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TCC A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NAS SALAS DE AULA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS _ Passei Direto

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Impresso por Scheila Luchini, E-mail scheilaluchini0827@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por
direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 05/06/2022 22:13:36
 
A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NAS SALAS DE AULA 
DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho A Importância dos Jogos e Brincadeiras na Sala de Aula, evidencia a 
relevância destes, na aprendizagem das crianças na escola, na qual o objetivo foi debater 
relativamente a importância dos jogos e das brincadeiras no processo de ensino e aprendizagem no 
desenvolvimento das crianças, tendo em vista a construção da educação através de brincadeiras, 
jogos e brinquedos. O uso dos jogos e o ato de brincar possibilitam o processo de ensino 
aprendizagem da criança, pois facilita a construção da reflexão, da autonomia e da criatividade, 
estabelecendo, desta forma uma relação que aproxima os jogos e brincadeiras ao desenvolvimento 
cognitivo e intelectual do aluno. Para tanto, foi realizada uma pesquisa bibliográfica no qual 
foram feitos levantamento e análise de bibliografias que tratam do tema abordado e foram 
discutidos os conceitos de jogos e brincadeiras e da importância desses na educação. É relevante 
argumentar que a ludicidade não se limita apenas em jogos e brincadeiras, vai muito além de uma 
simples diversão, não pode se esquecer, que toda atividade livre e prazerosa acompanhada da 
aprendizagem reflete a momentos de ludicidade. Conclui-se que brincar é um direito da criança 
que promove a sua socialização e o seu desenvolvimento integral. 
 
 
 
 
Palavras-chave: Jogos Brincadeiras Aprendizagem Desenvolvimento intelectual. – – –
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
As brincadeiras são atividades lúdicas bastante utilizadas nas salas de aula, elas representam 
muito mais do que um “faz de conta”, é um momento privilegiado, que oferece as crianças a 
possibilidade de experimentarem situações novas, compartilharem experiências, bem como as 
preparam para superar novos desafios. A criança que brinca pode ser mais feliz, espontânea, 
realizada, alegre, comunicativa entre outras características positivas que auxiliam no 
desenvolvimento cognitivo, social e intelectual do indivíduo, podendo torna-los assim um ser mais 
humano, cooperativo e sociável. 
A função educativa do jogo oportuniza a aprendizagem do indivíduo: seu saber, seu 
conhecimento e sua compreensão de mundo 
Segundo Vygotsky (1991), a brincadeira é entendida como atividade social da criança, cuja 
natureza e origem específicas são elementos essenciais para a construção de sua personalidade e 
compreensão da realidade na qual se insere. 
A partir da explanação este trabalho levanta o seguinte problema: como aproveitar a 
ludicidade em benefício da aprendizagem da criança na escola para os educandos de modo que estas 
experimentem situações novas, novas aprendizagens, novos conhecimentos e saberes? 
Por meio das brincadeiras os alunos expressam seus sentimentos, aprendem que existem 
regras a serem respeitadas, se colocam no lugar do outro e expõem as relações do seu cotidiano. As 
brincadeiras permitem que o (a) professor (a) trabalhe com o concreto ou abstrato, permite diversas 
maneiras e formas das crianças realizarem determinada atividade proposta, prevalecendo um 
aprendizado significativo e divertido. 
Este estudo teve como objetivo analisar a importância de se trabalhar com o lúdico na sala 
de aula para o desenvolvimento da aprendizagem de seus discentes. A pesquisa visa apresentar uma 
revisão bibliográfica sobre a relevância da ludicidade na sala de aula para o aprendizado e 
desenvolvimento intelectual dos alunos que são sujeitos históricos, sociais e culturais no contexto 
educacional. A partir das discussões e leituras acerca do tema proposto no buscou-se paper
responder ao problema de pesquisa: qual a relevância de se trabalhar com jogos e brincadeiras para 
a aprendizagem e desenvolvimento dos alunos na sala de aula? 
Para responder à questão que norteia nosso estudo elencamos três tópicos para discussão 
teórica e análise documental. O primeiro tópico aborda a aprendizagem como direito do aluno, 
garantidos por lei em diversos documentos oficiais que regem a educação. No segundo tópico 
trazemos conceitos relacionados ao desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem por 
meio do lúdico na sala de aula e o papel do professor. No último tópico conceituamos o que são 
jogos e brincadeiras e apresentamos a relevância que a ludicidade traz para a aprendizagem da 
criança na Educação Infantil, fundamentados nos teóricos Vygotsky (2007), BROUGÈRE, (2010), 
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Carvalho e Pontes (2003) entre outros que também confirmam a relevância dos jogos e brincadeiras 
no desenvolvimento e aperfeiçoamento da Educação. 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 Este trabalho foi realizado a partir de estudos e análises de textos, livros, revistas e outros 
periódicos bibliográficos, bem como com conversas com professores da Educação infantil, sobre 
como se dá na pratica o desenvolvimento do ensino através da ludicidade nas turmas de Educação 
Infantil E Anos Iniciais. 
 A pesquisa visa apresentar uma revisão bibliográfica sobre a relevância da ludicidade dos 
jogos e brincadeiras nas salas de aula de educação infantil e anos iniciais para o aprendizado e 
desenvolvimento intelectual dos alunos que são sujeitos históricos, sociais e culturais no contexto 
educacional. A partir das discussões e leituras acerca do tema proposto neste projeto, buscou-se 
responder ao problema de pesquisa: qual a relevância de se trabalhar com jogos e brincadeiras em 
prol da aprendizagem e desenvolvimento dos alunos na sala de aula? Assim, partindo de bases 
legais temos assegurados em caráter nacional o Direito à Educação. 
 De acordo com o Art.205 da nossa Constituição Federal (CF), a educação é um direito de 
todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, 
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
As leis nacionais que garantem o direito à educação são muito importantes, pois com elas as 
crianças podem ter acesso a uma educação de qualidade. Além da CF, existem ainda duas leis que 
regulamentam e complementam a do direito à Educação: o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(ECA), de 1990; e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996. Juntos, estes 
mecanismos abrem as portas da escola pública fundamental a todos os brasileiros, já que nenhuma 
criança, jovem ou adulto pode deixar de estudar por falta de vaga. A educação qualifica o cidadão 
para o trabalho e facilita sua participação na sociedade. 
De acordo com os referidos dispositivos legais, a legislação atual assegura o direito de 
educação as crianças de zero a cinco anos de idade que deve ser garantido através do acesso as 
creches e/ou pré-escolas. Também se extrai da legislação supracitada que não há garantia do 
período integral. 
O Direito à educação é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que 
têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas. 
Logo, o Desenvolvimento do Processo de Ensino e Aprendizagem por meio do lúdico na 
sala de aula é papel do professor teórica e didaticamente falando. 
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 Teoricamente os sujeitos se desenvolvem por meios das interações nos processos de 
mudanças e transformações que ocorrem no meio em que vivem. O desenvolvimento também está 
inserido nas práticas culturais e educativas, ambas levam consigo o processo de aprendizagem e as 
experiências dos sujeitos. 
 Didaticamente, cabe ao professor, na condição de responsável da sala de aula, ajudar o aluno 
a ampliar suas possibilidades, proporcionando a elas brincadeiras e jogos que contribuam para o seu 
progresso intelectual, psicossocial e educacional. Em seu papel de mediador do conhecimento, é 
capaz de transformar, desmistificar conceitos prévios agindo de forma racional e lógica, podendo 
atuar criticamente junto aos problemas sociais, possibilitando a construção e formação de cidadãos 
críticos, como afirma Mizukami, (1986, pag.52) 
 
O professor nesta abordagem, assume a função de facilitador da aprendizagem e nesse 
clima o estudante entrará em contato com os problemas vitais que tenham repercussão na 
existência. Daí o professor a ser compreendido como facilitador da apendizagem, 
congruente, ou seja, integrado. 
 
 Cabe ao professor, ser aquele que ajuda na construção de uma sociedade que busca mudança 
no mundo, por meio da formação de pessoas sensíveis impulsionadas pelo prazer que há em uma 
educação que priorize a cooperação mútua, as vivências fraternas e lúdicas entre alunos e 
integrantes da escola. 
Os Jogos e Brincadeiras no Desenvolvimento da Aprendizagem dos estudantes, é uma 
didática comprovada não apenas por teóricos, mas por todos e todas aqueles e aquelas profissionais 
da educação que as põem nas suas práticas de sala de aula. 
 Os jogos e as brincadeiras vêm ganhando espaço e importância em todas as abordagens 
referentes à infância, sobretudo como recurso para o desenvolvimento e a aprendizagem de 
habilidades cognitivas, sociais, afetivas e motoras. São considerados entre pedagogos, professores e 
psicólogos como importantes instrumentos de motivação para o desenvolvimento da linguagem 
oral, escrita, raciocínio lógico-matemático, entre outras capacidades. 
 Na atualidade, observamos que uma diversidade de atividades lúdicas permeia a vida de 
nossas crianças, em casa e na escola. Diferente de décadas atrás, as crianças hoje possuem acesso 
aos mais diferentes tipos de brincadeiras e jogos, desde os tradicionais até os mais sofisticados 
tecnologicamente. 
 Segundo Kishimoto (1999), o jogo educativo utilizado em sala de aula na maioria das vezes 
vai além das brincadeiras e se torna uma ferramenta para o aprendizado. Para que o jogo seja um 
aprendizado e não uma obrigação para a criança, é interessante deixar que o aluno escolha com qual 
jogo queira brincar e que ele mesmo controle o desenvolvimento sem ser coagido pelas normas do 
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professor. Para que o jogo tenha a função educativa não pode ser colocado como obrigação para a 
criança. 
 Macedo (2005) afirma que é preciso: 
 
(...) cuidar da dimensão lúdica das tarefas escolares e possibilitar que as crianças pudessem 
ser protagonistas, isto é, responsáveis por suas ações, nos limites de suas possibilidades de 
desenvolvimento e dos recursos mobilizados pelos processos de aprendizagem (p.15). 
 
 No âmbito da construção da aprendizagem, alguns jogos têm o propósito de auxiliar o aluno 
na aprendizagem e desenvolvimento do raciocínio matemático e conhecimentos linguísticos. Já em 
outros momentos, eles os auxiliam no desenvolvimento afetivo, físico-motor e social. No entanto, o 
professor precisa respeitar o processo de cada um, para que o jogo não se torne um momento 
obrigatório e sim que seja um momento prazeroso e com significado para o aluno. 
 Em diversos espaços, os jogos e brincadeiras possibilitam às crianças a construção do seu 
próprio conhecimento, pois oferecem condições de vivenciar situações-problemas, a partir do 
desenvolvimento de jogos planejados e livres que permitam à criança uma vivência no tocante às 
experiências com a lógica e o raciocínio e permitindo atividades físicas e mentais que favoreçam a 
sociabilidade e estimulem as reações afetivas, cognitivas, sociais, morais, culturais e linguísticas. 
 De acordo com Souza (1996)
 
Os jogos podem ser utilizados na escola ou na clínica com instrumentos que propiciam o 
estudo do pensamento da criança, de sua afetividade e de suas possibilidades de estabelecer 
relações sociais". O jogo pode ter um papel fundamental no processo de desenvolvimento 
(cognitivo e afetivo) do indivíduo. (pag. 122) 
 
 Pois quando o sujeito se sente desafiado pela perturbação (no jogo, por exemplo, quando se 
vê diante de uma situação-problema) e tem como valor superá-la, ele age com disciplina (atenção, 
concentração, persistência, respeito) com o intuito de vencer. Nesta perspectiva o sujeito reage à 
perturbação, com disciplina, visando a reequilibração do seu sistema (regulação). No decorrer de 
atividades lúdicas é possível que existam menos pressões e tensões o que permite a livre expressão 
afetiva. Diante disso, o jogo pode ser considerado um importante instrumento na observação e 
análise de aspectos afetivos e cognitivos de forma simultânea, pois direcionam o tratamento de 
crianças e adolescentes, sendo um instrumento favorável de intervenção em diversas áreas. 
 Dessa forma, os jogos e as brincadeiras podem surgir como uma possibilidade, como força 
pedagógica motivadora, para auxiliar na promoção da aprendizagem e da inclusão. Na ação 
pedagógica o papel do professor é fazer com que nasça o desejo de aprender, sua tarefa é desafiar o 
aluno, seduzi-lo, despertar-lhe o desejo de aprender. 
 De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998): 
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O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto 
brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de 
maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e 
características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos. (BRASIL, 1998, p. 
27, v.01): 
Brincando, a criança vai construindo os alicerces da compreensão e utilização de sistemas 
simbólicos como a escrita e a matemática, bem como da capacidade e a habilidade de perceber, 
criar, manter e desenvolver laços de afeto e confiança em si e no outro. Esse processo tem início 
desde o nascimento, com o bebê aprendendo a brincar com a própria mãozinha e, mais adiante, 
com a mãe. Assim, aos poucos, a criança vai coordenando e dotando seus gestos de intenção e 
precisão, vai aprendendo a interagir com os outros, inclusive com seus pares, crescendo em 
autonomia e sociabilidade. (OLIVEIRA, 2002, p. 65). Para a criança as brincadeiras proporcionam 
um estado de prazer, o que leva à descontração e, consequentemente, ao surgimento de novas ideias 
criativas que facilitam a aprendizagem de novos conteúdos e interações conscientes e 
inconscientes, favorecendo a confiança em si e no grupo em que está inserida. 
Na Educação Infantil, as crianças se relacionam e trocam conhecimentos através das 
brincadeiras e atividades que realizam juntas. Vygotsky (1991), afirma que a construção de 
aprendizagem sempre inclui relações entre pessoas. Por isso, cabe ao professor promover ações que 
propiciem a troca de saberes entre as várias culturas que circulam pelo espaço dasala de aula. 
Através dos jogos e brincadeiras, as crianças estão aprendendo e se relacionando com as demais em 
um momento de alegria e descontração. 
 
O brincar é a atividade principal do dia a dia para as crianças. Pois neste momento a 
criança toma decisões, expressa sentimentos, valores, conhece a si, os outros e o mundo, 
repete ações prazerosas, partilhar brincadeiras com o outro, expressa sua individualidade e 
identidade, explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura para 
compreendê-lo, usar o corpo, os sentidos, os movimentos, as várias linguagens para 
experimentar situações que lhe chamam a atenção, solucionar problemas e criar. Mas é no 
plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, 
sua importância se relaciona com a cultura da infância que coloca a brincadeira como a 
ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver. (KISHIMOTO,2010 
pág.1) 
 Na Educação Infantil a criança deve brincar e interagir com os demais, pois neste momento 
da brincadeira a criança se desenvolve e constrói seu conhecimento de mundo. Desse modo o 
professor da Educação Infantil deve valorizar a cada dia as brincadeiras e jogos no 
ambiente escolar, dando liberdade à criança para a exploração de novos conhecimentos. 
 Para Mello (1999) devemos reencontrar o lúdico, enfatizando seu valor revolucionário e resgatar a 
criatividade, pois este se torna um instrumento de mudança para qualquer ordem social dominante. 
 É neste contexto que Antunes (2000), defende o jogo como sendo: 
 
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Ferramenta ideal da aprendizagem, na medida em que propõe estímulo ao interesse do 
aluno, desenvolve níveis diferentes de sua experiência pessoal e social, ajuda-o a construir 
suas novas descobertas, desenvolve e enriquece sua personalidade e simboliza um 
instrumento pedagógico que leva ao professor a condição de condutor, estimulador e 
avaliador da aprendizagem. (Antunes, 2000, p.37) 
Através dos jogos as crianças desenvolvem o raciocínio lógico, a percepção visual, auditiva, 
tátil...e o desenvolvimento integral porque aprendem jogando. 
Segundo Piaget (1976), a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais 
da criança. Ela não é apenas uma forma de desafogo ou algum entretenimento para gastar energia 
das crianças; constitui um meio que enriquece e contribui para o desenvolvimento intelectual. É na 
brincadeira que a criança pode se propor desafios para além de seu comportamento diário, 
levantando hipóteses e saídas para situações que a realidade lhe impõe. 
Para Vygotsky (1998), aprendizado e desenvolvimento estão inter-relacionados desde o 
primeiro dia de vida e é enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança, 
pois: 
O brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal na criança. No brinquedo, a 
criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do seu 
comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade. 
Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contém todas as tendências do 
desenvolvimento. Sob forma condensada, sendo, ele mesmo, uma grande fonte de 
desenvolvimento (VYGOTSKY, 1998, p. 34) 
Assim sendo, brincar é aprender. Na brincadeira, está a base daquilo que, posteriormente, 
possibilitará à criança aprendizagens mais complexas e elaboradas. O reconhecimento do valor 
educativo do brincar é de domínio público; é indispensável para a aprendizagem da criança. Diante 
disso, os professores devem inserir a brincadeira no universo escolar, reconhecendo-a como uma 
via para se aproximar da criança, com o objetivo de ensinar brincando. 
A sala de aula pode se transformar também em lugar de brincadeiras, se o professor 
conseguir conciliar os objetivos pedagógicos com os desejos do aluno (ALMEIDA, 2009). Para tal, 
é necessário encontrar o equilíbrio entre o cumprimento de suas funções pedagógicas ensinar –
conteúdos e habilidades, ensinar a aprender e psicológicas, contribuindo para o desenvolvimento –
da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo na moldura do –
desempenho das funções sociais , preparar para o exercício da cidadania e da vida coletiva, –
incentivar a busca da justiça social e da igualdade com respeito às diferenças. 
Sabendo da importância do lúdico para o desenvolvimento da criança, não se pode deixar de 
defender seu valor dentro do contexto escolar, uma vez que a escola acolhe crianças em fase de 
crescimento, ativas e dispostas a aprender. 
O jogo auxilia no desenvolvimento do caráter linguístico da criança, pois através da 
brincadeira a criança organiza sua linguagem. Na Educação Infantil, percebe-se que o lúdico está 
muito mais presente e atua diretamente no desenvolvimento dos bebês. O brincar auxilia no 
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desenvolvimento da fala, motor, cognitivo, emocional e social da criança. O brincar estimula a 
inteligência porque faz com que o indivíduo solte sua imaginação e desenvolva a criatividade, 
possibilitando o exercício da concentração, da atenção e do engajamento, proporcionando, assim, 
desafios e motivação. 
 
3. CONCLUS ÃO
 
 A realização deste artigo me proporcionou adquirir o conhecimento sobre a importância dos 
jogos e do brincar no processo de ensino e aprendizagem na evolução da criança. O lúdico promove 
o processo de aprender, onde vem facilitar a construção do raciocínio, da autonomia e da 
criatividade da criança. 
 A brincadeira incentiva na fundação e restauração dos conhecimentos, cooperando para 
levantar a assistência da ludicidade no processo de ensino e aprendizagem. É muito importante ter a 
percepção sobre as atividades propostas, é o educador quem deve orientar as crianças a participar 
das atividades oferecidas. O brincar não é apenas um momento de prazer e distração, o brincar faz 
parte do processo em que a criança desperta interesse em aprender e descobrir suas criatividades. 
 A participação e o envolvimento das crianças com os jogos e brincadeiras, mesmo que de 
forma remota foi satisfatória, pois todos ao seu modo executaram com facilidade por serem 
atividades de seus conhecimentos e convívio social. 
 No percurso deste trabalho, compreendi da importância do Lúdico no Desenvolvimento da 
Aprendizagem na Educação e Infantil e sua contribuição na formação integral do ser na sociedade. 
Pois no ato de brincar, os sinais, os gestos, os objetos e os espaços valem e significam outra coisa 
daquilo que aparentam ser. Ao brincar as crianças recriam e repensam os acontecimentos que lhes 
deram origem, sabendo que estão brincando (Brasília: MEC/SEF, 1998 p.25). Nas brincadeiras, –
as crianças transformam os conhecimentos que já possuíam anteriormente em conceitos gerais com 
os quais brinca. 
 Diante das brincadeiras as crianças têm a capacidade de desenvolver as funções 
psicológicas, como: atenção, memória, controle de conduta e etc. neste processo a criança libera 
suas energias e as transformam em realidade. A compreensão sobre a importância da ludicidade é 
bastante significativa, pois auxilia tanto na saúde física, quanto na saúde mental do ser humano. 
 
 
 
 
 
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Cortez, 1999. 
 
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PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa Maria Ribeiro 
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SOUZA, M.T.C.C. de. Intervenção Psicopedagógica: como e o que planejar? In: SISTO, F.F.; 
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