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Aula III - Direitos dos Advogados

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Ética Profissional
Direitos dos Advogados
Direitos
Liberdade de exercício da profissão
INCONDICIONADA – a) espaço b) órgão
CONDICIONADA
Roberta Barbosa (RB) - embora a inscrição da OAB tenha caráter nacional o advogado é incrito perante um conselho seccional que corresponde ao território de um Estado. 
Pode-se atuar em todo o estado, com número ilimitado de causas. 
No entanto, nos outros estados há uma limitação/um número máximo de causas por ano. 
Poderá atuar em até 5 causas por ano. Para ir além é necessário obter uma inscrição suplementar.
Um advogado poder obter da OAB 27 incrições (1 originária e 26 complementares). Ele pode trocar o seu domicílio profissional. 
A lei nâo utilizou a palavara "processo" e sim "causas". Às vezes uma causa quer dizer vários processos. 
A intervenção na causa para fins de número é a primeira.
2)	Inviolabilidade do advogado 
DO ESCRITÓRIO E DOS INSTRUMENTOS DE TRABALHO
Exceções: advogado investigado; corpo de delito; desvinculação com o agir advocatício; urgência/flagrante
DAS COMUNICAÇÕES
Exceção: advogado investigado
Roberta Barbosa (RB) - Existem 3 inviolabilidades - pelos atos e manifestações (no sentido de que não comete crime)/do escritório e dos instruemntos de trabalho/ das comunicações com o cliente.
Escritório - conceito de escritório > compreendido como local onde se excerce a atividade, pode ser a casa, lugares alugados por dia/horário, departamento jurídico de empresa...
Exceções: advogado investigado por um crime > a diligência precisa ser específica, os documentos dos clientes precisam ser preservados; a não ser que cliente e advogado estejam sendo investigado pelo mesmo crime.
Se estiver no escritório o corpo de delito do crime > não são os vestigios, é objeto sobre o qual recaiu o crime.
Se o objeto não tiver relação direta com o agir advocatício.
Flagrante >
3)	Imunidade profissional por manifestações e atos
INJÚRIA
DIFAMAÇÃO
CALÚNIA – não incluído
DESACATO – não incluído
4)	Sigilo profissional
Art. 7º. XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional;
Novo Código de Ética e Disciplina
Art. 38. O advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional.
5)	Comunicação com o cliente preso
Art. 7º. III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, ainda que considerados incomunicáveis;
 
6)	Prisão em flagrante do advogado
Qual das proposições abaixo não constitui direito do Advogado, previsto no Estatuto da Advocacia e da OAB?
a. Recusar-se a depor como testemunha sobre fato relacionado a uma pessoa de quem já foi advogado;
b. Não ser preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia, mesmo em caso de crime inafiançável;
c. Ingressar livremente nas salas de sessões dos tribunais, mesmo além dos cancelos que separam a parte reservada aos magistrados;
d. Retirar de Cartório os autos de um processo findo, sem procuração.
CRIME RELACIONADO À ATIVIDADE: INAFIANÇÁVEL E REPRESENTANTE DA OAB
CRIME NÃO RELACIONADO: COMUNICAÇÃO À OAB
7)	Direito de ingresso em órgãos judiciários e locais públicos
Marque a opção CORRETA. O advogado pode 
a) comunicar-se com seus clientes, pessoal e reservadamente, quando esses estiverem presos, ainda que considerados incomunicáveis. 
b) entender-se diretamente com a parte contrária sem o consentimento de seu patrono, quando constituído. 
c) participar de assembléia ou reunião à qual compareça ou possa comparecer o seu cliente, desde que tenha poderes para representá-lo no foro em geral. 
d) expor os fatos em juízo falseando deliberadamente a verdade
PRATICAR ATO EM ÓRGÃO ADMINISTRATIVO E JUDICIAL
INGRESSO DESINTERESSADO
ÓRGÃOS POLICIAIS E PRISIONAIS
Roberta Barbosa (RB) - O advogado não está praticando nenhum ato relevante ao exercício da sua atividade, desde que no horário de expediente.
Ingresso Interessado: para praticar um ato/colher uma informação/consultar os autos/obter certidão > o ingresso pode se dar independentemente do atendimento externo ter se encerrado. O pressuposto é que haja alguém para atendê-lo.
Nos Órgão policiais e estabelecimentos prisionais: garantia adicional > o advogado pode fazer mesmo fora do horário de expediente e na ausência do titular.
Outros órgãos administrativos judiciarios > pode se dar mesmo na ausência do titular. Em qualquer hipótese poderá ingressar e ser atendido (finalidade de ingresso > para praticar atos), mas no caso acima o legislador fez questão de frizar essa garantia por ser comum o impedimento.
O advogado pode ingressar e participar de assembléias ou reuniões particulares? Só se exibir procuração com poderes específicos para participar daquele ato. Ex: reunião de condomínio. Em todos os demais casos ele poderá ingressar independentemente de procuração.
8)	Sustentação oral nos Tribunais
NOVO CPC. 
Art. 937.  Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021:
I - no recurso de apelação; II - no recurso ordinário; III - no recurso especial; IV - no recurso extraordinário; V - nos embargos de divergência; VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; VII - (VETADO); VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal.
§ 2o O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais.
§ 3o Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga.
§ 4o É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão.
Roberta Barbosa (RB) - Ocorrerá nas hipoteses processuais previstas ou de acordo com o regimento interno da casa, bem como será depois da leitura do relatório.
9)	Uso da palavra oral, esclarecimentos e reclamações
INTERVENÇÃO SUMÁRIA
RECLAMAÇÃO
Roberta Barbosa (RB) - Tem relação com a sustentação oral.
Intervenção sumária: "pela ordem"; Embora sejam direitos que tenham relação, um direito não depende do outro. É restrita a situações espcifas >para esclarecer uma fato, documento ou afirmação que inferfira no julgamento ou, ainda, para se defender de uma acusação/censura feita por qualquer parte dentro do julgamento. Não pode ser utilizada para esclarecer o direito. Momento adequado para fazer > a lei não estabelece que deve-se esperar quem está falando terminar, mas convencionalmente é o que ocorre.
Reclamação: pode ser escrita ou oral e se dá em face de expressa violação à dispositivo legal. Para questões procedimentais, pode ser até um regimento interno.
10)	Direito a exame de processos e documentos
EXAME x RETIRADA
PROCESSOS EM ANDAMENTO
PROCESSOS FINDOS
EXCEÇÕES AO DIREITO DE RETIRADA: sigilo, risco de perda/deterioração de documentos, perda do direito de vista
Roberta Barbosa (RB) - Não se confundem o exame/vista/retirada (carga). 
Exame: folhear os autos, realizar apontamentos, tirar fotos, cópias dos autos.Existe para o advogado, inclusive, sem procuração. Exceção: sigiloso.
Vista: é um ato do juiz ou por ele delegado ao diretor de secretaria. Se não houver prazo pré determinado, será de 5 dias. O advogado precisa de procuração. 
Retirada: é levar o processo consigo. Exceções: se houverem documentos pssíveis de deterioração; enchente/desastre natural; perda do direito de retirada dos autos (intimação pessoal para que o processo deja devolvido no prazo de 3 dias > consequência: perda do direito de RETIRADA/multa de 50% do salário mínimo, imposta pela OAB/infração disciplinar - retenção abusiva dos autos - responderá a um processo disciplinar, sob pena de suspensão/busca e apreensão dos autos do processo).
Processos findos > o advogado poderá retirar pelo prazo de 10 dias, indepedentemente de procuração.
11)	 Acesso e Participação em Investigações e Autos de Flagrante
Art. 7º. XIV - examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital;  (Redação dada pela Lei nº 13.245/16)
XXI - assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: 
a) apresentar razões e quesitos;      (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
§ 10.  Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado apresentar procuração para o exercício dos direitos de que trata o inciso XIV.          (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
§ 11.  No caso previsto no inciso XIV, a autoridade competente poderá delimitar o acesso do advogado aos elementos de prova relacionados a diligências em andamento e ainda não documentados nos autos, quando houver risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da finalidade das diligências.          (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
§ 12.  A inobservância aos direitos estabelecidos no inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o fornecimento de autos em que houve a retirada de peças já incluídas no caderno investigativo implicará responsabilização criminal e funcional por abuso de autoridade do responsável que impedir o acesso do advogado com o intuito de prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz competente.         (Incluído pela Lei nº 13.245, de 2016)
12)	 Desagravo público
O desagravo deve ser objeto de deliberação prévia do Conselho competente, e consistirá na leitura da nota pelo Presidente na sessão a ele designada, na publicação na imprensa, no seu encaminhamento ao ofensor e às autoridades e no registro nos assentamentos do inscrito. Se a ofensa foi cometida por magistrado ou outro agente público, dar-se-á ciência aos órgãos a que se vinculem. 
Segundo o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil (Lei no 8.906/1994), assinale a assertiva incorreta.
a) É direito do advogado retirar autos de processos findos, mesmo sem procuração, pelo prazo de 10 dias, sem que haja qualquer restrição a tal direito;
b) É direito do advogado examinar em qualquer repartição policial, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito, findos ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, podendo copiar peças e tomar apontamentos;
c) É direito do advogado ser publicamente desagravado, quando ofendido no exercício da profissão ou em razão dela;
d) É direito do advogado usar da palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos, documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para replicar acusação ou censura que lhe forem feitas.
Roberta Barbosa (RB) - Normalmente o desagravo ocorre no local da inscrição, mas se o fato ocorreu fora do local da inscrição, será no conselho do local onde aconteceu a ofensa, mas não há resposta expressa na norma. Em resumo, sempre será no local onde ocorreu a ofensa. Execpcionalmente será no conselho federal, se a ofensa envolver conselheiro federal ou conselheiro seccional, desde que no exercício da função e em casos de ofensa com repercursão nacional.
Uma coisa é o procedimento do desagravo, outra coisa será a sessão pública onde será lido o desagravo. 
Consequências do desagravo: 1ª) consequência do desagravo é ua nota, que é lida numa sessão, em quase todos os casos, ela não será lida no conselho federal, mesmo que seja de sua competência. Somente em um deles, que é quando envolver conselheiro federal. Nas outras hipoteses, será lida perante o conselho seccional. 2ª) a OAB vai realizar um ato público no local, não é obrigatório, mas é pratica usual, com o objetivo de desincentivar a prática. 3ª) a OAB vai divulgar nota na imprensa. 4ª) Comunicação/ofício aos órgãos de fiscalização/controle. 5ª) Anotação nos assentamentos do inscrito.
A OAB pode ser provocada pelo ofendido ou terceiro, ou ela pode tomar conhecimento de ofício. Se houver uma situação de extrema urgência, o presidente do conselho poderá de pronto autorizar o desagravo indepedentemnete do procedimento a ser seguido. Geralmente, vai serdesignado um relator, que vai abrir prazo para quem fez a ofensa se justificar em 15 dias, é determinada uma sessão para apurar se houve ou não houve a ofensa.
13)	Retirada do recinto
É direito do advogado retirar-se do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial após
a. 15 (quinze) minutos do horário designado, se não comparente a autoridade que deva presidir o ato, mediante comunicação protocolizada no juízo.
b. 30 (trinta) minutos do horário designado e se ainda não presente a autoridade que deva presidir ao ato, mediante comunicação protocolizada no juízo.
c. 15 (quinze) minutos do horário designado, mesmo que tenha comparecido a autoridade que deva presidir o ato, mediante comunicação protocolizada no juízo.
d. 30 (trinta) minutos do horário designado e ausente a autoridade que deva presidir o ato, sem necessidade de qualquer comunicação.
Roberta Barbosa (RB) - Depois de 30 minutos da ausência do juiz, o advogado comunica à secretaria, certifica que estava presente e registra que está indo embora.
14)	 Dirigir-se aos magistrados independentemente de horário marcado
Roberta Barbosa (RB) - Via de regra, só é respeitado nas primeiras instancias.
15) Sala da OAB
Art. 7º. § 4º O Poder Judiciário e o Poder Executivo devem instalar, em todos os juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e presídios, salas especiais permanentes para os advogados, com uso e controle assegurados à OAB.     (Vide ADIN 1.127-8)
16) Direitos da advogada
Art. 7o-A. São direitos da advogada:         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
I - gestante:         (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
a) entrada em tribunais sem ser submetida a detectores de metais e aparelhos de raios X;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
b) reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
II - lactante, adotante ou que der à luz, acesso a creche, onde houver, ou a local adequado ao atendimento das necessidades do bebê;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, preferência na ordem das sustentações orais e das audiências a serem realizadas a cada dia, mediante comprovação de sua condição;          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.          (Incluído pela Lei nº 13.363, de 2016)
	O advogado Antônio de Souza encontra-se preso cautelarmente, em cela comum, por força de decreto de prisão preventiva proferido noâmbito de ação penal a que responde por suposta prática de reiteradas fraudes contra a Previdência. O advogado de Antônio requereu ao magistrado que decretou a prisão a transferência de seu cliente para sala de estado-maior. Como não havia sala de estado-maior disponível na localidade, o magistrado determinou que Antônio deveria permanecer em prisão domiciliar até que houvesse sala de estado-maior disponível.
	Sobre a decisão do magistrado, assinale a opção correta.
A) O magistrado decidiu corretamente, pois, de acordo com o EAOAB, é direito do advogado não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, senão em sala de Estado-maior e, na sua falta, em prisão domiciliar.
B) O magistrado não decidiu corretamente, pois o advogado, assim como qualquer outro cidadão que tenha concluído curso superior, tem direito a ser recolhido preso em prisão especial, mas não em sala de estado-maior, que apenas é garantida a magistrados e membros do Ministério Público.
C) O magistrado decidiu corretamente, devendo o advogado permanecer em prisão domiciliar, mesmo havendo sala de Estado Maior, após eventual trânsito em julgado de sua condenação.
D) O magistrado não decidiu corretamente, pois o advogado apenas tem direito a não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado, em sala de estado-maior e, na sua falta, em prisão domiciliar, quando o crime que lhe esteja sendo imputado decorra do exercício regular da profissão de advogado.
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
	Às 15h15, o advogado Armando aguardava, no corredor do fórum, o início de uma audiência criminal designada para as 14h30. A primeira audiência do dia havia sido iniciada no horário correto, às 13h30, e a audiência da qual Armando participaria era a segunda da pauta daquela data. Armando é avisado por um serventuário de que a primeira audiência havia sido interrompida por uma hora para que o acusado, que não se sentira bem, recebesse atendimento médico, e que, por tal motivo, todas as demais audiências do dia seriam iniciadas com atraso. Mesmo assim, Armando informa ao serventuário que não iria aguardar mais, afirmando que, de acordo com o EAOAB, tem direito, após trinta minutos do horário designado, a se retirar do recinto onde se encontre aguardando pregão para ato judicial.
	A partir do caso apresentado, assinale a opção correta.
A) Armando poderia se retirar do recinto, pois o advogado tem o direito de não aguardar por mais de trinta minutos para a realização de ato judicial.
B) Armando não poderia se retirar do recinto, pois a autoridade que presidiria o ato judicial do qual Armando participaria estava presente.
C) Armando não poderia se retirar do recinto, pois a prerrogativa por ele invocada não é válida para audiências criminais.
D) Armando poderia se retirar do recinto, pois não deu causa ao atraso da audiência.
	A advogada Ana integrou o departamento jurídico da empresa XYZ Ltda. e, portanto, participava de reuniões internas, com sócios e diretores, e externas, com clientes e fornecedores, tendo acesso a todos os documentos da sociedade, inclusive aos de natureza contábil, conhecendo assim, diversos fatos e informações relevantes sobre a empresa. Alguns anos após ter deixado os quadros da XYZ Ltda., Ana recebeu intimação para comparecer a determinada audiência e a prestar depoimento, como testemunha arrolada pela defesa, no âmbito de ação penal em que um dos sócios da empresa figurava como acusado do crime de sonegação fiscal. Ao comparecer à audiência, Ana afirmou que não prestaria depoimento sobre os fatos dos quais tomou conhecimento enquanto integrava o jurídico da XYZ Ltda. O magistrado que presidia o ato ressaltou que seu depoimento havia sido solicitado pelo próprio sócio da empresa, que a estaria, portanto, desobrigando do dever de guardar sigilo.
	Sobre a questão apresentada, observadas as regras do Estatuto da OAB e do Código de Ética e Disciplina da OAB, assinale a opção correta.
A) Ana terá o dever de depor, pois o bem jurídico administração da justiça é mais relevante do que o bem jurídico inviolabilidade dos segredos.
B) Ana terá o dever de depor, pois foi desobrigada por seu ex- cliente do dever de guardar sigilo sobre os fatos de que tomou conhecimento quando atuou como advogada da XYZ Ltda.
C) Ana terá o dever de depor, pois não integra mais o departamento jurídico da empresa XYZ Ltda., tendo cessado, portanto, seu dever de guardar sigilo.
D) Ana não terá o dever de depor, pois o advogado tem o direito de se recusar a depor, como testemunha, sobre fato relacionado à pessoa de quem foi ou seja advogado, mesmo quando solicitado pelo cliente.
>>> Reflexão:
	“O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda sabiamente escapará.” Pv. 28:26.