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APS 1 - tributária

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TRIBUTAÇÃO DE PEQUENAS EMPRESAS 
 
 
 
 
 Duane Cristina da Silva Ayres - 22100846 
Luciana Gomes Marques da Silva – 22100847 
Rayanne Garcia Souza de Oliveira - 19102270 
 
 
 
Resumo 
O estudo teve como objetivo de demostrar quais regimes tributários as pequenas 
empresas têm como obrigação acessória. Pois de acordo com a lei temos: Simples 
Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. De acordo com a sua atividade (CNAE) e/ou 
o seu faturamento não pode optar pelo melhor regime, tem que ser de acordo com a 
Lei 5172/66 em seus devidos anexos e faixas. 
 
Palavras chaves: tributação; regime; pequenas empresas. 
 
1. INTRODUÇÃO 
Desde a década de 1970, a importância das micro e pequenas empresas (MPE) para 
o funcionamento econômico e o desenvolvimento econômico tem sido cada vez mais 
reconhecida. Seus números aumentaram ao longo dos anos, e os empregos que 
criam são considerados cada vez mais importantes, especialmente em tempos de 
crise. No Brasil, segundo o Sebrae (2010), o número de MPE aumentou entre 2000 e 
2008, passando de 4,1 milhões para 5,7 milhões. No mesmo período, o número de 
empregos formais criados por pequenas e microempresas aumentou de 8,6 milhões 
em 2000 para 13,1 milhões em 2008. 
Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas 
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Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – Simples Nacional – foi instituído pela 
Lei Complementar n. 123/2006. Oferece a quem o opta a possibilidade de tributação 
menor do que um regime de lucro real ou presumido, além de simplicidade no 
atendimento à legislação tributária, previdenciária e trabalhista, à medida que os 
diversos tributos abrangidos pelo sistema podem ser pagos mediante uma única guia. 
Com isso, são amplamente reduzidos os custos de conformidade à tributação que 
atingem desigualmente as MPE. 
 
O regime tributário no qual seu negócio está enquadrado é essencial para a definição 
de quais impostos deverão ser pagos. Existem três tipos mais comuns no Brasil: 
 Simples Nacional; 
 Lucro Real; 
 Lucro Presumido. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
As micro e pequenas empresas no Brasil são tributadas com base no lucro real, com 
base nas receitas e despesas registradas na contabilidade, mas podem optar por 
serem tributadas com base no lucro presumido ou arbitrado, ou ainda optar pelo 
Simples Nacional, que é um imposto sobre pequenas e microempresas os negócios 
devidos e as Contribuições estão sujeitos a um sistema unificado de cobrança 
especial. 
A tributação com base no lucro real é a forma mais justa de apuração da carga 
tributária, pois o cálculo é feito com base no lucro registrado na contabilidade 
empresarial, ajustado pelas adições e exclusões previstas na legislação tributária, e 
expressa o lucro real do negócio, incorporando o conceito de capacidade contributiva, 
pois o valor do imposto é proporcional ao valor do lucro. Empresas com lucro anual 
superior a R$ 240.000,00 têm carga tributária maior e precisam pagar imposto de 
renda adicional. 
No entanto, este sistema de apuração de impostos exige que todas as empresas 
cumpram as mesmas obrigações acessórias, independentemente de seu porte, valor 
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/tabela-simples-nacional/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/lucro-presumido/
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do lucro faturado ou apurado, o que não é propício à durabilidade do sistema por medo 
de custos e penalidades por negligência ou falha pontual aderir ao cronograma para 
o envio dessas obrigações. 
No regime de lucro presumido, a base de cálculo é o percentual da soma do valor da 
receita operacional e o valor da receita não operacional. 
Os percentuais variam por atividade e se resumem a: venda de combustíveis (1,6%); 
comércio geral, industrial, rural, serviços hospitalares, transporte de mercadorias, 
outras atividades não classificadas como serviços (8%); serviços de transporte, 
excluindo mercadorias (16%) e prestação de serviços gerais (32%). 
Como o cálculo é baseado em uma premissa de porcentagem fixa e cálculo do valor 
da receita operacional, o lucro hipotético pode ser maior ou menor que o lucro real. 
Com isso, as empresas podem determinar o benefício ou prejuízo fiscal ao escolher 
essa opção caso a caso. 
O percentual (32%) determinado pela Receita Federal do Brasil para atividades de 
serviços é considerado muito alto, por isso é sempre conveniente calcular e comparar 
com outros meios antes de optar por este sistema. 
Por outro lado, as obrigações acessórias impostas às empresas que optam pelo 
modelo de lucro presumido são menos complexas no cálculo tributário e menos 
onerosas no caso de penalidades por omissões ou descumprimentos, bem como 
estabelecer e prazos para cumprimento dessas obrigações. 
 
2.1 LUCRO REAL 
 É o valor apurado pela contabilidade societária, sempre subordinada à ECD; 
2.2 LUCRO PRESUMIDO 
Até o limite do lucro presumido, deduzido dos impostos federais, desde que não 
ultrapasse o valor do lucro apurado pela contabilidade. Neste caso, a escrituração do 
livro caixa é obrigatória, opcionalmente à escrituração contábil completa; 
Acima desse teto, será o valor efetivamente escriturado na contabilidade societária 
completa e subordinada à transmissão pela ECD; 
2.3 SIMPLES NACIONL 
Até o limite do lucro presumido, deduzido do Simples Nacional, desde que não 
ultrapasse o valor do lucro apurado pela contabilidade. Neste caso, a escrituração do 
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livro caixa é obrigatória, opcionalmente à escrituração contábil simplificada ou 
completa; 
Acima desse teto, será o valor efetivamente escriturado na contabilidade societária 
simplificada ou completa, mas não é obrigatória a transmissão da ECD. 
Dadas as limitações do exemplo, recomenda-se que as empresas mais rentáveis e a 
distribuição dos lucros calculados sejam utilizadas como fonte de recursos para 
justificar o aumento do patrimônio de seus sócios ou proprietários individuais. os 
limites permitidos pela legislação tributária. 
 
2.4 EXEMPLO SOBRE A BASE DE CALCULO 
Abaixo serão apresentados os dados de receitas e despesas para demonstração dos 
lucros distribuíveis utilizando o lucro real, lucro imputado e modelo de estado simples 
para as atividades classificadas no Anexo VI, o Anexo mais oneroso da lei geral. 
Saber: 
• Receita mensal de serviços prestados: R$ 25.000,00; 
• Valor da folha de pagamento mensal: R$ 3.000,00; 
• Valor do prolabore dos sócios ou proprietário individual: R$ 8.000,00; 
• Valor das outras despesas operacionais: R$ 5.000,00, mensais. 
Demonstração do lucro apurado pela contabilidade 
Descrição Lucro Real Lucro 
Presumido 
Simples 
Nacional 
Receita Bruta 300.000,00 300.000,00 300.000,00 
(-) COFINS 22.800,00 9.000,00 0,00 
(-) PIS 4.950,00 1.950,00 0,00 
(-) ISS 15.000,00 15.000,00 0,00 
(-) Simples Nacional (Anexo VI) 0,00 0,00 53.160,00 
Receita Líquida 257.250,00 274.050,00 246.840,00 
(-) Folha de pagamento 42.990,00 42.990,00 42.990,00 
(-) Prolabore 96.000,00 96.000,00 96.000,00 
(-) INSS 30.721,32 30.721,32 0,00 
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(-) FGTS 3.439,20 3.439,20 3.439,20 
(-) Outras Despesas Operacionais 60.000,00 60.000,00 60.000,00 
Lucro Antes do Imposto de Renda 24.099,48 40.899,48 44.410,80 
(-) Provisão para o IRPJ 3.614,92 14.400,00 0,00 
(-) Provisão para a CSLL 2.168,95 8.640,00 0,00 
Lucro Líquido do Exercício 18.315,60 17.859,48 44.410,80 
 
O lucro distribuível isento de imposto de renda na fonte e na declaração anual do 
beneficiário seria: 
a) Pelo regime de tributação baseado no Lucro Real, seria o próprio lucro apurado 
pela contabilidade societária: 
Lucro Líquido do Exercício R$ 18.315,60 
 
b) Pelo regime do lucro presumido, seria: 
Lucro Presumido (32% sobre R$ 300.000,00) R$ 96.000,00 
Deduções: Soma do COFINS + PIS + IRPJ + CSLL (R$ 33.990,00) 
Lucro Distribuível R$ 62.010,00(*) 
(*) Porém,o valor fica limitado ao lucro apurado pela contabilidade, ou seja: R$ 
17.859,48. 
 
c) Pelo regime do Simples Nacional, seria: 
Lucro Presumido (32% sobre R$ 300.000,00) R$ 96.000,00 
Deduções: Simples Nacional (R$ 53.160,00) 
Lucro Distribuível R$ 42.840,00 
 
No entanto, a legislação permite que empresas tributadas pelo lucro presumido e 
regime estadual simples distribuam os lucros apurados pela contabilidade da 
empresa, lembrando que as exigências fiscais sob o regime de lucro presumido são 
repassadas através do ECD (Números da Escrituração Contábil). 
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Com base nos dados do exemplo, o imposto do Simples Nacional é um dos mais 
baratos em comparação com outros sistemas. 
Não é considerada a tributação dos trabalhadores em fichas individuais, pois os custos 
tributários são os mesmos para os três sistemas. 
Dadas as limitações deste exemplo, recomenda-se que as empresas mais rentáveis 
e as distribuições de lucros calculadas sejam utilizadas como fonte de recursos para 
justificar o aumento do patrimônio de seus sócios ou proprietários individuais, utilizar 
um sistema contábil completo ou limitar as distribuições àquelas permitido pelo limite 
superior da lei fiscal. 
 
3. Conclusão 
Conhecer o regime tributário que a empresa irá optar é importante para saber quais 
impostos a empresa vai ter a obrigação acessória. Em vista que quando não 
cumpridos adequadamente, eles podem levar à aplicação de multas pesadas ou até 
mesmo a suspeitas de sonegação fiscal. 
Acontece que muitos pequenos negócios acabam pagando mais impostos do que 
precisam porque optaram por um sistema tributário inadequado ou CNAE. Nesse 
caso, é importante analisar cada imposto separadamente e, em seguida, examinar 
todos os impostos como porcentagem da receita total. 
Optar pelo mais adequado às características do negócio vai propiciar maiores 
benefícios, tanto em relação às questões legais quanto às financeiras. Vimos que a 
tributação pelo Simples Nacional é a que apresenta menor custo tributário 
comparativamente aos outros regimes. Porém tem que se atentar com o faturamento 
para que não seja excluída do Simples. 
É importante garantir que seus serviços de contabilidade atendam às suas 
necessidades. Afinal, o seu contador é responsável por manter seus procedimentos 
contábeis e evitar perdas e problemas. Com isso deve-se efetuar todos os 
pagamentos dos impostos, para não receber intimações ou notificações da receita 
federal e fisco. 
 
 
 
 
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Referência bibliográfica 
 
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/quanto-uma-pequena-empresa-
paga-de-imposto/ 
 
http://www.consultorpme.com.br/2018/02/04/tributacao-nas-micro-e-pequenas-
empresas/ 
 
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/quanto-uma-pequena-empresa-paga-de-imposto/
https://www.contabilizei.com.br/contabilidade-online/quanto-uma-pequena-empresa-paga-de-imposto/
http://www.consultorpme.com.br/2018/02/04/tributacao-nas-micro-e-pequenas-empresas/
http://www.consultorpme.com.br/2018/02/04/tributacao-nas-micro-e-pequenas-empresas/

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