Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
HK B Doenç� Rena� Crônic� Profª. Marian� A doença renal crônica é a redução da função renal, por dano estrutural e/ou fisiológico, por mais de 3 meses. Epidemiologi� ➺ Prevalência estimada mundialmente: 10 a 14% ➺ Aumenta o risco cardiovascular ➺ Evolução silenciosa, resultando em alta mortalidade ➺ Alto gasto em saúde pública Funçã� Rena� ➺ Excreção: água, sódio, potássio, ácidos, nitrogenados e moléculas exógenas ➺ Manutenção dos fluidos corporais: volume extracelular; composição; pH ➺ Produção de um filtrado sem proteínas e sem células ➺ Síntese de hormônios: eritropoietina; vitamina D; renina Avaliaçã� d� �nçã� rena� ❤ Taxa de filtração glomerular ➺ Clearance de creatinina Usa-se a creatinina pois tem produção constante, é filtrada livremente rim e é pouco secretada Obs: usa-se calculadoras virtuais (Melhor: CKD EPI 2021) • Homem: 130 ml/min/1.73m² • Mulher: 120 ml/min/1.73m² ❤ Urina 1 ➺ Analisar a função de barreira: o filtrado não deve conter proteínas ou células ➺ Dosar albumina urinária: relação albumina-creatinina em amostra isolada de urina (RAC) • Urina 24: < 30 mg em 24h • RAC: < 30 mg/g creatinina HK B ❤ Ultrassom Análise do tamanho renal e diferenciação córtico-medular ➺ Em DRC, não há diferenciação Etiologi� ➺ Glomeruloesclerose diabética ➺ Doença glomerular: • Glomerulonefrite • Amiloidose e doença de cadeia leve • Lupus eritematoso sistêmico ➺ Doença tubulointersticial • Nefropatia de refluxo; por analgésicos; obstrutiva • Rim de mieloma ➺ Nefrosclerose hipertensiva ➺ Doença vascular • Esclerodermia • Vasculite • Insuficiência renovascular • Doença renal atroembólica ➺ Doença cística Paciente� d� risc� Para esses pacientes, é necessário realizar o rastreio anual para DRC ➺ Pessoas com diabetes ➺ Pessoa hipertensa (>140/90) ➺ Portadores de doença urológica ➺ Idosos ➺ Portadores de obesidade (IMC > 30kg/m²) ➺ Portadores de doença do aparelho circulatório ➺ Histórico de DRC na família ➺ Tabagista ➺ Uso de agentes nefrotóxicos ➺ Portadores de de doença alto imune ➺ Baixo peso ao nascer HK B Diagn�tic� d� DRC ➺ Redução da TFG ➺ Albuminúria ➺ Ultrassom com alteração estrutural As alterações devem se manter ou piorar em mais de 3 meses ❤ Classificação Evoluçã� d� DRC ➺ Inflamação: dano celular endotelial, alterações hemodinâmicas, imune e metabólicas, causam a liberação de quimiocinas e citocinas e expressão de moléculas de adesão celular, resultando em agregação plaquetária e influxo de monócitos, com infiltração de células espumosas. ➺ Proliferação: as células epiteliais se distendem e células mesangiais sofrem proliferação desdiferenciadas. ➺ Fibrose: os fibroblastos e miofibroblastos sintetizam e depositam MEC, causando glomerulose HK B Sinai� � Sintoma� ❤ Estágio 1 a 2 ➺ Assintomáticos ➺ Cursa com hipertensão ❤ Estágio 3 a 5 ➺ Assintomáticos ➺ Cursa com anemia e hipovolemia ❤ Síndrome urêmica ➺ Hipervolemia ➺ Hiporexia ➺ Náuseas ➺ Perda de peso HK B Progressã� Alguns fatores estão associados a progressão da DRC: ➺ Doenças que afetam os rins: diabetes, HAS ou condições inflamatórias ➺ Lesão renal hemodinâmica ➺ Proteinúria ➺ Acúmulo de nefrotoxinas ➺ Aumento de angiotensina II: constrição da arteríola eferente > arteríola aferente -> hiperfiltração Complicaçõe� A doença renal crônica pode afetar pele, coração, TGI, sistema imune, endócrino e neurológico, além de causar sintomas sistêmicos. ➺ Diagnóstico de complicações: Uréia, Na, K e gasometria venosa ➺ Risco cardiovascular: colesterol total e frações; ácido úrico ➺ Controle de comorbidades: Hb glicada; glicemia e jejum; sorologia de HIV e hepatite B e C. ❤ Anemia ➺ Multifatorial • Diminuição da eritropoietina, responsável pela produção das hemácias, por lesão nas células do córtex renal • Redução na absorção de ferro oral ➺ Diagnóstico: hemograma, ferritina e saturação transferrina ❤ Doença Mineral Óssea A doença mineral óssea na DRC é causada por • Deficiência de vitamina D: Redução da hidroxilação da vitamina D -> redução da absorção de cálcio -> desequilíbrio na remodelação óssea HK B • Hiperparatireoidismo secundário: Redução a TFG -> aumento do fósforo -> aumento da ligação Ca + P -> redução do cálcio circulante na paratireóide -> aumento do paratormônio -> aumento da reabsorção óssea ➺ Diagnóstico: cálcio; fósforo; vitamina D; PTH; fosfatase alcalina ❤ Síndrome Urêmica Acúmulo de toxinas urêmicas por aumento na ingesta de proteínas e/ou sintese por bactérias do cólon, associada a perda da função endócrina renal (diminuição da síntese de eritropoetina e calcitriol) ➺ Sintomas: hálito urêmico, flapping e oligúria ➺ Diagnóstico: TFG < 30 ml/min Tratament� O tratamento da DRC visa retardar a progressão, manter a qualidade de vida (tratar sintomas e prevenir complicações) e evitar doenças cardiovasculares. ❤ Retardar a progressão IECA ou BRA + SGLT 2 (inibidores do co-transporte sódio-glicose) ➺ Controle da pressão arterial: < 130 x 80 mmHg se DM ou proteinúria ➺ Controle do DM: Hb glicada < 7% ➺ Redução da ingesta proteica: < 0,8g/kg do paciente ➺ Cessar uso de AINEs (nefrotóxicos) HK B ❤ Sintomas ➺ Hipervolemia: restrição hídrica, ingesta de Na < 2g/dia ou diurético ➺ Anemia • Hb alvo: 10 a 11mg/dl ❤ Prevenir as complicações HK B ❤ Reduzir a mortalidade cardiovascular ➺ Controle dislipidemia: LDL < 70 mg/dl ➺ Cessar tabagismo ➺ Emagrecimento e atividade física Nefrologist� O paciente deve ser encaminhado ao nefrologista quando estágios 3b, 4 e 5 ou estágios 1, 2 e 3a com albuminúria > 1g/g TFG > 30% com IECA ou BRA ❤ Terapia de substituição renal Realizadas em pacientes estágio 5, refratários (sintomas, hipercalemia, hipervolemia e/ou acidose ➺ Hemodiálise ➺ Diálise peritoneal ➺ Transplante renal “Duas modalidades de transplante de rim podem ser consideradas, de acordo com o tipo de doador, em transplante com doador vivo ou doador falecido. Pode-se considerar o transplante preemptivo, que é aquele realizado antes do paciente iniciar TRS. A indicação de transplante deve seguir as orientações da Portaria GM/MS N° 2.600, de 31 de outubro de 2009, ou a que venha a substituir.” HK B Referência� bibliográfica� Goldman-Cecil Medicina; Lee Goldman and Andrew I. Schafer; Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao paciente com Doença Renal Crônica – DRC no Sistema Único de Saúde/ Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. p.: 37 p.: il. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_clinicas_cuidado_pacien te_renal.pdf https://www.scielo.br/j/jbn/a/WfHr9Gr7cQfG54DGfzrK4QC/?format=pdf&la ng=pt https://www.bjnephrology.org/article/visao-geral-da-doenca-ossea-na-doenca-r enal-cronica-drc-e-nova-classificacao/#:~:text=Essa%20s%C3%ADndrome%20a ntes%20conhecida%20pelo%20nome%20osteodistrofia%20renal%20(ODR)%2C, %C3%B3sseas%2C%20frequentemente%20observadas%20na%20DRC. https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/doenca-renal-cronica-(DRC)-em-ad ultos/unidade-de-atencao-primaria/avaliacao-clinica/#pills-aspectos-gerais http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_183_desc_Nefrologia_pagina__subtopic o_31_busca_ https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_clinicas_cuidado_paciente_renal.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_clinicas_cuidado_paciente_renal.pdf https://www.scielo.br/j/jbn/a/WfHr9Gr7cQfG54DGfzrK4QC/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/jbn/a/WfHr9Gr7cQfG54DGfzrK4QC/?format=pdf&lang=pt https://www.bjnephrology.org/article/visao-geral-da-doenca-ossea-na-doenca-renal-cronica-drc-e-nova-classificacao/#:~:text=Essa%20s%C3%ADndrome%20antes%20conhecida%20pelo%20nome%20osteodistrofia%20renal%20(ODR)%2C,%C3%B3sseas%2C%20frequentemente%20observadas%20na%20DRC https://www.bjnephrology.org/article/visao-geral-da-doenca-ossea-na-doenca-renal-cronica-drc-e-nova-classificacao/#:~:text=Essa%20s%C3%ADndrome%20antes%20conhecida%20pelo%20nome%20osteodistrofia%20renal%20(ODR)%2C,%C3%B3sseas%2C%20frequentemente%20observadas%20na%20DRChttps://www.bjnephrology.org/article/visao-geral-da-doenca-ossea-na-doenca-renal-cronica-drc-e-nova-classificacao/#:~:text=Essa%20s%C3%ADndrome%20antes%20conhecida%20pelo%20nome%20osteodistrofia%20renal%20(ODR)%2C,%C3%B3sseas%2C%20frequentemente%20observadas%20na%20DRC https://www.bjnephrology.org/article/visao-geral-da-doenca-ossea-na-doenca-renal-cronica-drc-e-nova-classificacao/#:~:text=Essa%20s%C3%ADndrome%20antes%20conhecida%20pelo%20nome%20osteodistrofia%20renal%20(ODR)%2C,%C3%B3sseas%2C%20frequentemente%20observadas%20na%20DRC https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/doenca-renal-cronica-(DRC)-em-adultos/unidade-de-atencao-primaria/avaliacao-clinica/#pills-aspectos-gerais https://linhasdecuidado.saude.gov.br/portal/doenca-renal-cronica-(DRC)-em-adultos/unidade-de-atencao-primaria/avaliacao-clinica/#pills-aspectos-gerais http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_183_desc_Nefrologia_pagina__subtopico_31_busca_ http://petdocs.ufc.br/index_artigo_id_183_desc_Nefrologia_pagina__subtopico_31_busca_
Compartilhar