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Urgências em Periodontia

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Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 
 
Urgências em Periodontia 
Intervenção 
- mecânica: biofilme só é retirado mecanicamente 
- antibioticoterapia: somente se necessário 
- acompanhamento do paciente: 24h, 48h, 72h 
 
 
Abscesso gengival 
- é bastante comum 
Inflamação purulenta, localizada nos tecidos de proteção 
Etiologia 
- presença de corpo estranho 
- após procedimentos de RAR 
Pode causar reabsorção óssea rápida, por isso precisa 
ser tratado rapidamente 
Aspectos predispinentes 
- ausência de ponto de contato proximal 
- invasão de distâncias biológicas (próteses, banda 
ortodôntica, perfuração endodôntica) 
- após enxertos de tecido conjuntivo subepitelial 
(reação ao fio utilizado para sutura do enxerto, epitélio 
implantado durante o procedimento) *esses não são 
tão comuns 
Sinais e sintomas 
- ausência de bolsa periodontal (3 a 4mm no máximo) 
- tumefação de consistência flácida, coloração vermelha 
e textura brilhante 
- dor constante, intensa, localizada e pulsátil 
- sensibilidade à percussão nos dentes vizinhos 
- fístula ou drenagem espontânea via sulco gengival 
Tratamento 
- é simples, consiste na remoção do biofilme 
- remoção do corpo estranho 
- drenagem via sulco (sonda periodontal, raspagem de 
forma suave) *raramente é necessário criar uma via de 
drenagem, geralmente tem fístula espontânea 
- bochecho com clorexidina 0,12%, de 7 a 14 dias 
- rever o paciente em 24 ou 48hrs 
* não irrigar diretamente no sulco, pois cria uma 
pressão a mais em um tecido que já está 
comprometido 
 
Abscessos periodontais 
Acúmulo localizado de supuração dentro da parede 
gengival do sulco/bolsa periodontal, causando rápida 
destruição tecidual que pode comprometer o 
prognóstico dentário e estão associados ao risco de 
disseminação sistêmica 
- abscessos recorrentes, prognóstico ruim 
- principal causa de extração dentária da TPS (45%) 
Fatores associados à formação 
- obliteração da entrada da bolsa periodontal (remoção 
incompleta de cálculo, impactação de alimentos ou 
corpos estranhos) 
- RAR ou pressão excessiva durante o uso de soluções 
irrigadoras, joga bactérias para o interior dos tecidos 
e/ou jato de bicarbonato 
- bolsas sinuosas ou tortuosas 
- lesões de bifurcação e/ou pérolas de esmalte 
- perfuração ou fratura radicular 
- trauma oclusal (secundário) 
- antibioticoterapia sistêmica 
- pacientes com doença periodontal avançada não 
tratada 
- antibióticos para tratamento de infecção extra-oral 
- superinfecção por bactérias oportunistas 
- múltiplos abscessos periodontais simultâneos 
Prevalência 
- alta 
- terceira urgência mais frequente (Abscesso dento-
alveolar, pericoronarite, abscesso periodontal) 
- mais frequente em pacientes não tratados 
- pode ocorrer durante o tratamento periodontal (TPS) 
Fisiopatologia 
Invasão bacteriana dos tecidos moles em torno da bolsa 
periodontal, que se desenvolverá em um processo 
inflamatório agudo 
- liberação intensiva de citocinas 
- leva à destruição dos tecidos conjuntivos 
- encapsulamento da infecção bacteriana e supuração 
A taxa de destruição tecidual depende: 
- crescimento bacteriano 
Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 
 
- virulência das bactérias 
- pH < 7 – favorece a atividade de enzimas 
lisossômicas 
Microbiota similar às encontradas em bolsas periodontais 
profundas 
 
Quadro histopatológico 
- infiltrado de neutrófilos e linfócitos 
- não há cincunscrição da lesão 
- reabsorção óssea intensa 
* neutrófilos liberam intensa quantidade de 
metaloproteinases, que provocam grande destruição 
tecidual 
Fatores associados a formação 
Diabetes 
- imunidade celular reduzida 
- diminuição de leucócitos (menor quimiotaxia e 
fagocitose) 
- mudanças vasculares 
- alteração no metabolismo do colágeno 
- fenótipo hiperinflamado 
Sinais e sintomas 
- presença de bolsa periodontal 
- leve desconforto a dor severa 
- dor localizada, pulsátil, constante 
- dor estimulada pela mastigação 
- sensibilidade à percussão 
- edema (intra e/ou extraoral) 
- mobilidade dentária 
- sensação de dente extruido 
- exsudato purulento 
- pode apresentar febre, linfadenite, leucocitose e mal-
estar 
Exame radiográfico 
- perda óssea alveolar 
Diagnóstico diferencial 
Outros abscessos odontogênicos 
- abscesso dento-alveolar 
- pericoronarite 
- abscesso endo-periodontal 
- outras condições agudas (cisto periapical lateral e 
infecção pós operatória) 
Lesões tumorais 
- lesões tumorais metastáticas 
- mixoma odontogênico 
- linfoma não Hodkin 
- carcinoma espinocelular 
- carcinoma metastático 
Outras lesões orais: 
- granuloma piogênico 
- osteomielite 
- ceratocisto odontogênico 
- granuloma eosinofílico 
Lesões gengivais 
- anemia falciforme 
- abscessos após procedimentos cirúrgicos 
Abscesso Periodontal X Abscesso Periapical 
Periodontal: 
- presença de bolsa periodontal 
- vitalidade pulpar 
- localização cervical 
- dor constante e localizada 
- percussão dor menos intensa 
Periapical: 
- cárie, restauração profunda 
- ausência de vitalidade pulpar 
- localização apical 
- dor severa e intermitente, difusa 
- percussão dor bem intensa 
RX: rastreamento da bolsa periodontal ou físutula para 
identificar de qual dente vem o problema 
Osteomielite: infecção óssea causada por infecção 
bacteriana ou fungica 
- dor profunda, não controlável por analgésicos é o 
principal fator diferencial 
Tumores: observar irregularidade, forma, velocidade de 
crescimento da lesão e da perda óssea, podem causar 
parestesia 
Tratamento 
- passar da fase aguda para a crônica 
- proceder o tratamento de acordo com a causa 
- insensibilização da área a distância 
- drenagem: via bolsa ou incisão externa no retalho no 
ponto de flutuação 
Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 
 
- limpeza delicada 
- irrigação da bolsa periodontal sem pressão *não é 
indicado 
Excepcionalmente há necessidade de drenagem 
cirúrgica (bolsas sinuosas) 
- realizar anestesia a distância 
- após a confecção do retalho, realizar RAR 
Antibióticoterapia sistêmica 
- envolvimento sistêmico 
- pacientes de risco (necessidade de pré-medicação 
profilaxia antibiótica) 
- infecção não está localizadaa 
- drenagem não é estabelecida 
Prescrição e posologia 
Amoxicilina 500mg / Clavulanato de Potássio 125mg, 3x 
ao dia por 7 dias 
- há grande quantidade de bactérias produtoras de 
penicilinases 
Azitromicina 500mg, 1x ao dia por 3 dias 
Clindamicina * casos de alergia 
 
Abscessos periodontais múltiplos 
Fatores etiológicos 
- terapia com jato de bicarbonato na fase aguda da 
doença (introdução de bactérias no tecido conjuntivo) 
- diabetes mellitus tipo I e II 
- antibióticos de amplo espectro para tratamento de 
infecções não bucais 
- antibioticoterapia inadequada 
 
 
Doenças periodontais necrosantes 
Doenças periodontais necrosantes em 
pacientes crônicos gravemente comprometidos 
- HIV, imunossupressão; 
- em crianças - má nutrição severa, condições 
extremas de vida, infecções virais severas 
 
 
 
 
 
 
 
Em pacientes temporariamente e/ou 
moderadamente comprometidos 
 
 
Doenças periodontais necrosantes 
Processo inflamatório agudo nos tecidos periodontais 
caracterizada pela presença de necrose/úlcera na papila 
interdental, sangramento gengival e dor 
- pacientes imunocomprometidos 
- odor fétido 
 
Gengivite necrosante 
- doença de rápida progressão, caracterizada por: 
- eritema na gengiva marginal e inserida 
- necrose atingindo o Periodonto de proteção 
- inversão papilar 
Prevalência 
- pode ocorrer em adultos ou crianças 
- jovem é mais prevalente pelo estresse 
- maior em crianças de países subdesenvolvidos 
- indivíduos portadores de HIV 
Etiologia 
Fatores predisponentes locais 
- gengivite prévia 
- traumatismo aos tecidos 
- fumo 
- má higiene bucal 
Bacterias 
- espiroquetas, bactérias fusiformes 
Fatores predisponentes sistêmicos- estresse 
- imunossupressão 
Fumo/Tabagismo 
- diminuição do número de linfócitos T 
- prejudica a quimiotaxia e a fagocitose 
Paula Cássia e Mariana Tardelli - @resumex.odonto 
 
- secreção de epinefrina (nicotina causa vasoconstrição 
nos tecidos gengivais) 
- efeito tóxico da fumaça diretamente sobre a gengiva 
Imunosupressão 
Aumento dos níveis de cortisona: 
- diminuição da secreção de imunoglobulina 
- aumento de IgA 
Estresse: 
- menor atenção à higiene oral 
- alimentação inadequada 
- aumento do consumo de cigarro 
Sinais e sintomas 
- ulceração e necrose da papila e das margens 
gengivais 
- pseudomembrana branco-amarelada ou cinza 
- sangramento espontâneo e/ou provocado ao mínimo 
estímulo 
- dor intensa 
- eritema linear circundando a área necrótica 
- sialorréia 
- odor fético 
- linfoadenopatica 
- febre 
- mal-estar 
- perda de apatite 
- gosto metálico 
Tratamento 
- remoção da pseudomembrana com gaze e água 
oxigenada 
- remoção do biofilme com ultrassom sulpragengival ou 
curetas manuais 
- bochechos com clorexidina 0,12% de 12/12 horas por 14 
dias 
Antibióticoterapia, se necessário (febre, linfadenopatia e 
mal estar): Metronidazol 250mg de 8/8h 
- evitar fumo, álcool, alimentos ácidos e/ou 
condimentados 
Sequelas 
- exposição óssea ou necrose óssea 
Diagnóstico diferencial 
- gengivoestomatite herpética primária 
- periodontite crônica 
- gengivite descamativa 
- estágios secundários de sífilis 
- difteremia 
- leucemia 
- manifestações gengivais da AIDS 
 
Periodontite necrosante 
Doença severa, de rápida progressão, caracterizada 
por: 
- eritema na gengiva marginal e inserida 
- necrose atingindo o Periodonto de sustentação 
- perda de inserção periodontal 
- sem evidência de formação de bolsa 
Sinais e sintomas 
- eritema linear 
- pseudomembrana 
- necrose interdental 
- sangramento gengival 
- dor 
- odor fétido 
- aumento da saliva 
- gosto metálico 
- reabsorção do osso subjacente 
- áreas de sequestro ósseo 
GN x PN 
- a distinção entre as duas é baseada na presença ou 
ausência de perda de inserção e de osso alveolar dos 
sítios afetados 
- características clínicas, microbiológicas e imunológicas 
similares 
- mesmos fatores predisponentes 
Complicações 
- meningite e peritonite fuso-espiroquetal 
- infecções pulmonares 
- toxemia 
- abscesso cerebral fatal 
- estomatite gangrenosa (cancro) 
Cancro (NOMA) 
- indivíduos desnutridos e imunodeprimidos 
- infecção causada por anaeróbicos 
- mais frequente em países subdesenvolvidos

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