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Desenvolvimento Neuropsicomotor Infantil

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D i b e 
P U E R I C U L T U R A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Definição 
Conjunto de todas as reações, comportamento que evolui progressivamente 
ao longo do tempo sob a forma de funções e habilidades cada vez mais 
especificas. 
Nas fases iniciais da vida elas são reflexas e estereotipadas, sendo que 
progressivamente elas vão se tornando voluntárias e aprendidas. 
A evolução é explicada pelo crescimento somático e desenvolvimento das 
vias motoras, sensitivas, sensoriais, de linguagem, raciocínio e memória dos 
sistemas nervoso central e periférico. Vai caber ao pediatra avaliar o ganho 
de funções nas cinco grandes áreas ou condutas: 
Conduta adaptativa= reações das crianças frente aos estímulos apresentados, 
e que dependem da sua capacidade motora, sensorial, de coordenação e 
cognitiva para adequada exploração e aprendizagem. É considerada a 
conduta precursora da inteligência. Conduta motora fina= habilidades mais 
precisas e especificas com o uso das mãos e dedos, que garante a exploração 
mais delicada do objeto. 
Conduta motora grosseira= são as habilidades motoras gerais, como 
sustentar a cabeça, tronco, sentar-se, rolar, engatinhar, pular e assim por 
diante. 
É depende da interação das vias motoras centrais e periféricas. 
Conduta de linguagem= capacidade de compreender e exprimir sensações e 
pensamentos. Inclui a comunicação verbal e não verbal. 
Conduta pessoal-social= reações da criança frente as outras pessoas e frente 
as situações da vida diária. Regras gerais= a sequência do desenvolvimento 
neuropsicomotor ocorre no sentido céfalo-caudal, proximal-distal e da borda 
ulnar-borda radial. 
-Primeiro controla a cabeça para depois controlar o tronco. 
-Primeiro tem capacidade proximal de levar as mãos a linha média para 
depois aprimorar a capacidade de preensão. 
-Primeiro tem a pega palmar ulnar e depois é a pega em pinça 
Reflexos primitivos 
Definição 
Resposta motora estereotipada deflagrada por estímulo externo do 
examinador, elas representam as primeiras reações do recém-nascido ao 
meio. 
Elas são chamadas de primitivas pois não são voluntárias ou aprendidas, 
sendo que estão sob controle dos centros subcorticais, encefálico e medula. 
Tem caráter transitório, ou seja, podem estar presentes ao nascimento, mas 
a partir de determinado mês elas somem. O desaparecimento do reflexo 
permite o surgimento de conduta motora voluntária, aprendida e sob 
controle cortical, que é possivel pelo processo de amadurecimento do 
sistema nervoso central (mielinização e formação de sinapses). Além disso, 
quando presença desses reflexos primitivos além da idade que era para eles 
desaparecerem, é um sinal patológico, podendo indicar alguma doença 
neurológica de base que impede que o córtex assuma controle das funções 
cognitivas e motoras. 
Reflexo de moro: na posição supina se eleva o bebê pelo tronco acima do 
plano da mesa e o solta repentinamente, apoiando-o em seguida para que 
ele não caia. Produz extensão rápida do pescoço e cabeça. 
Obtenção de abdução seguida de adução e flexão das extremidades 
superiores, flexão do pescoço e choro. 
Desaparece aos 3 meses em sua forma completa, e definitivamente aos 6 
meses. 
Reflexo tônico cervical assimétrico: bebê na posição supina sofre rotação da 
cabeça para um lado por 15s. -Extensão das extremidades do lado do queixo 
e flexão das extremidades do lado occipital. 
-Desaparece aos 3-4 meses. 
Reflexo de preensão palmar: em posição supina, o examinador coloca o 
dedo na face palmar do bebê. 
- Ocorre flexão dos dedos e fechamento da mão. 
-Aparece com 27 semanas de idade gestacional 
-Desaparece aos 4 meses 
Reflexo de preensão plantar: na posição supina o examinador vai comprimir 
o seu polegar sobre a face plantar, abaixo dos dedos. 
-Ocorre flexão dos dedos do pé. 
-Desaparece aos 15 meses 
Reflexo de Galant: bebê em prona, com tronco apoiado sobre o braço do 
examinador. Com o dedo contralateral é estimulada a pele do dorso, fazendo 
movimento linear vertical que parte dos ombros até as nádegas a cerca de 
2cm da coluna. 
-Há flexão do tronco, com a concavidade virada para o lado estimulado. 
Desenvolvimento Normal 
 
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-Desaparece aos 4 meses. 
Reflexo do extensor suprapúbico: na posição supina é pressionada a pele 
acima do púbis com os dedos. 
-Há extensão de ambos os membros inferiores com rotação interna e adução 
da articulação coxofemoral -Desparece com 1 mês. 
Reflexo do extensor cruzado: bebê em posição supina e uma das 
extremidades inferiores é submetida e flexão passiva. 
-Há extensão do membro inferior contralateral com adução e rotação interna 
da coxa. 
-Desaparece após 6 semanas. 
Reflexo de Rossolimo: na posição supina se percute de 2 a 4x a superfície 
plantar. 
-Há flexão dos dedos. 
-Desaparece em 1 mês. 
Reflexo do calcanhar: na posição supina é percutido o calcanhar do bebê 
estando ele com o membro examinado em flexão de quadril e joelho e 
tornozelo em posição neutra. 
-Há extensão do membro inferior estudado. 
-Desparece em 3 semanas. 
Reflexo do apoio plantar e marcha: se segura o recém-nascido de pé pelas 
axilas. 
-Assim que os pés se apoiam em uma superfície, imediatamente ele vai se 
retificar e vai iniciar a marcha. 
-Desaparece aos dois meses. 
Reflexo de landau: com uma das mãos suspende o bebê pela superfície 
ventral, com o outra mão flexionamos da cabeça rapidamente. 
-Todo o corpo entra em flexão. 
-Surge aos 3 meses de idade e desaparece ao final do 2° ano. 
Reflexo de Babkin: pressiona a mão do lactente e como resposta vai haver a 
abertura da boca. 
Reflexo de sucção: tocar os lábios do lactente com o cotonete. 
-Haverá movimentos de sucção. 
-Desaparece entre 4 e 6 meses. 
Reflexo de procura: tocar suavemente a bochecha do lactente. 
-Ele roda o pescoço para o lado que foi estimulado e abre a boca. 
Reflexo de expulsão: toca a língua do bebê com uma colher. 
-Ele faz movimentos de protusão com a língua. 
-Desaparece por volta dos 2 meses. 
-Quando permanente suspeitar de paralisia cerebral Reflexo cutâneoplantar: 
estimular a sola do pé com objeto de ponta romba, se fazendo um risco no 
calcanhar até base do 5° dedo. 
-Até o 4° mês de vida vai haver a extensão do hálux com ou sem abertura em 
leque dos dedos. 
-No 12° mês a resposta é a flexão dos dedos, vai permanecer por toda a vida. 
-Após isso quando resposta for a extensão do hálux, indica o sinal de 
babinski, encontrado nas síndromes piramidais. 
Reflexo do paraquedista: se segura o lactente pela região ventral e o 
aproxima da mesa de exame bruscamente, para dar a impressão de que ele 
está caindo. 
-Criança deve estender o braço e abrir a mão na tentativa de se proteger. 
-Aparece aos 8-9 meses e persiste por toda a vida. 
 
PERIDIOCIDADE DAS CONSULTAS PEDIÁTRICAS 
De acordo com o ministério da saúde MS, as consultas devem ocorrer com a 
seguinte periodicidade: 
➔ 1° semana de vida ➔ 1 mês ➔ 2 meses ➔ 4 meses ➔ 6 meses ➔ 9 
meses ➔ 18 meses ➔ 24 meses ➔ Após os 2 anos de vida as consultas são 
feitas anualmente preferencialmente próxima ao mês de aniversário. 
Em todas as consultas o pediatra deve observar: 
Crescimento: peso, altura e perímetro cefálico (até os dois anos). 
Desenvolvimento neuropsicomotor: conduta motora grosseira, conduta 
motora final, conduta adaptativa e conduta pessoal-social. 
Alimentação da criança 
Vacinas 
Prevenção de acidentes 
Identificação de problemas e riscos para a saúde Segundo a SBP as consultas 
devem ser realizadas com a seguinte periodicidade: ➔ 1° semana ➔ 1 mês 
➔ 2 meses ➔ 3 meses ➔ 4 meses ➔ 5 meses ➔ 6 meses ➔ 9 meses ➔ 12 
meses ➔ 15 meses ➔ 18 meses ➔ 24 meses ➔ 30 meses ➔ 36 meses ➔ 42 
meses ➔ 48 meses 
 
 
 
Fenômeno de ordem físico-quimica observado nas fases iniciais do 
crescimento – acúmulo de água no interior das células que é atraída pelos 
sais de hidrato de carbono. Isso vai representar 70% do ganho ponderal 
nesse período.Proteínas e sais minerais também passam a ser incorporados pelas células, 
contribuindo para aumento de massa tecidual. 
A partir dessa fase, as proteínas assumem um papel único no processo de 
crescimento do organismo, sendo as principais responsáveis. 
Aumento do tamanho das células e a divisão celular somados ao fenômeno 
descrito acima são a base do processo de crescimento. 
Os principais órgãos e tecidos humanos não se desenvolvem de forma 
homogênea mas ao mesmo tempo. Existem fases de crescimento acelerado e 
fases de crescimento lento. 
-A primeira fase de crescimento rápido se estende desde a vida uterina até 
os dois anos de idade, ela vai ser determinada pela nutrição da criança, o 
potencial genético e o hormônio do crescimento não parecem ter grande 
importância, o peso vai ser um bom avaliador isolado do crescimento. 
-Dos dois anos de idade até a puberdade é uma fase de crescimento regular, 
relativamente homogêneo, sendo que o potencial genético e o hormônio do 
crescimento vão ser os principais determinantes. Nessa fase a criança entra 
no seu canal do crescimento. 
-Quando é chegada a puberdade, outra fase de crescimento acelerado se 
instala, os hôrmonios sexuais e do crescimento são os responsáveis. 
O crescimento do tecido neural é independente: a sua maior velocidade de 
crescimento é no primeiro ano de vida, uma forma avaliar o seu crescimento 
é por meio da monitorização do perímetro cefálico (PC), realizado até os dois 
anos de idade da criança. 
Avaliação do crescimento 
Pediatras acompanham o peso, a estatura, as medidas do segmento inferior 
(sínfise púbica até o chão), segmento superior (estatura menos o segmento 
inferior) e a relação entre o tamanho do tronco e membros inferiores, e o 
perímetro cefálico para estimar a adequação do crescimento. 
-Peso e estatura são os mais importantes. 
-Peso pode sofrer a influência de vários fatores, é mais sensível, porém, 
menos específico 
Crescimento padrão de recém-nascidos e crianças 
Ao nascimento: a média de peso é de 3,4Kg, sendo que existe uma perda de 
10% nos primeiros 7 dias de vida, com recuperação por volta do 14° dia. 
No 1° trimestre: 700g/mês ou 20-30g/dia. 
No 2° trimestre: 600g/mês ou 20g/dia. 
No 3° trimestre: 500g/Mês ou 15g/dia 
No 4° trimestre: 400g/mês ou 12g/dia. 
Pré-escolar: 2kg/ano ou 8-6g/dia. 
Escolar: 3-3,5kg/ano 
Peso 
A criança vai dobrar o seu peso de nascimento aos 4-5 meses, triplicar ele aos 
12 meses e quadruplicar com 2 anos/ 2 anos e seis meses. 
De dois anos até os 8 anos ela vai ganhar em média 2kg/ano. 
Fórmula para cálculo aproximado do peso que pode ser usada para crianças 
de 3 a 11 anos: 
Peso = idade (anos) x 2 + 9 
As crianças até dois anos ou 16kg devem ser pesadas sentadas ou deitadas 
na balança mecânica pediatra. 
Crescimento Normal 
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As crianças maiores de dois anos e os adultos são pesados na balança do tipo 
plataforma. 
Estatura engloba os dois termos 
Comprimento: crescimento linear em crianças até os dois anos 
Altura: termo usado para crianças a partir de dois anos 
O comprimento médio ao nascimento é de 50cm, sendo que no primeiro 
semestre de vida vão crescer cerca de 15cm e no segundo semestre, 10 cm. 
Ao final do primeiro ano, cresce 25cm, cerca de 50% do seu comprimento ao 
nascer. 
Com 4 anos a criança tem cerca de 1m. 
Fórmula usada para cálculo de altura de acordo com a idade dos 3 aos 11 
anos: 
Altura (cm) = (idade – 3) X 6 +95 
Até os dois anos o comprimento deve ser medido com a criança deitada, com 
a régua (contato com o vértice da cabeça e a sola dos pés). Após essas idade, 
a criança vai ser medida na posição em pé, apoiando a região occipital e os 
calcanhares sobre a régua vertical. 
Perímetro cefálico 
Medida que representa o crescimento do cérebro, nos primeiros meses ela é 
importante para avaliação de desvios do crescimento neurológico. 
Ao nascimento: média de 35cm. 
No 1° trimestre: 2cm/mês. 
No 2° trimestre: 1cm/mês. 
No 3° e 4° trimestre: 0,5cm/mês. 
1 ano: aumento de 12cm, sendo que a média total é de 47 cm. 
2° ano: 2cm/ano. 
Pré-escolar até 18 anos: 5cm 
É medido passando uma fita métrica do ponto mais elevado do occipital até o 
sulco supraorbitário. É confiável para o crescimento do cérebro, sendo o 
índice que menos varia para os diferentes grupos etários. 
Nos primeiros meses de vida é mais fácil identificar uma anomalia cerebral 
pelo perímetro cefálico do que pela provas de desenvolvimento. 
No recém-nascidos é maior do que o perímetro torácico. 
Proporções corporais 
SS:SI: relação entre o segmento superior e o segmento inferior é 
fisiologicamente maior ao nascimento (1.7), diminui para 1.3 aos três anos, e 
por volta da puberdade alcança valores entre 0,9-1. -Doenças ósseas como 
displasia e raquitismo levam ao aumento dessa proporção. 
Evergadura 
é a distância entres os dedos médios de ambas as mãos estando os braços 
abertos. 
Na adolescia essas relação atinge valores próximos a 1. 
Alvo genético 
Sua fórmula permite o cálculo do canal genético de crescimento de uma 
criança com base na hereditariedade dos pais. 
Permite que seja previsto o limite mínimo, a média e o limite máximo de 
estatura que a criança pode alcançar até o final da puberdade. 
20% das crianças ao final da puberdade podem apresentar estatura superior 
ou inferior ao alvo genético. 
Desenvolvimento dentário e saúde bucal 
Limpeza da cavidade oral é iniciada ainda durante a lactância, através da 
limpeza das gengivas com gaze umedecida em água filtrada ou fervida. 
A mesma coisa deve ser feita quando tiver erupção dos incisivos centrais 
Escova de dentes macia pode ser usada quando surgirem os dentes molares 
posteriores, mas a pasta de dente fluorada só é liberada após os 4 anos de 
vida, e mesmo assim deve ser usada em quantidades muito pequenas, 
devido ao perigo de engolir. 
É importante evitar oferecer doces, balas e bebidas com açúcar no intervalo 
das refeições, pois elas podem favorecer o aparecimento de cáries. 
Dentição primária → decídua 
Dentição secundária → permanente O atraso na dentição vai ser considerado 
quando ausencia de dentes após os 13 meses de idade. 
As causas mais comuns são: 
-Hipotireoidismo 
-Hipoparatireoidismo 
-Origem familiar 
-Idiopática 
Já as causas de perda precoce dos dentes primários são: 
-Histiocitose X 
-Neutropenia cíclica 
-Leucemia 
-Trauma 
-Fatores idiopáticos 
Algumas medicações e doenças crônicas prolongada podem levar a 
alterações na coloração dos dentes e 
causar malformações no esmalte dentário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segurança da Criança 
 
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Orientações que devem ser dadas pelo pediatra aos pais/ familiares! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Após os seis meses de idade, o aleitamento materno exclusivo não irá 
atender mais as necessidades nutricionais do lactente, sendo necessária a 
introdução de outros alimentos. Contudo, ele deve continuar a ser oferecido 
até os dois anos de idade os doze passos para um alimentação saudável: 
1. Amamentar até os dois anos ou mais, oferecendo somente o leite materno 
até os seis meses de idade 2. Oferecer alimentos in natura ou minimamente 
processados a partir dos seis meses. 
3. Oferecer água para a criança ao invés de sucos, refrigerantes e outra 
bebidas açucaradas. 
4. Oferecer comida amassada quando a criança começar a receber outro 
alimentos além do leite materno. 
5. Não oferecer açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar 
à criança até os dois anos de idade. 
6. Não oferecer alimentos ultraprocessados 
7. Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família. 
8. Zelar para que a hora da alimentação seja um momento de experiencias 
positivas, aprendizado e afeto. 
9. Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com 
ela durante a refeição. 
10. Cuidar da higiene em todas a etapas da alimentação da criança e da 
família. 
11. Oferecer a criança alimentação adequadae saudável também fora de 
casa. 
12. Proteger a criança da publicidade dos alimentos. 
A época da introdução alimentar complementar respeita o desenvolvimento 
neurológico do lactente e o amadurecimento das funções motoras 
relacionadas à alimentação. 
Sustentação da cabeça, pescoço e tronco, perda do reflexo de protusão da 
língua e a capacidade de mastigação são habilidades necessárias para o início 
da introdução alimentar. 
Aparecimento da primeira dentição ajuda no processamento dos alimentos. 
Cuidados após o início da dentição: escovação deve ser iniciada assim que os 
primeiros dentes eclodem, pelo menos 2x ao dia. 
É recomendado colocar um pouquinho de pasta de dentes com flúor na 
escova e falar para a criança cuspir ao final da escovação. 
A quantidade deve ser mínima para as crianças que ainda não cospem. 
Água: iniciar a oferta assim que a criança começar a receber outros 
alimentos, sendo que ela não deve ser substituída por nenhum outro fluido. 
Consistência e quantidade alimentos: devem ser espessos, amassados com o 
garfo, já que os alimentos de consistência mais liquida fornecem menos 
energia que o necessário. 
Conforme a criança vai crescendo a comida começa a ser ofertada em 
pedaços maiores. 
É comum que no início a criança aceite apenas pequenas quantidades, mas 
elas vão aumentando ao longo do tempo. 
Sucos: atualmente é dado grande ênfase a restrição do consumo dos sucos, é 
preferível o consumo de frutas pois estimula a mastigação, exercita a 
musculatura da boca e rosto, a fibras das frutas são desprezadas quando os 
sucos são coados, quando as crianças se acostumam com os sucos elas tem 
dificuldade para aceitar água. A recomendação é que os sucos não sejam 
oferecidos para crianças menores de 1 ano, mesmo que eles sejam feitos 
apenas com frutas. Caso eles sejam consumidos, entre 1 e 3 anos, o seu 
volume deve ser de 120ml apenas 1x ao dia, ele deve fazer parte da refeição, 
sendo ofertado antes que ela termine. 
Alimentos a serem oferecidos: é importante garantir variedade de 
alimentos, para que variedade de nutrientes seja ofertada a criança. Seu 
prato deve ser montado com um alimento de cada uma das seguintes 
opções: 
➔ Feijões 
➔ Cereais ou raízes ou tubérculos 
➔ Carnes ou ovos (carne não é obrigatória, crianças vegetarianas podem ter 
substituto vegetal se acompanhadas adequadamente) 
➔ Legumes 
➔ Verduras 
O ideal é que a comida esteja disposta com os diferentes alimentos 
separados. 
A comida não precisa ser diferente da do resto da família,ela só precisará ser 
amassada. 
Se possivel, fazer a comida o mais in natura o possivel, com temperos 
naturais e uma quantidade mínima de sal, não usar pimenta. 
É preciso que a criança prove um alimento várias vezes para que ela se 
acostume com ele, assim, em casos de rejeição deve-se esperar mais ou 
menos uma semana para que ele seja ofertado novamente. Respeitar 
saciedade: os sinais de fome e saciedade devem ser observados e 
respeitados, pois isso vai ser fundamental no seu aprendizado em relação a 
alimentação. 
Ambiente durante as refeições: é estimulado que se converse com a criança 
durante a refeição, falar sobre o que está no prato dela, olhar para ela e 
sorrir. Não é recomendado o uso de TV, celulares, tablets e comer andando 
pela casa. 
Consumo de açúcar: está associado a aumento no risco do ganho de peso e 
de outras doenças, desses modo se recomenda que nos primeiros dois anos 
de vida ele não seja usado. 
Esquemas alimentares 
0 a 6 meses: oferecer apenas leite materno, sempre que a criança quiser. 
Aos 6 meses: manter o leite materno, oferecer três refeições ao dia (almoço 
ou janta e dois lanches de frutas). 
Alimentos devem ser variados, oferecidos em pequenas quantidades antes 
ou depois na mamada no peito. Amassar os alimentos com grafo e oferecer 
com colher, ficar na mesma altura da criança e manter contato visível 
durante a alimentação. 
Alimentação saudável nos 1os anos 
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7 a 8 meses: manter o leite materno, oferecer almo, janta e dois lanches de 
frutas. 
Os alimentos devem ser variados e oferecidos em pequenas quantidades 
antes da mamada. 
Oferecer alimentos menos amassados do que antes ou bem picados, além 
disso, alguns alimentos podem ser servidos em tamanhos que as crianças 
consigam pegar com as mãos. 
9 a 12 meses: manter o leite materno, oferecer almoço, janta e dois lanches. 
Variar os alimentos, oferecer pedaços pequenos no prato e estimular ela 
para pegar os alimentos com a mão (estimular os movimentos de pinça). 
1 a 2 anos: manter o leite materno, oferecer café da manhã, almoço, janta e 
dois lanches. 
Suplementação 
Vitamina D: é administrada de forma profilática para todas as crianças até os 
dois anos de idade. 
Até os 12 meses 400UI/dia 
Dos 12 aos 24 meses: 600UI/dia 
Vitamina A: reposta apenas em regiões de alta prevalência de 
hipovitaminose A. 
De 6 a 11 meses: 100.000UI a cada 6 meses. 
De 11 a 59 meses: 200.00 UI 1x a cada seis meses. Ferro: indicado apenas 
para os lactentes a termo que recebem leite de vaca modificado como dieta 
o Iniciar a partir de 2-3 meses de vida até os dois anos o 1mg/kg/dia.

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