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AULA 8 - LETRA DE CÂMBIO, NOTA PROMISSÓRIA, DUPLICATA E CHEQUE

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LETRA DE CÂMBIO
NOTA PROMISSÓRIA
DUPLICATA 
CHEQUE
AULA 8
LETRA DE CÂMBIO 
A letra de câmbio é regulada por um tratado internacional celebrado em 1930, a
Lei Uniforme de Genebra.
Os Decretos 57.663/66 (anexos I e II) e 2.044/1908 regulam a Letra de Câmbio
no Brasil.
A Letra de Câmbio é um instrumento de declaração unilateral de vontade,
enunciada em tempo e lugar, por meio da qual uma certa pessoa declara que uma
certa pessoa pagará, pura e simplesmente, a certa pessoa, uma quantia certa, num
local e numa data, ou prazo.
O título considera-se emitido quando o sacador nele apõe sua assinatura,
completando, assim, o ato unilateral de sacar o título.
A letra de câmbio foi criada pelos mercadores na Idade Média com o objetivo de
evitar que esses carregassem os recursos financeiros durante suas viagens, correndo
riscos com assaltos.
Os mercadores vendiam suas mercadorias em outras cidades e, em vez de
dinheiro, recebiam os títulos para serem trocados posteriormente, em suas cidades de
origem, pela correspondente quantia pecuniária.
Letra de câmbio é uma ordem de pagamento que o sacador dirige ao sacado
para que este pague a importância firmada a um terceiro denominado tomador.
REQUISITOS DA LETRA DE CÂMBIO:
a) a palavra letra inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada
para a redação desse documento;
b) o mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada
c) o nome daquele que deve pagar (sacado);
d) a época do pagamento;
e) a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento;
f) o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
g) a indicação da data em que, e do lugar onde a letra é passada;
h) a assinatura de quem passa a letra (sacador).
OBS: Tais elementos dizem o essencial da Letra de Câmbio e se faltam à
cártula (documento), o título não produzirá efeito como letra.
A LETRA DE CÂMBIO PODE SER SACADA: 
a) à vista;
b) a um certo termo de vista (que começa a contar do aceite);
c) a um certo termo de data (começa a contar da data do saque);
d) pagável num dia fixado (artigo 33 da Lei Uniforme).
OBS: Se a cártula não indica a época do pagamento, entende-se
pagável à vista.
JUROS NA LETRA DE CÂMBIO
Quando a letra for pagável à vista ou a certo termo de vista, o sacador
poderá estipular a incidência de juros sobre a importância a ser paga.
Atenção: Não se aplica à letra de câmbio a regra que determina dever-
se considerar não escrita no título a cláusula de juros (artigos 890 e 903 do
Código Civil)
A taxa de juros deve ser indicada na letra e, na falta de indicação, a
cláusula de juros é considerada como não escrita.
ACEITE
De posse da letra, o tomador ou qualquer portador, deverá providenciar
para que ela seja apresentada, até o vencimento, ao sacado, em seu domicílio
(artigo 21 da Lei Uniforme) para que seja aceita.
O aceite é um ato unilateral daquele indicado na cártula como sacado,
assumindo a obrigação de pagar quantia prevista na cártula.
O sacador pode fixar um prazo para o aceite, mínimo ou máximo; por
exemplo, pode disciplinar que a letra seja apresentada para aceite após 60
dias do saque, ou até 60 dias do saque.
A recusa do aceite, total ou parcial, provoca o vencimento antecipado do
título.
OBS: O Aceite vai ocorrer na letra de cambio (facultativo) e na duplicata
(obrigatório).
O aceite é escrito na própria letra de câmbio. Se exige a assinatura do
aceitante acompanhando a palavra aceite ou outra similar (na face ou no verso) ou,
até, a simples assinatura do sacado na face (o anverso) da cártula, em qualquer lugar
(artigo 25 da Lei Uniforme).
O aceite é ato unilateral e incondicionado, puro e simples, mas pode ser parcial
(artigo 26 da Lei Uniforme), ou seja, limitar-se a parte do valor sacado.
O aceitante torna-se o devedor principal e deve pagar a letra no vencimento.
Se não o faz, poderá será executado. Todas as ações contra o aceitante relativas a
letras prescrevem em três anos a contar de seu vencimento (artigo 70 da Lei
Uniforme).
RECUSA DE ACEITE
A recusa de aceite deve ser comprovada por protesto por falta de
aceite, pois é um ato formal, que deve ser feito no prazo para a
apresentação ao aceite.
Para evitar que o sacado seja prejudicado por ato do sacador, o
protesto por falta de aceite deve ser tirado contra o sacador, embora o
sacado deva ser intimado para, querendo, ir a cartório e aceitar a letra de
câmbio.
PRESCRIÇÃO NA LETRA DE CÂMBIO (art. 70 da LU)
a) 3 anos em face do aceitante, contado do vencimento do título;
b) 1 ano, contado do protesto, em face dos coobrigados – sacador, endossante e
avalista;
c) 6 (seis) meses as ações dos endossantes uns contra os outros e contra o
sacador, contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi
acionado.
NOTA PROMISSÓRIA
A legislação aplicável à nota promissória é a mesma da letra de câmbio (Lei
Uniforme – Decreto n. 57.663/66) a partir do seu art. 75. O Decreto 2.044/1908 ainda
possui alguns dispositivos em vigor, aplicando-se também à nota promissória, no que
couber.
A nota promissória é título de crédito consistente em uma promessa de
pagamento, de determinado valor, emitida pelo devedor ao credor.
Nota significa título (ou documento) e promissória está relacionada à promessa.
Assim, trata-se de uma promessa escrita, ou melhor, uma promessa
formalizada em um título, cujo emissor assume um compromisso em favor do credor,
isto é, confessa que é devedor e promete pagar.
Na nota promissória, o devedor é a mesma pessoa que se
comprometeu a pagar, diferentemente do que ocorre em uma ordem de
pagamento, como letra de câmbio, em que o emissor dá ordem para que
o sacado efetue o pagamento ao beneficiário, surgindo desse fato a
figura do aceite do sacado como uma concordância à sua obrigação de
pagar.
O devedor de nota promissória também é denominado emitente ou
subscritor. Credor, por sua vez, é chamado beneficiário.
REQUISITOS
a) denominação nota promissória inserta no próprio texto do título e
expressa na língua empregada para a redação desse título;
b) a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada;
c) a época do pagamento;
d) a indicação do lugar em que se efetuar o pagamento;
e) o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
f) a indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é
passada;
g) a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor).
Não tendo sido providenciado o pagamento na data aprazada e
diante da apresentação do título ao devedor, nasce para o credor o
direito de executá-lo judicialmente, independentemente do protesto.
Pode protestar, mas trata-se de medida facultativa. O protesto só é
indispensável para preservar o direito do credor em face dos
endossantes do título e seus eventuais garantes.
PRESCRIÇÃO NA NOTA PROMISSÓRIA
a) 03 (três) anos contado do vencimento, para cobrar do devedor principal;
b) 01 (um) ano, contado do protesto do título, para cobrar dos coobrigados,
endossantes e avalistas;
c) 6 (seis) meses as ações dos endossantes uns contra os outros e contra o
sacador, contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele
próprio foi acionado.
DUPLICATA
O regime jurídico da duplicata é a Lei n. 5.474/68, Lei da Duplicata,
aplicando-se a Lei Uniforme (LU) no que couber em matéria de emissão,
circulação e pagamento.
Duplicata, ou duplicata mercantil, é o título de crédito criado a
partir de uma compra e venda mercantil, sendo emitida pelo vendedor
contra o comprador, que efetuará o pagamento.
A duplicata é um título de crédito causal, pois apenas pode ser
emitida nas hipóteses previstas na lei.
Na duplicata, o principal devedor é o sacado, que é o comprador
(porém ele não é o emitente).
Pode-se dizer que o vendedor é ao mesmo tempo sacador
(emissor) e beneficiário (credor).
A Duplicata é um título emitido juntamente com a fatura (fatura é
obrigatória, duplicata é facultativa).
Muitas vezes, o credor indicado na duplicata éum banco ou uma
faturizadora, que antecipa o valor ao vendedor, ficando como titular do
crédito.
OS REQUISITOS DA DUPLICATA (LD, ART. 2º, § 1º):
1) expressão “duplicata”;
2) valor;
3) vencimento;
4) número da nota fiscal-fatura;
5) nome e domicílio do comprador e do vendedor;
6) assinatura do emitente;
7) cláusula à ordem.
O aceite na duplicata é obrigatório. A duplicata deve ser enviada
pelo vendedor ao comprador para que este faça o aceite. O comprador
pode se recusar a dar o aceite caso haja alguma irregularidade com as
mercadorias ou não as tenha recebido (LD, art. 8º).
Art . 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por
motivo de:
I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não
expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade
das mercadorias, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
O ACEITE DA DUPLICATA PODE SER:
a) ordinário: se dá pela assinatura do aceitante (comprador) no título;
b) por comunicação: quando o comprador retém o título, mas efetua
uma comunicação avisando;
c) por presunção: quando não há causa para recusa do aceite, e, nesse
caso, o comprador assina o canhoto da nota fiscal-fatura referente ao
recebimento das mercadorias.
O PROTESTO DA DUPLICATA PODE OCORRER:
a) pela falta de pagamento;
b) pela falta de devolução do título;
c) pela falta de aceite (LD, art. 13, caput).
Atenção: O credor que não efetuar o protesto no prazo de 30
dias do vencimento perde o direito de regresso contra os coobrigados –
endossantes e avalistas.
PRESCRIÇÃO NA DUPLICATA
I – contra o sacado e respectivos avalistas em 3 (três) anos,
contados da data do vencimento do título;
II – contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado
da data do protesto;
III – de qualquer dos coobrigados, contra os demais, em 1 (um)
ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título”.
DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
É possível a duplicata de prestação de serviços, pois é título
emitido por profissionais ou por empresas, para cobrança
de serviços prestados (LD, art. 20
A duplicata de prestação de serviços, no que couber, segue o
mesmo jurídico da duplicata mercantil, como, por exemplo, quanto a
aceite, protesto, execução, etc.
DUPLICATA RURAL
A duplicata rural pode ser emitida em situações de vendas a prazo
de bens de natureza agrícola, extrativa ou pastoril.
É cabível somente nas vendas realizadas diretamente por
produtores ou por suas cooperativas (Decreto-lei n. 167/67, art. 46).
DUPLICATA VIRTUAL 
O agente econômico pode, online, enviar os dados do contrato a uma
instituição financeira, a qual, também online, à luz desses dados, emite uma ficha de
compensação e a encaminha ao devedor, que poderá pagá‐la na rede bancária
diretamente, ou até por meio da própria Internet.
Essa ficha de compensação não é a duplicata, mas um aviso bancário para
tornar a obrigação portável, que se baseia na duplicata que existe apenas em meio
magnético.
Não honrada a duplicata, o credor ou o próprio banco, encarregado da
cobrança, podem encaminhar em meio magnético os dados ao cartório para que este
efetue o protesto do título.
Lavrado o protesto, o credor ou o banco pode promover um processo de
execução com base nesse protesto e no comprovante de entrega de mercadorias ou
da prestação de serviços, sem a criação da duplicata fisicamente.
O STJ chegou à conclusão que: “são plenamente válidas as
indicações a protestos de duplicatas mercantis emitidas na forma
virtual”.
Não existem maiores diferenças entre o documento em papel e o
documento eletrônico, logo, os títulos eletrônicos são uma realidade
natural.
CHEQUE - LEI 7357/85
Cheque é uma ordem de pagamento à vista, emitida (sacada)
contra um banco, considerando a provisão de fundos suficientes.
O cheque é uma ordem de pagamento que cria três figuras:
a) emitente (sacador);
b) sacado (o banco que recebe a ordem e efetua o pagamento);
c) portador (beneficiário, tomador, credor).
O regime jurídico do cheque é a Lei n. 7.357/85, Lei do Cheque,
aplicando subsidiariamente a Lei Uniforme para os casos de omissão.
Ao cheque são aplicáveis os princípios da cartularidade,
literalidade e autonomia, e aos seus subprincípios da abstração e da
inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé.
O CHEQUE PODE SER EMITIDO DE 3 FORMAS:
a) nominal (ou nominativo) à ordem, que é aquele que só pode ser
apresentado ao banco pelo beneficiário indicado no cheque, podendo ser
transferido por endosso do beneficiário;
b) nominal não-à ordem, que é aquele que não pode ser transferido
pelo beneficiário;
c) ao portador, que é aquele que não nomeia um beneficiário, e o
cheque é pagável a quem o apresente ao banco sacado.
REVOGAÇÃO E SUSTAÇÃO DE CHEQUE - FORMAS PARA IMPEDIR 
O PAGAMENTO DE UM CHEQUE
a) oposição ao pagamento ou sustação, que pode ser determinada pelo
emitente ou pelo beneficiário, e suspende de imediato o pagamento do
cheque;
b) contra-ordem ou revogação, que só vigora após o término do prazo de
apresentação, só vale para cheques preenchidos e só pode ser
determinada por você, emitente do cheque. Revoga em definitivo o
cheque.
PRAZOS QUE AFETAM O CHEQUE: 
a) prazo de apresentação, que é de 30 dias, a contar da data de
emissão, para os cheques emitidos na mesma praça do banco sacado;
e de 60 dias para os cheques emitidos em outra praça;
b) prazo de prescrição, que é de 6 meses decorridos a partir do término
do prazo de apresentação.
A aceitação do cheque como forma de pagamento é facultativa,
não obrigatória. Os comerciantes fundamentam sua opção por não
aceitar cheque na Constituição Federal, art. 5º, inc. II, o qual prevê
que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
senão em virtude de lei.
REQUISITOS
Como requisitos do cheque estão:
a)a expressão “cheque”;
b)quantia;
c)nome do banco;
d)data e lugar de emissão;
e)assinatura do emitente
OBS: O cheque é um título vinculado, devendo seguir os padrões
previstos na legislação quanto à sua formatação.
CHEQUE PRÉ-DATADO (pós-datado)
Cheque pré-datado é aquele em que se fixa um vencimento a
prazo. No entanto, por ser uma ordem de pagamento à vista, poderá ser
apresentado ao banco para compensação antes da data.
Se essa apresentação antecipada violar um acordo entre as partes,
cabe ação indenizatória na esfera civil, conforme já apontado na Súmula
370 do STJ: “Caracteriza dano moral a apresentação antecipada do
cheque pré-datado”.
Pelo fato de o cheque ser uma ordem de pagamento à vista, o
cheque pré-datado não é considerado uma efetiva espécie de cheque,
sendo apenas uma prática usual das pessoas e do comércio.
CHEQUE CRUZADO
O cheque cruzado é aquele que deve ser creditado a uma conta
bancária, não podendo ser pago diretamente ao credor/portador.
O cruzamento não impede a circulação do título, seja por tradição,
cessão ou endosso, mas apenas limita o número de pessoas legitimadas
em recebê-lo. Seu maior objetivo é a segurança quanto ao furto, extravio
ou abuso de confiança.
Cheque cruzado em preto é quando se indica o nome de um banco
entre as duas linhas paralelas. Assim, o cheque só poderá ser
depositado naquele banco específico.
CHEQUE VISADO
Constitui o visto lançado no verso do cheque, pelo sacado
(Banco), que dá garantia quanto à sua cobertura.
O cheque com o visto fica garantido pelo banco durante o prazo
de apresentação. Este tipo de cheque garante que dos fundos do
emitente, a partir de então, não serão retiradas quaisquer importância
que comprometam o valor do cheque.
CHEQUE ADMINISTRATIVO
O cheque administrativo é aquele sacado/emitido por um banco
contra um dos seus próprios estabelecimentos ou filiais em favor de
terceiro (neste caso, sacado e sacador são a mesma pessoa).
Nesta operação de emissão de cheque administrativo, o banco
retira da conta bancária do cliente a importânciae transfere para uma
conta interna sua, ou seja, do próprio banco.
CHEQUE-VIAGEM (traveller’s check)
O cheque-viagem é aquele emitido por agentes autorizados para
operar com moedas estrangeiras em favor de terceiro para utilizar o
crédito em viagem.
CHEQUE SEM FUNDO
O cheque sem fundo é aquele não pago ou não compensado por
insuficiência de fundos.
Se o emitente, ao sacar o cheque, tinha ciência da insuficiência de
fundos, estará sujeito à condenação por crime de estelionato, de acordo
com o art. 171, § 2º, inc. VI, do Código Penal.
Bibliografia:
MAMEDE, Gladston. Títulos de Crédito - Coleção Direito Empresarial Brasileiro, 11ª ed. Grupo GEN, Rio
de Janeiro, 2020.
TOMAZETTE, Marlon. Curso de Direito empresarial. 2 Títulos de Crédito. 13ª ed. Saraiva, São Paulo,
2022.
TEIXEIRA, Tarcisio. Direito Empresarial Sistematizado. 9ª ed. Saraiva, São Paulo, 2021.

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