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Profa. Dra. Juliana Mauri UNIDADE I Tópicos de Atuação Profissional 1939 >>> a Nutrição nasce no Brasil. Fundação do primeiro curso de graduação para nutricionistas >>> Universidade de São Paulo (USP). Nutricionistas-dietistas >>> passaram a ser denominados apenas nutricionistas. 1962 >>> graduação em Nutrição reconhecida como curso superior. Histórico da Nutrição no Brasil Com o crescimento do número de profissionais, foram estabelecidas regras de conduta e regulamentação da profissão. Surgiu o Código de Ética e de Conduta do Nutricionista. Histórico da Nutrição no Brasil São organizações sem fins lucrativos que reúnem profissionais em prol de um bem comum, representando a profissão na sociedade e na política, articulando-se para as leis e práticas da profissão serem respeitadas. Associações científicas Conselhos profissionais Sindicatos Entidades de Classe Associações Científicas: Defendem a ciência e a profissão. Congregam sócios da área de nutrição, como nutricionistas, técnicos de Nutrição e Dietética e estudantes de Nutrição (Nível Superior e Nível Médio). 1949 >>> é fundada, no Rio de Janeiro, a primeira associação científica e cultural sem fins lucrativos ligada à nutrição, com o nome de Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN). Em seguida, nasceu a Federação Brasileira das Associações de Nutricionistas (Febran), que tentou agregar as associações estaduais de nutricionistas por todo o território brasileiro. Entidades de Classe – Associações Científicas Associações Científicas: Em 1990 tornou-se a Associação Brasileira de Nutrição (Asbran); Regulamentação da profissão de nutricionista com a Lei n. 5.276/1967; A partir das ações da Asbran, nasceram, em 1976, o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) e os Conselhos Regionais de Nutricionistas (CRNs); Somente em 1980, o diploma da área foi regulamentado. Entidades de Classe – Associações Científicas Objetivos: promover atividades científicas; incentivar a pesquisa e grupos de estudo; cooperar com os poderes públicos para gerir políticas de alimentação e nutrição; denunciar fatos que prejudiquem o direito humano à alimentação adequada; lutar junto à sociedade em defesa do direito humano à alimentação adequada; defender o SUS; promover ações de cunho sociocultural que permitam a interlocução entre sócios. Entidades de Classe – Associações Científicas Os Conselhos de Nutrição – tanto o federal quanto os regionais: foram instituídos pela Lei n. 6.583/1978; regulamentados pelo Decreto-Lei n. 84.444/1980; são entidades prestadoras de serviços públicos com o objetivo de fiscalizar a profissão em defesa da sociedade. Entidades de Classe – Conselhos Profissionais Compete aos Conselhos: habilitar legalmente os profissionais para o exercício da profissão; habilitar legalmente as pessoas jurídicas para explorar atividades profissionais; fiscalizar o exercício da profissão; aplicar o Código de Ética Profissional; aplicar multas relativas a processos disciplinares e de infração. A Resolução CFN n. 1/1980 criou seis CRNs. Aumento de profissionais ao longo do tempo, eles foram redistribuídos e modificados, criando-se cinco novos Conselhos. Entidades de Classe – Conselhos Profissionais Entidades de Classe – Conselhos Profissionais Fonte: adaptado de: livro-texto. Sigla Jurisdição Sede CRN-1 Distrito Federal Goiás Mato Grosso Tocantins Brasília (DF) CRN-2 Rio Grande do Sul Porto Alegre (RS) CRN-3 Mato Grosso do Sul São Paulo São Paulo (SP) CRN-4 Espírito Santo Rio de Janeiro Rio de Janeiro (RJ) CRN-5 Bahia Sergipe Salvador (BA) CRN-6 Alagoas Pernambuco Rio Grande do Norte Recife (PE) CRN-7 Acre Amapá Amazonas Pará Rondônia Roraima Belém (PA) CRN-8 Paraná Curitiba (PR) Quadro 1 – Distribuição dos 11 CRNs no território nacional Entidades de Classe – Conselhos Profissionais Cabe aos CRNs “cumprir e fazer cumprir as normas que regem a profissão e realizar as atividades de fiscalização e orientação ético-profissional em suas respectivas jurisdições”. Fonte: adaptado de: livro-texto. Sigla Jurisdição Sede CRN-9 Minas Gerais Belo Horizonte (MG) CRN-10 Santa Catarina Florianópolis (SC) CRN-11 Ceará Maranhão Piauí Fortaleza (CE) O Decreto-Lei n. 8.740/1946, baseando-se na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), estabeleceu os direitos das organizações: a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, os interesses dos seus associados relativos às atividades ou profissões exercidas; b) celebrar contratos coletivos de trabalho; c) colaborar com o Estado, como órgão técnico e consultivo, no estudo e solução de problemas que se relacionem com os interesses econômicos ou profissionais de seus associados; d) fundar e manter agências de colocação. Entidades de Classe – Sindicatos Profissionais Em 1989 foi criada a Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN), formada por sindicatos da categoria pelo país. Diversos sindicatos de nutricionistas atuam pelos estados brasileiros com a finalidade de defender os direitos e interesses da categoria. SindiNutri-SP (São Paulo); Sinusc (Santa Catarina); Sinepe (Pernambuco); SindNut-BA (Bahia); SindNutri-MS (Mato Grosso). Entidades de Classe – Sindicatos Profissionais Os Conselhos de Nutrição – tanto o federal quanto os regionais – foram instituídos pela Lei n. 6.583/1978 e regulamentados pelo Decreto-Lei n. 84.444/1980. São entidades prestadoras de serviços públicos com o objetivo de fiscalizar a profissão em defesa da sociedade. Considerando a ação fiscalizadora dessas entidades, responda a alternativa correta: a) Promover interesses somente econômicos e sociais. b) Assegurar o efetivo cumprimento dos direitos dos profissionais por todos os meios ao seu alcance. c) Representar, mas não defender direitos e interesses individuais ou coletivos de nutricionistas e sindicatos filiados. d) Fiscalizar o exercício da profissão e aplicar o código de ética profissional. e) Habilitar legalmente as pessoas físicas para explorar atividades profissionais. Interatividade Os Conselhos de Nutrição – tanto o federal quanto os regionais – foram instituídos pela Lei n. 6.583/1978 e regulamentados pelo Decreto-Lei n. 84.444/1980. São entidades prestadoras de serviços públicos com o objetivo de fiscalizar a profissão em defesa da sociedade. Considerando a ação fiscalizadora dessas entidades, responda a alternativa correta: a) Promover interesses somente econômicos e sociais. b) Assegurar o efetivo cumprimento dos direitos dos profissionais por todos os meios ao seu alcance. c) Representar, mas não defender direitos e interesses individuais ou coletivos de nutricionistas e sindicatos filiados. d) Fiscalizar o exercício da profissão e aplicar o código de ética profissional. e) Habilitar legalmente as pessoas físicas para explorar atividades profissionais. Resposta O CFN estabeleceu as áreas de atuação do nutricionista com a Resolução n. 600/2018. O Conselho também determinou as áreas de atuação do nutricionista: Nutrição em alimentação coletiva; Nutrição clínica; Nutrição em esportes e exercício físico; Nutrição em saúde coletiva; Nutrição em cadeia de produção, na indústria e no comércio; Nutrição no ensino, na pesquisa e na extensão. Além dessas áreas, o profissional pode atuar como assessor, consultor ou auditor, sem assumir responsabilidade técnica. Áreas de Atuação do Nutricionista Envolve o gerenciamento de Unidades de Alimentação e Nutrição (UANs) – públicas ou privadas – ligadas ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). As UANs compreendem um conjunto de subáreas com o objetivo de: operacionalizar a produção e distribuição de alimentos para uma coletividade de forma sistemática e sequencial; buscar uma alimentação balanceada e biologicamentesegura, que se ajuste às limitações físicas e financeiras das instituições. Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição em alimentação coletiva A UAN pode ser: institucional (dentro de empresas e escolas ou locais onde o comensal é fixo); comercial (restaurantes ou serviços de alimentação abertos ao público, bufê de eventos e serviços ambulantes de alimentação); serviço de alimentação coletiva (autogestão e concessão) em empresas e instituições, hotéis, hotelaria marítima, comissárias, unidades prisionais, hospitais, clínicas em geral, hospital-dia, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), spas clínicos, serviços de terapia renal substitutiva, instituições de longa permanência para idosos (Ilpis) e similares. comissária (ou catering); alimentação escolar. Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição em alimentação coletiva Compreende a assistência nutricional e dietoterápica hospitalar e ambulatorial em consultórios e domicílios. Compete ao profissional dessa área todas as atividades voltadas a recuperar, manter e promover a saúde do indivíduo, como avaliação nutricional e dietética, prescrição e orientação nutricional, monitoramento e evolução nutricional, e integração de equipes multiprofissionais de terapia nutricional. Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição Clínica A nutrição clínica pode ser desenvolvida em diversos locais: Hospitais, clínicas em geral, hospitais-dia, UPAs e spas clínicos; Serviços de terapia renal substitutiva; Ilpis; Ambulatórios e consultórios; Bancos de leite humano (BLHs) e postos de coleta; Lactários; Centrais de terapia nutricional; Atenção nutricional domiciliar (pública e privada); Assistência nutricional e dietoterápica personalizada (personal diet). Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição Clínica É uma área em expansão, dada a grande procura pela prática de atividades físicas, seja na busca por um corpo idealizado, seja na busca por saúde. Compete ao nutricionista do esporte fazer uma avaliação nutricional e dietética específica para a prática esportiva, desenvolver um plano alimentar e prescrever suplementos (se necessário) para promover o melhor desempenho atlético do indivíduo, tanto os de alto rendimento quanto desportistas. Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição em esportes e exercício físico Nutrição em saúde pública é a área do conhecimento em nutrição fundamentada em sólidas evidências científicas, com técnicas clínicas, epidemiológicas, etnográficas e sociológicas, tentando resolver os problemas de saúde relacionados à nutrição que afetam o indivíduo e sua coletividade. Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição em saúde coletiva Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição em saúde coletiva Subáreas Segmentos Subsegmentos A – Políticas e programas institucionais A.1 – Gestão das políticas e programas A.2 – Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (PNSAN) Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Bolsa Família Banco de alimentos (públicos, privados e fundacionais) Restaurantes populares Cozinhas comunitárias e outros equipamentos de segurança alimentar Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, entre outras Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional (PNAISP), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) A.4 – Alimentação e nutrição no ambiente escolar Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) A.5 – Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) Empresas fornecedoras de alimentação coletiva: produção de refeições (autogestão e concessão) Empresas prestadoras de serviços de alimentação coletiva: refeição-convênio Empresas fornecedoras de alimentação coletiva: cestas de alimento B – Atenção básica em saúde B.1 – Gestão das ações de alimentação e nutrição B.2 – Cuidado nutricional Fonte: adaptado de: livro-texto. Contempla a gestão do desenvolvimento de novos produtos e a reformulação de produtos já comercializados. O nutricionista que atua nessa área participa do controle da matéria-prima e seus produtos finais, promove treinamentos com foco na higienização, acondicionamento e transporte de alimentos e demais atividades de desenvolvimento, produção e comércio de produtos relacionados à alimentação e nutrição. Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição na cadeia de produção, na indústria e no comércio de alimentos Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição na cadeia de produção, na indústria e no comércio de alimentos Quadro 3 – Descrição das subáreas e seus segmentos da nutrição na cadeia de produção, na indústria e no comércio de alimentos Fonte: adaptado de: livro-texto. Subárea Segmento A – Cadeia de produção de alimentos A.1 – Extensão rural e produção de alimentos B – Indústria de alimentos B.1 – Pesquisa e desenvolvimento de produtos B.2 – Cozinha experimental B.3 – Produção B.4 – Controle de qualidade B.5 – Promoção de produtos B.6 – Serviços de atendimento ao consumidor B.7 – Assuntos regulatórios C – Comércio de alimentos (atacadista e varejista): atividades relacionadas à comercialização e distribuição de alimentos destinados ao consumo humano C.1 – Controle da qualidade C.2 – Representação C.3 – Representação De acordo com a Resolução CFN n. 600/2018, compete ao nutricionista na área de docência exercer atividades de coordenação, ensino, pesquisa e extensão nos cursos de graduação em Nutrição, de aperfeiçoamento profissional, técnicos e afins. Essa área divide-se em três subáreas: coordenação e direção, docência (graduação), e pesquisa. Áreas de Atuação do Nutricionista – Nutrição no ensino, docência, pesquisa e extensão Essa área de atuação do nutricionista tem como função “recuperar, manter e promover a saúde do indivíduo, com avaliação nutricional e dietética, prescrição e orientação nutricional, monitoramento e evolução nutricional, e integração de equipes multiprofissionais de terapia nutricional”. Essa função está associada a qual área de atuação? a) Nutrição em alimentação coletiva. b) Nutrição clínica. c) Nutrição em esportes e exercícios físicos. d) Nutrição em saúde coletiva. e) Nutrição em cadeia de produção, na indústria e no comércio. Interatividade Essa área de atuação do nutricionista tem como função “recuperar, manter e promover a saúde do indivíduo, com avaliação nutricional e dietética, prescrição e orientação nutricional, monitoramento e evolução nutricional, e integração de equipes multiprofissionais de terapia nutricional”. Essa função está associada a qual área de atuação? a) Nutrição em alimentação coletiva. b) Nutrição clínica. c) Nutrição em esportes e exercícios físicos. d) Nutrição em saúde coletiva. e) Nutrição em cadeia de produção, na indústria e no comércio. Resposta Segurança alimentar é um processo essencial para manter e promover a saúde. Com o aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), é importante estimular uma alimentação saudável, diminuir alimentos industrializados e valorizar produtos regionais e a culinária tradicional. A segurança alimentar também se envolve com gestão ambiental, estimulando o uso consciente e a preservação da qualidade da água, produção e destino de resíduos e produção orgânica, visando diminuir agrotóxicos na produção de alimentos. Segurança Alimentar A relação com alimentação, saúde e bem-estar vem se modificando. Por muito tempo as preocupações sobre alimentação saudável centravam-se somente no consumo elevado de alimentos ricos em sódio, açúcares e gorduras, aumentando as DCNTs. A produção de alimentos atualmente favorece uma nova linha de preocupação com a alimentação saudável: a alimentação sustentável. Segurança Alimentar A forma como os alimentos são produzidos e distribuídos atualmentedetermina o consumo excessivo de recursos naturais como água, energia, uso desregulado do solo, elevado uso de implementos agrícolas, má distribuição de alimentos, desperdício de demais recursos. A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estabelece que a alimentação saudável deve não só garantir todos os nutrientes necessários, mas também um baixo impacto ambiental, na busca de garantir a segurança alimentar e nutricional desta e de futuras gerações. A alimentação saudável deve proteger e respeitar a biodiversidade dos ecossistemas e ser acessível economicamente. Segurança Alimentar Outro ponto importante é pensar no que significa dieta sustentável, considerando que alimentação e comida têm dimensões além da biologia, pois envolvem cultura, tradição e viabilidade econômica. Para conhecer melhor as características de sustentabilidade na dieta, uma alimentação deve considerar interconexões de quatro domínios e suas dimensões. Segurança Alimentar Quadro 4 – Os quatro domínios da alimentação humana Fonte: adaptado de: livro-texto. Domínios Dimensão Saúde Segura, nutritiva e saudável Economia Acessível e justa Sociedade Culturalmente aceitável Meio ambiente Protege e repete a biodiversidade dos ecossistemas na agricultura A agravação do aquecimento global fomentou diversos eventos organizacionais nas últimas décadas, entre eles a Agenda 21, que debate políticas públicas voltadas a preservar o meio ambiente, identificando os padrões de insustentabilidade na produção de bens de consumo. É importante que as empresas de todos os segmentos produtivos invistam em tratamentos adequados de seus resíduos, reutilizando-os ou incinerando-os devidamente em vez de descartá-los em locais inadequados ou serem coletados por terceiros sem estrutura para um descarte ecologicamente correto. Segurança Alimentar – Gestão Sustentável Segurança Alimentar – Gestão Sustentável Fonte: adaptado de: livro-texto. Produção Processamento Comercialização Consumo Sistemas insustentáveis Agricultura convencional Processamento elevado Cadeias longas Consumo não sustentável Patronal Retirada de nutrientes Muitos intermediários Hábitos não saudáveis Monocultura Refinamento Distâncias longas Indisposição para comprar produtos sustentáveis Transgênicos Adição de gordura trans Desvalorização de produtos locais Consumo elevado de alimentos ultraprocessados Agrotóxicos Adição de aditivos e conservantes Preços elevados Busca por alimentos de preparo rápido Criação intensiva de animais Aditivos baseados em subprodutos de soja e milho Valorização de grandes redes varejistas Alimentação não diversificada Segurança Alimentar – Gestão Sustentável Fonte: adaptado de: livro-texto. Sistemas sustentáveis Agroecologia Processamento baixo Cadeias curtas Consumo sustentável Agricultura familiar Manutenção de nutrientes Nenhum ou poucos intermediários Alimentos frescos e agroecológicos Diversificada Processamento mínimo Proximidade do produtor e consumidor Disponibilidade para comprar produtos sustentáveis Orgânicos Sem adição de gordura trans Comércio justo e economia solidária Compra direta de agricultores familiares Sazonais Sem adição de conservantes Valorização do produto e do produtor Alimentos regionais, tradicionais e diversificados Integração lavoura-pecuária- floresta Sem outros aditivos alimentares Confiança no produtor Habilidade culinária Desperdício baixo de alimentos, energia e água A produção de alimentos envolve uma cadeia de negócios que contemplam desde a produção da matéria-prima na lavoura até a distribuição para o consumidor final, e o caminho percorrido pelo alimento tem forte impacto no meio ambiente. As empresas que operam no setor de produção de alimentos pertencem a dois segmentos distintos: produção de matéria-prima e comida, e prestação de serviços. As boas práticas na produção de matéria-prima e alimentos foram regulamentadas pelas resoluções RDC n. 216/2004 e n. 15/2012, que contemplam o manejo adequado de resíduos, como não geração, redução, reutilização e reciclagem. Segurança Alimentar – Produção de refeições Reduzir o desperdício de produtos de matérias-primas, alimentos preparados, material descartável, água e energia, pois o controle desses pontos críticos pode favorecer a competitividade econômica para a empresa no cuidado com o ambiente. Toda UAN gera resíduo, portanto, a capacitação de seus colaboradores é fundamental para a efetividade do PGR adotado. Um dos pontos importantes a se trabalhar é a classificação de cores para o descarte. Segurança Alimentar – Produção de refeições Segurança Alimentar – Produção de refeições Fonte: adaptado de: livro-texto. Quadro 6 – Código de cores para cestos de lixo conforme o material a descartar Cores Material Azul Papel/papelão Vermelho Plástico Verde Vidro Amarelo Metal Preto Madeira Laranja Resíduos perigosos Branco Resíduos ambulatoriais e de serviços de saúde Roxo Resíduos radioativos Marrom Resíduos orgânicos Cinza Resíduo geral não reciclável (misturado ou contaminado), não passível de separação Como o uso de água e energia é indispensável para produzir refeições, planejar seu consumo faz parte das estratégias de sustentabilidade. A seguir, um resumo das orientações sobre o uso racional de água e energia: Organizar capacitação e orientação sistemática sobre o uso racional da água, conscientizando funcionários; Identificar e corrigir vazamentos na rede de água nos equipamentos; Adotar procedimentos corretos com economia e sem desperdício; Utilizar material de limpeza biodegradável; Segurança Alimentar – Produção de refeições Utilizar estratégias de reaproveitamento e reúso de água, quando possível; Praticar ações educativas para funcionários e clientes; Verificar periodicamente os sistemas de aquecimento e refrigeração, identificando chamas amareladas, presença de fuligem nos recipientes e acúmulo excessivo de gelo; Desligar os sistemas de iluminação, instalação de interruptores, sensores de presença, rebaixamento de luminárias, entre outros procedimentos. Segurança Alimentar – Produção de refeições O sistema agrícola atual é muito agressivo ao ambiente, com extensas monoculturas, uso indiscriminado de produtos químicos (muitas vezes tóxicos) para garantir a colheita com menor perda e desmatamento para pastagens. A agricultura familiar tem sido proposta como forma de estimular a agroecologia, pois o alimento produzido por essa população é tradicional e se liga à cultura da comunidade local. Segurança Alimentar – Sustentabilidade e agroecologia O ato de se alimentar vai além de ingerir comida; compreende também a articulação entre conhecimento e segurança alimentar e nutricional, que tem por objetivo melhorar a qualidade de vida em uma perspectiva contextual, histórica, coletiva e ampla. A alimentação só pode ser um dos meios de promover a saúde se contemplar hábitos saudáveis, qualitativamente seguros e quantitativamente adequados. É evidente que a agricultura sustentável se liga à alimentação saudável, compondo estratégias importantes para promover a saúde, e cabe ao nutricionista incentivar o consumo de produtos regionais. Segurança Alimentar – Promoção da saúde Quais ações podem ser feitas para promover sustentabilidade na produção de refeições? a) Incentivar o consumo de produtos convencionais, de preferência com certificação. b) Incentivar consumo de alimentos frescos ou processados. c) Incentivar o consumo de proteína de fontes animais. d) Reciclar óleo de cozinha por uma instalação de produção de biodiesel. e) Descartar sobra de alimentos. Interatividade Quais ações podem ser feitas para promover sustentabilidade na produção de refeições? a) Incentivar o consumo de produtos convencionais,de preferência com certificação. b) Incentivar consumo de alimentos frescos ou processados. c) Incentivar o consumo de proteína de fontes animais. d) Reciclar óleo de cozinha por uma instalação de produção de biodiesel. e) Descartar sobra de alimentos. Resposta Suplemento alimentar é o nutriente ou substância de administração exclusiva pelas vias oral e enteral, incluídas mucosa, sublingual e sondas enterais (excluindo-se a via anorretal), apresentado em formas farmacêuticas, destinado a suplementar as necessidades nutricionais de uma prescrição. Pode estar no formato sólido, semissólido ou líquido – como cápsulas, comprimidos, líquidos, pós, barras, géis, pastilhas, gomas de mascar. Suplementos Alimentares – Definição A prescrição dietética de suplementos alimentares pelo nutricionista inclui nutrientes, substâncias bioativas, enzimas, prebióticos, probióticos, produtos apícolas – como mel, própolis, geleia real e pólen –, novos alimentos, novos ingredientes e outros autorizados pela Anvisa para comercialização, isolados ou combinados, bem como medicamentos isentos de prescrição à base de vitaminas, minerais, aminoácidos ou proteínas, isolados ou associados entre si. O nutricionista pode prescrever produtos acabados/industrializados ou seus equivalentes manipulados e outros produtos não acabados, passíveis de manipulação, isentos de prescrição médica. Suplementos Alimentares – Prescrição dietética de suplementos alimentares Portaria n. 30/1998, do Ministério da Saúde >>> alimentos para controlar peso são produtos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar composição definida, adequada para suprir parcialmente as necessidades nutricionais do indivíduo, reduzindo, mantendo ou ganhando peso corporal. As Diretrizes Brasileiras de Obesidade (ABESO, 2016) descrevem que refeições para perder peso – preparadas especialmente ou com suplementos alimentares – podem ser indicadas no tratamento de obesidade associada à dieta hipocalórica, controlando e mantendo a perda de peso. No entanto, um alerta: shakes não devem ser comprados nem utilizados sem orientação médica ou de um nutricionista, tampouco vendidos por leigos. Suplementos Alimentares – Substituto de refeições As dietas da moda – em especial as que visam perda de peso corporal – não costumam atingir a maior parte das necessidades nutricionais nem considerar a individualidade biológica, podendo pôr em risco a saúde de pessoas que decidam segui-las, impedindo uma reeducação alimentar correta e um emagrecimento saudável. Algumas dietas da moda: Dietas ricas em gordura e pobres em carboidrato; Dieta do índice glicêmico; Jejum intermitente; Dieta sem glúten; Dieta sem lactose. Dietas da moda Jejum intermitente é um padrão alimentar em que o indivíduo se submete de forma voluntária a períodos de privação de alimento, com reduzida ou nenhuma ingestão energética, variando de 0 a 25% das necessidades calóricas, intercalados por períodos de ingestão normal de alimentos e bebidas, a depender do protocolo, podendo ocorrer restrição em dias alternados, jejum de dia inteiro e jejum de tempo limitado. Dietas da Moda – Jejum intermitente Existem vários protocolos para aplicar o jejum intermitente: Jejum completo em dias alternados: a pessoa intercala dias de jejum de 24 horas, sem consumo de alimentos nem bebidas com calorias; Regimes modificados de jejum: permitem o consumo de 20 a 25% da necessidade calórica no dia do jejum; Jejum religioso do ramadã: envolve jejum do nascer ao pôr do sol. Dietas da Moda – Jejum intermitente Estratégias de jejum intermitente podem influenciar a regulação metabólica, com efeitos na biologia circadiana, no microbioma intestinal e no estilo de vida, como o sono. Podem ser bem-sucedidas para perder peso e promissoras para melhorar o controle glicêmico, além da perda de gordura corporal. A segurança e os efeitos da restrição de energia intermitente a longo prazo permanecem obscuros pelo número limitado de estudos a longo prazo e de seus participantes. Dietas da Moda – Jejum intermitente Teor muito baixo (<10% de carboidratos), ou 20-50 g por dia; Teor baixo (<26% de carboidratos), ou menos de 130 g por dia; Teor moderado (26%-44%), entre 130 e 220 g por dia; Teor alto (45% ou mais), ou mais de 220 g por dia. Dietas da Moda – Dieta low carb (baixa em carboidratos) Deve-se lembrar que dietas restritas em carboidratos causam maior perda de água do que de gordura corporal. Dietas baixas em carboidrato e ricas em gordura, especialmente a saturada e o colesterol, também são ricas em proteína animal e deficientes em vitamina A, B6 e E, folato, cálcio, magnésio, ferro, potássio e fibras. Dietas da Moda – Dieta low carb (baixa em carboidratos) A dieta paleolítica provavelmente consistia na inclusão de tubérculos, sementes, nozes, legumes, cevada silvestre, pequenos animais magros de caça, mariscos e outros peixes menores, e uma variedade de insetos e seus produtos, incluindo mel e favos de mel. Com a industrialização e o avanço na agricultura, pecuária e na indústria de alimentos, é impraticável imitar a dieta dos nossos ancestrais, mas é possível selecionar alguns alimentos essenciais. Dietas da Moda – Dieta paleolítica Uma adaptação composta por itens alimentares, baseada em um alto consumo de frutas, nozes, vegetais, peixes, ovos e carnes não processadas (magras), e um teor mínimo de laticínios, grãos e cereais. Dieta paleolítica entre indivíduos com diabetes tipo 2 tem efeitos benéficos na massa gorda, peso corporal, circunferência da cintura, pressão arterial sistólica e triglicérides. Com frequência, novas dietas surgem e os nutricionistas devem conscientizar os indivíduos sobre uma dieta saudável e equilibrada, evitando alimentos ultraprocessados, limitando os minimamente processados e preferindo alimentos in natura, priorizando prescrições dietéticas personalizadas e seguras. Dietas da Moda – Dieta paleolítica É provável que as dietas da moda possam ser prescritas por pouco tempo para atingir resultados clínicos em públicos e momentos específicos, mas não de forma generalizada, sem anamnese clínica nutricional que direcione uma prescrição individualizada. Dietas da Moda – Dieta paleolítica As dietas da moda – em especial as que visam perda de peso corporal – não costumam atingir a maior parte das necessidades nutricionais nem considerar a individualidade biológica, podendo colocar em risco a saúde de pessoas que decidam segui-las, impedindo uma reeducação alimentar correta e um emagrecimento saudável. Sendo assim, qual a dieta mais indicada pensando na saúde dos indivíduos e na reeducação alimentar? a) Dieta low carb. b) Jejum intermitente. c) Dieta sem glúten. d) Dieta sem lactose. e) Nenhuma das alternativas acima. Interatividade As dietas da moda – em especial as que visam perda de peso corporal – não costumam atingir a maior parte das necessidades nutricionais nem considerar a individualidade biológica, podendo colocar em risco a saúde de pessoas que decidam segui-las, impedindo uma reeducação alimentar correta e um emagrecimento saudável. Sendo assim, qual a dieta mais indicada pensando na saúde dos indivíduos e na reeducação alimentar? a) Dieta low carb. b) Jejum intermitente. c) Dieta sem glúten. d) Dieta sem lactose. e) Nenhuma das alternativas acima. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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