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Vida Social e econômica: fatores de mudança Profa: Poliana Oliveira Cardoso Departamento de Economia Rural Referências 2 Colônia 1530 - 1822 Observamos que: a colonização reuniu três raças e culturas largamente díspares: brancos europeus, negros africanos, indígenas do continente. 4 Processo de formação que se perpetuou ⬗ Raças que foram arrebanhadas; ⬗ Força e violência; ⬗ Principal escola : senzala ⬗ Ausência de moralidade; ⬗ Relações de trabalho e produção; ⬗ Subordinação. 5 6 Clão patriarcal Senhor Escravo Populações desenraizadas Flutuando em torno da sociedade servil Inorganização (econômica social) Dentro do seu latifúndio instituía a lei, o que era certo, o que era errado, e julgava e punia aqueles que descumprissem Simplesmente, na fase colonial não havia Estado de direito, cada senhor de terra 7 Trabalho: esforço físico e constrangido, ausência de possibilidade do individuo ter um plano de vida. Sexual: dominação Escravidão 8 Escravo Negro Anulado Desvalorização de sua cultura Ausência de forças de aglutinação relações humanas que mantêm ligados e unidos os indivíduos, de uma sociedade e os fundem num todo coeso e compacto. pobreza de vínculos sociais Desagregação forças dispersivas; mas elas são em nosso caso as da inércia; e essa inércia, embora infecunda. 9 “ “Tendo ido buscar um serralheiro de cujos serviços precisava, este o fez esperar longamente na expectativa de um negro de serviço para transportar sua ferramenta de trabalho, pois carregá-la pelas ruas da cidade não era ocupação digna de um homem livre”. 10 11 Os três principais centros econômicos - a faixa açucareira, a região mineira e o Maranhão - se interligavam, extenso pecuário. Dos três sistemas principais, o único que conheceu uma efetiva prosperidade no final do século XVIII, foi o Maranhão; Cuidadosa atenção do governo português, a cuja testa estava Pombal; Excluído o núcleo maranhense, todo o resto da economia colonial atravessou uma etapa de séria prostração nos últimos decênios do século. vinda da corte portuguesa para o Brasil - 1808 Manteve em grande medida os vícios da época colonial, em que os senhores de terra exerciam o poder. Um conjunto de fatores circunstanciais deu à colônia, no começo do século XIX, uma aparência de prosperidade ⬗ Abertura dos portos; ⬗ Coroa Portuguesa temia reconhecimento de governo francês em Portugal; ⬗ Acordos com Ingleses visam o não reconhecimentos; ⬗ Novamente privilégios econômicos em troca de garantias políticas. ⬗ Os conflitos entre os dirigentes da grande agricultura brasileira e a Inglaterra - contribuíram indiretamente para que se formasse uma clara consciência da necessidade de lograr a plena independência política 13 o café: nova fonte de riqueza - 1760 ⬗ À medida que o café aumenta sua importância dentro da economia brasileira, ampliam-se as relações econômicas com os EUA. ⬗ Já na primeira metade do século esse país passa a ser o principal mercado importador do Brasil. ⬗ Contudo, do ponto de vista de sua estrutura econômica, o Brasil da metade do século XIX, não diferia muito do que fora nos três séculos anteriores. A estrutura econômica, baseada principalmente no trabalho escravo 15 16 O café, foi introduzido no Brasil desde começo do século XVIII; Cultivado para fins de consumo local; Alta de preços causada pela desorganização do grande produtor que era a colônia francesa do Haiti Ao transformar-se o café em produto de exportação; O desenvolvimento de sua produção se concentrou na região montanhosa próxima da capital do país. ⬗ A instalação de um rudimentar sistema administrativo (a criação de um banco nacional e umas poucas outras iniciativas governamentais); ⬗ As novas técnicas criadas pela Revolução Industrial escassamente penetravam no país; ⬗ A situação do algodão, segundo produto das exportações brasileiras no começo do século, ainda era pior do que a do açúcar. 17 ⬗ O fumo, os couros, o arroz e o cacau eram produtos menores, cujos mercados não admitiam grandes possibilidades de expansão. ⬗ A empresa cafeeira permite a utilização intensiva da mão-de-obra escrava, e nisto se assemelha à açucareira. ⬗ Se caracterizava por custos monetários ainda menores que os da empresa açucareira. ⬗ Formação de uma nova classe empresária ⬗ A cidade do Rio representava o principal mercado de consumo do país e os hábitos de consumo de seus habitantes se haviam transformado substancialmente a partir da chegada da corte portuguesa (1808). 19 ⬗ Desde o começo, sua vanguarda esteve formada por homens com experiência comercial Desde cedo eles compreenderam a enorme importância que podia ter o governo como instrumento de ação econômica. Na época da independência (1822), o café compunha 18% das exportações “⬗ Fim do tráfico transatlântico de escravos em 1850. ⬗ Livres: as dificuldades de adaptação, e aqueles que vinham da agricultura rudimentar de subsistência contribuíram para formar a opinião de que a mão-de-obra livre do país não servia. ⬗ Como solução alternativa do problema da mão-de-obra sugeria-se fomentar uma corrente de imigração europeia. 20 Mão de obra Lei de terras - 1850 Todas as terras devolutas só poderiam ser apropriadas mediante a compra e venda, e o governo destinaria os rendimentos para financiar a vinda dos colonos. Essa lei transformou a terra em mercadoria, impossibilitou o seu acesso a todos que não tivesse dinheiro. Enquanto mão-de-obra era escrava, o latifúndio podia conviver com terras de “acesso livre”; Se houvesse homens livre e terras livres, quem iria ser mão-de-obra nos latifúndios? Abolição da escravidão - 1888 Região açucareira As terras de utilização agrícola mais fácil já estavam ocupadas; Os escravos liberados que abandonaram os engenhos encontraram grandes dificuldades para sobreviver. Os deslocamentos se faziam de engenho para engenho e apenas uma fração reduzida filtrou-se fora da região 24 “ ⬗ É das tensões internas da economia cafeeira em sua etapa de crise que surgirão os elementos de um sistema econômico autônomo, capaz de gerar o seu próprio impulso de crescimento, 25 Abolição da escravidão Na região cafeeira Uma grande migração de mão-de-obra em direção das novas regiões em rápida expansão, as quais podiam pagar salários substancialmente mais altos; Na antiga região cafeeira onde, para reter a força de trabalho, foi necessário oferecer salários relativamente elevados, observou-se de imediato um afrouxamento nas normas de trabalho. 26 IMIGRAÇÃO DE EUROPEUS ⬗ Sul e sudeste; ⬗ Junto a abolição; ⬗ Deslocamento de trabalhadores livres da economia de subsistência para fazendas e núcleos urbanos; ⬗ Disponibilidade de homens livres; ⬗ Destituídos de meios de produção. 27 28 A corrente colonizadora, tinha objetivo de implantação de núcleos de povoamento e que se concentrou no sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) em menor grau Sudeste. A corrente imigratória, que se destinou basicamente a suprir mão de obra a cafeicultura e demais atividades econômicas do oeste paulista, e com menor intensidade no Rio de Janeiro. Duas modalidades de correntes imigratórias PARCERIA Primeira tentativa 1842 – na fazenda Ibitipoca, Limoeira , floresceu durante os primeiros anos após o tráfico. Auxílio do governo; Governo adiantava os recursos necessários ao fazendeiro; Centenas de colonos alemães e suíços; Os custos reais da imigração corriam inteiramente por conta do imigrante – hipotecava seu futuro; Colono começava a trabalhar já endividado; Por contrato se comprometia a não abandonar a fazenda antes de quitar o débito; Imigrantes eram contratados como parceiros e pagos em função do valor da colheita, contabilizado pelos fazendeiros; 29 Situação próxima à dos escravos ⬗ Colonos iniciaram protestos ⬗ Chegaram a Europa ⬗ Ameaçou interromper o fluxoimigratório ⬗ Alguns países proibiram formalmente a saída de trabalhados para o Brasil ⬗ Devido a multiplicação destes conflitos, a parceria acabou sendo abandonada e provisoriamente substituída pelo assalariamento 30 Na década seguinte devido a demanda e aumento dos preços do café, os fazendeiros voltam a se interessar pela mão de obra imigrante, mas com o governo arcando inteiramente com os custos e despesas do transporte dos colonos. Temos: ⬗ Economia do açúcar e do algodão ⬗ Maranhão até Sergipe ⬗ Bahia ⬗ Cacau ( exportação) ⬗ Fumo ⬗ Economia principalmente de subsistência do sul do país ⬗ excedentes de produção, ⬗ setor pecuário ⬗ o vinho e a banha do porco. ⬗ Amazônia ⬗ Borracha (exportação) ⬗ Economia cafeeira. ⬗ Espírito Santo, . Rio de Janeiro, Minas Gerais è São Paulo. 31 Fluxo de renda ⬗ Economia que antes era movimentada pelo comércio de escravos; ⬗ Setor assalariado começa a se destacar; ⬗ Desenvolvimento de uma economia de mercado interno; ⬗ Assalariados (gastos de consumo - compra de alimentos, roupas, serviços, etc. ); ⬗ Proprietário ( aumentar seu capital); 32 Timeline 33 1888185017601700165016001550 Cana- de açucar Mineração Abolição da escravidão Algodão Pecuária Café Fim do tráfico de escravos Lei de terras 70- O problema fundiário no Brasil remete à criação das capitanias hereditárias em 1530. A independência do país em 1822 apenas confirmou o poder econômico e político dos latifundiários. Só no ano de 1850 foi implantada a Lei de Terras (Lei número 601) no Brasil com o objetivo de estabelecer dispositivos legais para o acesso à terra. Dessa forma, é correto afirmar que: (A) ao regulamentar o regime de propriedade fundiária, a Lei de Terras permitia a doação de lotes para escravos alforriados; (B) com a proibição do tráfico de escravos, que ocorreu no mesmo ano, a Lei de Terras provocou um incremento da pequena produção agrícola; (C) a Lei de Terras reforçou a interdição racial e religiosa no acesso à terra privilegiando os brancos e católicos; (D) a Lei de Terras reforçou a grande propriedade latifundiária, pois determinava que a aquisição de terras só poderia se dar mediante pagamento em dinheiro; (E) a proibição do tráfico somada à Lei de Terras sepultou o mundo escravista e patriarcal e promoveu mudanças no perfil de distribuição de terras. 34 PROVA DO INCRA: ANALISTA DE REFORMA E DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – 2005 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Comentários? Conferir o material de referência e suas anotações Caso de dúvidas, procure o professor. Chegar em casa rever os slides da aula
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