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Resumo 3 Diagnóstico diferencial em periodontia

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Diagnóstico diferencial em periodontia 
 
É um método sistemático usado para identificar 
doenças. 
Consiste em determinar as principais características 
que identificam ou excluem uma determinada condição 
Infecções pelo Herpes Vírus: 
 Gengivoestomatite Herpética Primária 
 Herpes Zoster 
Pericoronarite 
Abscesso Gengival 
Lesões periapicais de origem endodôntica 
 
Infecções pelo Herpes vírus 
Herpes vírus simples tipo 1 e 2 
 Herpes vírus simples 1 (HSV-1) – 
manifestações orais 
 Herpes vírus simples 2 (HSV-2) – infecções 
anogenitais - infecções orais 
Vírus varicela-zoster 
Normalmente penetram no corpo na infância 
Período de latência → doença 
Gengivoestomatite herpética primaria 
DOENÇA GENGIVAL NÃO INDUZIDA POR PLACA 
BACTERIANA 
Vírus Herpes simples tipo 1 
Após a infecção o vírus vai para os gânglios 
(trigêmeo) nervosos e fica latente 
Podem ocorrer manifestações secundárias - herpes 
labial 
SINAIS E SINTOMAS ORAIS: 
Eritema difuso, vesículas acinzentadas ou úlceras 
Sensibilidade e dor que interferem com alimentação 
Pode ocorrer em qualquer região da cavidade bucal 
 
 
 Gengiva livre 
 Gengiva inserida 
 Mucosa alveolar e bucal 
 Lábios 
 Língua 
SINAIS E SINTOMAS EXTRABUCAIS: 
 Irritabilidade 
 Dor de cabeça 
 Febre 
 Mal estar 
 Linfadenopatia regional 
 Leucocitose 
CURSO CLÍNICO: 
 7 a 14 dias 
 Contagiosa 
TRATAMENTO: 
Aliviar os sintomas - Locais - Sistêmicos 
Prevenir infecção secundária das úlceras - Bochechos 
com antissépticos 
Hidratação, repouso e alimentação adequada 
ANTI-VIRAIS (para lesão aguda): 
 Acyclovir: 400 mg 3x/dia – 5 dias 
 Crianças: 15 mg/kg 5x/dia – 7 dias 
 
FATORES QUE REATIVAM O VÍRUS: 
 Trauma 
 Exposição à luz ultravioleta 
 Febre 
 Menstruação 
DIAGNÓSTICO: 
 História do paciente 
 Achados clínicos 
Herpes- Zoster 
Vírus varicela-zoster 
Infecção primária – varicela (catapora) 
Infecção secundária- Herpes-zoster (cobreiro) 
Ambas podem envolver a gengiva 
Vírus latente 
CATAPORA: 
 Febre 
 Mal-estar 
 Erupções cutâneas na pele 
LESÕES INTRA-ORAIS: Pequenas úlceras (lígua, palato 
e gengiva) 
SINTOMAS: 
 Iniciais- dor e parestesia 
 Lesões iniciais como vesículas 
 Úlceras que coalescem 
 Imunocomprometidos – tem maior gravidade 
de sintomas. 
DIAGNÓSTICO: 
 Lesões unilaterais 
 Dor intensa 
 Cura em 1-2 semanas 
TRATAMENTO: 
 Dieta líquida e pastosa 
 Repouso 
 Remoção atraumática de placa bacteriana 
 Bochechos com clorexidina- para evitar 
infecção secundária 
 Terapia antiviral (aciclovir)- vai depender da 
sintomatologia mais indicados em casos 
graves. 
ABSCESSO PERICORONÁRIO 
Pericoronarite 
Infecção purulenta localizada no tecido ao redor da 
coroa de um dente parcialmente erupcionado 
Pericoronarite: Processo inflamatório de caráter 
agudo, crônico ou sub-agudo, que se desenvolve nos 
tecidos gengivais que recobrem as coroas dos dentes 
em erupção ou parcialmente erupcionados, 
decorrente do desenvolvimento de colônias 
bacterianas entre a coroa do dente e os tecidos que a 
recobrem 
 Comumente em terceiros molares 
 Gengiva avermelhada e edemaciada 
 Pode chegar a orofaringe, base da língua e 
linfonodos 
 Dificuldade de deglutição 
 Febre 
 Leucocitose 
 Mal-estar 
SINAIS E SINTOMAS BUCAIS: 
 Capuz pericoronário edemaciado, 
avermelhado e com sangramento 
 Dores irradiadas ou localizadas 
 Supuração e áreas de ulceração 
 Odor fétido 
 Trismo 
 Edema 
Manifestações sistêmicas: 
 Febre 
 Infartamento ganglionar 
 Falta de apetite 
 Mal-estar geral 
Incidência: 
 3º molares mandibulares 
 Capuz pericoronário 
 Traumatismo dos tecidos – mastigação 
TRATAMENTO fase aguda: 
TERAPIA INICIAL NA FASE AGUDA: 
 Anestesia local 
 Remoção de placa e cálculo – suave e 
cuidadosa 
 Irrigação abundante 
 Orientação de higiene 
 Prescrição de bochecho de digluconato de 
clorexidina 0,12% 2x ao dia por 7 dias 
 Prescrição de medicação para alívio da dor 
 Reavaliação em 48 h 
 Dor intensa sem regressão- nimesulida 100mg 
12/12h 
ANTIBIÓTICOS – Quando prescrever? 
 Trismo mandibular 
 Febre 
 Taquicardia 
 Infartamento ganglionar 
 Falta de apetite 
 Mal-estar geral 
Amoxicilina: 
 Dose inicial de 1 g seguido de doses de 
manutenção de 500 mg/3x/dia 
 7 dias 
Alérgicos à Penicilina: 
 Clindamicina: Dose inicial de 600 mg seguido 
de doses de manutenção de 300 mg/ 3x/dia / 
8 dias 
 Azitromicina: Dose inicial de 1 g seguido de 
doses de manutenção de 500 mg/1x/dia / 4-7 
dias 
RELAXANTE MUSCULAR: 
 Cloridrato de Ciclobenzaprina - Miosan®: 20-
40 mg /dia – 2 a 4 x/dia 
 Citrato de ofernadrina / dipirona sódica / 
cafeína anidra - Dorflex® : 1 a 2 comprimidos 
– 3-4x/dia 
Tratamento – Fase crônica: 
 Cunha distal- retira-se o capuz 
 Exodontia 
Abscesso gengival 
Infecção purulenta localizada que envolve a gengiva 
marginal ou a papila interdental- Sem 
comprometimento periodontal 
Alteração inflamatória aguda limitada aos tecidos 
gengivais 
Ocorre normalmente em uma área livre de doença 
Resposta inflamatória a substâncias estranhas 
forçadas no sulco gengival 
 Pipoca 
 Crustáceos 
 Fio dental 
 Cerdas de escovas dentais 
 Fraturas 
 Cimentos odontológicos 
 Objetos estranhos: Lençol de borracha - Unha 
ABSCESSO GENGIVAL ASSOCIADO À BANDA 
ORTODÔNTICA; bandas que ficam subgengival podem 
induzir uma infecção 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: 
 Edema 
 Vermelhidão 
 Aspecto brilhante 
 24-48 H – lesão flutuante e com ponto de 
drenagem 
 Pode incluir hipersensibilidade pulpar 
TRATAMENTO: 
 Remoção do fator local: Raspagem e 
curetagem da área 
 Instruções de higiene bucal 
 Drenagem 
 Remoção do agente etiológico 
Lesões periapicais de origem endodôntica 
CONDIÇÕES ANATÔMICAS: 
Forame apical: 
 Principal canal de comunicação entre polpa e 
periodonto 
 Porta de entrada de subprodutos 
inflamatórios da polpa ao periodonto 
 Inflamação pulpar ou necrose → tecidos 
periapicais → reabsorção óssea e radicular 
Classificação de SIMON: 
Podem drena pela bolsa periodontal- via sulco; 
Ou pode ser drenado via fístula; 
LESÃO PRIMÁRIA ENDODÔNTICA: lesão 
contaminada pela região de furca; 
LESÃO PRIMÁRIA ENDODÔNTICA: causou necrose 
da polpa 
Características: 
 Doença pulpar de natureza infecciosa e 
inflamatória 
 Lesão inflamatória confinada a fonte de 
infecção 
 Presença de cáries, restaurações e trauma 
Radiográficas: 
 interrrupção da lâmina dura apical 
 espessamento do espaço do ligamento 
periodontal 
 Radiotransparência apical e lateral 
 Sinais clínicos de pulpite: Dor espontânea, 
sensibilidade térmica, dor persistentte à 
percussão 
Polpa vital não é capaz de produzir irritantes que 
causem lesões aos tecidos periodontais 
Apresentação clínica: 
 
Apresentação clínica: 
SOBREINSTRUMENTAÇÃO ENDODÔNTICA: Extrusão 
de bactérias e agentes irrigantes 
Produção de pus 
Dor pulsátil, à percussão, sensibilidade à palpação, 
aumento de mobilidade, edema e secreções apicais e 
marginais 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: FORMAS DE 
PERIODONTITES AGRESSIVAS, PERFURAÇÕES 
RADICULARES IATROGÊNICAS, REABSORÇÃO 
RADICULAR EXTERNA 
Lesões endodônticas podem apresentar ou não sinais 
clínicos: 
 Lesões assintomáticas 
 Exarcebação aguda 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 Vitalidade do dente 
 Perda de inserção e profundidade de 
sondagem 
 Localização da perda óssea 
SEMELHANÇA ENTRE ABSCESSOS PERIODONTAIS E 
PERIAPICAIS: 
 Dor à percussão 
 Dor espontânea 
 Edema gengival 
 Mobilidade aumentada 
 Presença de fístula 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÃO DE ORIGEM 
ENDODÔNTICA E DE ORIGEM PERIODONTAL: 
Vitalidade pulpar: Testes: Estímulo mecânico, térmico 
e elétrico 
Testes: Jato de ar ●Sondagem da superfície●Uso de 
taça de borracha ●Neve de dióxido de carbono (ponto 
de fusão – 72 ◦C) ●Spray de diclorodifluorometano (- 
50 ◦C) ●Bastões de gelo ●Cloreto de etila ●Bastões de 
guta-percha aquecidos 
Testes: 
 PROVOCAM MOVIMENTAÇÃO DO FLUIDO 
DENTINÁRIO 
 ESTIMULAM MECANORECEPTORES 
NOCICEPTIVOS DA POLPA-DENTINA 
 ATIVAM FIBRAS DE CONDUÇÃO RÁPIDA 
DELTA-A 
Vitalidade pulpar 
Testes elétrico: 
 Técnica sensitiva 
 Aplicação de corrente até o dente responder 
com dor 
 Feito em dentes limpos, secos, livres de saliva 
e isolados 
 Resultado falso-negativo com grande 
quantidade de tecido mineralizado 
Testes térmico: 
 Bastões de guta percha 
 Aquecidos 
Testes térmico: Spray de diclorodifluorometano (- 50 
◦C) 
 
 
IMPORTANTE: 
A lesão de origem endodôntica pode drenar via 
sulco/bolsa 
A lesão de origem endodôntica pode ocorrer na 
região de furca ou numa área de canal lateral 
As patologias periodontal e endodôntica podem estar 
associadas - LESÕES ENDO-PERIODONTAIS 
Perfurações radiculares iatrogênicas 
Lesões inflamatórias no periodonto: 
 ↑PS 
 Supuração 
 ↑ mobilidade dentária 
 Perda das fibras de suporte 
Durante tratamento endodôntico 
Preparo de pinos intra-radiculares 
REABSORÇÕES RADICULARES EXTERNAS: 
 Evolução na ausência de sintomas clínicos 
 Detecção radiográfica 
Estágios avançados: 
 Processo infeccioso 
 ↑PS 
 Supuração 
 ↑mobilidade dentária

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