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Projetos mecânicos 9°/10° período Igor Lima Chaves Msc. Eng. Mecânico O que é um eixo? Função de transmissão, é acionado por um comando motor e distribui movimento através de elementos de maquinas como polias, engrenagens, etc. Carregamentos de um eixo Carregamento transversal: Flexão Carregamento tangencial ao raio: Torção Pode haver carregamento axial, porém é mais raro e deve projetar eixos para não haver esse tipo de carregamento Carregamentos de um eixo Fonte de trabalho: Potencia! 𝑃 = 𝑡.𝑤 • P= Potência do motor • t = torque no eixo; • w = rotação (rad); Carregamentos de um eixo Carregamento de flexão gera tensão normal: • M = momento fletor (máximo); • c = D / 2; • I = D4 / 64 • = adm 𝜎 = 𝑀. 𝑐 𝐼 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑀. 𝑐 𝐼 Um eixo “estático” pode ser dimensionado com flexão pura Carregamentos de um eixo Carregamento de torção gera tensão cisalhante: 𝜏 = 𝑇. 𝑐 𝐽 • T = momento torsor (máximo); • c = distância do eixo neutro à fibra mais afastada sujeita à torção; • J = momento polar de inércia da seção; • J/c = módulo de resistência à torção. = adm = 0,3e ou 0,18r Carregamentos de um eixo Estado plano de tensão y x x x y y yx yx xy xy 𝑟𝑎𝑖𝑜 = 𝜎 2 2 + 𝜏2 Círculo de Mohr Carregamentos de um eixo Estado plano de tensão 𝜎𝑚𝑎𝑥 = 𝜎 2 𝜎 2 2 + 𝜏2 2 2 max 2 + = Tensão normal máxima Tensão de cisalhamento máxima Podem ser utilizados em casos específicos. Por exemplo em matérias que falham por fratura frágil. A partir destes cálculos pode avaliar o dimensionamento com critérios como de Tresca ou Von Mises Materiais: Como escolher? - Resistencia? - Rigidez a Flexão? - Custo? - Substituição? Os critérios de projetos devem ser estabelecidos: Dimensionamento por rigidez a flexão 𝑑2𝑦 𝑑𝑥2 = 𝑀 𝐸. 𝐼 Equação da linha elástica: x y M = Momento Fletor; E = Módulo de Elasticidade I = Momento de Inércia da seção; onde: Dimensionamento por Resistência Norma ASME - Materiais dúcteis: Máxima Tensão de Cisalhamento 𝜎 = 𝐾𝑓. 𝑀. 𝑐 𝐼 𝜏 = 𝐾𝑓𝑠𝑚. 𝑇. 𝑐 𝐽 𝐾𝑓 e 𝐾𝑓𝑠𝑚 : Fatores de fadiga e de carga 𝜏𝑎𝑑𝑚 ≥ 𝜏 𝜎 2 2 + 𝜏2 max Fatores de carga Natureza de aplicação da carga: Kf: Fator combinado devido ao choque e à fadiga que deve ser aplicado ao momento de flexão calculado. 𝑀 → 𝐾𝑓 . 𝑀 Kfsm: Fator combinado devido ao choque e à fadiga que deve ser aplicado ao momento de torção calculado. 𝑇 → 𝐾𝑓𝑠𝑚. 𝑇 Fatores de carga FATORES DE CHOQUE E FADIGA Natureza da carga Kf Kfsm Árvores e eixos fixos Gradualmente aplicada 1.0 1.0 Subitamente aplicada 1.5 a 2.0 1.5 a 2.0 Árvores e eixos giratórios Gradualmente aplicada ou constante 1.5 1.0 Subitamente aplicada, choques pequenos 1.5 a 2.0 1.5 a 2.0 Subitamente aplicada, choques violentos 2.0 a 3.0 2.0 a 3.0 CRITÉRIO DA RESISTÊNCIA TENSÕES COMBINADAS - Flexão e Torção Cálculo para eixo de seção circular 𝜎 = 𝐾𝑓. 𝑀. 𝑐 𝐼 = 32. 𝐾𝑓. 𝑀 𝜋. 𝐷3 𝜏 = 𝐾𝑓𝑠𝑚. 𝑇. 𝑐 𝐽 = 16. 𝐾𝑓𝑠𝑚. 𝑇 𝜋. 𝐷3 com = adm com = adm CRITÉRIO DA RESISTÊNCIA TENSÕES COMBINADAS - Flexão e Torção Cálculo para eixo de seção circular 𝐷3 = 16 𝜋. 𝜏𝑎𝑑𝑚 (𝐾𝑓. 𝑀) 2 + (𝐾𝑓𝑠𝑚. 𝑇) 2 M: Momento Fletor T: Momento Torsor TENSÕES ADMISSÍVEIS Tensão máxima do material Fator de segurança TENSÃO ADMISSÍVEL = Limite de escoamento do material Fator de segurança TENSÃO ADMISSÍVEL = N r adm == N e adm == TENSÕES ADMISSÍVEIS FATOR DE SEGURANÇA • Incertezas na determinação das propriedades do material; • Incertezas na determinação das solicitações. INCERTEZAS FATOR DE SEGURANÇA - N N: Um número que, modificando o critério de resistência adotado, fornece a base de cálculo para o dimensionamento, isto é, a tensão admissível; N: É usado sempre, em qualquer projeto, para levar em conta deficiências de modelagem (incertezas) que invariavelmente se apresentam. Quanto maior forem as incertezas, maior será o valor de N. ASPECTOS QUE INFLUENCIAM O FATOR DE SEGURANÇA - N • TIPO DE MATERIAL: material dúctil requer N menor do que material frágil; quanto maior for o desconhecimento sobre a composição e as propriedades do material, mais alto deve ser o valor de N. • NATUREZA DA CARGA: peças sujeitas a esforços variáveis falham em tensões inferiores ao limite elástico do material. (ruptura por fadiga). • DISTRIBUIÇÕES DE TENSÕES: a tensão média nem sempre coincide com a tensão atuante, devido à distribuição de tensões, que depende da forma da peça: furos, entalhes e variações de seção provocam concentração de tensões. ASPECTOS QUE INFLUENCIAM O FATOR DE SEGURANÇA - N • CARGA ACIDENTAL: capacidade da peça suportar sobrecargas. • CATEGORIA DO EQUIPAMENTO: relação com a segurança de operação ou com as consequências de uma falha. Ex. Eixo usado em turbinas e eixo usado no mecanismo de reclinar assento de passageiro. • BOM SENSO E EXPERIÊNCIA DO PROJETISTA VALORES RECOMENDADOS DE - N - Tipo de Carga Aço, Materiais Dúcteis Ferro Fundido e Materiais Quebradiços Baseado na Tensão Máxima do material Baseado no Limite de Escoamento do material Baseado na Tensão Máxima do material Estática 3 - 4 1,5 - 2 5 - 6 Repetida, um sentido, gradual (pequeno choque) 6 3 7 - 8 Repetida, com reversão gradual (choque médio) 8 4 10 - 12 Choque Severo 10 - 15 5 - 7 15 - 20 Ou Normativa especifica para caso de aplicação. Projetos mecânicos Velocidade Critica de eixos Igor Lima Chaves Msc. Eng. Mecânico Velocidade Críticas de eixo • Todos os sistemas que contêm elementos de armazenamento de energia possuirão um conjunto de frequências naturais nas quais o sistema vibrará com amplitudes potencialmente grandes. Qualquer massa móvel armazena energia cinética e qualquer mola armazena energia potencial. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-SA https://pt.other.wiki/wiki/Damping_ratio https://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/ Velocidade Críticas de eixo • Quando um sistema dinâmico vibra, uma transferência de energia de potencial a cinética a potencial, etc., repetidamente ocorrerá dentro do sistema • Se um eixo, ou qualquer elemento no caso, estiver sujeito a uma carga que varia ao longo do tempo, ele vibrará. Mesmo se ele receber apenas uma carga transiente, como um golpe de martelo, ele vibrará nas suas frequências naturais, da mesma maneira que um sino soa quando golpeado. Isso é chamado de vibração livre Velocidade Críticas de eixo • Carregamento variável no tempo for mantido, o eixo ou outro elemento continuará a vibrar na frequência forçante da função excitante. Grande Problema é se essa vibração causar ressonância. • A ressonância excita o a frequência natural do eixo (ou outro elemento), provocando um crescimento da amplitude de saída em referência a amplitude de resposta. Velocidade Críticas de eixo Velocidade Críticas de eixo Velocidade Críticas de eixo • Qualquer amortecimento (ζ), reduz a relação de amplitudes na ressonância. • Uma frequência natural é também chamada de frequência crítica ou velocidade crítica. Deve-se evitar excitar um sistema ao ponto de sua frequência crítica ou próximo a ela, já que as deflexões resultantes frequentemente causarão tensões grandes o suficiente para rapidamente romper a peça. Velocidade Críticas de eixo • Um sistema que consista em massas discretas aglomeradas conectadas com elementos de mola discretos pode ser considerado como tendo um número finito de frequências naturais equivalentes a seu número de graus cinemáticos de liberdade. Velocidade Críticas de eixo • Um sistema contínuo, como uma viga ou eixo, tem um número infinito de partículas, e cada uma delas é capaz de movimentos elásticos contra suas partículas vizinhas. Assim, um sistema contínuo tem uma infinidade de frequências naturais. • Em qualquer um dos casos, a frequência natural menor ou fundamental é normalmente a de maiorinteresse Velocidade Críticas de eixo • As frequências naturais de vibração de um sistema podem ser expressas tanto como frequências circulares ωn, com unidades de rad/s ou rpm, quanto como frequências lineares fn, com unidades de hertz (Hz). Elas são as mesmas frequências expressas em diferentes unidades. A expressão geral para a frequência natural fundamental é: Velocidade Críticas de eixo • As frequências naturais são uma propriedade física do sistema; uma vez construído, ele as mantém essencialmente imutáveis a menos que ele perca ou ganhe massa ou rigidez durante sua vida útil • Eixos, vigas e a maioria das peças de máquinas tendem a ser ligeiramente amortecidas e, por isso, o valor sem amortecimento pode ser usado com pequena margem de erro • A estratégia usual de projeto é manter todas as frequências forçantes ou autoexcitantes abaixo da primeira frequência crítica. Um coeficiente de pelo menos 3 a 4 é desejável. Velocidade Críticas de eixo • Uma análise completa das frequências naturais de um eixo ou viga é um problema complicado, especialmente se a geometria for complexa, e é mais facilmente resolvido com a ajuda de programas de Análise de Elementos Finitos • A chamada análise modal pode ser feita em um modelo de elementos finitos de geometria complexa e produzirá um número elevado de frequências naturais (em três dimensões), começando com a frequência fundamental. Velocidade Críticas de eixo • Nos estágios iniciais de projeto um método rápido e de fácil aplicação para encontrar pelo menos uma frequência fundamental aproximada para o projeto proposto é muito útil. O método de Rayleigh serve esse propósito. • É um método de energia que dá resultados dentro de poucos porcentos do valor verdadeiro de ωn. Ele pode ser aplicado a sistemas contínuos ou a um modelo de sistema de massa agrupada. A última abordagem é geralmente preferida pela simplicidade. Velocidade Críticas de eixo • O MÉTODO DE RAYLEIGH iguala as energias potencial e cinética no sistema. A energia potencial está na forma de energia de deformação no eixo defletido e é máxima na deflexão máxima. A energia cinética é um máximo quando o eixo vibrando passa pela posição não defletida com velocidade máxima. Velocidade Críticas de eixo Vibração torcional Exemplo : Calculo de frequência critica Exemplo : Calculo de frequência critica Exemplo : Calculo de frequência critica Exemplo : Calculo de frequência critica Exemplo : Calculo de frequência critica Projetos mecânicos Chavetas e acoplamentos Igor Lima Chaves Msc. Eng. Mecânico Chavetas • A ASME define uma chaveta como “uma parte de maquinaria desmontável que, quando colocada em assentos, representa um meio positivo de transmitir torque entre o eixo e o cubo”. • Tipos de chavetas mais comuns: • Chaveta paralela • Chaveta afunilada (cônica) • Chaveta Woodruff Chaveta Paralelas: • Apresenta seção transversal quadrada ou retangular e de altura e largura constantes ao longo do seu comprimento. São as mais usadas. • As padronizações da ANSI e ISO definem os tamanhos particulares das seções transversais e a profundidade dos assentos (rasgos) das chavetas. • As chavetas quadradas são recomendadas para eixos de até 25 mm de diâmetro (ISO), e as chavetas retangulares para diâmetros maiores. • A chaveta paralela é colocada com metade de sua altura no eixo e metade no cubo Chaveta Paralelas: • São feitas tipicamente a partir de barras padronizadas laminadas a frio • Convencionalmente têm “tolerância negativa • Quando o torque muda de sinal, qualquer folga entre a chaveta e o rasgo aparecerá repentinamente, tendo como resultado um impacto e altas tensões. • Um parafuso no cubo, colocado a 90° da chaveta, pode manter o cubo axialmente e estabilizar a chaveta para que essa reação não ocorra Chavetas Paralelas: • O comprimento da chaveta deve ser menor que cerca de 1,5 vez o diâmetro do eixo para evitar torção excessiva com a deflexão do eixo. • Se for necessária maior resistência, duas chavetas podem ser usadas, orientadas a 90° e 180°, por exemplo Chavetas Cônicas: • A largura de uma chaveta cônica para um dado diâmetro de eixo é a mesma que para uma chaveta paralela; • A conicidade (afunilamento) e o tamanho da cabeça de quilha são definidos na padronização; • A conicidade é para o travamento, o que significa que a força de atrito entre as superfícies mantém a chaveta no lugar axialmente. A cabeça de quilha é opcional e provê uma superfície para retirar a chaveta quando a pequena extremidade não for accessível. Chaveta Woodruff: • São usadas em eixos menores. • Elas são autoalinhantes, portanto são preferidas para eixos afunilados. A penetração no cubo é a mesma que aquela de uma chaveta quadrada ( metade da largura da chaveta). • A forma semicircular cria um assento mais fundo no eixo que resiste ao rolamento da chaveta, mas enfraquece o eixo comparado com um assento quadrado ou cônico Chaveta Woodruff: • As larguras das chavetas meia-lua como uma função do diâmetro do eixo são essencialmente as mesmas que aquelas para chavetas quadradas, mostradas na Tabela 10-2; • A Tabela 10-3 reproduz uma amostra das especificações do tamanho da chaveta para a padronização. Ao tamanho de cada chaveta é dado um número, que codifica suas dimensões; Chaveta Woodruff: • “Os últimos dois dígitos dão o diâmetro nominal da chaveta em oitavos de polegada, e os dígitos que precedem os dois últimos dígitos dão a largura em trinta e dois avos de polegada” • Por exemplo, a chaveta numerada 808 define uma chaveta de tamanho 8/32 × 8/8 ou 1/4 de largura por 1 in em diâmetro. Tensões em Chavetas: • Há dois modos de falha em chavetas: por cisalhamento e por esmagamento. Uma falha por cisalhamento ocorre quando a chaveta é cisalhada ao longo de sua largura na interface entre o eixo e o cubo. • Onde F é a força aplicada e A é a área de cisalhamento sendo cortada. Neste caso, a área é o produto da largura da chaveta pelo comprimento. • A força na chaveta pode ser encontrada pelo quociente do torque do eixo pelo raio do eixo. O coeficiente de segurança poderá ser encontrado comparando a tensão de cisalhamento à resistência ao escoamento por cisalhamento do material. Tensões em Chavetas: • Uma falha por esmagamento ocorre por esmagamento em qualquer lado em compressão. • F é a força aplicada e a área de esmagamento é a área de contato entre o lado da chaveta e o eixo ou o cubo. Para uma chaveta quadrada, esta será sua meia-altura vezes seu comprimento. Uma chaveta Woodruff tem uma área de esmagamento diferente no cubo daquela no eixo. A área de esmagamento de uma chaveta Woodruff no cubo é muito menor e falhará primeiro. O coeficiente de segurança é encontrado comparando a tensão máxima de esmagamento à resistência do material ao escoamento sob compressão. Materiais para Chavetas • Devido ao fato de as chavetas serem carregadas em cisalhamento, são usados materiais dúcteis. • Aço brando de baixo carbono é a escolha mais comum, exceto se um ambiente corrosivo exigir uma chaveta de aço inoxidável ou de latão. • Chavetas retangulares ou quadradas frequentemente são feitas de barras padronizadas de laminação a frio cortadas ao tamanho • As chavetas Woodruff e as cônicas, normalmente, também são feitas de aço brando, laminado a frio.
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