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TITULOS DE CREDITO EM ESPECIE Letra de câmbio 1. A letra de câmbio é considerada pelos doutrinadores como o título mais apropriado para servir de referência no estudo da teoria geral dos atos cambiários, em razão de sua estrutura permitir, com mais facilidade, o exame dos aspectos mais relevantes relacionados à constituição e à exigibilidade do crédito cambial. Trata-se, todavia, de título que não vingou no Brasil, tendo sido substituído, na praxe comercial, pela duplicata. 2. Segundo Fran Martins, a letra de câmbio é uma ordem dada por uma pessoa (designada sacador), por escrito, a outra pessoa (denominada sacado), para que pague a um :,eneficiário indicado, oulà ordem deste, determinada importância em dinheirà. Logo, a letra da câmbio exige a presença de três elementos pessoais (subjetivos): sacador (que dá a ordem de pagamento), sacado (a quem a ordem é dirigida) e o tomador ou beneficiário (em favor de quem o pagamento deve ser feito), que podem corresponder a três pessoas, a duas pessoas ou a apenas uma- pessoa. 3. As letras de câmbio existem das relações de créditos, utilizada pelas instituições financeiras aceitantes, como forma de captação de recursos financeiros para emprestar à pessoas físicas ou jurídicas após um contrato de financiamento. 4. A emissão deste tipo de crédito é conhecida como "saque", o que a compõe em três características: Sacador: aquele que emite a ordem de pagamento; Sacado: a quem a ordem é emitida; Tomador: o beneficiário desta ordem. A validade da letra depende do "aceite" da ordem de pagamento pelo sacado. O sacador tem a possibilidade de criar uma ordem para si próprio, sendo ele, também, o sacador. 5. REQUISITOS: • As palavras “letra de câmbio”, inseridas no próprio texto, não apenas no alto do título; • O valor monetário a ser pago; • O nome do sacado; • O nome do tomador; • Data e local onde a letra é sacada; • Assinatura do sacador; a inobservância de qualquer dos requisitos de validade, tem como consequência jurídica, sua descaracterização como título de crédito. Nota promissória 1. Conceito : que a nota promissória se estrutura como uma promessa de pagamento, razão pela qual sua emissão dá origem a duas situações jurídicas distintas: a do sacador ou promitente (chamado na Lei Uniforme de subscritor), que emite a nota e promete pagar determinada quantia a alguém; e a do tomador, em favor de quem a nota é emitida e que receberá a importância prometida. 2. Requisitos : • A denominação "nota promissória" lançada no texto do título. • A promessa de pagar uma quantia determinada. • A época do pagamento. Caso não seja determinada, o vencimento será considerado à vista. • A indicação do lugar do pagamento. Em sua falta, será considerado o domicílio do subscritor (emitente). • O nome da pessoa a quem, ou à ordem de quem, deve ser paga a promissória. • A indicação da data e do lugar onde a promissória é passada. Em caso de omissão do lugar, será considerado o designado ao lado do nome do subscritor. • A assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). • 8. Sem rasuras, pois, dessa forma, perde o valor a nota promissória 3. Regime jurídico: Pode-se perceber, pois, que o regime jurídico a que se submete a nota promissória é o mesmo aplicável às letras de câmbio, que está estabelecido, como https://pt.wikipedia.org/wiki/Domic%C3%ADlio https://pt.wikipedia.org/wiki/Assinatura visto, na Lei Uniforme de Genebra, incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro pelo Decreto 57.663/196 4. Características : 4.1 Em primeiro lugar, a nota promissória é uma promessa de pagamento. Sendo assim, são inaplicáveis às notas promissórias as regras sobre aceite (cláusula não aceitável, prazo de respiro, vencimento antecipado por recusa do aceite, entre outras). não depende de aceite. 4.2 Na letra de câmbio o devedor principal é o sacado, enquanto na nota promissória o devedor principal é o próprio sacador (ou subscritor) CHEQUE 1.CONCEITO : Cheque O cheque é ordem de pagamento à vista emitida contra um banco em razão de fundos que a pessoa (emitente) tem naquela instituição financeira. É, como visto, um título de modelo vinculado, uma vez que só é cheque aquele documento emitido pelo banco, em talonário específico, com uma numeração própria, seguindo os padrões fixados pelo Banco Central. Parte da doutrina mais antiga chega a negar ao cheque a qualificação de título de crédito próprio, mas se trata de entendimento minoritário. Ademais, no Brasil, além da Lei Uniforme do Cheque (Decreto 57.595/1966), o cheque atualmente é regido por lei específica que cuida, de forma detalhada, do regime jurídico a ele aplicável: trata-se da Lei 7.357/1985. 2. requisitos : a) a expressão cheque (cláusula cambiária); b) uma ordem incondicional de pagamento de quantia determinada; c) o nome da instituição financeira contra quem foi emitido (sacado); d) a data do saque; e) o lugar do saque ou a menção de um lugar junto ao nome do emitente; f) a assinatura do próprio emitente (também chamado de sacador). g)Indicação importante constante do cheque deve ser o local de sua emissão, que deve corresponder, exatamente, ao local em que o emitente se encontra no momento do seu preenchimento. 3. Caracteristicas 3.1 não tem limite de número de endossos que nele podem ser feitos. 3.2 O banco tem a obrigação legal de verificar a regularidade da cadeia de endossos: “o sacado que paga cheque ‘à ordem’ é obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas dos endossantes 3.3 ressalvada a responsabilidade do apresentante, no caso da parte final deste artigo, o banco sacado responde pelo pagamento do cheque falso, falsificado ou alterado, salvo dolo ou culpa do correntista, do endossante ou do beneficiário, dos quais poderá o sacado, no todo ou em parte, reaver a que pagou. 3.4 Superior Tribunal de Justiça já decidiu, invocando precedente específico, que se insere nas obrigações do banco a análise da legitimidade do endossante 3.5 quando possuírem valor não superior a R$ 100,00 (cem reais), podem ser emitidos ao portador. Cheques acima desse valor, todavia, deverão ser emitidos NOMINALMENTE 3.5 autonomia relativa. É que, segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a submissão do cheque ao princípio da autonomia não deve ser entendida de forma absoluta, permitindo-se, em situações excepcionais, que o devedor discuta a causa debendi 3.5 Nada impede, que o emitente do cheque faça dele constar, expressamente, a cláusula NÃO À ORDEM , situação em que o título não poderá circular por meio de endosso, sendo plenamente possível, porém, que circule via CESSAO CIVIL DE CREDITO ((vide arts. 21 e 25 da Lei do Cheque) 3.6 STJ já entendeu que, se o estabelecimento comercial admite o pagamento em cheque, só pode negar essa faculdade a um consumidor se apresentar justa causa. ( Não concordo com esta posição ). 3.7 Se o cheque for “da mesma praça”, o prazo de apresentação é de 30 dias. Se, todavia, for “de praças diferentes”, o prazo de apresentação será de 60 dias. Em ambos os casos, o prazo é contado da data de emissão. 4 CHEQUE PRE DATADO – prazo definido para apresentação e saque costuma-se usar a expressão cheque “pré-datado” – expressão comum na prática comercial – ou cheque “pós-datado” – expressão preferida por alguns doutrinadores. Nesse caso, perderia o cheque a sua natureza de ordem de pagamento à vista? Deve o banco recebê-lo normalmente, sem levar em conta a data futura mencionada no título? ➢ - STJ editou a Súmula 370, com o seguinte teor: “caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado”. ➢ Súmula 388, que assim dispõe: “a simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral”.5. MODALIDADES DE CHEQUE 5.1 cheque cruzado (arts. 44 e 45 da Lei do Cheque) cheque só pode ser pago a um banco ou a um cliente do banco, mediante crédito em conta, o que evita, consequentemente, o seu desconto na boca do caixa. 5.2 cheque visado (art. 7.º da Lei do Cheque) Confirmaçao de fundos – assinatura 5.3 cheque administrativo (art. 9.º, inciso III, da Lei do Cheque) 5.4 cheque para ser creditado em conta (art. 46 da Lei do Cheque) – pagamento não pode ser feito em dinheiro
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