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Tricuríase Trichuris thichiura Importância e distribuição • 360 milhões de pessoas infectadas, predominando em regiões da Ásia, África e América latina • .5,4% de prevalência no Brasil, semelhante de Ascaris, pois a transmissão também é fecal – oral pois isso esses dados se sobrepõem Taxonomia Filo Nematoda Classe Enoplea Ordem Trichinellida Família Trichuridae Trichuris Trichiura Trichuris vulpis Trichuris suis Trichuris muris Thrix vem do grego que significa cabelo, e Oura significa calda, o que diz muito sobre sua morfologia, mas na verdade ele possui a cabeça, ou seja, a região anterior em forma de cabelo que é mais afilada que contém o esôfago, enquanto a região posterior onde vamos ter o intestino e os órgão reprodutores São dioicos e apresentam dimorfismo, sendo as fêmeas maiores que os machos, e os machos tem a porção posterior curvado que termina em espicula. A região posterior difere, nas fêmeas temos um intestino que termina em anus, e temos a vulva onde ocorre a liberação das fezes, os machos tem um intestino que termina na cloaca onde também encontramos um espiculo retraído recoberto por uma bainha Ciclo São parasitas do intestino grosso e apresentam o ciclo monóxeno. As fêmeas fazem a deposição de ovos que saem com as fezes e a maturação da larva vai ocorrer em ambiente externo, por isso são classificados como geohelmintos. No ambiente, dependendo das condições de temperatura e humidade, esse ovo vai realizar a maturação que vai levar de 10 a 15 dias, e a forma infectante é a larva L1, depois da ingestão de ovos eles vão eclodir no intestino delgado, as larvas vão migrar para o intestino grosso, penetrar na mucosa intestinal e realizar o seu desenvolvimento. Depois da ingestão dos ovos a eclosão da larva é determinada por vários fatores, inclusive a interação com a microbiota intestinal do hospedeiro. Em um experimento, esses ovos contendo L1 foram cultivados com bactérias que produziam uma proteína florescente verde mostrando uma interação direta com esses ovos, um dos fatores que promovem essa eclosão das larvas. Quando as larvas eclodem no intestino delgado elas migram para o intestino grosso e penetram nas células epiteliais do hospedeiro, começam a fazer tuneis e a se alimentar do conteúdo das células epiteliais. A L1 faz muda para L2 ainda totalmente de forma intra - epitelial, e quando faz muda para L3 essas larvas começam a expor para a luz intestinal um pouco da porção exterior delas, que continua a muda para L4 e depois se diferenciam em adultos. Os adultos são parcialmente intracelulares, eles possuem a porção mais afilada deles embebidos na mucosa intestinal, dentro das células epiteliais do intestino grosso, enquanto a parte posterior esta externalizada em direção a luz intestinal. O tempo para o ciclo todo, desde a ingestão dos ovos com L1 até o desenvolvimento dos adultos levem em torno de 60 e 70 dias até os ovos comecem a ser detectados nas fezes do hospedeiro e isso perdura durante o tempo de vida dos helmintos que gira em torno de 3 a 4 anos. Trichuris habita as porções iniciais do intestino grosso, o ceco e o colo ascendente, mas em cargas parasitarias mais altas ele consegue colonizar o colo transversal, o colo descendente e as porções finais do intestino grosso correspondentes ao reto, e em alguns casos porções finais do intestino delgado. A parte posterior desse helminto está livre na luz intestinal e permite a realização da reprodução e da excreção desse helminto. Patologia A patologia vai variar de acordo com a carga parasitaria, com a nutrição, com a idade, a localização dos adultos, com inflamação intestinal, má absorção de líquidos e íons. Por conta da inflamação o intestino não vai conseguir desempenhar suas funções de forma efetiva como absorção de água e de íons que vão acabar sobrando na luz intestinal, levando a um quadro de deficiência nutricional, principalmente quando se trata de crianças, que podem ter deficiência de Zinco que é um cofator importante para várias vias metabólicas como a via das Glicólises Sintomatologia • Dor de cabeça • Fadiga • Náuseas e vomito Em quadros graves • Colite • Síndrome disentérica • Prolapso retal • Anemia A maturação dos ovos é dependente de condições ambientais, e sua transmissão é fecal – oral, por isso a sua distribuição está diretamente relacionada com áreas tropicais e com saneamento baixo. Controle e profilaxia Grande parte das pessoas tem baixa parasitemia e pouco acesso ao sistema de saúde para realizar diagnostico, acompanhamento e tratamento e acabam contaminando o ambiente aumentando sua prevalência. A nível comunitário esse controle depende de políticas públicas. • Identificação e tratamento dos doentes • Saneamento e educação • Cuidados com alimentos e água • Diagnósticos, tratamento dos doentes e controle de cura posterior ao primeiro tratamento Diagnostico Os ovos são elípticos, bioperculados, com tampões polares. Mesmo diagnostico usado em Ascaris lumbricoides., método de sedimentação, ou Kato-Katz