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NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA DOENÇA RENAL CRÔNICA (DRC) Sem regeneração do parênquima renal, onde a perda de néfrons é irreversível. o Na lesão renal aguda, a injúria renal é reversível, mesmo que o paciente tenha ido para a diálise. A insuficiência renal crônica é diferente de doença renal crônica, na insuficiência o paciente já está no estágio 5, quase na diálise. Grave problema de saúde pública. Alta morbimortalidade. DRC de 3 a 20 anos = TFG < 15 ml/min = fibrose glomerular e intersticial + degeneração e atrofia. Síndrome urêmica = terapia renal substitutiva (TRS). Significa hemodiálise e diálise peritoneal, transplante renal, As principais doenças que vão cursar com doença renal crônica: o HAS. o DM. o Neuropatia. o Nefrolitíase. Obs.: O paciente crônico pode fazer episódios agudos. CONCEITO: TFG < 60 ml/min/1,73m² por pelo menos 3 meses. TFG ≥ 60 ml/min/1,73m² com evidência de dano renal parenquimatoso ou alteração no exame de imagem (rim único, renal policístico). EPIDEMIOLOGIA NHANES 2013: 13% da população nos EUA apresenta algum grau de perda de função renal. Subestimado no Brasil. Prevalência de pacientes em hemodiálise no Brasil quase duplicou na última década: o 42.695 pessoas em 2000 para 91.314 pessoas em 2011. o Para cada uma pessoa sentada na máquina de diálise existem 5 esperando. o A prevalência aumenta com a idade e quando chega nos 80 anos ela decresce. Danos renais parenquimatosos (1 desses critérios além da TFG acima de 60): Albuminúria: > 30mg/24h ou relação albumina/creatina urinária > 30mg/g. Hematúria de origem glomerular. Distúrbios eletrolíticos e ácido-base de origem tubular. Anormalidades histopatológicas e em exames de imagem. Transplantados renais. NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 30 milhões de HAS/10 milhões de DM. Custo anual de hemodiálise: 50 – 60 mil por ano por paciente. Diálise peritoneal: 45 – 55 mil por ano por paciente. Obs.: O custo representando mais um motivo que é melhor transplantar o paciente. Principais etiologias para desenvolver DRC no Brasil: o HAS. o DM. o Glomerulopatias. Pacientes em risco de desenvolver DRC: Obs.: Paciente negro tem o gene APOA1 que está mais envolvido na cronificação. DIAGNÓSTICO TFG: o Deve-se evitar o uso da depuração de creatinina medida através da coleta de urina de 24h. o TFG estimada: MDRD simplificada ou CKD-EPI. o Cockcroft-Gault não é mais recomendada: Correção para a superfície corpórea e vieses na correlação com a TFG. o O cálculo da TFG é recomendado para todos os pacientes sob risco de desenvolver DRC. o Fórmulas para estimativa da TFG: Pesquisa de proteinúria: o Sumário de urina: Sozinho não é fidedigno. o Proteinúria de 24h ou relação Alb(u)/Cr(u) amostra isolada. o Microalbuminúria 24h ou amostra isolada. Pesquisa de hematúria glomerular: o Sumário de urina: Não diz a origem da hemácia. o Dismorfismo eritrocitário ou cilindros hemáticos. Pesquisa de distúrbios ácido-básicos ou hidroeletrolíticos. o Sódio. o Potássio. o Fósforo. o Magnésio. o Cálcio. o Gasometria. Pesquisa de alteração metabólica urinária (glicosuria, cistinúria). Avaliação de imagem: o US de rins e vias urinárias. o TC abdome total (litíase) ou neoplasia renal. CLASSIFICAÇÃO Conforme MDRD e CKD-EPI 1. Estágio: Lesão renal com TFG normal ou aumentada = TFG ≥90. NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 2. Estágio: Lesão renal com TFG levemente diminuída = TFG 60 – 89. 3. Estágio: Lesão com TFG moderadamente diminuída (subdivisão 3 A e 3 B) = TFG 30 – 59. o 3 A = 45 – 59. o 3 B = 30 – 44. Obs¹.: Começa a luz vermelha de atenção para gravidade. 4. Estágio: Lesão renal com TFG gravemente diminuída = TFG 15 – 29. 5. Estágio: Insuficiência renal (necessidade de diálise ou transplante, estando ou não em terapia renal substitutiva) = < 15. Obs².: Do estágio 1 para o 2 diminui 30. Do estágio 2 para frente diminui 15. Atenção! Não é porque o paciente está no 5 que vai obrigatoriamente para diálise, depende da clínica. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Dependentes do estágio da DRC, da causa de base, da velocidade de instalação da doença. Estágios mais precoces (3 A): o Geralmente assintomáticos ou com sintomas relacionados à doença de base. Estágios 3 B, 4 e 5: o Início dos sintomas relacionados ao acúmulo de metabólitos nitrogenados, anemia, hiperfosfatemia, acidemia. Síndrome Urêmica: Conjunto de sinais e sintomas consequente da DRC. TGI: D. o Vômitos. o Soluços incoercíveis. o Náuseas, anorexia. o Hálito urêmico. o Íleo metabólico. Acidose metabólica com AG : A. SNC: B. o Neuropatia periférica. o Encefalopatia: Flapping. Torpor. Convulsões tônico-clônicas. CV: C. o Calcificações vasculares. o Hipertrofia do VE. o Pericardite. Articulações: o Amiloidose ß2 microglobulina. o Artropatia por cristais. Década de 60: Óbito (encefalopatia, tamponamento cardíaco, sangramento, EAP, hiperKrefratária). Sobrevida média de 5 anos de 35%. Podem viver por 20-30 anos em TRS (HD, DP, Tx). Perda da função de filtro: o Acúmulo de substâncias endógenas tóxicas. o Ureia: 80% nitrogênio eliminado na urina (> 380 efeito tóxico). NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o Compostos guanidínicos: Síndrome urêmica, inibe atividade plaquetária, alterações mentais. o Compostos aromáticos: Tem carga negativa – AM com AG aumentado; p-cresol pior prognóstico. o Aminas alifáticas: Hálito urêmico, penetram dentro das células. Perda da função endócrina: o PTH elevado (encefalopatia, anemia, prurido) – HPTS. o Osteodistrofia renal. o Eritropoetina diminuída: anemia. o Calcitriol diminuído: osteodistrofia renal e miopatia urêmica. o Deficiência na produção de NH³ - AM. o Déficit na produção de óxido nítrico – HAS. MANIFESTAÇÕES QUE RESPONDEM A DIÁLISE: Desequilíbrio hidroeletrolítico: o Controle do Sódio: SRAA e peptídeo natriurético atrial – estado hipervolêmico. o Controle do potássio: Fek estimulada pela HiperK e aldosterona. Aumento da excreção de K pelo cólon (10-40%). Perda da atividade enzimática na Na-K- ATPase. Desequilíbrio ácido-básico: o Produção de ácido sulfúrico, fosfórico, úrico, láctico e cetoácidos: Acelera catabolismo protéico. o Acidose metabólica hiperclorêmica para compensar o HCO³. o Acidose metabólica com AG aumentado: Retenção de SO4. o Reposição de NaHCO3 < 20 mEq/L. Manifestações gastrointestinais: o Anorexia mais precoce. o Náuseas, plenitude abdominal, vômitos. o Gastrite urêmica e gastroparesia urêmica. o Diarreia urêmica e íleo urêmico. o Hemorragia digestiva: Angiodisplasia gastrointestinal. Manifestações neurológicas: o Declínio cognitivo leve a moderado. o Parestesia nos pés, hiporreflexia do Aquileu. o Síndrome de disautonomia: Arritmias e hipotensões. o Encefalopatia urêmica aguda: Desorientação, letargia, confusão mental, surto psicótico, nistagmo, disartria, mioclonia espontânea e babinski bilateral. o Pode evoluir para convulsões e coma com óbito. HAS: o Causa ou consequência. o Natriurese pressórica e SRAA. o ClCr < 10 ml/min: 80 – 90% hipertensão da síndrome urêmica. o HD: 80% volume – dependente – retenção de Na e H²O. o 20% hipertensões angioll (vasoconstrição sistêmica). o Complicações cardiovasculares: Hipertrofia ventrículo esquerdo, cardiomiopatia dilatada e doença coronariana – principal causa de óbito. o PA < 130 x 80 mmhg. o E2 e E3: IECA ou BRA. oE4: Diuréticos de alça. o E5: Diálise. FISIOPATOLOGIA NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA TRATAMENTO CONSERVADOR DA DRC Grupos de risco para DRC: o Diabéticos (tanto tipo 1 como tipo 2). o Hipertensos. o Idosos. o Portadores de obesidade (IMC > 30 kg/m²). o Histórico de doença do aparelho circulatório (doença coronariana, AVE, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca). o Histórico de DRC na família. o Tabagismo. o Uso de drogas nefrotóxicas (AINES, antineoplásico). Tratar e controlar os fatores de risco modificáveis: o Glicemia. o Pressão arterial. o Perda de peso. o Dislipidemia e doença cardiovascular. o Evitar drogas nefrotóxicas. o Cessação do tabagismo. Tratamento: o Restrição de proteínas: Ingestão de proteínas para 0,8 g/kg/dia para paciente com taxa de filtração glomerular menor que 30 ml/min. o Controle da ingesta de sal: 2 gramas de sódio por dia, o que corresponde a 5g do cloreto de sódio (sal de cozinha). o Controle da HAS: Alvos pressóricos < 130 x 80 mmhg. É recomendado o uso de um IECA ou um BRA no esquema. o Controle da glicemia: Hemoglobina glicada < 7%. COMPLICAÇÕES DA DRC HAS. Edema. Anemia multifatorial. Doença mineral óssea. DHE: Hipercalemia, hiponatremia. Acidose metabólica. Desnutrição. Uremia. Inflamação sistêmica. Obs.: A anemia e doença mineral óssea vão se instalando à medida que a doença vai acontecendo. Tem medicações que fazem o papel que o rim não está fazendo. Anemia da DRC Hipoproliferativa. Normocítica e normocrômica. Multifatorial: o Deficiência de eritropoietina: Ela é produzida no rim. O que mais implica em anemia é deficiência de eritropoietina. o Deficiência de ferro (carencial/sangramento). o Anemia da doença crônica (inflamação sistêmica; resistência EPO). o Hiperparatireoidismo secundário (fibrose medula óssea). o Diminuição da sobrevida da hemácia: NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Fatores intracelulares: Resistência osmótica e oxidativa diminuídas. Fatores extracelulares: Toxinas no soro urêmico ou da diálise. o Hemólise (água da hemodiálise / formaldeído). o Deficiência de folato. Tratamento: Alvo Hb 11g/dl. o Reposição de ferro: Obs.: Hemax em 95% dos pacientes, os outros 5% são resistentes. o Eritropoetina recombinante humana (ERHu): Eficaz em 95% dos pacientes. Diminui necessidade de hemotransfusões. Resistência: Deficiência de ferro, estados inflamatórios, infecções agudas, perdas sanguíneas, hiperparatireoidismo, intoxicação por alumínio. Efeitos adversos: Diminuição da vasodilatação periférica, maior viscosidade sanguínea e efeitos vasculares diretos. Doença mineral óssea (DMO) Alterações sistêmicas do metabolismo mineral e ósseo em pacientes com DRC. Quadro clínico: o Vai de assintomáticos até grave e incapacitante dor óssea, fraturas recorrentes e falência de crescimento. É uma das principais causas de baixa estatura na criança com DRC (tratamento conservador e dialítico). Manifestações sistêmicas com alta morbimortalidade. Manifesta-se por um ou mais complicações: o Alterações na homeostase do Ca, P, PTH ou metabolismo da vitamina D (desempenham papel importante na fisiopatologia da DMO-DRC). Obs.: Fósforo aumenta a mortalidade cardiovascular. o Alterações na remodelação, mineralização, volume, crescimento e resistência ósseos. o Calcificações vasculares e de outros tecidos. Vitamina D: o Estimula a absorção intestinal de cálcio. o Fator inibitório da síntese e secreção de PTH (inibe RNAm do pré-pró-PTH). Cálcio: o Fator inibitório da síntese e secreção de PTH. Obs.: Vitamina D e cálcio agem na glândula paratireoide através de seus receptores específicos. Fósforo: o Estimula a produção de PTH diretamente. o Mecanismo pós-transcripcional. o Estimula a produção de PTH indiretamente. o Inibindo a produção renal de vitamina D. o Interação físico-química com cálcio. PTH: o Principal função: Manter a calcemia. o Reabsorção óssea. o Ativação da 1-alfa-hidroxilase. o Reabsorção renal de cálcio. Obs².: Como vai ter um aumento de fósforo que não consegue ser eliminado, começa a ter hiperfosfatenemia e ela vai estimular a produção de PTH, esse aumento do PTH vai inativar a 1-alfa-hidroxilase (conversão da vitamina D inativa para a ativa) e o paciente não consegue converter e começa a fazer uma hipovitaminose D, a vitamina D baixa junta com o cálcio baixo vai fazer com que a cascata de NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA hiperparatireoidismo fique se perpetuando e o paciente começa a ter dor óssea, descalcificação intravascular. Classificação da DMO: Osso – tecido altamente dinâmico – sofre constante formação e reabsorção ósseas – remodelação. Taxa de formação óssea: o Doença óssea de alta remodelação (níveis elevados de PTH). Hiperparatireoidismo secundário: Também chamado de osteíte fibrosa. Doença mista (intermediária). o Doença óssea de baixa remodelação (níveis normais ou baixos de PTH). Osteomalácia. Doença óssea adinâmica. Quadro clínico Hiperparatireoidismo: o Dor óssea. o Fraturas patológicas. o Deformidades ósseas. o Achados radiológicos: Depósitos teciduais e vasculares de cálcio. Reabsorção superiosteal das falanges da mão. Crânio em sal e pimenta. Esclerose do corpo vertebral (coluna em camisa de Rugger-Jersey). Tumor marrom (osteoclastoma – tumor benígno). Tratamento DMO: o Manter níveis séricos de cálcio e fósforo normais para a idade na DRC G1 a G4. o Na DRC G5: Níveis de Ca total entre 8,8 a 9,7 mg/dl. Níveis de P 3,3 – 5,5 mg/dl (adolescentes e adultos) e 4 – 6 mg/dl (1 a 12 anos). o Produto CaxP < 55 anos: Desuso. o Hiperfosfatemia: Restrição de fósforo na dieta (< 800mg/dia). Quelantes. o Hiperparatireoidismo: Calcitriol: Vitamina D ativa (análogo). Calciminéticos. Paratireoidectomia subtotal. Dor óssea intratável. Fraturas recorrentes. NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Prurido intratável. Calcificações extraósseas (tecidos moles) ou arteriolopatia urêmica calcificante (calcifilaxia). Hiperparatireoidismo terciário: Quando a glândula ficar hiperfuncionante, PTH > 2500. Doença óssea adinâmica: Quando está tratando o hiperparatireoidismo de forma tão agressiva que transforma nessa doença, geralmente são pacientes: o Idade avançada, DM e tratamento do HPS. o Perda da densidade óssea. o Tratamento: Elevar o PTH (induzir hipocalcemia). Osteomalácia: o Induzido por intoxicação por alumínio (tratamento desferoxamina). A investigação é com biopsia óssea. o Aumento de volume do osteoide não mineralizado. o Anemia microcítica / resistência à EPO. TERAPIAS RENAIS SUBSTITUTIVAS Diálise: Método de depuração de substâncias do plasma humano através de difusão passiva, por uma membrana semipermeável, tira líquido e limpa o sangue. Hemodiálise x Diálise peritoneal: As duas tem os mesmo benefícios e custos, porém a peritoneal depende mais da colaboração do paciente e da família. Hemodiálise: o Um ou mais vasos sanguíneos do paciente são puncionados para que seu sangue percorra um circuito tubular e passe pelo filtro. A solução de diálise é mantida em contínua circulação através do compartimento externo aos capilares do filtro, para que seja renovada, de forma a facilitar a depuração dos solutos. Diálise peritoneal: o Utiliza-se o peritônio como membrana semipermeável. É um tecido muito vascularizado, contendo capilares de permeabilidade acentuada, e banhadoexternamente pelo líquido peritoneal. As substâncias se difundem do sangue para a cavidade peritoneal. Depois de um tempo, necessário para a difusão das substâncias do plasma para o líquido peritoneal, este é retirado, sendo trocado por uma nova solução de diálise. o Intermitente (DPI). o Ambulatorial contínua (do inglês, CAPD). o Automática (DPA). Transplante renal: É a melhor opção das três terapias. o É colocado na cavidade abdominal, na parte da frente e não retira o antigo. o Vivos: Aparentados. Conjugues. Não aparentados. o Falecidos (morte cerebral). Inscrição em fila de transplante (política no Brasil): Classificação por HLA- o que faz com que o paciente vá ser escolhido é a histocompatibilidade. o Pesquisa de anticorpos pré-formados: Contra a população geral (reatividade contra painel). Doador específico (cross-match). o Determinação dos HLAs: A,B e DR (maior identidade, melhor prognóstico). o Transplante renal – imunossupressão: NEFROLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Indução: Corticoide. Anticorpos monoclonais. Anticorpos policlonais. Manutenção: Esquema tríplice (multitarget). Corticoide. Antiproliferativos: Azatioprona / MMF ou inibidores da mTor: Sirolimus / Everolimus. Inibidores de calcineurina: Ciclosporina / tacrolimus. o Prognóstico: Nefropatia crônica do enxerto é a principal causa de perda do enxerto. 80% funcionantes aos 5 anos se doador vivo. 65% funcionantes aos 5 anos se doador falecido. TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA – RESUMO As modalidades de TRS não são mutuamente exclusivas. Pode-se começar por DP, HD ou transplante O transplante oferece a melhor qualidade de vida e uma menor mortalidade. A escassez de doadores não permite pensar transplante como solução única.
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