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Segurança dos alimentos Ementa • Conceitos de microbiologia de alimentos; condições de crescimento dos mesmos; microrganismos utilizados na produção de alimentos; deterioração dos alimentos por microrganismos; microrganismos patogênicos veiculados por meio dos alimentos e doenças causadas pelos mesmos. Conceito de qualidade. Boas práticas de produção de alimentos. Responsabilidade social no processo de higiene e segurança dos alimentos. Carga-horária: 60h Aulas teóricas/ estudos de caso/ estudos dirigidos Conceito de microbiologia dos alimentos O estudo dos microrganismos que habitam, crescem e contaminam os alimentos. Aspectos históricos • Com o surgimento de alimentos preparados, começaram a ocorrer os problemas relacionados com doenças transmitidas pelos alimentos. • Os progressos realizados no sentido de se compreender a natureza das doenças causadas pelos alimentos foram bastante lentos. • A importância da limpeza e da higiene na produção de alimentos demorou muito para ser reconhecida. • Foi somente por volta do século XIII, na Europa, que surgiram as primeiras normas de inspeção de carnes e de abatedouros de animais. • L. Pasteur foi o primeiro cientista a compreender o papel dos microrganismos nos alimentos. - DETERIORAÇÃO; - INFECÇÕES; - INTOXICAÇÕES; - CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS; - PRODUÇÃO DE ALIMENTOS. Alimentos como meio de crescimento para microrganismos. SEGURANÇA X QUALIDADE Produção de alimentos seguros é responsabilidade de TODOS os envolvidos! Perigos em alimentos Microrganismos Eles estão em todos os lugares e chegam aos alimentos, geralmente, pela falta de higiene. COLÔNIAS TEMPO X TEMPERATURA Água Oxigênio (ar) Acidez Nutrientes Temperatura Importância dos microrganismos DETERIORANTES PATOGÊNICOS BENÉFICOS DETERIORANTES PATOGÊNICOS Dependem de fatores inerentes ao alimento, ao microrganismo patogênico em questão e ao indivíduo afetado. Podem chegar ao alimento por inúmeras vias, sempre refletindo condições precárias de higiene durante a produção, armazenamento, distribuição ou manipulação. BENÉFICOS Fontes de contaminação Caracterização das DTA’s SURTO DE DTA quando duas ou mais pessoas, após consumir o mesmo alimento, na mesma data e horário, apresentam sintomas gastrointestinais semelhantes, num mesmo período de tempo (náusea, vômito, diarreia, cólicas abdominais, febre, cefaleia). o Inquérito epidemiológico com indivíduos que tenham consumido e que não tenham consumido o(s) alimento(s) suspeito(s); oAnálise de laboratório em amostras de alimentos. IDENTIFICAÇÃO DE UM SURTO • Existem aproximadamente 250 tipos de doenças alimentares; • A maioria dos surtos tem sido relacionada à ingestão de alimentos com boa aparência, sabor e odor normais, sem qualquer alteração organoléptica visível dificultam a rastreabilidade dos alimentos causadores de surtos. • Alimentos com características organolépticas alteradas dificilmente causam surtos alimentares. • Relatos nacionais e internacionais demonstram que a maioria dos casos de DTA não são notificados às autoridades sanitárias, pois muitos dos patógenos alimentares causam sintomas brandos, fazendo com que a vítima não busque auxílio médico. TODOS QUE INGEREM ALIMENTOS CONTAMINADOS IRÃO DESENVOLVER A DOENÇA? Mecanismos de defesa humana: oEstômago: acidez estomacal e enzimas (barreiras naturais)- Provocam eliminação parcial ou total de patógenos; o Intestino: mucosa intestinal, ácidos biliares, motilidade intestinal, microbiota intestinal. oCélulas de defesa: fagocitose Tipos de Doenças Microbianas de Origem Alimentar INTOXICAÇÃO ALIMENTAR OU INFECÇÃO ALIMENTAR? o Intoxicação Alimentar: causada pela ingestão de alimentos contendo a toxina microbianas pré-formadas. Bacillus cereus Staphylococcus aureus Clostridium botulinum Clostridium perfringens o Infecção Alimentar: causadas pela ingestão de alimentos contendo células viáveis de microrganismos patogênicos. Salmonella Shigella Escherichia coli Yersinia enterocolitica Manifestações clínicas o Período de incubação: 30min a 21 dias. o Geralmente não apresenta complicações, salvo em populações em risco. o São doenças com bom prognóstico. • Diarreia; • Náuseas; • Vômitos; • Cefaleia; • Dor abdominal; • Febre; • Flatulência; • Fadiga; • Perda de apetite. Principais bactérias causadoras de DTA’S • Sthaphylococcus aureus Período de surgimento da sintomatologia: 2-4h Qu ant ida de infe cta nte : Aci ma de 10 ⁵ UF C/g de alim ent o. Modo de transmissão: • As mãos do portador estão contaminadas com secreções nasais; • As mãos inoculam o microrganismo no alimento durante sua preparação; • O alimento é mantido durante muitas horas sem refrigeração adequada; • Durante esse tempo, o Staphylococcus multiplica-se e produz a enterotoxina; • O alimento pode ser consumido cru ou cozido. O COZIMENTO NÃO DESTRÓI A ENTEROTOXINA! • Clostridium botulinum Período de incubação: 12-36h A contaminação se dá por processamento inadequado no processamento. COMO EVITAR? •Realizar procedimento adequado de sanificação do alimento; •Aplicar tratamento térmico para alimentos de baixa acidez (pH>4,5); •Rejeitar qualquer alimento suspeito (odores putrefatos, ranços e estufamento de latas); •Proceder ao aquecimento do alimento por 20min a 100°C. ESP OR OS • Clostridium perfringens Período de incubação: 8-24h MEDIDAS DE CONTROLE: Manutenção do alimento preparado à temperatura ideal e procedimento adequado de higiene na elaboração dos alimentos.ESP OR OS • Bacillus cereus Temperatura ótima: 28°C-35°C MEDIDAS DE CONTROLE: São necessários procedimentos higiênicos adequados e cocção dos alimentos à temperatura superior a 100°C. Toxina termolábil: sendo destruída a 55°C por 20min. ESP OR OS • Salmonella Temperatura ótima: 30°C 8-48h após a ingestão MEDIDAS DE CONTROLE: Cozimento adequado dos alimentos de origem animal, conservação adequada de refrigeração (evitando a multiplicação), proteção dos alimentos contra roedores, Boas Práticas.PO DE SE R F AT AL EM ID OS OS E EM CR IAN ÇA S! DTAs no Brasil • Dados da Secretaria de Vigilância em Saúde a respeito dos surtos registrados, entre 1999 a 2008, demonstraram que 6.062 surtos de DTA foram registrados, com acometimento de 117.330 pessoas e 64 óbitos. • Salmonella spp. 1.275 surtos (42%) • S. aureus 600 surtos (20%). • B. cereus 205 surtos (7%) Alimentos envolvidos em DTAs no Brasil 23% Ovos crus e/ou mal cozidos 12% Carnes vermelhas 17% Alimentos mistos 11% Sobremesas 9% Água 7% Leite e derivados 21% Não foi identificado o alimento Fatores que contribuem para aumento de DTAs: • Produção de alimentos em larga escala; • Transporte de alimentos a longas distâncias de seu local de fabricação; • Uso crescente de alimentos instantâneos, semi-preparados ou congelados; • Manutenção incorreta dos alimentos em supermercados; • Colocação de produtos por períodos prolongados à temperatura ótima para o desenvolvimento de patógenos. Como controlar o desenvolvimento dos microrganismos nos alimentos? Manutenção de condições desfavoráveis à multiplicação Uso de temperaturas elevadas e do frio Através da desidratação Uso de conservadores químicos Irradiação dos alimentos Dificultando o acesso de microrganismos aos alimentos REFLEXÃO QUAL O NOSSO PAPEL, COMO PROFISSIONAIS DA SAÚDE E/OU DA ALIMENTAÇÃO, EM REDUZIR OS ÍNDICES DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS?
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