como o ser humano conhece o mundo. Nessa obra, Kant busca resolver o debate que havia entre os Empiristas e os Racionalistas. Ou seja, ele buscava conciliar esses dois conhecimentos. Como já vimos antes, os Empiristas acreditavam que nós conhecemos as coisas pela experimentação, ou seja, podemos encontrar verdade por meio dos nossos sentidos. Já os Racionalistas diziam que era possível chegar à verdade apenas pelo exercício da nossa razão, sem necessariamente precisar utilizar os nossos sentidos. Além disso, eles diziam que os nossos sentidos poderiam nos enganar, que não eram algo seguro.
Continuação
 
 Kant propõe então que tanto a experiência quanto a razão, são necessárias para se chegar ao conhecimento, para se chegar a verdade. Ele vai dizer que o conhecimento começa no que sentimos, mas terminana razão. O nosso exercício mental é que vai organizar e dar unidade as nossas sensações, ou seja, aquilo que vemos, ouvimos, sentimos, etc. Portanto, o conhecimento que obtemos pelos nossos sentidos são organizados pela nossa razão. Para demonstrar como a experiência e a razão podem se unir para criar ciência, ou seja, conhecimentos universais necessários e seguros, Kant nos apresenta os tipos de juízos que basicamente são afirmações sobre a realidade, que são formas de conhecimento.
Continuação
 
• Juízo Analítico a Priori: Essa é uma afirmação que não produz nenhum conhecimento novo sobre o que está sendo analisado. É, portanto, um conhecimento seguro.
O termo a priori significa conhecimento que depende da razão. Por exemplo, observe as afirmações a seguir:
Continuação
O círculo e redondo / O quadrado tem quatro lados / Solteiros não são casados
 Cada afirmação tem um sujeito e predicado e nelas podemos perceber que o predicado não informa nada de novo sobre o sujeito. Dizer que o círculo é redondo, não está adicionando nenhuma informação nova no sujeito círculo, pois todo círculo é redondo. Se não for redondo, não é um círculo. Essa é uma informação que se baseia apenas na razão. Você não precisaria ver um círculo para saber que ele é redondo. Esse mesmo raciocínio serve para as outras afirmações. Para resumirmos, diremos que esse é o juízo relacionado aos racionalistas. 
 
• Juízo Sintético a Posteriori: Essa é uma afirmação que produz um conhecimento novo sobre aquilo que está sendo analisado. 
O termo a posteriori quer dizer que é um conhecimento que depende da experiência. Observe as seguintes afirmações:
A casa é verde / As mulheres são felizes
 
Podemos perceber que os predicados acrescentam informações novas ao sujeito. Não está no conceito da casa ser verde. A casa que está sendo analisada nessa afirmação é verde, mas nem todas são. Não é regra universal que toda casa seja verde. Na frase seguinte, se a gente apenas olhar para a definição do que é ser mulher, não seria possível chegar a conclusão que todas as mulheres são felizes. Para isso teríamos que usar a experimentação, analisando todas as mulheres para saber se de fato, elas são felizes. Podemos perceber que essas afirmações se baseiam na experiência e são conhecimentos inseguros, já que não são universais. Para resumirmos, diremos que esse é o juízo relacionado aos empiristas.  
Continuação
 Para Kant, a ciência deveria sempre se basear nos juízos sintéticos a priori, só que para isso ocorrer era necessário mudar a forma de como ocorria o processo de conhecimento daquela época. Antes de Kant, quando filósofos debatiam sobre o conhecimento, muitos deles em especial os metafísicos, acreditavam que as coisas possuíam uma essência, uma realidade oculta onde se encontrava a verdadeira face das coisas. Essa essência representava a verdade e por isso, deveria ser encontrada. Entretanto, Kant dizia que essa busca pela essência das coisas, que ele chama de númeno/coisa em si, não contribuía em nada com a ciência, não gerava conhecimento, já que a essência é algo metafísico, algo que não pode ser captado pelos sentidos humanos e por isso, não poderia ser alcançado nunca.
Ainda sobre o debate entre Racionalismo e Empirismo, Kant fara críticas a essas propostas que serão conhecidas como Vetos Kantianos e se tornarão cruciais para que, ao longo do século XIX, uma série de pressupostos da Fisiologia Sensorial seja adaptada para resolver o problema da cientificidade da psicologia, proposto por Kant e resolvido pelos psicofisiologistas.
Antes de falarmos dos vetos, falaremos um pouco sobre:
Continuação
 Christian Wolff x Immanuel Kant
 Tendo em mente a distinção entre o racionalismo e o empirismo, podemos então discutir uma das formulações mais complexas da psicologia do século XVIII. Trata-se do sistema filosófico de Christian Wolff(1679-1754) que, naquele século, foi o autor que ajudou a delinear a Psicologia com status de uma disciplina da Filosofia. O complexo sistema filosófico de Wolff visava garantir a essa área uma certeza da qual gozavam os conhecimentos que dispunham da Matemática. Para Wolff, os ramos da Filosofia deveriam ser a Lógica, a Metafísica, a Filosofia Prática, a Física, a Filosofia das Artes (nesse sentido, tratava-se da Tecnologia, Artes Liberais e Medicina) e a Filosofia da Jurisprudência. No sistema de Wolff, a psicologia empírica seria um estudo da vida interior da alma, excluindo as relações fisiológicas e corporais. O interesse seria o estudo das faculdades da alma (a percepção, os sentidos, a imaginação, a memória, a atenção etc.). 
Continuação
 Trata-se de entender como a alma humana capta o mundo e organiza as percepções e ideias, observando como nossas faculdades trabalham a posteriori, ou seja, após tais percepções do mundo se formarem em nossa alma. Já a psicologia racional define a alma humana como o próprio poder de representação do universo, e estuda essa Alma como ente ou essência a priori. Ou seja, que antes define por princípio as faculdades estudadas na Psicologia Empírica. Colocando em outras palavras, se a Psicologia Empírica se preocupa com as faculdades da alma, capazes de organizar o mundo ao nosso redor, a Psicologia Racional se preocupa em justificar e explicar a própria existência dessa alma que, por sua vez, possibilita a existência de tais faculdades em primeiro lugar. Para Wolff, a Psicologia Racional não produzia conhecimentos empíricos, mas revelava aspectos da alma para além do que permitia a observação, método próprio da Psicologia Empírica (VIDAL, 2010).
Continuação
 
 Observa-se como o debate entre Racionalismo e Empirismo se configura no sistema de Wolff: uma Psicologia deduz racionalmente como a alma funciona e outra Psicologia estuda como essa alma possui faculdades específicas que percebem e compreendem o mundo. Esse sistema foi duramente criticado por Immanuel Kant(1724-1804). Kant estabelece em seu livro Crítica da razão pura que certos conhecimentos não podem ser ciências legítimas, uma vez que são incapazes de produzir uma evidência demonstrativa. Tais conhecimentos recaem numa Metafísica, um tipo de conhecimento que pode alegar várias coisas racionalmente, mas sem fornecer objeto ou evidência empírica de sua validade. Seria preciso operar uma síntese entre uma certa racionalidade especulativa e um certo empirismo demonstrável para atingir o status de cientificidade. 
Continuação
Continuação
 
Portanto, ao analisar a Psicologia Racional e a Psicologia Empírica de Wolff, o veredito é claro: não se pode fazer ciência partindo da Psicologia Racional, dado que, sendo seu objeto a alma, incorreria fatalmente num discurso puramente metafísico, sem viés empírico que demonstre sua validade. Porém, a Psicologia Empírica tinha possibilidade de ser uma ciência, mas apenas se formalizasse seu corpo de conhecimento. Em seu livro Princípios metafísicos da ciência da natureza , Kant argumenta que, para se tornar ciência, a Psicologia Empírica deveria (FERREIRA, 2010, p. 85):
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Aqui reside justamente o problema que levará a Psicologia a organizar-se como ciência experimental. O século XIX será marcado pela busca na Fisiologia Sensorial de ferramentas para a superação desses vetos estabelecidos por Kant. E uma vez que esses vetos sejam formalmente superados, podemos falar finalmente de uma Psicologia que é científica e, pela primeira vez, separada da Filosofia, existindo como campo próprio de atuação e com problemas particulares, regidos pelos ditames da ciência experimental. 
Continuação
1. Ausência de objetividade na definição de seu elemento (objeto de estudo). 
2. Ausência de objetividade em seu método de investigação. 
3. Ausência de quantificação.
A superação dos vetos e a reação da fisiologia
Gustav Fechner, Herman Von Helmholtz, Johannes Müller e Ernst Weber
 Na superação dos vetos e a reação da fisiologia, o primeiro problemalistado, foi a falta de um elemento objetivo, que será suprido pela teoria das energias nervosas específicas de Johannes Müller, formulada explicitamente em seu Handbuch der Physiologie de 1826. Para este teórico, cada via aferente possuiria uma energia nervosa específica que se traduziria em uma sensação específica de cada nervo. Seria uma espécie de kantismo fisiológico, em que o mundo percebido seria uma mera propriedade das nossas energias nervosas específicas (do que Galileu havia chamado de qualidades secundárias), estimuladas sempre por um fator físico qualquer, não importando a sua natureza. 
 É por tal razão que a sensação vai se oferecer como elemento para uma possível psicologia: ela ligaria o mundo físico que constantemente estimula os sentidos; o fisiológico, uma vez que as energias nervosas específicas estão ligadas aos nervos, e o psicológico, uma vez que a sensação seria a base de nossas representações. E quem desenvolverá este aspecto, junto com a solução do segundo problema kantiano será um discípulo de Müller, Hermann von Helmholtz.
Continuação
Helmholtz irá elaborar em 1860 uma teoria sobre o surgimento das representações psicológicas, ou das apercepções, que, no seu reverso, irá fomentar um novo método para estudo objetivo das sensações. Restava ainda o problema da matematização, o terceiro colocado por Kant. É aqui que entra a psicofísica de Fechner, delineada nos Elemente der Psychophysik de 1860. Pode-se dizer que ela também oferece uma resposta experimental ao segundo veto kantiano.
 Mas a sua principal conquista está em oferecer a qualquer estudo psicológico a possibilidade de desenvolver uma matemática mais avançada que a geometria de uma linha reta. Isto, através do estabelecimento da primeira lei matemática, batizada por ele Lei Weber-Fechner, em função do aproveitamento da equação desenvolvida por Ernst Weber (1795-1878) sobre a relação de proporcionalidade entre as diferenças apenas percebidas entre estímulos e os valores absolutos destes. Fechner, além de complexificar a equação, irá transformar as diferenças apenas percebidas em sensações, sugerindo a primeira medição psicológica.
Continuação
 
QUEM FOI GUSTAV THEODOR FECHNER?
Físico por formação e filósofo por vocação;
Nascimento: Nascimento: 19 de abril de 1801, Żarki Wielkie, Polônia;
Falecimento: 18 de novembro de 1887, Lípsia, Alemanha;
Formação: Universidade de Leipzig, Evangelisches Kreuzgymnasium;
Em 1834 foi nomeado professor de física da Universidade de Leipzig.
Continuação
 
Inicialmente dedicado ao estudo da óptica e da eletricidade, após alguns anos ficou parcialmente cego em consequência da observação direta do Sol durante estudos sobre pós-imagens visuais (ou imagens persistentes).
Vivendo desde 1844 de uma modesta pensão concedida pela universidade, Fechner consagrou-se a estudos de filosofia e formulou uma teoria segundo a qual o dualismo entre corpo e alma, próprio do homem, se verifica em todas as esferas do universo. Fechner expôs seu pensamento em Zend-Avesta: oder über die Dinge des Himmels und des Jenseits (1851; Zend-Avesta: ou sobre as coisas do céu e do outro mundo).
 A obra mais importante de Fechner, porém, foi Elemente der Psychophysik (1860; Elementos de psicofísica). Nesse livro, estudou a relação entre as sensações (psíquicas) e os estímulos (físicos) que as originam e formulou a lei que estabelece essa relação, batizada com seu nome. Embora depois se tenha verificado que a lei de Fechner tem valor relativo, a metodologia de Fechner e seu enfoque do tema fizeram de Elemente der Psychophysik um marco no progresso da Moderna psicologia experimental. Fechner morreu em Leipzig, em 18 de novembro de 1887.
Continuação
QUEM FOI JOHANNES MÜLLER ?
Foi um biólogo, fisiologista e anatomista
Nascimento: 14 de julho de 1801, Coblença, Alemanha;
Falecimento: 28 de abril de 1858, Berlim, Alemanha;
Formação: Universidade de Bonn;
Mentor da corrente mecanicista difundida na segunda metade do século XIX e um dos criadores da moderna fisiologia, foi professor de cientistas famosos, como Hermann Helmholtz.
 
 Em 1822 doutorou-se em medicina em Bonne continuou seus estudos com Karl Rudolphi, na Universidade de Berlim. Em 1824 começou a lecionar na Faculdade de Medicina de Bonn. Dois anos depois, num estudo sobre a fisiologia da visão humana e animal, causou impacto ao revelar que cada órgão sensorial responde a estímulos diferentes de forma específica.
Continuação
 Ainda em 1826, numa monografia sobre aparições imaginárias, defendeu a teoria de que o olho não reage somente aos estímulos externos, mas também aos internos, produzidos pela imaginação. O único equívoco das pessoas que afirmam ter tido visões religiosas ou fantasmagóricas, portanto, seria o de atribuí-las a estímulos externos. Müller estudou os movimentos reflexos e, em experiências com rãs, confirmou as teses de Charles Bell e François Magendie sobre nervos sensitivos e motores. Ampliou o conhecimento de angiologia e dos gânglios nervosos e estudou a estrutura dos ossos, cartilagens e glândulas internas, a composição do sangue e da linfa, o processo de coagulação, a formação de imagens na retina e a propagação do som no ouvido.
Continuação
 Após substituir Rudolphi, em 1833, na Universidade de Berlim, iniciou a publicação de sua obra mais importante, Handbuch der Physiologie des Menschen für Vorlesungen (1834-1840; manual de fisiologia humana), que deu início, na Alemanha, a um proveitoso intercâmbio entre fisiologia e prática hospitalar. Em seguida, dedicou-se à Embriologia e à bioquímica e produziu trabalhos sobre anatomia comparada e biologia marinha. Müller teve, ao longo da vida, algumas crises depressivas e morreu em Berlim, em 28 de abril de 1858. Acredita-se que tenha se suicidado.
QUEM FOI ERNST HEINRICH WEBER ?
Foi um médico alemão considerado um dos fundadores da psicologia experimental; 
Nascimento: 24 de junho de 1795, Wittenberg, Alemanha;
Falecimento: 26 de janeiro de 1878, Lípsia, Alemanha;
Formação: Universidade de Leipzig, Wittenberg University;
Ele foi uma figura influente e importante nas áreas da fisiologia e psicologia durante sua vida e depois. 
 
 
Seus estudos sobre sensação e tato, junto com sua ênfase em boas técnicas experimentais, deram lugar a novas direções e áreas de estudo para futuros psicólogos, fisiologistas e anatomistas.
Continuação
Weber tornou-se médico, com especialização em anatomia e fisiologia. Dois de seus irmãos mais novos, Wilhelm e Eduard, também foram influentes na academia, tanto como cientistas, um com especialização em física e outro em anatomia. Ernst tornou-se conferencista e professor da Universidade de Leipzig e lá permaneceu até sua aposentadoria.
Legado e influência
Weber é frequentemente citado como o pioneiro ou pai da psicologia experimental. Ele foi o primeiro a conduzir experimentos psicológicos verdadeiros que eram válidos. Enquanto a maioria dos psicólogos da época trabalhava atrás de uma mesa, Weber conduzia experimentos ativamente, manipulando apenas uma variável de cada vez para obter resultados mais precisos. Isso abriu caminho para o campo da psicologia como ciência experimental e abriu caminho para o desenvolvimento de métodos de pesquisa ainda mais precisos e intensos. Uma das maiores influências de Weber foi em Gustav Fechner. Weber foi nomeado o Dozent de Psicologia da Universidade de Leipzig no mesmo ano em que Fechner se matriculou. O trabalho de Weber com a sensação inspirou Fechner a promover o trabalho e a desenvolver a lei de Weber. Na época de seu trabalho com as sensações, Weber não percebeu totalmente as implicações que seus experimentos teriam na compreensão do estímulo e da resposta sensorial. 
Continuação
QUEM FOI HERMANN HELMHOLTZ ?
Foi um matemático, médico e físico;
Nascimento: 31 de agosto de 1821, Potsdam, Alemanha;
Falecimento: 8 de setembro de 1894, Charlottenburg, Berlim, Alemanha;
Formação: Universidade de Heidelberg, Universidade de Conisberga;Devotou sua vida à ciência, segundo a Enciclopédia Britannica de 1911. Foi considerado por ela um dos homens mais relevantes do século XIX.
  Em julho de 1847 Helmholtz apresentou ,na sociedade de física de Berlim, a famosa monografia Über die Erhaltung der Kraft (Sobre a conservação da força), que o consagrou seu nome na história da física. O princípio da conservação da energia, que demonstrou ser aplicável aos fenômenos elétricos e eletromagnéticos, bem como aos choques dos corpos inelásticos, foi apresentado com base em rigorosa formulação matemática.
Continuação
 No campo da acústica, Helmholtz pesquisou minuciosamente os aspectos físicos da propagação do som e as características fisiológicas de sua percepção pelo ouvido humano. Fez ainda observações fundamentais sobre a harmonia, estabeleceu uma nova teoria da harmonia e a correlação entre a fisiologia e a estética musical.
 
A constituição da psicologia no século XIX, foi impulsionada por soluções aos vetos de Immanuel kant, em relação a psicologia empírica e as questões foram solucionadas pelos trabalhos dos fisiologistas Johhanes Muller, Hermann Von Helmholtz e Gustav Fechner.
O avanço tecnológico e instrumental observável favoreceu o registro preciso e mensurável. Fechner delineou a psicofísica juntamente a Ernst Weber, contribuindo para a psicologia científica a possibilidade de oferecer estudos psicológicos quantificáveis entre a relação de estímulos sensação e percepção
Fechner - As contribuições de Fechner para a psicologia experimental estão essencialmente ligadas ao surgimento da psicofísica - a ciência que estabelece as relações funcionais entre o corpo e a mente.
Continuação
Helmholtz - Escreveu sobre assuntos diversos, desde a idade da terra até a formação do sistema solar: na fisiologia e na psicologia fisiológica, contribuiu com teorias da visão, da percepção visual, percepção espacial, visão a cores, sensação de tom sonoro, percepção do som etc.
Johannes Müller - Sensações (variações de energias nervosas específicas)
Weber - Fechner tenta descrever a relação existente entre a magnitude física de um estímulo e a intensidade do estímulo que é percebida. Ernst Heinrich Weber (1795–1878) foi um dos primeiros a fazer uma aproximação ao estudo da resposta do ser humano a um estímulo físico de uma maneira quantitativa. 
Referências 
https://psicologiaemfoco2016.wordpress.com/category/5-primeiros-cursos-de-psicologia-no-mundo-no-brasil-e-na-bahia/
A crítica da razão pura e a história da psicologia: de objeto histórico A instrumento de Análise - Arthur Arruda Leal Ferreira. 
Apostila de História da Psicologia, Professora: Fernanda Boring, E. G. (1979 [1929. 1950]) História de La Psicologia Experimental. México: Trilhas. 
Antecedentes Históricos e Origem da Psicologia, conteúdo digital de História da Psicologia, SIA. 
Crítica da razão prática (Pensamento Humano) - https://amzn.to/3GeJbL
https://biomania.com.br/artigo/gustav-theodor-fechner
 Lugar da psicofísica de Gustav Fechner na história da psicologia The place Gustav Fechner’s psychophysics in the history of psychology Arthur Arruda Leal Ferreira Universidade Federal do Rio de Janeiro Brasil
https://stringfixer.com/pt/Ernst_Heinrich_Weber
 
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