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Vaginose bacteriana DiagnósticoDefinição Quadro clínico Fatores de risco Tratamento Gardnerella, Mobiluncus sp, Clostridium, Mycoplasmas e outros. Desequilíbrio da flora vaginal caracterizado pela substituição da flora microbiana saudável por microbiota variável, composta por mistura de bactérias anaeróbias e facultativas. Espécies microbianas mais frequentemente identificadas são: Raça negra, uso de duchas vaginais, tabagismo, menstruação, estresse crônico e comportamentos sexuais, como elevado número de parceiros masculinos, sexo vaginal desprotegido, sexo anal receptivo antes do sexo vaginal e sexo com parceiro não circuncisado. Mulheres que fazem sexo com mulheres têm alta prevalência de VB (25% a 52%) Corrimento de intensidade variável Odor vaginal fétido (“odor de peixe” ou amoniacal) piora na menstruação e relação sexual desprotegida. Apenas o odor, estando o corrimento ausente. Associada a candidíase apresenta prurido. O odor fétido é devido à volatização de aminas aromáticas (putrescina, cadaverina, dimetilamina) resultantes do metabolismo das bactérias anaeróbias pela alcalinidade do sêmen ou do sangue menstrual. Corrimento vaginal branco-acinzentado homogêneo aderente às paredes vaginais Medida do pH vaginal maior do que 4,5 Teste das aminas (whiff test) positivo, odor fétido após a adição de KOH 10% a uma gota de conteúdo vaginal Presença de “células-chave” (“clue cells”), células epiteliais recobertas por cocobacilos Gram Escore de 0 a 3 – padrão normal Escore de 4 a 6 – flora vaginal intermediária Escore de 7 a 10 – vaginose bacteriana Critérios baseados nos achados clínicos e laboratoriais ou apenas dados microbiológicos. Critérios de Amsel (Amsel et al., 1983), requerem três dos quatro itens a seguir: Critérios de Nugent (Nugent et al., 1991), baseia- se na bacterioscopia,método de Gram, morfotipos de Lactobacillus, de Gardnerella vaginalis e de Mobiluncus sp. - Resultado da avaliação é traduzido em escores, assim considerados: Metronidazol 500 mg por via oral duas vezes ao dia durante sete dias OU Metronidazol gel 0,75% – 5g (um aplicador) intravaginal ao deitar durante cinco dias OU Clindamicina creme 2% – 5g (um aplicador) intravaginal ao deitar durante sete dias. Tinidazol 2g por via oral duas vezes ao dia durante dois dias OU Tinidazol 1g via oral uma vez ao dia durante cinco dias OU Clindamicina 300 mg por via oral a cada 12 horas durante sete dias. Eliminar os sintomas e restabelecer o equilíbrio da flora vaginal fisiológica Recomendados: Alternativos Candidíase vulvovaginal Diagnóstico Definição Quadro clínico Tratamento 75% em idade reprodutiva menos um episódio de por Candida sp. durante suas vida 50% apresentarão dois ou mais episódios 5% terão episódios recorrentes (4 durante um ano) Rara na infância e pós-menopausa e frequente na idade reprodutiva ou em uso de terapia hormonal. Concentração hormonal como gravidez e uso de contraceptivos de alta dosagem A ingestão de antibióticos atua no mesmo sentido, provavelmente por alterar a flora protetora lactobacilar Trato genital feminino, a Candida sp. encontrada em aproximadamente 20% das mulheres saudáveis assintomáticas. Candida albicans: 85% a 95% dos casos; Candida glabrata e Candida tropicalis: 5% a 10% dos casos; outras espécies como Candida krusei, Candida parapsilosis e Candida guilliermondii são raramente identificadas. Colonização vaginal parece ser hormônio- dependente: Sistema imune não consegue inibir a proliferação dos fungos, ocorre a passagem do estado saprófita para o patogênico, com consequente aparecimento de sinais e sintomas. Prurido, de intensidade variável. Corrimento geralmente esbranquiçado (fluido ou com aspecto de “leite talhado”). Dependendo da intensidade inflamção: dor, disúria e dispareunia. Inspeção estática / dinâmica vulva: hiperemia, edema e fissuras. Hiperemia da mucosa vaginal e conteúdo vaginal esbranquiçado, em quantidade escassa, moderada ou abundante, de aspecto espesso ou flocular, aderido ou não às paredes vaginais. Colocando-se em uma lâmina de vidro uma gota de conteúdo vaginal e uma gota de soro fisiológico ou hidróxido de potássio a 10% e observando-se ao microscópio a presença de hifas ou esporos. Sensibilidade em torno de 50% a 60%, dependendo da experiência do profissional. Bacterioscopia: com coloração pelo método de Gram. Cultura e antibiograma: identificação do fungo, sua espécie e eventual realização do antifungiograma Exame ginecológico: Exame especular: Diagnóstico clínico deve sempre ser confirmado pela presença de fungos Diagnóstico laboratorial: Exame a fresco: Via vaginal: Nitrato de fenticonazol creme vaginal, 0,02 g/g, por 7 dias ou Isoconazol 600 mg 1 óvulo dose única; Clotrimazol: creme vaginal de 100 mg/5 g para uso durante 3 dias ou 50 mg/5 g durante 6 dias ou comprimido vaginal de 500 mg em dose única; Nitrato de miconazol, creme vaginal 20 mg/g durante 14 dias; butaconazol creme 20 mg/g em dose única; terconazol creme 8 mg/g por 5 dias; tioconazol 20 mg/g por 7 dias. Nistatina creme 25.000 UI/g por 14 dias. Via oral: Fluconazol 150 mg em dose única; cetoconazol 200 mg, dois comprimidos por dia durante cinco dias consecutivos e itraconazol 100 mg, duas cápsulas pela manhã e duas à noite. Via oral: Ataque - fluconazol 150 mg, três doses, com intervalo de 72 horas entre as doses; Manutenção: após a remissão dos episódios agudos, um comprimido de fluconazol 150 mg uma vez por semana, durante seis meses. Eliminação ou pelo menos o controle de fatores predisponentes: Diabetes melitus descompensada, imunossupressão, tabagismo, distúrbios alimentares com excesso de ingestão de hidratos de carbono, hábitos de higiene ou vestuário inadequados, estresse excessivo e outros A terapêutica individualizada, via local ou sistêmica, preferência da paciente e da experiência do profissional. Candidíase não complicada: Candidíase complicada: Confirmação diagnóstica para a identificação de cepas não albicans (Candida glabrata e outras, de difícil identificação à microscopia, sendo necessária a cultura). Trichomonas vaginalis DiagnósticoDefinição Quadro clínico Fatores Tratamento Obtém os nutrientes do meio externo para sua sobrevivência e consegue isso fagocitando fungos, vírus e bactérias como Micoplasmas, Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae Infecção sexualmente transmissível não viral mais comum no mundo. OMS: 170 milhões de casos anualmente, entre 15 e 49 anos, 92% países em desenvolvimento Possui quatro flagelos e uma membrana ondulante, responsável por sua grande mobilidade. 1/3 das mulheres são assintomáticas e a infecção pode persistir por meses ou anos. Os homens apresentam menos sintomas do que as mulheres, servem como vetores assintomáticos da infecção Fatores: idade, atividade sexual, número de parceiros sexuais, sexo desprotegido, outras ISTs e condições socioeconômicas. Corrimento amarelado ou amarelo- esverdeado Ardor genital, sensação de queimação Disúria Dispareunia. Piora no período pós-menstrual, elevação do pH vaginal. Inspeção estática / dinâmica: hiperemia,corrimento espesso, purulento, exteriorizando-se pela fenda vulvar. Conteúdo vaginal amarelada ou amarelo-esverdeado. As paredes vaginais e a ectocérvice apresentam-se hiperemiadas, “colo uterino com aspecto de morango” (colpitis maculáreis), sufusões hemorrágicas. A medida do pH vaginal revela valores acima de 4,5 Bacterioscopia a fresco: parasita é identificado pela movimentação pendular Bacterioscopia com coloração Gram: identificação do parasita Cultura específica (Diamond) sensibilidade (75% a 96%) e especificidade de 100% Exame ginecológico Exame especular: Diagnóstico laboratorial Metronidazol – 2g via oral em dose única OU Tinidazol – 2g via oral em dose única OU ]Metronidazol – 500 mg via oral a cada 12 horas durante sete dias.
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