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Diagnóstico diferencial em periodontia É um método sistemático usado para identificar doenças. Consiste em determinar as principais características que identificam ou excluem uma determinada condição Infecções pelo Herpes Vírus: Gengivoestomatite Herpética Primária Herpes Zoster Pericoronarite Abscesso Gengival Lesões periapicais de origem endodôntica Infecções pelo Herpes vírus Herpes vírus simples tipo 1 e 2 Herpes vírus simples 1 (HSV-1) – manifestações orais Herpes vírus simples 2 (HSV-2) – infecções anogenitais - infecções orais Vírus varicela-zoster Normalmente penetram no corpo na infância Período de latência → doença Gengivoestomatite herpética primaria DOENÇA GENGIVAL NÃO INDUZIDA POR PLACA BACTERIANA Vírus Herpes simples tipo 1 Após a infecção o vírus vai para os gânglios (trigêmeo) nervosos e fica latente Podem ocorrer manifestações secundárias - herpes labial SINAIS E SINTOMAS ORAIS: Eritema difuso, vesículas acinzentadas ou úlceras Sensibilidade e dor que interferem com alimentação Pode ocorrer em qualquer região da cavidade bucal Gengiva livre Gengiva inserida Mucosa alveolar e bucal Lábios Língua SINAIS E SINTOMAS EXTRABUCAIS: Irritabilidade Dor de cabeça Febre Mal estar Linfadenopatia regional Leucocitose CURSO CLÍNICO: 7 a 14 dias Contagiosa TRATAMENTO: Aliviar os sintomas - Locais - Sistêmicos Prevenir infecção secundária das úlceras - Bochechos com antissépticos Hidratação, repouso e alimentação adequada ANTI-VIRAIS (para lesão aguda): Acyclovir: 400 mg 3x/dia – 5 dias Crianças: 15 mg/kg 5x/dia – 7 dias FATORES QUE REATIVAM O VÍRUS: Trauma Exposição à luz ultravioleta Febre Menstruação DIAGNÓSTICO: História do paciente Achados clínicos Herpes- Zoster Vírus varicela-zoster Infecção primária – varicela (catapora) Infecção secundária- Herpes-zoster (cobreiro) Ambas podem envolver a gengiva Vírus latente CATAPORA: Febre Mal-estar Erupções cutâneas na pele LESÕES INTRA-ORAIS: Pequenas úlceras (lígua, palato e gengiva) SINTOMAS: Iniciais- dor e parestesia Lesões iniciais como vesículas Úlceras que coalescem Imunocomprometidos – tem maior gravidade de sintomas. DIAGNÓSTICO: Lesões unilaterais Dor intensa Cura em 1-2 semanas TRATAMENTO: Dieta líquida e pastosa Repouso Remoção atraumática de placa bacteriana Bochechos com clorexidina- para evitar infecção secundária Terapia antiviral (aciclovir)- vai depender da sintomatologia mais indicados em casos graves. ABSCESSO PERICORONÁRIO Pericoronarite Infecção purulenta localizada no tecido ao redor da coroa de um dente parcialmente erupcionado Pericoronarite: Processo inflamatório de caráter agudo, crônico ou sub-agudo, que se desenvolve nos tecidos gengivais que recobrem as coroas dos dentes em erupção ou parcialmente erupcionados, decorrente do desenvolvimento de colônias bacterianas entre a coroa do dente e os tecidos que a recobrem Comumente em terceiros molares Gengiva avermelhada e edemaciada Pode chegar a orofaringe, base da língua e linfonodos Dificuldade de deglutição Febre Leucocitose Mal-estar SINAIS E SINTOMAS BUCAIS: Capuz pericoronário edemaciado, avermelhado e com sangramento Dores irradiadas ou localizadas Supuração e áreas de ulceração Odor fétido Trismo Edema Manifestações sistêmicas: Febre Infartamento ganglionar Falta de apetite Mal-estar geral Incidência: 3º molares mandibulares Capuz pericoronário Traumatismo dos tecidos – mastigação TRATAMENTO fase aguda: TERAPIA INICIAL NA FASE AGUDA: Anestesia local Remoção de placa e cálculo – suave e cuidadosa Irrigação abundante Orientação de higiene Prescrição de bochecho de digluconato de clorexidina 0,12% 2x ao dia por 7 dias Prescrição de medicação para alívio da dor Reavaliação em 48 h Dor intensa sem regressão- nimesulida 100mg 12/12h ANTIBIÓTICOS – Quando prescrever? Trismo mandibular Febre Taquicardia Infartamento ganglionar Falta de apetite Mal-estar geral Amoxicilina: Dose inicial de 1 g seguido de doses de manutenção de 500 mg/3x/dia 7 dias Alérgicos à Penicilina: Clindamicina: Dose inicial de 600 mg seguido de doses de manutenção de 300 mg/ 3x/dia / 8 dias Azitromicina: Dose inicial de 1 g seguido de doses de manutenção de 500 mg/1x/dia / 4-7 dias RELAXANTE MUSCULAR: Cloridrato de Ciclobenzaprina - Miosan®: 20- 40 mg /dia – 2 a 4 x/dia Citrato de ofernadrina / dipirona sódica / cafeína anidra - Dorflex® : 1 a 2 comprimidos – 3-4x/dia Tratamento – Fase crônica: Cunha distal- retira-se o capuz Exodontia Abscesso gengival Infecção purulenta localizada que envolve a gengiva marginal ou a papila interdental- Sem comprometimento periodontal Alteração inflamatória aguda limitada aos tecidos gengivais Ocorre normalmente em uma área livre de doença Resposta inflamatória a substâncias estranhas forçadas no sulco gengival Pipoca Crustáceos Fio dental Cerdas de escovas dentais Fraturas Cimentos odontológicos Objetos estranhos: Lençol de borracha - Unha ABSCESSO GENGIVAL ASSOCIADO À BANDA ORTODÔNTICA; bandas que ficam subgengival podem induzir uma infecção CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS: Edema Vermelhidão Aspecto brilhante 24-48 H – lesão flutuante e com ponto de drenagem Pode incluir hipersensibilidade pulpar TRATAMENTO: Remoção do fator local: Raspagem e curetagem da área Instruções de higiene bucal Drenagem Remoção do agente etiológico Lesões periapicais de origem endodôntica CONDIÇÕES ANATÔMICAS: Forame apical: Principal canal de comunicação entre polpa e periodonto Porta de entrada de subprodutos inflamatórios da polpa ao periodonto Inflamação pulpar ou necrose → tecidos periapicais → reabsorção óssea e radicular Classificação de SIMON: Podem drena pela bolsa periodontal- via sulco; Ou pode ser drenado via fístula; LESÃO PRIMÁRIA ENDODÔNTICA: lesão contaminada pela região de furca; LESÃO PRIMÁRIA ENDODÔNTICA: causou necrose da polpa Características: Doença pulpar de natureza infecciosa e inflamatória Lesão inflamatória confinada a fonte de infecção Presença de cáries, restaurações e trauma Radiográficas: interrrupção da lâmina dura apical espessamento do espaço do ligamento periodontal Radiotransparência apical e lateral Sinais clínicos de pulpite: Dor espontânea, sensibilidade térmica, dor persistentte à percussão Polpa vital não é capaz de produzir irritantes que causem lesões aos tecidos periodontais Apresentação clínica: Apresentação clínica: SOBREINSTRUMENTAÇÃO ENDODÔNTICA: Extrusão de bactérias e agentes irrigantes Produção de pus Dor pulsátil, à percussão, sensibilidade à palpação, aumento de mobilidade, edema e secreções apicais e marginais DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: FORMAS DE PERIODONTITES AGRESSIVAS, PERFURAÇÕES RADICULARES IATROGÊNICAS, REABSORÇÃO RADICULAR EXTERNA Lesões endodônticas podem apresentar ou não sinais clínicos: Lesões assintomáticas Exarcebação aguda DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Vitalidade do dente Perda de inserção e profundidade de sondagem Localização da perda óssea SEMELHANÇA ENTRE ABSCESSOS PERIODONTAIS E PERIAPICAIS: Dor à percussão Dor espontânea Edema gengival Mobilidade aumentada Presença de fístula DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÃO DE ORIGEM ENDODÔNTICA E DE ORIGEM PERIODONTAL: Vitalidade pulpar: Testes: Estímulo mecânico, térmico e elétrico Testes: Jato de ar ●Sondagem da superfície●Uso de taça de borracha ●Neve de dióxido de carbono (ponto de fusão – 72 ◦C) ●Spray de diclorodifluorometano (- 50 ◦C) ●Bastões de gelo ●Cloreto de etila ●Bastões de guta-percha aquecidos Testes: PROVOCAM MOVIMENTAÇÃO DO FLUIDO DENTINÁRIO ESTIMULAM MECANORECEPTORES NOCICEPTIVOS DA POLPA-DENTINA ATIVAM FIBRAS DE CONDUÇÃO RÁPIDA DELTA-A Vitalidade pulpar Testes elétrico: Técnica sensitiva Aplicação de corrente até o dente responder com dor Feito em dentes limpos, secos, livres de saliva e isolados Resultado falso-negativo com grande quantidade de tecido mineralizado Testes térmico: Bastões de guta percha Aquecidos Testes térmico: Spray de diclorodifluorometano (- 50 ◦C) IMPORTANTE: A lesão de origem endodôntica pode drenar via sulco/bolsa A lesão de origem endodôntica pode ocorrer na região de furca ou numa área de canal lateral As patologias periodontal e endodôntica podem estar associadas - LESÕES ENDO-PERIODONTAIS Perfurações radiculares iatrogênicas Lesões inflamatórias no periodonto: ↑PS Supuração ↑ mobilidade dentária Perda das fibras de suporte Durante tratamento endodôntico Preparo de pinos intra-radiculares REABSORÇÕES RADICULARES EXTERNAS: Evolução na ausência de sintomas clínicos Detecção radiográfica Estágios avançados: Processo infeccioso ↑PS Supuração ↑mobilidade dentária
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