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NARRADOR: Uma empresa brasileira estava atrasada na entrega de carne bovina para exportação. O técnico responsável pelo abate entrou de licença de saúde e foi substituído por novato inexperiente. PESSOA 1(chefe): Bom dia, vc é o novo estagiário? ESTAGIÁRIO: Sim, (cumprimento) PESSOA 1: Certo, você já pode começar pois já realizamos os abates. ESTAGIÁRIO: E agora o que vou fazer? (Preocupado) NARRADOR: Ao chegar no frigorífico o estagiário se depara com as carcaças e ordena que sejam congeladas imediatamente após a etapa de higienização. O resfriamento rápido das carcaças é desejável para se ter redução de perdas de peso, de desnaturação de proteínas e de proliferação de microrganismos, e maior oxigenação da mioglobina da superfície dos músculos, conferindo-lhes a cor vermelho vivo. Entretanto, chega uma funcionária mais experiente e vai conversar com o estagiário. FUNCIONÁRIA 1: Bom dia, tá tudo certo aqui? ESTAGIÁRIO: Sim, as carcaças bovinas foram para o congelamento à temperatura de 0ºC após duas horas à sangria. FUNCIONÁRIA 1: Você não esperou o estabelecimento do rigor mortes na carne? ESTAGIÁRIO: Não sabia que precisava esperar, mas o que pode acontecer se a carne for congelada? Não vai ser melhor para a conservação? FUNCIONÁRIA 1: Não, pois ocorre diminuição rápida da temperatura dos músculos que vão encurtar com o frio e congelar no início do desenvolvimento do rigor mortis, pode provocar o endurecimento da carne. ESTAGIÁRIO: Então o que deve fazer para evitar esse problema? FUNCIONÁRIA 1: A solução para evitar esse problema seria deixar as carcaças a temperaturas entre 2-7°C até o estabelecimento do rigor mortis (50% do ATP inicial, pH=6,0 ou 10 horas após a sangria) e, somente depois disso deve reduzir rapidamente a temperatura. ESTAGIÁRIO: Entendi, obrigado pelas informações, vou logo informar que as carcaças não devem ser congeladas antes do rigor mortes. NARRADOR: Com isso, o problema foi resolvido e a carne foi entrega com qualidade para a exportação.
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