Prévia do material em texto
6 CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – PPAP III GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES. COMBATE A EVASÃO ESCOLAR: Um desafio necessário. JOSÉ ELISALDO DE JESUS CRUZ – UP20141269 MARCELINA MAYSA DOS SANTOS SILVA – UP20141279 MAX ALEXANDER SANTIAGO DOS SANTOS – UP20141293 ARACAJU / SERGIPE 2022 UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA PEDAGOGIA JOSE ELISALDO DE JESUS CRUZ – MATRÍCULA: UP20141269 MARCELINA MAYSA DOS SANTOS SILVA – MATRÍCULA: UP20141279 MAX ALEXANDER SANTIAGO DOS SANTOS – MATRÍCULA: UP20141293 COMBATE À EVASÃO ESCOLAR: Um desafio necessário. Projeto e Prática de Ação Pedagógica – PPAP apresentado à Universidade Paulista – UNIP, como requisito parcial para obtenção do grau da Licenciatura em Pedagogia. Professora Orientadora: Ivana Gomes. Aracaju/Sergipe 2022 Sumário 1. Tema: 4 2. Situação-problema: 4 3. Justificativa e embasamento teórico: 4 4. Público alvo 6 5. Objetivos 6 6. Percurso metodológico 6 7. Recurso 8 8. Cronograma 8 9. Avaliação e produto final 8 10. Referências 9 1. Tema: Combate à evasão escolar: um desafio necessário. 2. Situação-problema: A evasão escolar é um problema historicamente percebido no ambiente escolar, Segundo Lahoz (2000) de cada 100 crianças que iniciaram os estudos em 1997, apenas 66 chegarão à oitava série. Em escolas que atendem alunos em situação de vulnerabilidade social esta problemática é ainda mais recorrente, necessitando de uma atenção especial dos profissionais da equipe gestora. O desafio de entender os principais motivos que levam os alunos a abandonar a escola e elaborar estratégias que possam amenizar a situação deve ser visto como prioridade, fazendo-se necessário discutir ações e traçar estratégias no sentido de prevenir casos de infrequência e resgatar os casos já detectados de abandono escolar. São diversas as causas que podem levar o aluno a infrequência e consequentemente ao abandono escolar, como: escola não atrativa, gestão ou professores autoritários, ausência de motivação dos alunos, problemas de saúde, gravidez na adolescência, desinteresse dos responsáveis em relação à educação dos filhos, violência na família, na escola ou na comunidade, necessidade de trabalhar para ajudar a família, entre outros. Detectar as principais causas e traçar metas para enfrentá-las é a melhor maneira para proporcionar o retorno efetivo do aluno à escola. Dessa forma ao buscarmos responder ao questionamento: Quais as principais causas da evasão escolar da unidade de ensino e como podemos enfrenta-las? Podemos traçar metas para amenizar o problema da melhor maneira proporcionando o retorno efetivo do aluno à escola. 3. Justificativa e embasamento teórico: Esse tema surgiu diante das reflexões feitas pelo grupo sobre a crescente evasão escolar em unidades escolares em localidades de baixa renda, tema este que ainda é visto pelas equipes gestoras como um grande desafio a ser superado na educação pública brasileira. Toda criança e adolescente tem o direito a educação garantido segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (1996) em seu art. 2º “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” O desenvolvimento adequado da criança e adolescente, garantindo o pleno desenvolvimento do individuo, de modo a torna-los aptos ao exercício da cidadania e qualificados para o mercado de trabalho são os objetivos básicos da educação segundo o artigo 205 da Constituição Federal de 1988. A escola tem um papel fundamental para que os objetivos básicos da educação sejam efetivados, dessa forma as discursões sobre a evasão escolar tem colocado em debate o papel tanto da família como da escola em relação à vida escolar da criança. Entre os vários problemas que existem na educação básica, a evasão escolar apresenta-se como um grande desafio para todos que estão envolvidos nesse processo. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu art. 56 é dever dos dirigentes de estabelecimentos de Ensino Fundamental comunicar ao conselho tutelar os casos de reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares. Monitorar a frequência dos estudantes observando os casos de infrequência e abandono escolar deve estar entre as prioridades da equipe gestora da escola, é importante criar estratégias para entender a motivação do problema, sendo verificado que a evasão dos alunos ocorre em razão de fatores internos da escola, seja na parte pedagógica ou material, os profissionais da equipe gestora juntamente com toda a equipe pedagógica e comunidade escolar deve atuar conjuntamente para solucionar o problema, visando à melhoria do ensino, para torná-lo mais atraente ao aluno evadido. Além dos motivos internos a escola que levam os alunos ao abandono escolar existe também motivos externos como a situação socioeconômica e o nível de escolaridade dos responsáveis que apontam a família como um dos principais fatores que influenciam no fracasso escolar da criança, seja pelas suas condições de vida ou pela falta de acompanhamento em suas atividades escolares. Segundo Brandão (1983), os alunos de nível de escolaridade mais baixo tendem a ter um menor índice de rendimento, sendo mais propensos a evasão. Dessa forma podemos observar que discutir a problemática da evasão escolar vai muito além de apontar culpados, é necessário que todos os envolvidos conjuntamente busquem auxiliar os atingidos pela situação, segundo a Constituição Federal de 1988 esse dever é do Estado e da família incentivada com a colaboração da sociedade. Portanto é imprescindível que a escola identifique os fatores internos que possam estar colaborando com a evasão escolar de seus alunos buscando possíveis soluções que podem ser aplicadas com a colaboração de todos os funcionários, assim como os fatores externos buscando agir conjuntamente com os órgãos envolvidos, para encurtar a distância entre o que diz a lei e a realidade, em combate a evasão escolar, de forma a garantir a formação do cidadão e sua inserção na sociedade, possibilitando melhores condições de vida para estes alunos. 4. Público alvo Alunos, professores, equipe gestora, profissionais de educação e toda a comunidade escolar. 5. Objetivos Objetivo Geral: Reduzir o número de evasões das turmas da escola contempladas nesse projeto. Objetivos Específicos: · Identificar os principais motivos de abandono escolar dos alunos durante o processo de ensino e aprendizagem; · Analisar se as práticas pedagógicas dos professores atendem as necessidades dos alunos. · Propor metodologias de ensino variadas, levando-se em consideração as características socioeconômicas dos alunos. 6. Percurso metodológico O projeto de médio prazo, terá duração de 2 (dois) anos, será dividido em três fases: constatar a raiz do problema, capacitação dos professores e elaboração de metodologias e aplicação das mesmas. Envolverá diretamente toda equipe pedagógica e gestora da escola que juntos iram desenvolver estratégias para diminuir o indicador de alunos evadidos levando em conta suas causas e objetivos já elencados. Afinal a escola tem que se adaptar ao aluno e não o aluno a escola. • A primeira fase durará 9 (nove) meses, sendo iniciada com uma reunião realizada pela gestora da instituição escolar com a presença dos professores, coordenadores, e todos que fazem parte do corpo docente, na ocasião será apresentado o projeto para que todos abracem a causa e sejam motivados. A função do coordenador nesta primeira fase será de suma importância pois ele ficará responsável por fazer um levantamento dos alunos que estão com notas baixas, infrequência escolar, alunos que tem histórico de abandono escolar, alunos com problemas socioeconômicos e fazer busca ativa. Já os professores serão responsáveis por investigar quantos e quem são os alunos quetrabalham, os que tem problemas com a família, os que estão desmotivados pensando em desistir e o motivo para isso está acontecendo. Um questionário será formulado estrategicamente, impresso e distribuídos para todos os alunos responderem para assim reunir mais informações. Reuniões quinzenais serão realizadas durante esses nove meses para serem coletados os dados, analisados e atualizados para que a gestora possa ter uma noção da realidade da instituição e encontrar a raiz do problema de acordo com os dados coletados. • Na segunda fase os professores passaram por uma capacitação que será dividida em duas partes. - Trabalhar as competências socioemocionais dos professores (as) para que eles saibam lidar com os problemas dos alunos e com os seus também, contará com palestras com psicólogos, psiquiatras, psicanalistas e consultas individuais com psicólogos. Haverá 4 (quatro) meses para que a gestão da escola realize essa primeira parte da capacitação. - Formação continuada e cursos na área de atuação de cada docente, para que ele possa aprimorar e atualizar seus conhecimentos para assim conseguir transmitir com qualidade sua matéria para o alunado em suas aulas. Terá duração de 4 (quatro) meses. • A terceira parte terá 7 (sete) meses para ser desenvolvida e aplicada. A metodologia deverá levar os discentes a serem protagonistas, autores de suas próprias histórias, não meros fantoches reprodutores de histórias, aguçando sua curiosidade, criatividade e pensamento crítico, para isso teremos por base uma metodologia que foi desenvolvida na Tailândia e que deu muito certo, chamada Project Based Learning ou Aprendizagem Baseada em Projetos que foi criada por William Heard em 1919, que é um projeto de longo prazo que pode durar uma semana ou até um semestre, o professor irá propor um tema desafiador, ou melhor, um problema desafiador e o aluno irá atrás de soluções que não serão encontradas facilmente em aplicativos de pesquisas, eles poderão pesquisar em entrevistas, reportagens, livros e etc. Fazendo assim o levantamento de hipóteses e testar essas hipóteses na prática por meio de experimentos, encontrando um modo de prevenção ou solução para o problema, eles fazem a coleta de dados e estabelecem um plano, em seguida conclui o projeto desenvolvendo e apresentando os materiais concretos para criar aplicativos, relatórios, documentários, reportagens que irão ajudar a comunidade, por fim os alunos serão avaliados pelo orientador (professor). 7. Recursos · Folders, panfletos, comunicados, palestras, questionários, reportagens, livros, jornais. 8. Cronograma Programação Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Aug Set Out Nov Dez Reuniões quinzenais e coleta de dados X X X X X X X X X Palestras com profissionais X X X X Formação continuada e cursos na área de atuação X X X X Aplicação da metodologia X X X X X X X Avaliação do projeto X X X X X X X 9. Avaliação e produto final Avaliação: Através dos dados coletados e objetivos alcançados será feita a avaliação, levando em conta quantos alunos foram alcançados, os professores capacitados, a mudança de pensamento de todos os envolvidos, observando se houve um antes e um depois, identificar as facilidades e dificuldades encontradas ao longo do projeto e suas contribuições para o mesmo, assegurando que sejam capazes de oportunizar suas competências. Pois este projeto vai muito além de um número, ele tem a função de transformar e se apenas um aluno for recuperado já terá valido a pena. Serão comparados o percentual de evasão escolar antes do projeto e depois do projeto, se houver a diminuição o projeto, terá sido excelente, se não houver o projeto precisará ser reformulado e adaptado tendo por base os erros e acertos cometidos. Por fim serão distribuídos a todos os envolvidos um questionário sobre o projeto para que eles respondão e deem seus feedbacks. Produto final: O desfecho do projeto se dará por uma culminância na qual a gestora irá apresentar o projeto para toda a comunidade escolar e não escolar, em seguida os alunos recuperados farão um breve discurso de como o projeto os ajudou, os professores falarão quais foram seus maiores desafios neste projeto. Depois uma exposição com os projetos criados e desenvolvidos será apresentada por todos os alunos e a contribuição deles para a comunidade. 10. Referências BRANDÃO, Zaia et alii. O estado da arte da pesquisa sobre evasão e repetência no ensino de 1º grau no Brasil. In Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 64, nº 147, maio/agosto 1983. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art266>. Acessado em 21 de Jun de 2022 BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996. BRASIL. LAHOZ, André Casa. Na Nova Economia a educação é um insumo cada vez mais importante. Com investimentos, políticas consistentes e continuidade, o Brasil melhora suas chances de prosperar. In: Revista Exame. Ano 34, nº 75, abril 2000. JESUS, José Raimundo de. Evasão escolar um grande desafio da educação no Brasil. Construir Notícia, c2022. Disponível em: <https://www.construirnoticias.com.br/evasao-escolar-um-grande-desafio-da-educacao-no-brasil/>. Acessado em 21 de Jun de 2022 4 estratégias para combater a evasão escolar. SM. [s.d.]. Disponível em: <https://www.smeducacao.com.br/evasao-escolar/>. Acessado em 21 de Jun de 2022