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Pratica Interdisciplinar Infancia e suas Linguagens.

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A CONSTRUÇÃO DA CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA 
Acadêmicos¹ 
Tutor Externo² 
1.INTRODUÇÃO 
Ao se falar no tema infância, observa-se que a sua concepção vem se transformando historicamente ao passar dos tempos. E, consequentemente, evidenciando concepções bastante distintas em relação a sua finalidade social. 
A infância que nossas crianças têm nos dias de hoje só foi possível em virtude de fatores como: a aproximação das crianças com família genitora, a promoção pela vida, a escola passando a ser o meio educacional formador, a criação de regras e leis que tem o objetivo de proteger a criança. 
 Neste estudo abordaremos reflexões em relação às diferentes concepções a cerca da infância ao longo dos séculos. Passando pela criança que era vista como um adulto em miniatura na Idade Média até a criança cidadã e com direitos dos dias atuais. 
Para Fernandes e Kuhmann Junior (2004, p. 29): 
“Os fatos relativos à evolução da infância, na pluralidade de suas configurações, inscrevem-se em contextos cujas variáveis delimitam perfis diferenciados. A infância é um discurso histórico cuja significação está consignada ao seu contexto e as variáveis de contexto que o definem.” 
O objetivo desse trabalho é analisar as vozes que de antemão conceituaram a respeito desse assunto que é tão abstrato, buscando reflexões a fim de entender a evolução que a infância teve até os dias atuais na sociedade. 
Por meio de uma abordagem dialética, buscamos também contribuir na formação docente dos acadêmicos. Essa pesquisa caracterizada como bibliográfica de natureza qualitativa, foi embasada sob a perspectiva dos seguintes teóricos: Ariès, Heywood, Gélis, Fernandes e Kuhmann Junior. 
1 Anelise da Costa Couto. 
2 Dinara Schwarz da Silva 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (PED 3062/4) – 02/06/2020 
2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
	O conceito de infância passou por significativas alterações. Até o século XII o índice de mortalidade infantil era muito alto. Devido às condições precárias de saúde e de higiene. 
Pode-se apresentar um argumento contundente para demonstrar que a suposta indiferença com relação à infância nos períodos medieval e moderno resultou em uma postura insensível com relação à criação de filhos. Os bebês abaixo de 2 anos, em particular, sofriam de descaso assustador, com os pais considerando pouco aconselhável investir muito tempo ou esforço em um “pobre animal suspirante”, que tinha tantas probabilidades de morrer com pouca idade. (HEYWOOD, 2004, p. 87) 
Durante o período de séculos de V á XV, Ariès (1981, p.156) destaca que: “a criança a partir do momento em que passava a agir sem solicitude de sua mãe, ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia mais destes". As crianças, de forma precoce, eram expostas e submetidas ao costumes dos adultos. Faltava-lhe um tratamento apropriado causado pela falta do reconhecimento da peculiaridade dessa etapa da vida e de suas necessidades. 
A difusão do conceito de infância, sob a perspectiva de Ariès (1981), se deu pela influência da Igreja Católica. Transformações ocorreram em suas idéias e condutas surgindo novos modelos de família. Em conseqüência disso, a importância do laço sanguíneo foi ressaltada. Nesse contexto, no século X, o matrimonio e a procriação eram considerados, pela igreja, como um ato sagrado. 
Neste cenário, de acordo com Heywood (2004), a infância passou a ser reconhecida também por meio da figura do “menino Jesus” e do “massacre dos inocentes” registros bíblicos de fatos históricos. Segundo, Oliveira (1999, p. 22) “Essa imagem da criança associada ao menino Jesus ou 
Virgem Maria, causa consternação, ternura nas pessoas”.
Ariès (1981, p. 168) defende que “o sentimento de infância desenvolveu-se paralelamente ao sentimento da família, se manifestando por meio de intimidade e diálogo familiar de modo que a família volta-se para a criança”. 
Por volta do século XV, quando então se reconheceria que “as crianças precisavam de 
tratamento especial, “uma espécie de quarentena”, antes que pudessem integrar o mundo dos 
adultos” (HEYWOOD, 2004, p.23). Essa “quarentena” dava forma ao que hoje chamamos de instituição escolar. 
Trata-se um sentimento inteiramente novo: os pais se interessavam pelos estudos dos seus filhos. (...) A família começou a se organizar em torno da criança e a lhe dar uma tal importância que a criança saiu de seu antigo anonimato, que se tornou impossível perdê-la ou substituí-la sem uma enorme dor, que ela não pôde mais ser reproduzida muitas vezes, e que se tornou necessário limitar seu número para melhor cuidar dela (ARIÈS, 1981, p.12). 
Aludindo Gélis (1991) onde argumenta que a criança sob a perspectiva de um individuo possui um mundo próprio. Para representar a consciência da particularidade infantil onde distingue adulto e criança, Áries utiliza a expressão “sentimento de infância” anteriormente mencionado. 
Convém salientar que 
compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Embora os conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina, etc. possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas características comuns da ser das crianças, elas permanecem únicas em sua individualidades e diferenças (Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, 1998, p.17). 
Por meio do progresso que a concepção de infância teve, é válido lembrar da criança enquanto cidadã de direito. Em 20 de novembro de 1959, durante a Assembléia Geral das Nações Unidas representantes de centenas de países aprovaram a Declaração dos Direitos da Criança. No Brasil, o marco legal e regulatório dos direitos humanos da criança é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) instituído no dia 13 de Julho de 1990. 
Constituída históricamente, a vigente concepção de infância, pelas determinadas condições socioculturais. Considerando as mudanças necessárias no percurso histórico discorrido, o conceito de infância passou, passa e passará por uma continua modificação. Levando em conta os diferentes contextos sociais, econômicos, geográficos e suas peculiaridades individuais. 
3.MATERIAIS E MÉTODOS 
Obra “Jogos Infantis” de: Pieter Bruegel. 1560 
Ao estudarmos sobre a infância na Idade Média, encontramos as seguintes expressões: “adulto em miniatura” ou “mini adulto” das quais definem a visão da criança no século XVI. Como anteriormente discorrido, tais definições se dão ao fato de não haver separação do mundo da criança ao mundo adulto. O artista renascentista Pieter Bruegel, evidencia tal fato retratado em sua obra: “Jogos Infantis” em 1560. 
Levantamos uma breve reflexão sobre as concepções de infâncias na história e na 
atualidade. Utilizando da pesquisa científica procuramos conduzir o presente trabalho fazendo uso de teses, livros e artigos. Visando, através do material reunido, dar respaldo cientifico a essa pesquisa. Tornando-se uma pesquisa bibliográfica: 
A pesquisa bibliográfica é então feita com o intuito de levantar um 
conhecimento disponível sobre teorias, a fim de analisar, produzir ou 
explicar um objeto sendo investigado. A pesquisa bibliográfica visa então analisar as principais teorias de um tema, e pode ser realizada com diferentes finalidades. (CHIARA, KAIMEN, et al., 2008). 
De natureza qualitativa, Boccato (2006 p. 266), esclarece que: “esse tipo de pesquisa 
trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou 
perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica.”. 
4.RESULTADOS E DISCUSSÃO
O resultado obtido nesse trabalho foi conhecermos e compreendermos o percurso da construção de concepção de infância. Da qual permanece em constante modificação para sanar as necessidades socioculturais atuais e vindouras. Fazemos parte dessa mudança como agentes de ensino para contribuir no que tange reconhecer e ressignificar tais conceitos. Esse estudo agregou muito enquanto acadêmicasde Pedagogia para nossa, futura, atividade docente. Vindo a nos beneficiar pessoal e, principalmente, profissionalmente. Em meio às pesquisas explanamos vários aspectos dentro do tema e sendo inevitável entrarmos também em temas de machismo e arte presentes na história. 
Ariès (1981) nos trouxe fatos históricos, quanto a influência da igreja e a visão da criança inserida no mundo adulto. Heywood (2004) traz em debate a “mortalidade infantil” e a 
realidade de descaso da sociedade na época quanto a esse fato. Levantou quanto à “quarentena” inicio concepção de escola onde caminha junto o conceito que reconhece a infância em um mundo próprio. Onde, por sua vez, necessita de um atendimento adequado e um olhar diferenciado. 
A evolução da consciência de infância chegando a criação de leis, projetos e órgãos. 
Esse movimento trouxe novas concepções junto a propostas de políticas publicas, onde sustentam o avanço atingido no qual produzem transformações na ordem social. 
5.CONCLUSÃO
O presente estudo nos possibilitou entender os caminhos traçados pela visão histórica de infâncias do passado e do presente, buscando sempre a relação da visão que a sociedade tinha sobre a criança e infância, por meio de fatores de seu contexto histórico. Podemos afirmar que a infância muda com o tempo, e com os diferentes contextos sociais. É possível percebermos que ao longo da história a concepção que se tinha de criança foi sendo transformada de acordo com a necessidade e imposições sociais. No decorrer do nosso trabalho, observamos que as idéias sobre criança e infância não são desenvolvidas de forma separada, mas são representações do modo de cada sociedade, que através do modelo nos davam uma orientação para entender e compreender, a visão que se tinha da criança em cada século. 
Buscamos através desta pesquisa, compreender a importância de mostrar a evolução que a infância teve e tem até hoje, desta forma é de grande relevância que estejamos em uma constante busca por aprender sobre a história da criança e infância, bem como a forma que cada uma delas enxergam e percebem o mundo a sua volta, sendo assim, nos tornaremos educadores capazes de compreender as necessidades que cada criança tem em sua fase na infância. 
Hoje, com essa pesquisa, podemos perceber que as mudanças sempre virão e deverão ser bem aceitas por que é necessário, pois mudança significa algo novo. Assim sendo, a infância tem determinados momentos e tipos não podemos lhe dar com todos com mesmo método sempre, inovar é aprender e crescer por um objetivo melhor. 
6.REFERÊNCIAS 
ARIÈS, Philippe. Históriasocial da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1981. 
BRASIL. Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8069.htm#art266>. Acesso em: 05 mai. 2020. 
BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Referencial curricular nacional para educação infantil. Brasília, DF: MEC, 1998. 
BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006. 
CHIARA, I. D. et al. Normas de documentação aplicadas à área de Saúde. Rio de Janeiro: Editora E-papers, 2008. 
HAGEN, Rainer; MARIE, Rose. Bruegel – The Complete Paitings. Alemanha. Ed. Taschen, 1995 
HEYWOOD, Colin. Uma história da infância: da Idade Média á época contemporânea no Ocidente. Porto Alegre: Artmed, 2004 
GÉLIS, Jacques. A individualização da criança. In: História da Vida Privada. v. 3. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. 
MPPR. Declaração Universal dos Direitos das Crianças. Disponível em: <
http://www.crianca.mppr.mp.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=1069>. Acesso em: 
05 mai. 2020
OLIVEIRA, M. C. S. Lembranças de Infância: que história é esta? (Dissertação de Mestrado). Piracicaba: UNIMEP, 1999.

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