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Constituição de 1988 Trabalho de Sociologia (Tra Bims 2, 2017)

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TRABALHO BIMESTRAL DE SOCIOLOGIA: Constituição de 1988
E.E PROFº AROLDO DE AZEVEDO
TRABALHO BIMESTRAL DE LÍNGUA PORTUGUESA: Constituição de 1988
Trabalho apresentado como avaliação parcial da professora Josiane Santos, da disciplina de Sociologia.
ALUNA: Larissa de Souza Nº: 26 SÉRIE: 3ºD
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	02
CONSTITUIÇÃO DE 1988	03
» Contexto político	
 » Assembléia Constituinte	
 I. Qual tipo de Assembléia Constituinte?	
 II. O funcionamento da Constituinte	
» Contexto social	
 » A Constituição de 1988 e as mulheres	
ATORES POLÍTICOS ENVOLVIDOS E SUAS PRINCIPAIS IDEIAS 	07
CRONOLOGIA 	09
QUAL A CONCEPÇÃO DE CIDADANIA DA CONSTITUIÇÃO? 	13
CONCLUSÃO	15
REFERÊNCIAS	16
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INTRODUÇÃO
A Constituição de 1988 é considerada, dentre todas as que já tivemos como a mais ampla e extensa no quesito de regulamentação dos direitos civis, sociais, políticos e humanos, fazendo com que seja conhecida também por “Constituição Cidadã”. Sua promulgação foi um marco de extrema importância na história de nosso país, pois teve grande importância na consolidação dos direitos de cidadania no Brasil, que estava defasado pelos anos de repressão vividos.
Visto que é um tema de suma importância, até mesmo para entender acontecimentos mais atuais, este trabalho tem como intuito mostrar os eventos que levaram à formação da Assembléia Constituinte, e o que isso envolve, como, por exemplo os objetivos e ideias defendidas pelos atores políticos participantes, e também como a Constituição se baseia na cidadania.
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CONSTITUIÇÃO DE 1988
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, aprovada pela Assembléia Nacional Constituinte em 22 de setembro de 1988 e promulgada em 5 de outubro de 1988, é a lei fundamental e suprema do Brasil, servindo de parâmetro de validade a todas as demais espécies normativas, situando-se no topo do ordenamento jurídico. 
Até o ano de 2016 foram acrescentadas 101 emendas, sendo 95 emendas constitucionais e seis emendas constitucionais de revisão.
“Essa será a Constituição cidadã, porque recuperará como cidadãos milhões de brasileiros, vítimas da pior das discriminações: a miséria [...] O povo nos mandou aqui para fazê-la, não para ter medo. Viva a Constituição de 1988! Viva a vida que ela vai defender e semear!”. Foram com essas palavras que o deputado Ulysses Guimarães encerrou os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte, da qual era presidente, em 27 de julho de 1988. Estava, assim, aprovada a mais nova Carta Magna do país.
Há, no entanto, uma controvérsia quanto à Constituição de 1988: para alguns, ela seria nossa sétima constituição; para outros, seria, na verdade, a oitava. Durante todo o Império, o Brasil teve apenas uma constituição: a de 1824. Já sob a República, tivemos as de 1891, 1934, 1937, 1946 e 1967. Em 1969, com o falecimento do presidente Artur da Costa e Silva, assumiu a Presidência uma Junta Militar.
Naquele mesmo ano, a Junta promulgou uma emenda constitucional – a chamada Emenda n°.1 – que instituía a Lei de Segurança Nacional, restringindo as liberdades civis, e a Lei de Imprensa, regulamentando a censura oficial. Pelas profundas modificações que trouxe, a Emenda n°.1 é considerada por alguns pesquisadores como sendo um novo texto constitucional. Se aceitarmos essa 
interpretação, podemos dizer que a Carta Magna de 1988 é mesmo a oitava Constituição brasileira – a sétima em pouco mais de um século de República.
· Qual tipo de Assembléia Constituinte?
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Em 1985, cumprindo uma das promessas de campanha da Aliança Democrática, chapa pela qual havia sido eleito, o presidente José Sarney deu início aos debates sobre a convocação da Assembléia Nacional Constituinte, cuja função seria a de elaborar e aprovar o novo texto constitucional.
A principal divergência, na época, deu-se entre os setores que queriam uma eleição exclusiva para escolher os representantes na Assembléia, de um lado, e os que queriam transformar o Congresso Nacional numa Constituinte, de outro.
Os que defendiam a convocação de uma Constituinte exclusiva, desvinculada do Congresso Nacional, argumentavam que os responsáveis pela elaboração da nova Carta Magna teriam mais legitimidade e independência para realizar seus trabalhos se fossem escolhidos estritamente para essa função.
Além do mais, alegavam que transformar os deputados e senadores em parlamentares constituintes dificultaria qualquer mudança substancial, uma vez que os eleitos estariam mais comprometidos com seus próprios mandatos do que com qualquer transformação profunda da estrutura política, econômica e social do país.
Esses setores, contudo, foram derrotados pelo governo, que conseguiu aprovar a transformação do Congresso Nacional a ser eleito em 1986 em Assembléia Constituinte. Aprovada a Carta Magna, os parlamentares voltariam às suas funções normais até o encerramento da legislatura, em 1990, quando seriam realizadas novas eleições.
· O funcionamento da Constituinte
A Assembléia Nacional Constituinte, composta por 559 membros, sendo 487 deputados e 72 senadores, foi instalada oficialmente no dia 01 de janeiro de 1987. Esse número é menor que os atuais 513 deputados e 81 senadores porque, na época, o Brasil tinha apenas 22 estados mais o Distrito Federal. Amapá, Roraima e Tocantins foram transformados em estados apenas em 1988.
Ao longo dos trabalhos, a Assembléia Constituinte esteve aberta a propostas 
de emendas populares. Para tanto, bastaria que as sugestões fossem encaminhadas por intermédio de associações civis e subscritas por, no mínimo, 30 mil assinaturas que atestassem o apoio popular à proposta. Até o encerramento dos
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trabalhos, a Assembléia Constituinte recebeu mais de 120 propostas de emendas constitucionais nas mais diversas áreas, reunindo cerca de 12 milhões de assinaturas.
Politicamente, o grupo mais forte dentro da Assembléia Constituinte foi o Centro Democrático, popularmente conhecido como Centrão, base de apoio do governo Sarney formada por parlamentares do PMDB, PFL, PDS, PTB e algumas legendas menores.
O Centrão, que representava setores sociais mais conservadores, sendo maioria na Constituinte, conseguiu decidir votações importantes, como a questão da reforma agrária, que manteve a distribuição desigual da terra, e o mandato presidencial, estendido para cinco anos.
· Contexto social
O Brasil passou por uma série de repressões ao longo da história. Nas décadas de 30 à 40, ele esteve sob o integralismo e o Estado Novo, regimes autoritários que oprimiam o povo. Até quase o fim da década de oitenta, ainda, o Brasil sofreu com a ditadura militar, e três anos depois “nasceu” a Constituição de 1988, que trouxe uma nova era ao país, debilitado por conta da corrupção generalizada, aumento brutal da concentração de renda e das desigualdades sociais, processo de urbanização caótica e desorganizada, gerando metrópoles que massacram os seus habitantes, sem qualquer qualidade de vida etc., como consequência dos conflitos anteriores. 
· A Constituição de 1988 e as mulheres
A Constituição de 1988, também chamada de ‘constituição cidadã’ por Ulysses Guimarães, deputado constituinte e presidente do Congresso Nacional, representa um marco na história do Brasil. Isso porque ela se constrói tendo como eixo os princípios de direitos humanos a partir dos quais se definem as responsabilidades do Estado. 
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“As mulheres, organizadas em movimentos, associações, sindicatos, realizaram um extraordinário trabalho junto do Congresso Constituinte. Em articulação com o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher – CNDM, que presidi durante o período da constituinte, apresentamos propostas e emendas que, tendo sido incorporadas ao texto constitucional, permitiram um grande avanço nos direitos das mulheres.”, diz Jacqueline Pitanguy de Romani.
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ATORES POLÍTICOS ENVOLVIDOS E SUAS PRINCIPAIS IDEIAS
Os principais grupos contráriosà Assembléia eram os ligados ao anterior regime ditatorial, representado por grandes empresários e banqueiros, além de latifundiários e militares. Mesmo com pressão não foi possível formar uma Assembléia, conseguindo nas negociações políticas a realização do Congresso Constituinte, onde os deputados eleitos para o Congresso Nacional, em novembro de 1986, ficariam responsáveis pela elaboração da Carta Magna.
Decretada e promulgada pela Assembléia Nacional Constituinte de 1988, deu forma ao regime político vigente. Manteve o governo presidencial, garantindo que fossem eleitos pelo povo, por voto direto e secreto, o Presidente[footnoteRef:2] da República, os Governadores dos Estados, os Prefeitos Municipais e os representantes do poder legislativo, bem como a independência e harmonia dos poderes constituídos. Ampliou os direitos sociais e as atribuições do poder público, alterou a divisão administrativa do país que passou a ter 26 estados federados e um distrito federal. Instituiu uma ordem econômica tendo por base a função social da propriedade e a liberdade de iniciativa, limitada pelo intervencionismo estatal. [2: Exemplos: Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Ignácio Lula da Silva.] 
· Outros importantes avanços da constituição
I. Instituição de eleições majoritárias em dois turnos caso nenhum 
candidato consiga atingir a maioria dos votos válidos; 
II. Implementação do SUS, o sistema único de saúde do Brasil; 
III. Voto facultativo para cidadãos entre 16 e 17 anos; 
IV. Maior autonomia dos municípios; 
V. Estabelecimento da função social da propriedade privada urbana; 
VI. Garantia da demarcação de terras indígenas; 
VII. Proibição de comercialização de sangue e seus derivados; 
VIII. Leis de proteção ao meio ambiente; 
IX. Garantia de aposentadoria para trabalhadores rurais sem precisarem
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necessariamente ter contribuído com o INSS; 
X. Fim da censura a emissoras de rádio e TV, filmes, peças de teatro, 
jornais e revistas, etc
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CRONOLOGIA
I. Fevereiro de 1987 — Instalação da Assembléia Constituinte
Em meio ao processo de transição democrática do país, foi instalada a Assembléia Nacional Constituinte, composta por 559 parlamentares. A sessão solene de instalação foi presidida pelo ministro José Carlos Moreira Alves, presidente do Supremo Tribunal Federal.
II. Abril de 1987 — Instalação das oito Comissões Temáticas
Após intensa negociação, ficou decidido que os trabalhos constituintes seriam organizados a partir de um novo sistema de comissões e subcomissões. Os constituintes foram divididos em oito comissões temáticas e uma Comissão de Sistematização. Cada comissão se dividiu em três subcomissões.
III. 26 de Junho, 1987 — O Relator entrega o 1º anteprojeto de Constituição
O relator da Constituição, Bernardo Cabral, apresentou o primeiro projeto da Comissão de Sistematização com 501 artigos. O projeto, que reunia os anteprojetos, foi alvo de diversas críticas por apresentar Incompatibilidades entre os textos e inconsistências técnicas.
IV. 15 de Julho, 1987 — Início da discussão do projeto em plenário
O plenário do Congresso começa a discutir o primeiro projeto. Foram apresentadas 20.791, entre as quais 122 populares.
V. 12 de Agosto, 1987 — Ato público para a entrega das emendas populares
A Constituinte garantiu a participação popular por meio da concessão de audiência pública e a apresentação de emendas ao projeto de Constituição, desde que houvesse o apoio de 30 mil eleitores e o respaldo de três entidades. 
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Organizações civis, câmaras de vereadores, assembléias legislativas e tribunais 
também podiam enviar sugestões.
VI. 4 de Novembro, 1987 — Primeira manifestação do Centrão
O grupo auto-intitulado Centrão conseguiu o número mínimo de assinaturas para apresentar projeto de resolução de alteração do Regimento Interno da Assembléia Nacional Constituinte. O bloco suprapartidário reunia os peemedebistas mais conservadores e parlamentares do PFL, PDS, PTB, PL e PDC, insatisfeitos com a ampliação dos direitos sociais e os dispositivos nacionalistas e estatizantes.
VII. 3 de Dezembro, 1987 — Mudança no Regimento Interno é aprovada
A resolução nº3 – que altera o regimento interno da Assembléia Constituinte – é aprovada. Com ela, o Centrão possibilitou algumas mudanças na Constituinte. A principal delas foi a possibilidade de se oferecer emendas a todos os dispositivos do projeto de Constituição votado pela Comissão de Sistematização. O regimento também facilitou a negociação e os acertos entre líderes e partidos.
VIII. 23 de Fevereiro, 1988 — Início da votação dos Direitos Sociais
Foram aprovados o pagamento de hora extra, férias remuneradas, igualdade de direitos entre trabalhadores rurais e urbanos; proibição de discriminação contra portadores de deficiência; definição da jornada de trabalho em 44 horas; licença-maternidade de 120 dias; licença-paternidade, o direito de greve, entre outros.
IX. 3 de Março, 1988 — Aprovação do voto aos 16 anos
Com 355 votos a favor, 98 contra e 38 abstenções, o plenário aprovou o voto facultativo para jovens aos 16 anos. A emenda estabeleceu ainda o voto facultativo para os analfabetos e maiores de 70 anos. Nas galerias, jovens comemoraram o resultado cantando o Hino Nacional.
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X. 22 de Março, 1988 — Aprovação do Presidencialismo
O plenário decidiu pela manutenção do regime presidencialista com 344 votos favoráveis, 212 contrários e apenas 3 abstenções. Pela primeira vez, todos os constituintes estiveram presentes a uma votação. O relator Bernardo Cabral teve dificuldades para terminar o seu parecer favorável ao parlamentarismo por causas das vaias de membros do Centrão.
XI. 2 de Junho, 1988 — Aprovação do mandato de 5 anos
Com folga, os constituintes aprovaram o mandato de 5 anos para José Sarney, marcando a primeira eleição direta para presidente após o regime militar para o dia 15 de novembro de 1989. A proposta recebeu 328 votos a favor e 222 contra. Foram registradas três abstenções. Quando assumiu a Presidência, Sarney tinha 6 anos de mandato. A participação do governo federal foi decisiva para a aprovação, por meio da distribuição de cargos, verbas e concessões de rádio e TV.
XII. 21 de Julho, 1988 — Início da votação em 2º turno no Plenário
A votação em segundo turno começou bastante conturbada. O governo federal e empresários pediam mudanças no projeto. Eles temiam que a ampliação de direitos sociais pudesse inviabilizar a atividade produtiva e aumentar a crise econômica. Às vésperas da votação, os constituintes governistas ameaçaram mobilizar 280 votos para vetar o projeto B.
XIII. 26 de Julho, 1988 — Sarney fala na TV
Em pronunciamento na TV e no rádio, José Sarney fez duras críticas ao projeto da Constituição. Segundo ele, o projeto tornaria o país ingovernável, pois aumentaria as despesas públicas, dificultando a superação da crise econômica. Numa referência ao PMDB de Ulysses, Sarney disse que “a Constituição não é de um partido”, como também “não pode ser de uma facção”.
XIV. 27 de Julho, 1988 — Resposta de Ulysses a Sarney
Um dia após o pronunciamento de Sarney, a Assembléia Constituinte aprovou 
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por 403 votos contra 13 e 55 abstenções o Projeto B. Antes da votação, Ulysses fez um discurso contundente em defesa da Constituinte, que foi exibido à noite em cadeia nacional de rádio e televisão. “A Constituição, com as correções que faremos, será a guardiã da governabilidade”. Ao final do discurso de 12 minutos, o deputado comandou um viva à Constituição.
XV. 2 de Setembro, 1988 — Fim da votação em 2º turno do projeto de Constituição
A crise econômica e a proximidade das eleições municipais aumentavam a pressão pela conclusão do trabalho da Assembléia Nacional Constituinte. Ulysses imprimiu um ritmo intenso de trabalho no Congresso. Após 38 sessões e 288 votações, o projeto C com 313 artigos foi aprovado no plenário durante a madrugada.
XVI. 22 de Setembro, 1988 — Plenário aprova redação finalda Constituição
Em sua 1.021ª votação, a Assembléia Nacional Constituinte aprova por 474 votos contra 15 (todos eles constituintes do PT) e seis abstenções o projeto D, a redação final da Constituição com 315 artigos.
XVII. 5 de Outubro, 1988 — Promulgada a Constituição
Em sessão solene, Constituição da República Federativa do Brasil, também chamada de Constituição Cidadã, foi promulgada com festa no Congresso. O texto final ficou composto por 315 artigos, dos quais 245 distribuídos por oito títulos das disposições permanentes e 70 nas disposições transitórias.
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QUAL A CONCEPÇÃO DE CIDADANIA DA CONSTITUIÇÃO?
A prioridade dada pelos constituintes aos direitos dos brasileiros pode ser observada não apenas nas questões referentes às relações de trabalho. A própria inserção dos direitos sociais como segundo titulo da Constituição já revela a intenção dos parlamentares que elaboraram a Carta. Na Constituição de 1988, os direitos sociais vêm atrás apenas dos direitos individuais e coletivos. Todos os demais títulos, inclusive os referentes à organização do Estado e dos Poderes, vêm depois, ao contrário do que ocorreu com as Constituições anteriores.
A cidadania esta diretamente ligada com a relação entre o povo e o direito de participar nas decisões administrativas do estado. Estabelecendo vinculo com os direitos, sejam eles políticos ou econômicos.
O Brasil viveu épocas de forte autoritarismo onde a política era centralizada nos interesses de poucas pessoas. Desde a República a cidadania enfrentou inúmeras limitações, sendo que em alguns momentos da historia do Brasil ela simplesmente deixou de existir.
Quando a constituição foi promulgada em 1988, o exercício da cidadania se tornou presente, constando em muitos artigos da constituinte de 88, exemplos:
· TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
II – a cidadania
· TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Capítulo I – Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
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seguintes:
LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXVII – são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
· TÍTULO III – Da Organização do Estado
Capítulo II – Da União
XIII – nacionalidade, cidadania e naturalização;
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CONCLUSÃO
Ao final deste trabalho, dentre todos os outros aspectos pelos quais a Carta é importante, ficou nítido que a Constituição de 1988 foi o marco para restauração, por assim dizer, da democracia em nosso país. Todas as experiências anteriores ou foram autoritárias ou tinham algumas características da democracia, mas não a realizavam por completo. 
Do ponto de vista democrático, as novas instituições da Constituição de 1988 foram de duas ordens. Em primeiro lugar, os direitos políticos dos cidadãos foram ampliados. Acabou-se com uma restrição que estava presente por toda a República, a proibição do voto do analfabeto, regra que provavelmente contribuiu para associar o enorme desenvolvimento econômico à manutenção de altas taxas de desigualdade ao longo do século XX. Conseguir essa mudança foi fundamental para que todos tivessem o direito ao voto. Isso foi reforçado pela possibilidade do voto aos 16 anos e pela criação de novas formas de participação política, como os instrumentos de democracia semidireta (plebiscito e referendo) e os conselhos de políticas públicas.
Porém, trazendo para os dias atuais, podemos ver o quanto estamos regredindo. Anos depois, são diversos os reflexos desse esforço dos constituintes na sociedade brasileira, em especial no mundo do trabalho, que passou a contar com direitos trabalhistas essenciais. 
Contudo, a recente reforma trabalhista basicamente se desfaz dos avanços conquistados. Em 1988, o Brasil “aprendeu” o que é democracia, e agora, em 2017, é como se estivéssemos a perdendo de novo.
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REFERÊNCIAS
ROMANI, Jacqueline Pitanguy de. — IHU On-Line “A Constituição de 1988 foi um marco na história do Brasil”. Disponível em: http://www.
ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4324&secao=387. Acesso em: 16 de Maio de 2017
MELO, Gilvan Cavalcanti de. — Democracia Política e novo Reformismo “Assembléia Nacional Constituinte: cronologia”. Disponível em: http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2013/10/assembleia-nacional-constituinte.html. Acesso em: 16 de Maio de 2017
ANGELO, Vitor Amorim de. — UOL Educação “Constituição de 1988 (1): Contexto histórico e político”. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/constituicao-de-1988-1-contexto-historico-e-politico.htm. Acesso em: 16 de Maio de 2017
PORTAL EDUCAÇÃO — “O que a constituição diz sobre a cidadania”. Disponível em: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/o-que-a-constituicao-diz-sobre-a-cidadania/50880. Acesso em: 16 de Maio de 2017
PINTO, Tales dos Santos. — Brasil Escola “Assembléia Constituinte de 1987" Disponível em: http://brasilescola.uol.com.br/historiab/constituicao-de-1988.htm. Acesso em: 16 de maio de 2017.
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