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livros de biologia / amabis
volume unico
Biologia
60 pag.
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BIOLOGIA
PROF(a).:
ORGANIZAÇÃO SEMANAL
DOMINGO SEGUNDA TERÇA QUARTA QUINTA SEXTA SÁBADO
07:00 
08:00 
9:00 
10:00 
11:00 
12:00 
13:00 
14:00 
15:00 
16:00 
17:00 
18:00 
19:00 
LIVRO
 2
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SUMÁRIO
 A
FREN
T
E
 B
FREN
T
E
 C
FREN
T
E
ÁCIDOS NUCLEICOS
BIOTECNOLOGIA
CARIOLOGIA
DIVISÃO CELULAR COM GAMETOGÊNESE
EMBRIOLOGIA COM CÉLULAS TRONCO
FERMENTAÇÃO E RESPIRAÇÃO CELULAR
TECIDO EPITELIAL 
TECIDO CONJUNTIVO PARTE I 
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 BIOLOGIA
LIVRO FRENTE
 2 A
ÁCIDOS NUCLEICOS
Em 1869 a descoberta do DNA, foi feita pela primeira 
vez pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher, 
ele buscava determinar os componentes químicos do nú-
cleo celular e usava os leucócitos que são células que 
apresentam núcleos grandes e fáceis de serem isolados 
do citoplasma, contidos no pus para suas pesquisas. Ele 
descobriu a presença de um composto de natureza ácida 
que era desconhecido até o momento, era rico em fósforo 
e em nitrogênio, era desprovido de enxofre e resistente 
à ação da pepsina (enzima proteolítica). Esse composto, 
que aparentemente era constituído de moléculas gran-
des, foi denominado, por ele de nucleína. Entretanto so-
mente nove anos depois, Richard Altmann, que era aluno 
de Miescher, obteve a nucleína com alto grau de pureza, 
comprovando sua natureza ácida e dando-lhe, então, o 
nome de Ácido Nucleico.
Os ácidos nucleicos são polímeros orgânicos encon-
trados pela primeira vez, no núcleo das células e forma-
dos por inúmeras moléculas de nucleotídeos. Os ácidos 
nucleicos podem ser de dois tipos: ácido desoxirribonu-
cleico (DNA) e ácido ribonucleico (RNA).
ÁCIDO DESOXIRRIBONUCLEICO - DNA
NUCLEOTÍDEOS
DESOXIRRIBONUCLEOTÍDEO
 Açúcar ⇨ Desoxirribose
 Grupamento Fosfato ⇨ H3PO4
 Bases ⇨ Púricas ⇨ Adenina 
 ⇨ Guanina
 ⇨ Pirimídicas ⇨ Citosina 
 ⇨ Timina
O DNA é um polinucleotídeo formado por duas ca-
deias helicoidais (forma de hélice), como uma escada 
em espiral, com milhões e até bilhões de nucleotídeos, 
os “corrimãos” seriam de desoxirribose e ácido fosfórico 
e os “degraus”, bases nitrogenadas unidas entre si. Este 
modelo foi proposto pelos cientistas James Watson e 
Francis Crick, em 1953. As bases nitrogenadas do DNA 
são: adenina, guanina, citosina, e timina e, sempre que 
se unem, a adenina liga-se à timina, e a citosina, à gua-
nina (A-T e C-G). A união entre as bases nitrogenadas 
ocorre por ligações de hidrogênio. O DNA localiza-se nos 
cromossomos das células, em suas mitocôndrias, nos 
centríolos e nos cloroplastos. A maioria dos vírus também 
possui DNA. 
AUTODUPLICAÇÃO DO DNA
O DNA é a única molécula capaz de autoduplicar-se 
e o faz com a ajuda de uma enzima chamada DNA-poli-
merase. A capacidade de autoduplicação ou replicação 
do DNA confere aos seres vivos a capacidade de se re-
produzir. O DNA faz duplicação semiconservativa, isto é, 
em cada DNA formado, uma das cadeias é do DNA-mãe: 
o DNA se duplica, mas conserva-se metade dele em cada 
DNA-filho.
ÁCIDO RIBONUCLEICO - RNA
NUCLEOTÍDEOS
RIBONUCLEOTÍDEO
 Açúcar ⇨ Desoxirribose
 Grupamento Fosfato ⇨ H3PO4
 Bases ⇨ Púricas ⇨ Adenina 
 ⇨ Guanina
 ⇨ Pirimídicas ⇨ Citosina 
 ⇨ Uracila
O RNA é um polinucleotídeo de uma só cadeia. Não 
possui timina (T); em seu lugar, aparece a uracila (U). 
Origina-se do DNA, em um processo conhecido como 
transcrição, por meio de uma enzima chamada RNA-po-
limerase. A RNA-polimerase tem a propriedade de abrir 
o DNA, identificando suas bases nitrogenadas. Usando 
o DNA como molde, ao encontrar a adenina, coloca, na 
mesma posição, a uracila; ao encontrar a guanina, co-
loca, na mesma posição, a citosina (AU e CG). Existem 
três tipos de RNA em uma célula: ribossômico (RNAr), 
transportador (RNAt) e mensageiro (RNAm). O RNAr faz 
parte da constituição do ribossomo. O RNAm transpor-
ta a informação do núcleo para o citoplasma e o RNAt 
transporta os aminoácidos presentes no citoplasma até 
os ribossomos durante a síntese proteica.
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4
LIVRO 2 A BIOLOGIA
RELAÇÃO DNA, GENES E CROMOSSOMOS
O aspecto entre eles muda por conta do tamanho. O 
gene é o menor, a partir dele vão aumentando o tamanho. 
As sequências de vários genes formam o DNA, um con-
junto de moléculas que carrega a informação genética de 
todos os seres vivos. Acontece que se o DNA presente 
em uma única célula humana pudesse ser esticado em 
linha reta, ele atingiria 2 metros de comprimento. Como 
fazer esse material todo caber em cada uma das nossas 
microscópicas células? Os cromossomos que são estru-
turas presentes em cada uma das 100 trilhões de células 
do organismo servem para armazenar o DNA. Dentro dos 
cromossomos, a fita se condensa, enrolada em forma de 
espiral num espaço pequeno. O que de fato todos ser-
vem é para determinar e passar adiante as característi-
cas que moldam cada ser vivo. É esse conjunto de infor-
mações genéticas que vai indicar cada espécie a que o 
ser vivo pertence (traços mais individuais, como cor dos 
olhos, tipo sanguíneo e o formato dos dedos do pé). O 
mais impressionante é que uma pequena mudança nesse 
material genético já é o suficiente para alterar totalmente 
um ser vivo. Lembrando que, Apenas 3% dos genes são 
codificantes, ou seja, expressam algum RNA que leva à 
produção de proteínas, os outros 97% não codificantes 
ainda são uma incógnita e caracterizam mais um novo 
desafio para a biotecnologia.
COMPOSIÇÃO DOS CROMOSSOMOS
O DNA nos cromossomos eucarióticos está fortemen-
te ligado a um grupo de pequenas proteínas básicas cha-
madas histonas. As histonas constituem cerca de metade 
da massa de cromossomos eucarióticos, sendo a outra 
metade de DNA. Esse material cromossômico nucleo-
proteico é chamado de cromatina. Existem cinco tipos de 
histona que são chamadas de H1, H2A, H2B, H3 e H4. 
CÓDIGO GENÉTICO E A SÍNTESE 
PROTEICA
Nas células do corpo humano, temos cerca de 30 mil 
genes diferentes. Portanto, é provável que talvez tenha-
mos, aproximadamente, 30 mil proteínas diferentes. O 
DNA, pelos genes, é que dita a síntese de proteínas nos 
seres vivos.
CÓDONS
Á sequência de três nucleotídeos contida no DNA, 
transcrita no RNAm, irá indicar um aminoácido na mo-
lécula de proteína. Essa tríade ao ser transcrita pelo 
RNAm, recebe o nome de códon e irá determinar o ami-
noácido no citoplasma iniciando a síntese da proteína. 
Este aminoácido que será selecionado estará ligado a 
uma determinada tríade de bases que recebem o nome 
de anticódons. Assim, certo gene com 600 nucleotídeos 
terá 200 códons e, portanto, resultará em uma proteína 
com 200 aminoácidos.
Existe uma explicação, onde se diz que o código 
genético é “degenerado” porque muitos dos aminoáci-
dos podem ser codificados pelo mesmo códon, como a 
Leucina (Leu) associada aos códons CUU, CUC, CUA e 
CUG. Há, no entanto o aminoácido Metionina associado a 
apenas um códon AUG, que sinaliza o início da tradução, 
e 3 códons de parada (UAA, UAG e UGA) não associa-
dos a nenhum aminoácido, que sinalizam o fim da síntese 
proteica.
O CÓDIGO GENÉTICO
Existem 20 tipos de aminoácidos na natureza. Mas, 
com eles podemos sintetizar 30 mil proteínas diferentes, 
nos seres humanos. Os aminoácidos podem ser repeti-
dos na cadeia de proteínas, como a letra A foi repetida 
nas palavras acima. Se temos 20 aminoácidos, podemos 
compor milharesde proteínas diferentes. Como os nucle-
otídeos podem ser formados por adenina, guanina, citosi-
na e uracila (A, G, C, U), e cada sequência de três deles 
determina um aminoácido da proteína, teremos 64 grupos 
(43) diferentes de três nucleotídeos. Esses grupos podem 
se repetir milhares de vezes.
A SÍNTESE PROTEICA
O DNA comanda a fabricação de proteínas a distân-
cia de forma indireta. Para fazê-la, ele constrói um RNA-
-mensageiro (RNAm) com as informações que darão ori-
gem à proteína. De posse da mensagem, o RNAm vai até 
o citoplasma e, junto ao RNA-transportador (RNAt), nos 
ribossomos, sintetiza a proteína indicada pelo DNA. 
TRANSCRIÇÃO
Para sintetizar determinada proteína com a sequên-
cia de 10 aminoácidos seguindo esta disposição:
lisina-leucina-histidina-cistina-serina-
-serina-serina- arginina-leucina-tirosina
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5
A LIVRO 2BIOLOGIA
A sequência de nucleotídeos usados será:
TTT-GAA-GTA-ACA-TCA-TCA-TCA-TCT-GAA-ATA
Para isso, pelo processo de transcrição, o DNA sin-
tetiza um RNAm, transcrevendo nela essa mensagem ou 
código.
 f Splicing Genético - É o processo responsável pela 
formação do RNAm funcional que ocorre no núcleo 
para a retirada de íntrons. 
A maioria dos transcritos primários de RNAm apre-
senta dois tipos de sequências, os éxons, porção codifi-
cadora do transcrito primário que estão presentes no RNA 
maduro e os íntrons, sequências que não estão presentes 
no RNA maduro e, portanto, não codificam nenhum ami-
noácido da proteína a ser sintetizada(inativos). Os íntrons 
precisam ser retirados para dar origem a um RNAm fun-
cional ou tradusível, o RNAm precisa sofrer o processo de 
excisão dos íntrons e junção dos éxons. Esse mecanismo 
é conhecido como splicing do RNA. Para que o splicing 
ocorra corretamente, existem sequências consenso sem-
pre presentes localizadas nos íntrons dos RNAms. Essas 
sequências têm a finalidade de sinalizar o local onde de-
verá ser efetuado o splicing (chamado de sítio de splice) 
ou auxiliar na sua localização, e têm características pró-
prias que envolvem a retirada de cada íntron da molécula 
de RNAm e união dos éxons, liberando o íntron. A remo-
ção de íntrons envolve a quebra de uma ligação fosfodi-
éster, realizada pela enzima endonuclease.
TRADUÇÃO
De posse do códon adequado, o RNAm sai do núcleo 
em direção ao citoplasma e vai até os ribossomos. Lá, 
ele penetra entre uma e outra unidade de cada ribosso-
mo, como se fosse uma fita, mantendo as informações 
repassadas pelo DNA. Esse processo é a tradução. No 
citoplasma, existem RNA-transportadores, também origi-
nados no DNA. Cada RNAt também possui sequência de 
três nucleotídeos chamadas anticódon. Cada anticódon é 
responsável por selecionar um único aminoácido no cito-
plasma e transportá-los até os ribossomos. Ali chegando, 
o RNAt identifica os códons do RNAm e deposita os ami-
noácidos correspondentes a eles. Aos ribossomos caberá 
aproximadamente esses aminoácidos, que se unem por 
ligações peptídicas, originando a proteína desejada.
PARA NÃO ESQUECER
REPLICAÇÃO BIDIRECIONAL
No processo de replicação, as duas fitas do DNA 
original são copiadas originando duas moléculas filhas, 
cada qual com somente uma das fitas recém sintetizadas, 
logo, se diz que a replicação do DNA é semiconservativa, 
ou seja, conserva metade do material genético original e 
cada nova molécula de DNA é uma cópia perfeita de uma 
molécula preexistente, é iniciada em origens únicas e ge-
ralmente ocorre de forma bidirecional, a partir de cada 
origem de replicação. A fidelidade da replicação é muito 
grande, com uma média de apenas um erro por bilhão de 
nucleotídeos incorporados após a síntese e correção de 
erros durante e imediatamente após a replicação.
DUPLICAÇÃO ASSINCRÔMICA
Quando se diz que a replicação do DNA é assincrôni-
ca, é porque dentro de uma mesma molécula, existe um 
padrão de sequência para a síntese do DNA. Cada tipo 
celular apresenta regiões específicas do material genéti-
co, ou genes individuais, que começam e terminam sua 
duplicação em momentos definidos na fase “S”. A euro-
cromatina, que forma a cromatina geneticamente ativa, 
se replica primeiro no início da fase “S”, já a heterocro-
matina se replica por último, no final da fase “S”, e é con-
siderada uma replicação tardia. Nas células eucariontes 
a molécula de DNA inicia a replicação em vários pontos, 
denominados origem de replicação, que inicia na fase “S” 
da interfase e nesta fase existem vários genes ativos que 
são responsáveis por iniciar e coordenar a replicação do 
DNA com a transcrição dos genes.
A forquilha de replicação, é onde os dois filamentos 
de DNA da dupla hélice se separam, apresentando as-
sim um formato da letra Y, este local é rico em Adenina 
e Timina.
A DNA-polimerase é a enzima responsável pela po-
limerização dos desoxirribonucleotídios na síntese do 
DNA, polimerizando a molécula de DNA no sentido de 5′ 
para o 3′, e, então ambas as cadeias-filhas devem ser 
sintetizadas na direção 5′ para 3′. Porém os dois filamen-
tos de DNA da dupla hélice são antiparalelos, ou seja, 
um deles tem a direção 5′ para 3′ e o outro tem a direção 
contrária de, 3′ para 5’.
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6
LIVRO 2 A BIOLOGIA
PARA NÃO ESQUECER
FINGERPRINTING DE DNA
Trata-se do teste máximo de identificação do DNA, 
usado, por exemplo, em criminologia para mostrar se o 
material genético existente em uma gota de sangue, en-
contrada no local do crime, coincide com o sangue de um 
suspeito; também é usado em caso de paternidade duvi-
dosa. A técnica de fingerprinting de DNA, descoberta pelo 
inglês Alec Jeffreys em 1984, baseia-se no fato de que, 
ao lado das sequências de nucleotídeos correspondentes 
aos genes conhecidos (muito semelhantes em todos os 
indivíduos normais), existem outras sequências idênticas, 
chamadas DNA repetitivo. O comprimento e o número 
dessas repetições são idênticos para cada indivíduo. No 
DNA extraído do sangue, sêmen ou qualquer outro tecido, 
pode-se expressar, por meio de uma complicada técnica, 
o DNA repetitivo, na forma de um código de barras que é 
diferente para cada indivíduo (exceto nos gêmeos univi-
telinos). Em criminologia faz-se uma comparação entre o 
fingerprinting de DNA obtido de células (sangue, sêmen, 
pelos) advindas do crime com o das células do suspeito. A 
coincidência dos padrões identifica o criminoso. 
CADEIAS ANTIPARALELAS
Como as duas cadeias são antiparalelas, a forma de 
sintetizar as duas cadeias-filhas são diferentes, seguin-
do portanto um padrão de replicação semi descontínuo. 
Com o sentido do movimento da forquilha de replicação, 
a cópia da cadeia parental 3′ para 5′ é sintetizada continu-
amente e a cadeia filha que avança na direção 5′ para 3′, 
é denominada de cadeia líder ou cadeia contínua e a ca-
deia parental 5′ para 3′, é copiada de modo descontínuo, 
através da síntese de vários fragmentos, que serão uni-
dos depois, é denominada cadeia retardatária ou cadeia 
descontínua. Esses fragmentos da cadeia descontínua 
são chamados de fragmentos de Okazaki. São cadeias 
curtas, com aproximadamente 1.000 a 2.000 nucleotíde-
os em procariontes e de 200 a 300 nucleotídeos em cé-
lulas eucariontes.
MUTAÇÕES E O CÓDIGO GENÉTICO
Mutação significa alteração no material genético da 
célula. 
CLASSIFICAÇÃO
 f Cromossômicas - Quando se referem a alteração 
tanto na estrutura como no número de cromosso-
mos de uma célula;
 f Gênicas - Quando se referem a modificações na es-
trutura de um gene, alterando a sequência de bases 
nitrogenadas.
OCORRÊNCIA
 f Espontânea - sem causa aparente.
 f Induzida - quando provocadas por agentes mutagê-
nicos como radiações, (como raio X, os raios ultravio-
letas) e substâncias diversas, fenol, formol e radicais 
livres. Se uma mutação ocorrer em células sexuaisou gaméticas, a mutação pode ser transmitida ao 
longo de gerações. Se ocorrer em células somáticas 
(dos tecidos em função reprodutora), a alteração ge-
nética não é transmitida ao descendente. As muta-
ções ocorrem ao acaso, é normal se pensar que são 
prejudiciais para a vida do indivíduo mutante. Mas 
algumas podem ser benéficas, como por exemplo 
um gene mutante que pode conferir a uma bactéria a 
capacidade de resistir a certos antibióticos, estas se 
reproduzem por cissiparidade e transmitem a carac-
terística ao descendente, dizendo-se então que tais 
bactérias estão adaptadas àqueles antibióticos.
QUANDO AS MUTAÇÕES ALTERAM A 
ESTRUTURA DA PROTEÍNA
Havendo no processo de autoduplicação do DNA, uma 
mutação que provoque a substituição de alguma base ni-
trogenada por outra diferente, a transcrição será alterada 
e haverá mudança no códon correspondente do RNAm, 
logo outro RNAt será encaixado formando outro aminoáci-
do. Consequentemente vai acarretar alteração na estrutura 
proteica comprometendo o papel biológico da proteína.
ANEMIA FALCIFORME
Na anemia falciforme a substituição de um único 
aminoácido na constituição da hemoglobina, saindo 
o ácido glutâmico e entrando a valina num determi-
nado trecho da molécula, é suficiente para alterar o 
papel biológico desse pigmento respiratório, signifi-
cativamente.
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7
A LIVRO 2BIOLOGIA
Nos casos de análise de parentesco, leva-se em con-
ta que: metade das bandas que constituem o fingerprin-
ting de um indivíduo é herdada da mãe, e a outra metade, 
do pai. Ao comparar as bandas do filho com sua mãe, 
podem-se eliminar as que são semelhantes, restando as 
que foram herdadas do pai. Se todas as bandas de ori-
gem paterna coincidirem com o suposto pai, a identifica-
ção da paternidade será positiva.
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
01. A azitromicina, antibiótico indicado no combate de infec-
ções do trato respiratório, tem como mecanismo de ação 
a inibição da síntese proteica bacteriana através de sua 
ligação com a subunidade ribossômica maior, impedin-
do translocação dos peptídeos. A azitromicina demons-
tra atividade sobre uma grande variedade de bactérias, 
como:
• Bactérias aeróbias Gram-positivas – Staphylococ-
cus aureus e Streptococcus pneumoniae;
• Bactérias aeróbias Gram-negativas – Haemophilus 
influenzae, Haemophilus parainfluenzae, Acineto-
bacter sp. e Yersinia sp.; 
• Bactérias anaeróbias – Bacteroides fragilis, Bacte-
roides sp. e Clostridium perfrigenes; 
• Outros micro-organismos – Mycoplasma pneumo-
niae, e Listeria monocytogenes.
Em relação ao processo inibido pelo antibiótico, é cor-
reto afirmar: 
A) A ligação da azitromicina à subunidade ribossômica 
é favorecida pela natureza membranosa dessa orga-
nela. 
B) A translocação dos peptídeos é uma etapa da deco-
dificação que ocorre imediatamente após o splicing 
do RNAm. 
C) A tradução da mensagem genética em bactérias se-
gue o princípio da complementaridade RNAm-RNAt 
aminoacil específicos. 
D) A causa mortis das bactérias sensíveis ao antibiótico 
é reflexo da ausência de informações hereditárias es-
senciais à síntese proteica. 
E) A especificidade do antibiótico azitromicina a certas 
bactérias reflete a ocorrência de transcrição e tra-
dução em tempo e compartimentos distintos nesses 
micro-organismos.
02. (UNIPÊ) Os genes carregam informações biológicas que 
são codificadas como uma sequência de nucleotídeos 
do DNA. A beleza da estrutura não é sua espiral, mas o 
pareamento complementar entre as bases nos dois fila-
mentos, que permite a cada filamento, ser um modelo ou 
backup para o outro, tornando-o ideal para o transporte 
de instruções genéticas. Observando-se a complemen-
tariedade da molécula do DNA, é correto afirmar:
A) As bases púricas se ligam a outras bases púricas 
através de ligações interatômicas.
B) A união entre a adenina e a timina é menos estável do 
que a observada entre a citosina e a guanina.
C) O fosfato promove a ligação entre a adenina e a timi-
na de maneira específica com transferência de elé-
trons.
D) Entre as bases pirimídicas, há três ligações de hidro-
gênio caracterizando mais estabilidade entre essas 
bases.
E) As interações entre as bases só são possíveis por 
conta da inexistência de um antiparalelismo entre as 
fitas do DNA.
03. (FASA) A matança ocorre à noite. Os pescadores entram 
no rio Amazonas, numa região conhecida como calha do 
Alto e Médio Solimões, no noroeste do Estado, à procura 
de uma presa que, se a lei fosse seguida, não deveria 
ser alvo de arpões nem de redes: o boto cor-de-rosa. A 
espécie, endêmica da região, é um dos símbolos da fau-
na brasileira, uma das mais diversas do planeta. Além de 
subir à superfície a cada cinco minutos, o boto rosa é fa-
cilmente avistado de fora da água, em virtude de sua cor 
característica. [...]
Por séculos, a convivência do homem com os botos 
foi equilibrada. Era o que acontecia até os anos 2000, 
quando estudiosos do INPA notaram que os botos es-
tavam sumindo em ritmo alarmante. [...] motivo: os pes-
cadores descobriram que o animal é uma eficiente isca 
para capturar o piracatinga, peixe carniceiro vendido em 
mercados colombianos e do norte do Brasil. 
(THOMAS, 2015, p. 69-70). 
A ciência forense, um caminho seguro para o enfrenta-
mento do problema descrito, aplica o teste genético, cuja 
fundamentação teórica essencial à identificação precisa 
da origem da isca utilizada, considera:
A) O antiparalelismo do DNA que define o sentido em 
que a DNA polimerase atua na síntese de molécu-
las-filha.
B) A indução de mutações direcionadas no sentido de 
diferenciar as moléculas de DNA das diversas espé-
cies em estudo.
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8
LIVRO 2 A BIOLOGIA
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
C) A replicação semiconservativa do DNA em que cada 
uma das hélices da molécula-mãe serve de molde 
para a síntese de uma nova molécula.
D) O princípio da complementaridade de bases que per-
mite a hibridização de sequências da amostra em 
análise com fragmentos de moléculas de DNA obti-
das de animal conhecido.
E) A completa ausência de homologia entre as cadeias 
polinucleotídicas dos animais testados, o que possibi-
lita a identificação das espécies, que, por sua singu-
laridade genética, não compartilham ancestralidade.
04. (FASA) Analisando-se o segmento da estrutura simplifi-
cada de uma sequência curta de nucleotídeos, conclui-
-se que
A) faz parte de uma molécula heteropolimérica por conta 
da diversidade de suas bases nitrogenadas.
B) é formada, em sua tradução, uma sequência especí-
fica de nucleotídeos.
C) possui glicídios energéticos imprescindíveis para sua tra-
dução.
D) são, nos retrovírus, replicados ainda no meio extracelular.
E) forma açúcar da desoxirribose.
05. (FASA) Observando-se a molécula em destaque e com os 
conhecimentos sobre o assunto, pode-se afirmar que ela:
A) detém açúcar, que garante energia para sua tradu-
ção.
B) é desprovida de bases púricas.
C) possui fosfato, que pode ser um critério para sua 
identificação entre outros ácidos nucleicos.
D) participa diretamente do processo da tradução da in-
formação genética.
E) pode receber a teoria de Chargaff em seu núcleo.
01. (UNIFACS) O DNA é uma molécula que controla toda a 
atividade celular. Nela estão contidas as informações para 
o funcionamento completo da célula e toda vez que ela se 
divide, a célula deve passar essas informações para as 
células-filhas exatamente como estavam na célula-mãe, 
num processo chamado de duplicação ou replicação. 
Sobre a duplicação do DNA, é correto afirmar:
A) Durante a duplicação do DNA, a base nitrogenada 
guanina emparelha-se com a base nitrogenada uracila.
B) As bases nitrogenadas presentes nas duas fitas do 
DNA unem-se entre si através de ligações denomina-
das peptídicas.
C) A duplicaçãodo DNA é chamada de semiconservativa, 
porque metade da molécula original é preservada em 
cada uma das duas moléculas-filhas.
D) A síntese do DNA ocorre quando não há separação 
das duas fitas parentais, pois a enzima DNA polimerase 
pode gerar sozinha um novo DNA.
E) Quando as duas cadeias do DNA começam a se 
separar, os nucleotídeos vão sendo conduzidos pelo 
RNAt, que as ordenam até complementar as moléculas 
novas.
02. (UESB) Ninguém conseguia entender como o DNA po-
deria estar transmitindo mensagens às proteínas. A res-
posta, sabemos agora, estava no RNA, que age como 
um intérprete entre ambos. O fato de o DNA e as pro-
teínas não falarem a mesma linguagem constitui uma 
excentricidade notável da biologia. 
(BRYSON, 2005, p. 406-407).
Com base nas informações do texto e nos conhecimen-
tos atuais sobre biologia molecular, considere as afirma-
tivas e marque com V as verdadeiras e com F, as falsas.
( ) Trabalhando com uma espécie de auxiliar químico 
chamado ribossomo, o RNA traduz informações do 
DNA de uma forma que as proteínas possam enten-
der e aos quais possam agir.
( ) O DNA é responsável em armazenar e expressar 
as informações genéticas a partir da sequência das 
suas bases que, junto com o RNA, produzem ca-
deias polipeptídicas no ambiente citoplasmático.
( ) Durante a tradução, o RNAt transporta os aminoá-
cidos para que os ribossomos os encaixem através 
de ligações peptídicas com base em uma sequência 
determinada pelo RNAm.
A alternativa que apresenta a sequência correta, de cima 
para baixo, é a
A) V V V.
B) V F V.
C) V V F.
D) F V V.
E) F F F.
03. (UESB) A síntese proteica depende dos genes presen-
tes no DNA de cada célula e de todo um aparato en-
zimático necessário para a transcrição e tradução. No 
processo de diferenciação celular de crescimento e dife-
renciação, hormônios, neurotransmissores e fatores da 
matriz extracelular podem induzir uma cascata de sinais 
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9
A LIVRO 2BIOLOGIA
intracelulares que alteram a expressão gênica da célula. 
Isso é controlado por fatores de transcrição que ativam 
ou reprimem diferentes genes. Assim, após esse proces-
so, um hepatócito expressará genes diferentes daqueles 
expressos em um neurônio. A transcrição depende de 
enzimas que produzirão o RNA mensageiro a partir do 
DNA. O RNA mensageiro migrará através do complexo 
de poros nucleares para o citoplasma, onde ocorrerá a 
síntese proteica. 
A partir das informações do texto e com os conhecimen-
tos adquiridos sobre o tema, é correto afirmar: 
A) A tradução que ocorre no citoplasma depende da in-
teração dos RNAs que foram transcritos no núcleo 
com o ribossomos que são os mesmos encontrados 
em procariontes e eucariontes.
B) Em uma molécula de RNAm, todos os seus códons 
representam aminoácidos específicos.
C) A união dos peptídeos no sítio P do ribossomo ocorre 
por desidratação, na fase de elongação.
D) A interação códon-anticódon ocorre a partir de liga-
ções interatômicas, como as ligações de hidrogênio.
E) O RNAm, RNAr e RNAt dos vírus interagem com seus 
próprios ribossomos.
04. (EBMSP) Sabe-se, atualmente, que a replicação da 
molécula do DNA não só é dita semiconservativa, como 
também, assincrônica, bidirecional e semi-descontínua. 
Com base nas informações a respeito destas proprieda-
des, é correto afirmar:
A) O efeito bidirecional da replicação se configura na 
presença de uma dupla cadeia polinucleotídica anti-
paralela que se mantém unida a partir das ligações de 
hidrogênio entre suas bases nitrogenadas.
B) A replicação assincrônica evidencia a ação do DNA 
polimerase na construção de novas cadeias polinu-
cleotídicas sempre no sentido 3’ → 5’.
C) A presença de um processo splicing que retira as 
porções íntrons e une apenas as porções éxons do 
DNA ressalta o efeito semi-descontínuo presente na 
replicação do material genético. 
D) A ocorrência de uma replicação de forma assincrônica 
e bidirecional do DNA permite diminuir, significativa-
mente, o tempo necessário deste evento para cada 
molécula ao longo da etapa S da interfase.
E) A replicação é dita semiconservativa por manter as 
duas cadeias antiparalelas ligadas entre si através das 
ligações fosfodiéster presentes entre as bases adenina/
timina e guanina/citosina.
05. (UNICAMP) A figura a seguir ilustra fragmentos de um 
gene presente em 4 espécies identificadas com os nú-
meros de 1 a 4 entre parênteses.
CACTTGTAAAACCAGTATAGACCCTAG (1)
CACTTGTAAAACCAGGATAGACGCTAG (2)
CACTTGTAAAACCAGTATAGACGCTAG (3)
CATTTTTAACACCAGGATAGACGCTAT (4)
Assinale a alternativa correta.
A) As espécies 1 e 4 são mais próximas entre si do que 
as espécies 1 e 3.
B) As espécies 2 e 3 são mais próximas entre si do que 
as espécies 1 e 3.
C) As espécies 1 e 3 são mais próximas entre si do que 
as espécies 3 e 4.
D) As espécies 2 e 4 são mais próximas entre si do que 
as espécies 1 e 2.
06. (UNIDERP) Apesar de a maioria dos aminoácidos ser 
representado por, pelo menos, dois códons no RNAm, 
a metionina e o triptofano possuem apenas um códon 
AUG e UGG, respectivamente. Referindo-se a esses da-
dos, é correto afirmar que:
A) o anticódon do RNAt, que transporta o triptofano, é ACC.
B) o códon, que representa o triptofano, possui a base 
complementar da timina no DNA.
C) os nucleotídeos, transcritos do DNA, que representarão 
a metionina, só podem ser UAC.
D) o anticódon, presente no RNAt, que transporta a metio-
nina, possui duas bases púricas.
E) o anticódon UAG é indispensável para a liberação do 
primeiro aminoácido no sítio A, no processo de tradição.
(UNIDERP) QUESTÕES 07 E 08
“A dupla hélice é, realmente, uma molécula notável. O 
ser humano moderno tem, talvez, 50 mil anos de exis-
tência [...], mas o DNA e o RNA já existem há, pelo me-
nos, vários bilhões de anos [...]. No entanto, somos as 
primeiras criaturas da Terra a perceber a sua existência.” 
(Francis Crick).
07. A respeito do texto e com os conhecimentos sobre o as-
sunto, é correto afirmar:
A) A molécula de DNA e RNA já tinha sido observada, 
antes mesmo da formação dos coacervados.
B) O surgimento da molécula de DNA viabilizou o apare-
cimento do RNA.
C) A descoberta dos ácidos nucleicos precedeu a elu-
cidação da estrutura molecular do DNA por Francis 
Crick e James Watson.
D) A estabilidade do DNA, por conta das histonas, pro-
teínas globulares, é notada em toda a forma de vida.
E) A presença de DNA e RNA em bacteriófagos viabiliza 
a síntese de proteínas que participa da formação do 
seu capsídeo.
08. Em 1953, dois cientistas, James Watson e Francis Crick, 
descobriram a estrutura em dupla hélice da molécula do 
DNA e, com isso, foi possível ratificar:
A) a replicação descontínua, no sentido inverso da for-
quilha de replicação.
B) a complementaridade que existe entre as suas fitas 
desse heteropolímero.
C) a importância das ribozimas na orientação da DNA 
polimerase I.
D) a sequência nucleotídicas, responsável pela tradução 
de proteínas específicas.
E) a universalidade do código genético.
09. (UNIFACS) Uma análise dos trabalhos realizados pelos 
pesquisadores laureados, em uma visão das moléculas 
encontradas no mundo celular, permite afirmar:
A) A microscopia fluorescente de super-resolução, vi-
sualizando o DNA, foi a tecnologia que possibilitou a 
identificação do núcleo.
B) Os fosfolipídios, associados a proteínas de membra-
na, pelo seu comportamento de alta mobilidade, não 
podem ser identificados, mesmo com o desenvolvi-
mento da nanoscopia.
C) As proteínas associadas a doenças neurodegenera-
tivas só puderem ser conhecidas por essa tecnologia 
por apresentarem comportamento anormal.
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10
LIVRO 2 A BIOLOGIA
D) A utilização de anticorpos fluorescentes permite ver 
partes específicas do DNA, associadas a histonas 
que brilhamem presença de luz pulsada.
E) Os polímeros de glicose constituem um tipo de molé-
cula com função única de reserva, podendo ser ob-
servados devido à sua localização em adipócitos.
10. (EBMSP) Uma mulher A entrou na justiça solicitando o 
reconhecimento da paternidade das crianças B e C, indi-
cando D como possível pai. Ao saber do processo, outro 
homem E se manifestou, alegando que poderia ser pai 
de uma das crianças. Diante da recusa de D em assumir 
a paternidade das crianças, associada às alegações de 
E, o juiz solicitou o exame de DNA, que obteve como 
resultado os padrões de bandas mostrados a seguir:
Considerando-se essas informações e os conhecimen-
tos sobre Genética, é correto afirmar que o juiz dará uma 
sentença correta se determinar que D deverá assumir a 
paternidade:
A) da criança B e que um novo exame deverá ser reali-
zado para encontrar o pai da criança C.
B) da criança C, mas não a paternidade da criança B.
C) das duas crianças.
D) da criança C e que E deverá assumir a paternidade 
da criança B.
E) da criança B e que E deverá assumir a paternidade 
da criança C.
11. (EBMSP) Testes de DNA têm sido utilizados para identi-
ficação de pessoas, para investigação de paternidade e 
para elucidação de crimes. São usadas amostras de ma-
terial biológico dos indivíduos envolvidos que, submetidas 
a procedimentos específicos, revelam o perfil genético de 
cada um dos investigados, permitindo comparações que 
definem um resultado com quase 99,9% de certeza. Em 
relação à base teórica que possibilita a precisão do resul-
tado desses testes, é uma consideração pertinente:
A) Nas moléculas de DNA, a relação entre os pares de 
bases A:T/G:C mantém-se constante.
B) Um indivíduo tem peculiaridades genéticas detectáveis 
nos padrões de fragmentos nucleotídicos do DNA.
C) Em populações humanas, o grau de semelhança ge-
nômica é menor do que as diferenças individuais.
D) As cadeias que constituem a molécula de DNA são 
paralelas e idênticas entre si.
E) O exame exige a comparação de moléculas de DNA 
originárias do mesmo tecido, uma vez que os geno-
mas variam entre as células.
12. (UNIPÊ) Observando o esquema e com base nos co-
nhecimentos sobre célula, é correto afirmar:
A) A proteína formada, pelo polirribossomo em desta-
que, atuará fora da célula.
B) A expressão do gene proporcionará, invariavelmente, 
a síntese de uma proteína.
C) O aminoácido utilizado na tradução da informação 
gênica é originado do nucléolo.
D) O RNAm em destaque é policistrônico e é amadure-
cido no citosol por um processo denominado de spli-
cing.
E) O processo da tradução da informação genética, 
como observado na imagem, é típica de células eu-
carióticas.
13. (UNEB) Considerando as possíveis alterações que os 
raios X podem provocar nas moléculas de DNA, é correto 
afirmar:
A) A radiação induz replicações do DNA fora da etapa 5 
do ciclo celular, o que inviabiliza a entrada da célula 
na divisão por mitose.
B) O câncer é uma anomalia na regulação do ciclo celu-
lar e há perda de controle da mitose a partir de altera-
ção de genes controladores desse ciclo.
C) A emissão de raios X pela tomografia identifica as 
regiões no corpo que apresentam o DNA alterado e 
quais os tecidos que irão desenvolver um provável 
câncer no futuro.
D) As alterações nas posições das pentoses, a partir da 
exposição de um DNA aos raios X, produzem mudan-
ças irreversíveis na informação genética presente no 
organismo.
E) A exposição à radiação de raios X só é segura quan-
do apresenta valores próximos ao de um aparelho de 
raios X convencional, mesmo que seja com uma in-
tensa repetição.
(UNIPÊ) QUESTÕES 14 E 15
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11
A LIVRO 2BIOLOGIA
GABARITOS
14. Em relação à expressão do material genético destacado 
na ilustração, é correto afirmar:
A) A tradução do RNAm nos eucariontes precede o spli-
cing que ocorre no núcleo.
B) Invariavelmente, a tradução nos eucariontes ocorrerá 
no citoplasma, sobre o RER.
C) O processamento que ocorre no eucarionte produz 
um RNAm heterogêneo denominado de pré-mRNA.
D) Nos procariontes, a tradução do RNAm é iniciada an-
tes do término da transcrição, sem compartimentação 
nuclear.
E) As proteínas, tanto em células procarióticas quanto 
em células eucarióticas, serão formadas a partir da 
união dos aminoácidos, por hidratação.
15. Considerando-se que o RNAm que seguiu para o cito-
plasma da célula eucariótica apresenta 90 bases nitro-
genadas, ele terá:
A) 30 códons e 30 nucleotídeos.
B) 30 códons e 90 nucleotídeos.
C) 30 códons e 270 nucleotídeos.
D) 90 códons e 90 nucleotídeos.
E) 270 códons e 30 nucleotídeos.
EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM 
01. C
02. B
03. D
04. A
05. D
EXERCÍCIO PROPOSTOS
01. C
02. B
03. C
04. D
05. C
06. A
07. C
08. B
09. D
10. E
11. B
12. E
13. D
14. D
15. B
BIOTECNOLOGIA
ENGENHARIA GENÉTICA.
Engenharia genética pode ser definida como o con-
junto de técnicas capazes de permitir a identificação, ma-
nipulação e multiplicação de genes dos organismos vivos. 
É a modificação de seres vivos pela manipulação direta 
do DNA, através da inserção ou deleção de fragmentos 
específicos. Através desta nova ciência é possível a ma-
nipulação do DNA, ou seja, do ácido desoxirribonucleico 
que existe nas células dos seres vivos e assim recombi-
nar genes, alterando-os, trocando-os ou adicionando ge-
nes de diferentes origens e criando novas formas de vida. 
A ENGENHARIA GENÉTICA POSSIBILITA
 f Produção de seres transgênicos
 f Desenvolvimento da terapia genética
 f Realização do doping genético
 f Produção de vacinas genéticas
TÉCNICA DO DNA RECOMBINANTE
A Criação do DNA Recombinante envolve a união de 
um fragmento de DNA a uma molécula maior, utilizando-
-se uma endonuclease de restrição (por exemplo, a Eco-
RI, obtida da bactéria Escherichia coli e a DNA ligase. A 
clivagem do DNA com a mesma enzima de restrição cria 
extremidades complementares adesivas que são unidas 
pela ação da DNA ligase. Desta forma, um fragmento de 
DNA pode ser inserido em uma molécula maior, que pas-
sa a ser recombinante. Assim, um determinado gene do 
genoma humano pode ser inserido no genoma de uma 
bactéria, por exemplo, e lá ser amplificado ou mesmo 
transcrito várias vezes. Com o desenvolvimento da bio-
logia molecular e das técnicas de DNA recombinante, 
um novo universo de material genético, sem restrições 
de compatibilidade reprodutiva, tornou-se acessível ao 
melhoramento de plantas e animais. Neste sentido a En-
genharia Genética tem por metas a obtenção de plantas 
resistentes a pragas e doenças, com melhores qualida-
des nutritivas, adaptadas a determinadas características 
ambientais (frio, seca, salinidade), bem como tolerantes 
a agrotóxicos, possibilitando o aumento da produtivida-
de, diminuição do uso de insumos e mão de obra, assim 
como a expansão das fronteiras agrícolas.
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12
LIVRO 2 A BIOLOGIA
Fora do âmbito agrícola, a produção de compostos 
de interesse farmacológico em células ou plantas trans-
gênicas é uma fronteira em início de exploração. E, sem 
menor importância, esta nova ciência constitui um instru-
mento sem precedentes no estudo da estrutura e expres-
são gênica.
A engenharia genética, de uma maneira geral, en-
volve a manipulação dos genes e a consequente criação 
de inúmeras combinações entre genes de organismos 
diferentes.
ISOLANDO O GENE DE INTERESSE
Empregando substâncias químicas nas células que 
contém o gene de interesse:
 f dissolve-se a membrana celular.
 f separa-se o material genético dos demais compo-
nentes da célula.
 f isola-se o segmento do material genético que con-
tém o gene de interesse. Para se isolar o segmento 
do material genético que contém o gene de interes-
se, utilizam-se compostos químicos chamados de 
enzimas de restrição, que atuam como “tesouras”cortando o segmento desejado e isolando o gene.
As enzimas de restrição não foram criadas pelos se-
res humanos para serem usadas nos laboratórios. Elas 
foram extraídas de organismos vivos. Elas fazem parte 
do sistema de defesa que os organismos possuem, para 
destruir material genético estranho que invada o orga-
nismo. As enzimas de restrição são batizadas a partir do 
nome do microorganismo do qual foram isoladas.
ENZIMAS DE RESTRIÇÃO - VÍRUS 
BACTERIÓFAGOS
Em 1953 estudando-se um vírus que ataca bacté-
rias, observou-se que a sua capacidade de se multiplicar 
dependia da bactéria na qual ele se inseria. Algum tem-
po depois percebeu-se que a inabilidade de certos vírus 
crescerem em determinadas bactérias era devido a pre-
sença de substâncias, altamente específicas, que “corta-
vam” o material genético do vírus. Essas substâncias al-
tamente específicas são chamadas “enzimas”. Isto pode 
ser encarado como um sistema de defesa bacteriano que 
degrada o material genético que lhe é estranho. A isso 
chama-se “restrição”. A bactéria protege seu próprio ma-
terial genético, desta degradação, “camuflando-o”. Ela faz 
isso, modificando quimicamente o seu material genético. 
Como consequência, este sistema é frequentemen-
te descrito como fenômeno da restrição/modificação e 
existe em um grande número de bactérias. As enzimas de 
restrição são divididas em várias classes, dependendo da 
estrutura, da atividade e dos locais de reconhecimento e 
clivagem. Atualmente, mais de 1000 enzimas de restrição 
já foram identificadas.
A TRANSFERÊNCIA DO GENE
A meta em todo processo de obtenção de plantas 
transgênicas não consiste somente na clonagem e trans-
ferência do gene desejado, mas também que o mesmo 
seja expresso num modelo temporal, espacial e na mag-
nitude adequada com os objetivos. Assim, por exemplo, 
na transferência de um gene de proteína de reserva (vi-
sando aumentar o valor nutritivo da semente), a expres-
são do mesmo deverá ser restrita às sementes (tecido es-
pecifica). Por outro lado, no caso de genes que conferem 
resistência a herbicida, a expressão deverá ser constitu-
tiva. Para isso, são utilizados vetores de clonagem (plas-
mídeos ou vírus), nos quais a sequência de DNA de inte-
resse é inserida, utilizando a enzima DNA ligase. Quando 
necessário, o fragmento de DNA de interesse pode ser 
liberado do vetor por meio de enzimas de restrição. Uma 
vez isolado o gene de interesse, estes fragmentos de 
DNA (genes) são incorporadas por meio de engenharia 
genética no genoma do organismo alvo, resultando em 
um organismo geneticamente modificado (OGM), cuja ca-
racterística adquirida passa a ser hereditária.
TRANSGENIA NA AGRICULTURA
Diversas tecnologias têm sido desenvolvidas para a 
inserção de DNA exógenos no genoma de plantas por 
meio de engenharia genética. Particularmente, para o 
caso de células vegetais, as tecnologias mais eficientes 
para transformação genética consistem em infecção por 
Agrobacterium tumefaciens, (1) Agrobacterium tumefa-
ciens é uma bactéria Gram-negativa encontrada no solo 
e induz a formação de tumores em plantas. Agrobacte-
rium tumefaciens afeta apenas plantas dicotiledôneas, 
pelo que esta técnica só se aplica a este tipo de plantas. 
Os tumores são causados pelo plasmídeo Ti presente na 
bactéria. Este plasmídeo tem sido amplamente estudado 
pelos engenheiros geneticistas de plantas por ser extre-
mamente útil para introdução de novos genes em plantas, 
uma vez que tem a capacidade de transferir um fragmen-
to de DNA para o genoma da planta durante o processo 
de infecção. Pesquisadores modificaram a região do DNA 
de transferência (região T) do plasmídeo Ti, de forma a 
tornar possível a inserção de qualquer gene de interesse 
na planta. Este sistema constitui um sistema natural de 
transformação de plantas.
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13
A LIVRO 2BIOLOGIA
TRANSGENIA NA MEDICINA
Os primeiros produtos da engenharia genética co-
meçaram a entrar no mercado nos anos 1980, quando 
a insulina produzida em bactérias transgênicas chegou 
a farmácias americanas. A técnica consiste em modificar 
geneticamente a bactéria Escherichia coli para torná-la 
capaz de sintetizar o hormônio ausente. Assim, a insulina 
será fabricada em apenas 30 dias, que equivale a um 
terço do tempo necessário para obtê-la pelo método tra-
dicional. A segunda etapa do processo é a introdução do 
gene da pró-insulina humana na bactéria, fazendo com 
que o gene, precursor da insulina ativa, passe a produzir 
o hormônio em grandes quantidades. Além da insulina, a 
somatotrofina e fibrina são produzidos transgenicamente.
TERAPIA GÊNICA
Na maioria dos estudos a respeito de terapia genética, 
um gene “normal” é inserido no genoma para substituir um 
gene “anômalo” causador de doença. Uma molécula trans-
portadora, chamada vetor, precisa ser usada para se enviar 
o gene terapêutico para as células-alvo do paciente. Atu-
almente, o vetor mais comum é um vírus que foi genetica-
mente alterado para transportar DNA humano normal. Vírus 
evoluíram de forma a encapsular e transportar seus genes 
para células humanas, causando doenças. Cientistas ten-
taram aproveitar essa capacidade e manipular o genoma 
dos vírus, removendo os genes causadores de doença e 
inserindo genes terapêuticos. Células-alvo, tais como célu-
las do fígado ou dos pulmões do paciente, são infectadas 
com o vetor. O vetor, então, descarrega seu material genéti-
co, contendo o gene terapêutico humano, na célula-alvo. As 
produções de proteínas funcionais pelos genes terapêuti-
cos restauram as células-alvo a um estado de normalidade. 
Normalmente a terapia é utilizada para tratar doenças como 
os erros inatos do metabolismo (genes pleiotrópicos).
DOPING GENÉTICO
É a preparação laborato-
rial de células humanas que 
permitem reações endóge-
nas que ajudam a uma me-
lhor performance física, ou 
seja, produção a nível fisioló-
gico que não exige a inges-
tão ou injeção de substân-
cias ilícitas, sendo invisível, 
indetectável.
ETAPAS
 f Genes modificadas são injetados em “vetores” - ví-
rus inofensivos, alterados para não transmitir doen-
ças.
 f Os vetores são injetados no corpo do atleta e levam 
o gene modificada para o lugar correto nas células.
 f As células com o novo gene passam a produzir 
quantidades maiores de substâncias que melhoram 
o desempenho esportivo - por exemplo, a eritropo-
entina (EPO).
 f Ainda não se sabe como detectar esse tipo de do-
ping. Uma possibilidade é registrar o código gené-
tico dos atletas antes das competições, para coibir 
alterações.
VACINAS GENÉTICAS
Vacinas utilizando a tecnologia do DNA recombinan-
te são alternativas às vacinas tradicionais e já existem 
muitas sendo comercializadas e outras tantas sendo tes-
tadas. Tais vacinas podem ser desenvolvidas eliminando 
ou destruindo genes do patógeno que causa a doença ou 
de suas subunidades (proteínas). 
O antígeno não provoca a doença, mas estimula a 
produção de anticorpos específicos que imunizam o or-
ganismo contra o agente. As vacinas genéticas consistem 
de plasmídeos, que são pequenas moléculas circulares 
de DNA encontradas no citoplasma bacteriano, mas inca-
pazes de produzir uma infecção. 
Os plasmídeos usados na imunização são alterados 
para transportar genes específicos para um ou mais antí-
genos (proteínas) de um patógeno selecionado. 
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14
LIVRO 2 A BIOLOGIA
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
 f APLICAÇÃO por meio de injeções intramusculares 
ou por um mecanismo conhecido como revólver ge-
nético, que consiste em colocar os plasmídeos den-
tro de microesferas de ouro e dispará-las contra a 
pele do paciente, utilizando para isso um disparador 
de alta pressão. 
Uma vez dentro das células, alguns plasmídeos con-
seguem penetrar no núcleo, onde os genes que codificamos antígenos são transcritos em moléculas de RNA men-
sageiro, as quais são subsequentemente traduzidas em 
proteínas antigênicas no citoplasma.
ENZIMAS EM BIOLOGIA MOLECULAR 
- TECNOLOGIA CRISPR-CAS9
O sistema enzimático CRISPR-Cas é uma ferramen-
ta que permite realizar modificações genéticas precisas 
e específicas nas cadeias de DNA ou gerar rearranjos 
genômicos. Nos últimos anos, a tecnologia de edição ge-
nômica baseada no uso de nucleases manipuladas ge-
neticamente ou quiméricas está revolucionando as abor-
dagens de engenharia gênica e ampliando o número de 
animais e plantas geneticamente modificados, o que era 
impossível de ser obtido com as tecnologias tradicionais 
de manipulação gênica. A enzima Cas9 é uma enzima 
com dois domínios nuclease, e cada um deles divide uma 
das duas fitas do DNA detectado pelo sistema CRISPR-
Cas . É possível gerar mutações em um desses domínios 
para inativá-lo e gerar proteínas que clivem somente uma 
das fitas do DNA; neste caso a enzima funciona como 
nicase. E a inativação de ambos os domínios resulta em 
uma proteína de ligação que pode reconhecer um alvo 
específico em um DNA e sinalizá-lo ou interferir na sua 
função.
Entre as aplicações de CRISPR/Cas, vale lembrar as 
seguintes situações:
- Alterações da expressão gênica por meio do silencia-
mento;
- Repressão, indução e ganho de função;
- Modulação e alteração da atividade de proteínas;
- Introdução de genes exógenos para induzir novas 
características em espécies cultivadas, identificação, 
alterações em módulos gênicos determinantes de 
características de interesse agrícola, possibilitando 
acelerar a domesticação de plantas e sua aplicação 
como ferramenta na biologia sintética.
REVOLUÇÃO NA GENÉTICA
Para o futuro próximo, acredita-se no uso de CRIS-
PR/Cas para:
- Transferência de genes;
- Tolerância aos estresses bióticos e abióticos;
- Melhoramento do sistema fotossintético de plantas;
- Produção de plantas haploides;
- Criação de novas espécies para cultivo.
01. (UNIFACS) Uma ferramenta para editar o DNA Siste-
ma copiado de bactérias, CRISPR-Cas9 pode catalisar 
descobertas em biologia e medicina e suscita temores 
éticos. Um sistema que permite a bactérias reconhecer 
e combater invasões virais promete uma novidade sig-
nificativa na genética. Trata-se de uma proteína guiada 
por uma molécula de RNA que corta as fitas de DNA 
em pontos específicos e ativa vias de reparo. No Brasil, 
vários pesquisadores já se preparam para incorporar às 
suas linhas de pesquisa a técnica criada em 2012.
 É uma história que está no início e por enquanto rendeu 
poucos resultados palpáveis. Vale a pena ficar de olho, 
tanto pelo que o sistema tem de promissor quanto pelo 
potencial de alterar genes humanos e produzir bebês sob 
medida, o que suscita cautela a ponto de se discutir uma 
moratória ao seu uso. (GUIMARÃES, 2019).
 Em relação às informações contidas no texto e com base 
nos conhecimentos da Biologia, é correto afirmar:
A) Essa nova revolução que a genética vive é radical e 
seu alcance é previsível.
B) As ferramentas moleculares usadas pelas bactérias, 
contra a ação viral, foi descoberta pela técnica CRIS-
PR-Cas9.
C) A edição do DNA dispensa discussões a respeito da 
ética, pois não compromete características essen-
ciais dos seres humanos.
D) Com essa técnica, está confirmada a correção de to-
dos os problemas expressos por genes em homozi-
gose, como a fenilcetonúria.
E) Com o desenvolvimento dessa técnica, será possí-
vel inativar a expressão de genes responsáveis pelo 
desenvolvimento de características anômalas como a 
anemia falciforme.
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15
A LIVRO 2BIOLOGIA
02. (UESB) O dia de campo na Fazenda Sucupira é uma das 
atividades em comemoração ao aniversário da Embrapa 
Recursos Genéticos e Biotecnologia, que completa 40 
anos de resultados em prol da agropecuária brasileira. En-
tre as atrações do dia de campo no Campo Experimental 
Fazenda Sucupira, destacam-se os clones bovinos desen-
volvidos pela Embrapa: “Lenda da Embrapa” e “Porã”. Es-
ses animais são resultados de pesquisa pioneiros no Bra-
sil, que colocaram o País no topo do ranking das pesquisas 
de biotecnologia animal no mundo. A raça Junqueira faz 
parte do Programa de Conservação e Uso de Recursos 
Genéticos Animais da Embrapa Recursos Genéticos e Bio-
tecnologia, o que torna “Porã” um elo entre a moderna bio-
tecnologia animal e a conservação de recursos genéticos. 
(O DIA DE CAMPO..., 2014). 
A preservação de animais domésticos, ameaçados de ex-
tinção como boi, porco, cabra e cavalo que se encontram 
no Brasil desde a época da colonização, se justifica porque:
A) podem ser consideradas verdadeiros tesouros ge-
néticos para programas de melhoramento, pois pos-
suem características de rusticidade, adaptabilidade e 
resistência a doenças e parasitas adquiridas ao longo 
dos séculos.
B) apresentam apenas valor histórico sendo considera-
dos como parte da história viva do país.
C) por apresentarem menor valor econômico e adaptati-
vo, são animais preferenciais para serem comerciali-
zados entre os produtores de baixo poder aquisitivo.
D) são espécimes ideais para servirem de cobaias em 
terapias transgênicas quando recebem genes exó-
genos acoplados ao seu material genético como por 
exemplo, o gene produtor de luz do vagalume. 
E) são espécimes de pouca importância econômica e 
por isso podem ser sacrificados em experimentos ge-
néticos permitindo alavancar essa importante área de 
pesquisa no Brasil.
03. (UNEB) A biotecnologia pode ser definida, de maneira 
bem ampla, como uma atividade baseada em conheci-
mentos multidisciplinares, que utiliza agentes biológicos 
para fazer produtos úteis ou resolver problemas. 
A formação de organismos geneticamente modificados, 
OGMs, transgênicos é proporcionada pela tecnologia do 
DNA recombinante, processo biotecnológico que inclui, 
em seu procedimento experimental:
A) a utilização de enzimas de restrição que irão inserir, 
o fragmento do DNA isolado, no material genético do 
futuro OGM. 
B) o conhecimento do gene que deverá ser isolado, corta-
do e posteriormente inserido no genoma do futuro OGM. 
C) a indução de novas mutações para que o OGM possa 
ser bem-adaptado e produzir os compostos de inte-
resse do ser humano.
D) a ativação dos íntrons para a síntese de novos DNAs, 
que viabilizarão a tradução de proteínas benéficas 
aos seres vivos.
E) a criação de um novo código genético para o organis-
mo que irá surgir, mais bem-adaptado e com caracte-
rísticas de interesse para o ser humano.
04. (FACULDADE GUANAMBI) Pacientes diabéticos po-
dem controlar sua doença seguindo consistentemente 
a dieta prescrita, tomando medicação como ordenado, 
comendo em horários regulares e seguindo um progra-
ma regular de exercícios. [...] A chegada do medidor de 
bolso de teste de glicose no sangue permitiu ao paciente 
diabético realizar um controle mais rigoroso da doença. 
As pessoas que tomam injeções de insulina estão sujei-
tas a episódios de hipoglicemia, ou seja, de taxa baixa 
de açúcar no sangue. [...] A maioria da insulina em uso 
atualmente é um tipo “humano” produzida por bactérias 
por meio da engenharia genética. 
(COHEN; WOOD, p. 216.
A engenharia genética está produzindo uma revolução 
na capacidade médica de tratamento das mais diversas 
doenças humanas.
A respeito desse tema, é correto afirmar:
A) Os organismos transgênicos representam a capacida-
de do ser humano de mesclar características genéticas 
de espécies distintas em um só indivíduo, gerando 
produtos que podem ser utilizados para melhorar a 
qualidade de vida das pessoas.
B) A insulina de origem transgênica utilizada com sucesso 
nos pacientes diabéticos é produzida por bactérias 
que apresentam um gene modificado de origem suína.
C) Os alimentos transgênicos se caracterizam por apre-
sentarem invariavelmente um valor nutricional maior do 
quese comparado ao alimento original correspondente.
D) A terapia com células-tronco representa um avanço das 
pesquisas médicas, ao induzir a regeneração de qual-
quer tipo de órgão humano lesado com a aplicação de 
células tronco retiradas do tecido mamário de ovelhas.
E) A clonagem terapêutica é considerada pelos pesquisa-
dores como uma técnica promissora, ao propor gerar 
cópias de indivíduos humanos para serem utilizados na 
reposição de tecidos e órgãos dos indivíduos originais.
05. (UNEB) Podemos estar presenciando uma “revolução 
genética”. Nas últimas décadas, os pesquisadores de-
senvolveram e aprimoraram técnicas para transplantar 
genes individuais de um organismo para outro, criando 
cultivares com importantes características novas. Por 
exemplo, um gene da bactéria de solo Bacillus thurin-
giensis, transferido para o algodão, milho e outras plan-
tas, resulta nas chamadas variedades Bt, com resistên-
cia inata a insetos. 
(RANEY; PINGALI. 2007. p. 74).
A lavoura geneticamente modificada pela biotecnologia 
caracteriza-se por:
A) aumento na produtividade primária decorrente do uso 
restrito de fertilizantes.
B) expressão de produtos gênicos em plantas com alte-
ração no seu genoma.
C) síntese de novas proteínas pela ação de bactérias na 
fertilização do solo.
D) alteração no processo de síntese proteica da planta 
transgênica.
E) desenvolvimento de plantas genericamente puras.
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LIVRO 2 C BIOLOGIA
16
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. (UESB) No decorrer de experiências desenvolvidas no 
Hospital St.Mary, em 1927, para a identificação de fato-
res antimicrobianos, o microbiologista Alexander Flem-
ming constatou que um tipo de fungo, que foi identificado 
como do gênero Penicillium, produzia uma substância 
que impedia o desenvolvimento das colônias da bactéria 
Staphylococcus aureus que ele vinha cultivando. A essa 
substância Fleming deu o nome de penicilina. Em mo-
mento posterior, em linhagens bacterianas do Staphylo-
coccus aureus, isoladas de hospitais, pesquisadores 
identificaram a ocorrência de um plasmídeo, chamado de 
plasmídeo R, que confere à bactéria resistência à peni-
cilina. 
Esses dados mostram uma relação entre plasmídeos, 
bactérias e fungos, que é expressa quando se afirma que:
A) o plasmídeo é um artefato adquirido pela bactéria para 
se defender do produto farmacêutico. 
B) a produção da penicilina expressa uma relação de 
amensalismo entre bactérias e fungos. 
C) a presença do plasmídeo confere à bactéria resistên-
cia específica aos antibióticos, apenas, em condições 
não-naturais. 
D) o fungo e a bactéria relacionam-se porque ambos são 
formados por células eucarióticas.
E) a ocorrência das cepas bacterianas que contêm o plas-
mídeo R resulta de um mecanismo de seleção artifi-
ciais.
02. (UNICAMP) Assinale a alternativa correta sobre a presen-
ça de agrotóxicos e de sementes transgênicas na agricul-
tura brasileira. 
A) O uso de agrotóxicos e sementes transgênicas asso-
cia-se à busca de maior produtividade, sobretudo em 
áreas de fronteira agrícola. 
B) As sementes transgênicas e o uso de agrotóxicos ade-
quados ampliaram o interesse de países da União Eu-
ropeia pelos produtos agrícolas brasileiros. 
C) O uso de agrotóxicos no Brasil reduziu a necessida-
de de aproveitamento das sementes transgênicas nos 
cultivos agrícolas de grãos no país. 
D) Por ser signatário de acordos internacionais, o Brasil 
reduziu o uso de agrotóxicos e sementes transgênicas 
em áreas próximas a mananciais.
03. (UESB) A biotecnologia envolvida na obtenção de trans-
gênicos tem como suporte a:
A) singularidade de todos os genes no genoma de cada 
espécie biológica.
B) inibição do mecanismo que controla a expressão de 
genes estranhos ao organismo
C) grande diferença nos mecanismos de hereditariedade 
entre as espécies
D) possibilidade de modificar o cariótipo da espécie, 
adaptando-a melhor ao ambiente
E) universalidade dos processos de transcrição e tradu-
ção da mensagem genética.
04. (UNICAMP) As técnicas de engenharia genética podem 
ser consideradas ferramentas que possibilitam a identifi-
cação de pessoas com base na análise do DNA, além de 
propiciar aconselhamentos genéticos e resolver casos de 
paternidade desconhecida e problemas criminais. Sobre 
essas técnicas e sua importância, é correto afirmar:
A) O aconselhamento genético é indicado para casais 
normais e consanguíneos, em que um dos cônjuges 
recebeu irradiação ionizante ou fez ingestão de drogas 
mutagênicas.
B) A terapia gênica, também conhecida como genetera-
pia, consiste em introduzir genes anormais e recombi-
nantes em pessoas que tenham o alelo que causa uma 
determinada doença.
C) A identificação de pessoas com base na análise do 
DNA possibilita um nível de certeza similar ao utilizado 
nas impressões digitais; ambas as técnicas são conhe-
cidas como DNA fingerprint.
D) A engenharia genética permite alterar a composição 
gênica dos indivíduos num intervalo de tempo maior, 
visto que a reprodução seletiva não permite a mani-
pulação de genes.
05. (UESB) Do ponto de vista biológico, uma análise das di-
ferentes posições dos Estados em relação aos transgê-
nicos deve considerar:
A) a importância da soja transgênica como alimento ex-
clusivamente energético que é imprescindível para a 
nutrição das populações mais jovens.
B) o aumento na frequência de mutações, em decorrên-
cia do consumo pelo homem de alimentos genetica-
mente modificados, com a possibilidade de manifes-
tação de doenças hereditárias.
C) o incremento do plantio de soja transgênica em al-
gumas áreas do Brasil, envolvendo a devastação do 
cerrado, aumenta a retenção de água da região
D) o fortalecimento das monoculturas com o plantio de 
soja contendo genes que conferem resistência ao 
agrotóxico, comprometendo a biodiversidade.
E) o risco de uma poluição genética desencadeada pela 
baixa competitividade dos indivíduos transgênicos 
em áreas agrícolas.
06. (UNICAMP) Vinokourov suspeito de doping na volta à 
França. O ciclista Alexandre Vinokourov, 33 anos, é sus-
peito de doping na Volta à França. Um exame efetuado 
no atleta, depois da sua vitória, detectou vestígios de do-
pagem com uma transfusão com sangue de um doador 
compatível. O laboratório antidoping de Paris detectou 
a presença de duas populações distintas de eritrócitos 
(glóbulos vermelhos) na amostra de sangue do atleta.
Está correto afirmar que a descoberta de doping utilizan-
do transfusão sangüínea só foi possível devido:
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C LIVRO 2BIOLOGIA
17
A) à análise de DNA nuclear dos eritrócitos encontrados 
no atleta.
B) à identificação de proteínas superficiais dos eritróci-
tos encontrados no atleta.
C) ao número de cromossomos dos eritrócitos encontra-
dos no atleta.
D) à ploidia mitocondrial dos eritrócitos encontrados no 
atleta.
07. (UNICAMP) 
A) As enzimas de restrição são bastante utilizadas na 
terapia gênica, uma vez que protegem os seres vivos 
dos retrovírus.
B) Um gene é um segmento da molécula de RNA e pos-
sui informação necessária para a síntese da molécula 
de DNA, a qual se condensa produzindo cromosso-
mos.
C) É nos ribossomos que se localiza a informação ne-
cessária para a síntese de uma molécula de RNA, 
a qual poderá codificar determinado polipeptídio ou 
proteína.
D) Na terapia gênica um gene normal é inserido (através 
de um vetor) em certas células defeituosas do pacien-
te. Essas células serão introduzidas no paciente, a 
fim de produzir muitas proteínas e corrigir o defeito 
genético.
08. (UNEB) Pesquisas estão sendo desenvolvidas com o 
objetivo de se criar uma linhagem transgênica de Es-
cherichia coli que tenha habilidade para sintetizar a ar-
temisinina, substância produzida por plantas que tem 
se mostrado eficaz no combate à malária. 
A tecnologiaque se propõe a obter a produção da ar-
temisinina pela Escherichia coli é possibilitada entre 
outros aspectos, porque a fisiologia da bactéria e a da 
planta compartilham a:
A) utilização de mecanismos celulares idênticos e espe-
cíficos na secreção da artemisinina.
B) tradução de suas informações genéticas sob um 
mesmo sistema de decodificação. 
C) função similar da droga na célula procariótica e na 
célula vegetal.
D) apresentação de genomas com o mesmo conjunto de 
informações genéticas. 
E) ocorrência dos processos de transcrição e tradução 
no mesmo compartimento celular.
09. (EBMSP) A imagem ilustra algumas etapas de um pro-
cedimento em engenharia genética para a formação de 
células geneticamente modificadas. 
Com base nessas informações e no conhecimento sobre 
tecnologia do DNA recombinante, é correto afirmar: 
A) O procedimento utiliza enzimas de restrição para se-
quenciar plasmídeos no intuito de corrigir determina-
dos genes humanos defeituosos. 
B) No experimento são produzidas bactérias transgêni-
cas a partir da inserção de DNA recombinante com a 
presença do gene humano de interesse. 
C) As bactérias geneticamente modificadas receberam 
fragmentos de plasmídeos provenientes do material 
genético de células humanas selecionadas. 
D) Durante o procedimento, as enzimas ligantes e as de 
restrição editam um fragmento de DNA de uma bac-
téria que passa a viver dentro de uma célula humana 
transgênica. 
E) O procedimento utiliza células humanas genetica-
mente modificadas.
10. (FUVEST) Alguns grupos de pesquisa brasileiros es-
tão investigando bactérias resistentes a íons cloreto, 
como Thiobacillus prosperus, para tentar compreen-
der seu mecanismo de resistência no nível genético e, se 
possível, futuramente transferir genes relacionados com 
a resistência a íons cloreto para bactérias não resisten-
tes usadas em biolixiviação (um tipo de biorremediação 
de efluentes), como Acidithiobacillus ferrooxidans. 
Considerando as principais técnicas utilizadas atual-
mente em biologia molecular e engenharia genética, a 
transferência de genes específicos de uma espécie de 
bactéria para outra deve ser feita através:
A) de cruzamentos entre as duas espécies, produzindo 
um híbrido resistente a íons cloreto.
B) da transferência para a bactéria não resistente de um 
plasmídeo recombinante, que contenha o gene de 
interesse previamente isolado da bactéria resistente, 
produzindo um Organismo Geneticamente Modifica-
do (OGM).
C) da transferência de todo o genoma da bactéria resis-
tente para a nova bactéria, formando uma espécie 
nova de bactéria em que apenas o gene de interesse 
será ativado.
D) da simples clonagem da bactéria resistente, sem a 
modificação da bactéria suscetível a íons cloreto.
E) da combinação do genoma inteiro da bactéria susce-
tível com o genoma da bactéria resistente, formando 
um organismo quimérico, o que representa uma téc-
nica muito simples em organismos sem parede celu-
lar, como as bactérias.
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LIVRO 2 C BIOLOGIA
18
11. (UNICAMP) Recentemente, inúmeros casos de doping 
esportivo foram noticiados, como, por exemplo, aqueles 
envolvendo a delegação russa nos Jogos Olímpicos do 
Rio de Janeiro em 2016. Um dos métodos mais utilizados 
no exame antidoping é a coleta e análise da urina de 
atletas, para verificação da presença de medicamentos 
proibidos. O composto furosemida foi banido pela Agência 
Mundial Antidoping. Sua principal ação é reduzir a rea-
bsorção de sódio e cloro a partir da alça do néfron (alça 
de Henle) em direção aos vasos sanguíneos adjacentes.
 Considerando essas informações e os conhecimentos 
sobre a fisiologia renal e a excreção em seres humanos, 
é correto afirmar que a furosemida:
A) diminui a produção de urina, impedindo que medica-
mentos proibidos sejam eliminados nas amostras a 
serem analisadas nos testes antidoping.
B) diminui a produção de amônia, mas aumenta a elimina-
ção de medicamentos pelo rim, resultando em diluição 
das amostras analisadas nos testes antidoping.
C) aumenta a produção de urina, resultando na diminuição 
da concentração de medicamentos nas amostras, o 
que dificulta sua detecção nos testes antidoping.
D) aumenta a produção de ureia, o que resulta na diluição 
das amostras a serem analisadas nos testes antidoping 
e na diminuição da concentração dos medicamentos.
12. (PUC CAMPINAS) A tira do quadrinho a seguir faz refe-
rência à manipulação de genes em laboratório.
Se esse tipo de experimento realmente fosse concretiza-
do, poder-se-ia afirmar que:
A) o elefante e o vaga-lume são organismos transgêni-
cos.
B) apenas o vaga-lume é um organismo transgênico.
C) uma sequência de RNA do vaga-lume foi transferida 
para células do elefante.
D) o gene do vaga-lume controlou a produção de RNA e 
de proteína no interior das células do elefante.
E) uma sequência de DNA do elefante sofreu mutação.
13. (UNINORTE) A agricultura mundial passa por um mo-
mento de grandes mudanças. Ao mesmo tempo em que 
são anunciadas descobertas na área de transgênicos, 
aumenta a migração de consumidores e produtores para 
os alimentos orgânicos – livres de agrotóxicos ou algum 
tipo de substância nociva à saúde. PACHECO, Paula.
 A migração de consumidores para alimentos orgânicos 
está relacionada:
A) à conscientização da importância da utilização de 
transgênicos para o aumento da produção de alimen-
tos.
B) à procura por parte de grupos da sociedade por ali-
mentos livres de substâncias nocivas e, portanto, à 
busca por uma melhor qualidade de vida.
C) à comercialização desses produtos por grandes re-
des varejistas, fazendo com que cada vez mais se 
torne difícil encontrar produtos não orgânicos.
D) ao baixo preço dos orgânicos decorrente da atual ge-
neralização da produção, o que atrai grande massa 
de consumidores de baixa renda.
E) à forte propaganda na tentativa de tornar o Brasil o 
maior produtor mundial de alimentos orgânicos.
14. (UESB) Empresas do setor químico e agroindústrias es-
tão introduzindo uma nova geração de lavouras transgê-
nicas na agricultura na esperança de produzir uma com-
pleta mudança em direção da revolução genética. Os 
ecologistas não estão bem seguros quanto aos impactos 
naturais causados pelo desvio das fronteiras naturais, 
ao se introduzir, nas lavouras, genes obtidos a partir de 
espécies animais e vegetais totalmente diferentes. Tra-
ta-se de um empreendimento de alto risco, com poucas 
regras e referências que orientem o caminho. Estamos 
voando às cegas para a nova era da biotecnologia agrí-
cola, com muitas esperanças, poucos freios e uma vaga 
ideia dos resultados potenciais.
As preocupações que cientistas, ambientalistas, políti-
cos e a própria sociedade vêm manifestando quanto a 
introdução dos transgênicos na prática agrícola, apoiam-
-se na compreensão de que:
A) as mudanças genéticas são tão frequentes, que o 
novo gene introduzido sofrerá uma nova mutação, 
tornando-se inócuo ou prejudicial, o que invalida o 
procedimento.
B) a transcrição e a tradução, que ocorrem sob regras 
muito variáveis, podem gerar mudanças muito drásti-
cas no produto do gene transferido.
C) a facilidade para a ocorrência de intercruzamentos, 
com espécies diferentes, mesmo evolutivamente dis-
tintas, pode estabelecer, nas populações, uma situa-
ção genética caótica.
D) a história evolutiva da espécie pode ser comprome-
tida por uma possível contaminação de plantas sel-
vagens originais pelo pólen de espécies cultivadas 
transgênicas.
E) o potencial nutritivo de plantas transgênicas, que fo-
ram modificadas na qualidade das reservas das se-
mentes, tende a decair a cada geração.
15. (UESB) A partir da análise das informações, é correto 
afirmar:
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C LIVRO 2BIOLOGIA
19
A) a utilização de camundongos se justificapelo fato de 
não desencadearem rejeição em humanos.
B) a insulina sintetizada por células geneticamente mo-
dificadas é produto de mecanismos de expressão gê-
nica.
C) a geneterapia implica perda dos genes originais das 
células em tratamento no organismo receptor.
D) as células do fígado que receberam o gene para insu-
lina são capazes de recompor um novo pâncreas no 
organismo diabético.
E) as células tratadas por terapia gênica constituem um 
exemplo de células-tronco.
GABARITOS
EXERCÍCIO DE APRENDIZAGEM 
01. E
02. A
03. B
04. A
05. B
EXERCÍCIO PROPOSTOS
01. B
02. A
03. E
04. A
05. D
06. B
07. D
08. B
09. B
10. B
11. C
12. D
13. B
14. D
15. B
CARIOLOGIA
NÚCLEO
COMPONENTES 
FUNÇÃO
O núcleo controla todas as atividades celulares, re-
presenta, assim, o centro de coordenação celular. É no 
DNA nuclear que estão localizados os genes, depositá-
rios das informações genéticas responsáveis pelas ativi-
dades da célula. 
Tais informações são transmitidas ao citoplasma pelo 
RNA mensageiro, que se origina do DNA, passa ao cito-
plasma e comanda, pelos ribossomos, a síntese de prote-
ínas específicas (estruturais e enzimáticas), responsáveis 
pela estrutura e fisiologia celulares.
QUANTO AO NÚMERO DE NÚCLEOS 
A maioria das células é uninucleada, mas existem cé-
lulas binucleadas, como as hepáticas e cartilaginosas, e 
plurinucleadas como as musculares estriadas.
 f Anucleada - Sem núcleo
ERITROPOIESE
É um processo dinâmico que envolve a mitose, 
síntese de DNA e hemoglobina, incorporação de 
ferro, perda de núcleo e organelas, e resulta na 
produção de eritrócito (glóbulo vermelho). Na fase 
inicial de formação dos eritrócitos, ainda com o 
núcleo recebe o nome de eritroblastos.
 f Uninucleadas - Núcleo único
 f Binucleadas - Dois núcleos.
 f Plurinucleadas - Mais de dois núcleos, representa-
das pelos sincícios e plasmódios.
Sincício - Massa protoplasmática caracterizada pela 
formação de vários núcleos de citoplasmas e originada 
pela junção de células anteriormente separadas.
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LIVRO 2 C BIOLOGIA
20
 
Plasmódio - Resultante de uma célula multinucleada 
que realizou divisão apenas do núcleo, permanecendo o 
citoplasma sem se dividir.
NÚCLEO INTERFÁSICO
Interfase é o intervalo de tempo que separa duas di-
visões sucessivas de uma célula. Durante esse período, 
o núcleo se chama interfásico e sua atividade é grande, 
pois, além da duplicação do DNA, nele ocorre uma série 
de processos que controlam a vida celular.
No núcleo interfásico distinguimos os seguintes com-
ponentes: membrana nuclear, nucleoplasma, nucléolo e 
cromatina.
 f Membrana Nuclear - Também chamada carioteca 
ou cariolema, a membrana nuclear é uma diferen-
ciação local do retículo endoplasmático, caracteriza-
da pela presença de numerosos poros. Pelos poros 
são realizadas trocas entre o núcleo e o citoplasma. 
Observada ao microscópio eletrônico, a membrana 
nuclear apresenta-se constituída por duas lâminas: 
a interna, que envolve o nucleoplasma, e a externa, 
que vive em contato com o hialoplasma e apresenta 
ribossomos. Entre as duas membranas situa-se uma 
cavidade, o espaço perinuclear. Quimicamente, a ca-
rioteca possui a mesma composição do plasmalema 
e do retículo endoplasmático: contém fosfolipídios e 
proteínas.
 f Nucleoplasma - O nucleoplasma é um gel proteico, 
cujas propriedades são comparáveis às do hialo-
plasma. Também chamado suco nuclear, cariolinfa e 
carioplasma, pode acumular produtos resultantes da 
atividade nuclear, como RNA e proteínas.
 f Nucléolo - Apesar de existirem núcleos com dois ou 
mais nucléolos, geralmente encontramos apenas um 
em cada núcleo. Ao microscópio eletrônico, verifica-
-se que o nucléolo não apresenta membrana, e é 
constituído por uma porção fibrilar e enovelada. Qui-
micamente, é constituído por RNA ribossômico, pro-
teínas e fosfolipídios, havendo pequena quantidade 
de DNA. Juntamente com a carioteca, o nucléolo de-
saparece no início da divisão celular. No fim da mito-
se (telófase), o nucléolo reaparece, originado de um 
cromossomo especializado, o chamado cromossomo 
organizador de nucléolos. O nucleólo é o elemento 
responsável pela síntese do ácido ribonucléico dos 
ribossomos (RNAr).
 f Cromatina - No núcleo interfásico, os cromossomos 
(estruturas celulares portadoras dos genes) estão 
representados por um amontoado de grânulos e fila-
mentos dificilmente observáveis ao microscópio ópti-
co. A todo esse conjunto de material cromossômico 
interfásico dá-se o nome de cromatina. Sabe-se que 
a cromatina é constituída por longos filamentos de 
DNA e proteína, que se apresentam em vários graus 
de condensação ou espiralização. A cromatina é clas-
sificada, segundo o grau de condensação, em eucro-
matina e heterocromatina. Assim, a eucromatina é a 
cromatina descondensada na interfase e que sofrerá 
a condensação na divisão celular, a heterocromatina 
forma regiões condensadas que constituem os grâ-
nulos maiores, também chamados cromocentros.
Como Aparecem os Cromossomos - No início da 
divisão celular, os cromossomos se organizam a partir da 
cromatina do núcleo interfásico. A cromatina e os cromos-
somos representam dois estados diferentes de um mesmo 
material. A cromatina é constituída por filamentos delgados 
e longos, que se espiralizam no momento da divisão, for-
mando espirais cerradas, que constituem os cromossomos.
Número de Cromossomos - O número de cromos-
somos é constante para os indivíduos de uma mesma 
espécie. Assim, o homem possui 46 cromossomos, o boi 
60, a ervilha 14, o feijão 22, o tabaco 48 etc. Esse nú-
mero de cromossomos, encontrado nas células do corpo 
ou somáticas, é representado por 2n e chamado diploide, 
isto porque cada cromossomo se apresenta duplicado. Ao 
par de cromossomos idênticos chamamos cromossomos 
homólogos. As células sexuais ou gaméticas, que contém 
a metade do número de cromossomos das células somá-
ticas, são denominadas haploides (n).
Cariótipo e Genoma - Geralmente, o número, o ta-
manho e a forma dos cromossomos de uma determinada 
espécie são constantes. A esse conjunto de caracterís-
ticas ou “constantes cromossômicas” de um indivíduo 
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C LIVRO 2BIOLOGIA
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dá-se o nome de cariótipo. Por outro lado, o conjunto bá-
sico de cromossomos existentes no gameta chama – se 
genoma. 
Forma dos Cromossomos - A observação de um 
cromossomo condensado mostra – nos que, em geral, 
ele apresenta uma região estrangulada, dividindo-se em 
duas partes chamadas braços. Este estrangulamento, 
que serve para fixação dos cromossomos nas fibras do 
fuso, durante a mitose, recebe o nome de constrição pri-
mária, centrômero ou cinetócoro.
Além de constrição primária, certos cromossomos 
apresentam estreitamentos que aparecem sempre no 
mesmo lugar. São as chamadas constrições secundárias, 
muito utilizadas para reconhecimento e caracterização 
dos cromossomos no cariótipo. O estudo do processo de 
reorganização nucleolar mostrou que as constrições se-
cundárias possuem uma região, chamada “zona sat” ou 
organizadora nucleolar, relacionada com a organização 
do nucléolo. Na extremidade de um dos braços de certos 
cromossomos, pode-se ver uma pequena esfera presa 
por fina trabécula, trata-se do satélite, importante na ca-
racterização do cromossomo. As extremidades dos cro-
mossomos são denominadas telômeros. As constrições 
correspondem à heterocromatina da interfase. O centrô-
mero localiza-se entre dois blocos de heterocromatina.
Tipos de Cromossomos - Conforme a posição do 
centrômero, distinguem-se quatro tipos de cromossomos: 
 ✅Metacêntrico - É quando o centrômero é mediano 
e divide o cromossomo em dois braços de igual ta-
manho.
 ✅Submetacêntrico - É quando o centro é submedia-
no e divide o cromossomo em dois braços de tama-
nhos diferentes.

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