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ANESTÉSICOS GERAIS E MPA -Anestésicos vieram para diminuir/reduzir a dor e o choque que limitavam a intervenção cirúrgica; -choque pode ser causado por dor; - óxido nitroso > primeiro anestésico usado; por via inalatória; -A nestésico é uma completa, contínua e reversível depressão das funções do SNC, que leva a perda da consciência, eliminação da dor e perda da atividade muscular ; -associado com vigília (plano anestésico), amnésia, pode causar pequenas alucinações; - causando perda de percepção e de resposta a estímulos; -deve ter um começo, meio e fim; -anestesia oferece cinco vantagens importantes para os pacientes submetidos a cirurgia e outros procedimentos médicos: ● Sedação e diminuição da ansiedade; ● Perda da consciência e amnésia; ● Relaxamento da musculatura esquelética; ● Supressão dos reflexos indesejados; ● Analgesia. -Como nenhum fármaco sozinho provoca todos os efeitos desejados, várias classes de fármacos são associadas para produzir uma anestesia ideal; - medicação pré-anestésica (MPA): ajuda a acalmar o paciente, aliviar a dor e prevenir os efeitos indesejados do anestésico administrado na sequência ou do próprio procedimento cirúrgico; -Bloqueadores neuromusculares: facilitam a intubação e a cirurgia. -Anestésicos gerais potentes são administrados por inalação e/ou por injeção intravenosa (IV). -Com exceção do óxido nitroso, os anestésicos inalatórios são hidrocarbonetos halogenados e voláteis. -Os anestésicos IV consistem em vários tipos de fármacos, quimicamente não relacionados, comumente usados para induzir rapidamente a anestesia. OBS: os ansiolíticos causam perda da consciência (sono), mas nao tiram dor, por isso não são anestésicos! -gases simples (p. ex., óxido nitroso e xenônio), hidrocarbonetos halogenados (p. ex., isoflurano), barbitúricos (p. ex., tiopental) e esteroides (p. ex., alfaxalona). ● FUNÇÕES -induz depressão generalizada e reversível do SNC -provoca perda da percepção de todas as sensações -perda da consciência -amnésia -imobilidade (ausência de resposta a estimulos nocivos) -relaxamento muscular -perda dos reflexos autônomos -analgesia -ansiólise ● ANESTESIA POR VENTILAÇÃO MECÂNICA X ANESTESIA DISSOCIATIVA -ventilação mecanica > mais segura, potente, primeiro adminisra-se MPA e depois intuba o animal para ventilação mecânica, os bloqueadores neuromusculares sao adjuvantes para faciliar a intubação eliminaçao do fármaco é pela respiração por isso é mais rápida a recuperação pois elimina mais rápido que se fosse passar pelo metabolismo no fígado; -Na anestesia dissociativa o animal dá uma parada respiratória inicialmente quando entra na anestesia e a respiração passa a ser compensada pela musculatura abdominal (músculos intercostais abdominais, pois sao mais volumosos e forçam a contraçao do diafragma para ocorrer a respiração), pois o diafragma diminui sua contratilidade. -alguns MPA causam vômitos como a xilazina e apomorfina daí o animal pode aspirar e causar pneumonia aspirativa; ● LOCAL DE AÇÃO -tálamo, córtex cerebral, hipocampo, tronco cerebral, medula espinhal, neuronios sensoriais e periféricos; -não atuam de forma direta no sistema nervoso autonomo/simpático eles deprimem o SNC e como a acetilcolina e a adrenalina agem também no SNC essa depressao impede a ação delas nesse local; ● PROFUNDIDADE DA ANESTESIA -tem quatro estágios sequenciais caracterizados por depressão crescente do SNC, na medida em que o anestésico acumula no cérebro 1. ESTÁGIO I - Analgesia (fibras C/depende do agente); amnésia e euforia; A perda da sensação de dor resulta da interferência na transmissão sensorial no trato espinotalâmico; amnésia e a redução da percepção da dor ocorrem à medida que se aproxima o estágio II; essa euforia é um mecanismo reflexo compensatório do organismo para tentar reverter a depressão por meio do disparo de adrenalina e glutamato; se persistir o mecanismo compensatório (euforia) o animal entra no estágio II mas não é pra ele prevalecer no estágio II; 2. ESTÁGIO II - Excitação; delírio e comportamento combativo; a escolha de uma MPA melhor evita do animal passar por este estágio e ficar nele; 3. ESTÁGIO III - Anestesia cirurgica (plano anestésico); incosciência, respiração regular, redução do movimento ocular; para manter o animal nesse plano anestésico faz-se os repiques (metade da dose de induçao anestésica) 4. ESTÁGIO IV - Depressão bulbar; evita-se entrar nessa fase; só ocorre se a dose for errada; parada respiratória, depressão e parada cardíaca e ausência de movimento ocular. o animal vai do estado de vigília até conforme vai ocorrendo o aprofundamento da anestesia o inicio do procedimento cirúrgico; na recuperaçao o animal vai da conclusão do procedimento até voltar ao estado de vigília; -evitar estágio II e IV; -entre o I e II pode ocorrer convulsões; ● FASES DA ANESTESIA 1. Analgesia 2. Excitação 3. Anestesia cirurgica 4. paralisia respiratória (sobredosagem) ● PARÂMETROS A SE OBSERVAR - características da respiração -atividade do globo ocular -alterações pupilares -reflexo palpebral (presença ou ausência) -deglutição ou vômito (se tiver, colocar a cabeça do animal para baixo ou o animal de cabeça para baixo para colocar para fora o vomito e liberar as vias aéreas) -secreção de lágrimas -valorização dos reflexos faríngeo e laríngeo; ● ESTÁGIOS DA ANESTESIA 1. Indução : intervalo de tempo que vai desde o início da administraçao do anestésico até o desenvolvimento da anestesia cirurgica (plano anestésico); depende da velocidade com que as concentrações eficazes de anestésico atinge o SNC; induzida inicialmente com MPA, podendo ser com um benzodiazepínicos, opióides, fenotiazinas, agonista alfa2 adrenérgicos ou butirofenos; depois de 10-15 minutos usa-se anestésicos endovenosos (caso não for usar inalatório) ou intravenosos/dissociativos como o tiopental ou propofol; o tiopental tem início de açao mais rápida em 25s gera incosciência, mas também tem duração de ação rápida porque é biotransformado rapidamente, entao o animal acorda muito rápido (cerca de25minutos, exceto em animais idosos); propofol, produzindo inconsciência em 30 a 40 segundos. *Evitar a fase excitatória (II) - lento início de açao de alguns anestésicos; geralmente a indução ocorre com anestésico endovenoso, após a incosciência são administrados anestésicos inalatórios ou intravenosos para atingir o estágio III também pode-se usar os adjuvantes como os bloqueadores neuromusculares; 2. Manutenção: é o período do tempo durante o qual o paciente se mantém anestesiado em plano cirúrgico; reduz metade a dose de indução do anestésico endovenoso para manter o animal na janela terapêutica pois ele já alcançou a concentração plasmática e pressão alveolar, agora é só manter ele na janela terapêutica; Após administrar o anestésico, os sinais vitais e a resposta a estímulos são monitorados continuamente para ajustar cuidadosamente a quantidade de anestésico inalado e/ou infundido com a profundidade da anestesia; Comumente, a manutenção da anestesia é feita com anestésicos voláteis (gasosos) que oferecem um bom controle da profundidade da anestesia; Opioides como a fentanila são usados para analgesia junto com anestésicos inalatórios, pois estes últimos não são bons analgésicos; 3. Recuperação : período que vai desde a interrupçao do anestésico até a recuperaçao da cosciência (depende da velocidade de remoção do anestésico do SNC); No pós-operatório, a mistura anestésica é retirada, e o paciente é monitorado para o retorno à consciência; monitorar o imediato retorno do paciente a consciência; monitorar as reações tóxicas tardias conhecidas como a hipóxia de difusão causada por óxido nitroso e hepatotoxicidade causada por hidrocarbonetos halogenados (líquidos voláteis); paciente é monitorado para assegurar completa recuperação, com funções fisiológicas normais (respiração espontânea, pressão arterial e frequência cardíaca aceitáveis, reflexos intactos e sem reações atrasadas, como depressão respiratória). ● TIPOS DE ANESTÉSICOS GERAIS ➔ ANESTÉSICOS INALATÓRIOS - 1. LÍQUIDOS VOLÁTEIS: halotano, desflurano, enflurano, isoflurano, sevoflurano 2. GASES: óxido nitroso (indução rápida); ➔ ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS: 1. BARBITÚRICOS: tiopental 2. OUTROS AGENTES: propofol, etomidato, cetamina OBS: sempre deve-se manter o animal com acesso venoso em fluidoterapia para em caso de administração rápida de fármaco já se ter acesso; não se coloca só a seringa porque pode coagular; ★ ANESTÉSICOS INALATÓRIOS -Gases inalatórios são usados basicamente para a manutenção da anestesia após a administração de um fármaco IV; -terminação ano > líquidos voláteis; -pode- se induzir a anestesia com um anestésico geral intravenoso, como, por exemplo, o propofol associado ou não a um hipnótico como o midazolam e mantê la com anestésico inalatório, como, por exemplo, o isoflurano, com a suplementação de um analgésico opioide forte ou de anestésico local; o relaxamento muscular pode ser promovido por um bloqueador neuromuscular, por exemplo, o vecurônio; -profundidade da anestesia pode ser alterada rapidamente mudando-se a concentração inalada - MAIOR CONTROLE E SEGURANÇA - têm curvas de dose-resposta muito íngremes e índices terapêuticos muito estreitos, de modo que é pequena a diferença nas concentrações que causam anestesia cirúrgica e depressão cardíaca e respiratória grave. - Não existem antagonistas . -Para minimizar o desperdício, os anestésicos inalatórios potentes são oferecidos em sistemas de recirculação contendo absorventes que removem o dióxido de carbono e permitem a reinalação do anestésico. -eles se redistribuem entre os tecidos (ou entre o sangue e o gás) até que ocorra equilíbrio, obtido quando a pressão parcial do gás anestésico é igual nos dois tecidos. Quando uma pessoa respirou um anestésico inalatório por tempo sufi cientemente longo para que todos os tecidos estejam equilibrados, a pressão parcial do anestésico em todos os tecidos será igual à sua pressão parcial no gás inspirado. -administrados pela via pulmonar, por onde o ar alveolar, saturado com o anestésico, entra em contato com o sangue alveolar, sendo assim captado, distribuído e, em última instância, levado ao sistema nervoso central por difusão passiva. Para que isto seja possível, o anestésico inalatório deve possuir pressão de vapor suficiente para fornecer um número adequado de moléculas no estado de vapor para promover anestesia. Quanto mais alta a pressão de vapor, maior a concentração do anestésico administrado. Da mesma forma, quanto mais baixo o ponto de ebulição de um anestésico inalatório, maior a facilidade com que ele se vaporiza, e maior a sua pressão e vapor; -vantagens: ➔ Coeficiente de partição alto (halotano): -coeficiente de partição sangue/ gás (relação da concentração do anestésico na fase sangue e a concentração do anestésico na fase gasosa quando o anestésico está em equilíbrio entre as duas fases); -Para anestésicos inalatórios, deve-se pensar no sangue como um reservatório farmacologicamente inativo. - Fármacos com baixa ou alta solubilidade no sangue diferem na velocidade com que induzem a anestesia, ou seja a rápida indução e recuperação dos estados de anestesia depende da solubilidade no sangue (coeficiente partição sangue/óleo) e da sua solubilidade em gordura > anestésicos que apresentam solubilidade alta em gorduras são lentamente liberados para a corrente circulatória, sendo, portanto, eliminados pelo sistema respiratório de forma mais tardia, quando comparados aos agentes pouco solúveis. Assim, a recuperação anestésica com estes agentes se processa de maneira muito mais lenta; -Quando um gás anestésico com baixa solubilidade no sangue , como o óxido nitroso e desflurano, difunde-se do alvéolo para a circulação, pouca quantidade do anestésico dissolve no sangue. Por isso, o equilíbrio entre o anestésico inalado e o sangue arterial ocorre rapidamente, e relativamente poucas moléculas adicionais de anestésico são necessárias para aumentar a pressão parcial anestésica arterial. Fármacos com baixa solubilidade no sangue rapidamente o saturam. Isso resulta em tempo de indução e de recuperação mais rápidos pois se ligam menos ao sangue e são mais solúveis no gás; -Em contraste, anestésicos gasosos com alta solubilidade no sangue , como o halotano, dissolvem mais completamente no sangue, ou seja são mais solúveis em sangue e se ligam mais as proteínas plasmáticas, sendo necessárias maiores quantidades de anestésico e tempo mais longo para elevar a pressão parcial sanguínea,pois somente a forma livre do anestésico tem efeito. Isso resulta em tempo de indução e de recuperação mais longos e menos alterações na profundidade da anestesia em resposta a mudanças na concentração . -solubilidade no sangue tem a seguinte sequência: halotano > isoflurano > sevoflurano > óxido nitroso > desflurano. -mecanismo de ação dos líquidos voláteis fluranos: 1. potencializa o GABA; potencialização da atividade dos receptores GABAA; 2. bloqueia receptores nicotínicos (causando flacidez muscular - por isso nao é usado em gestantes); 3. hiperpolarização das membranas através da ativaçao de canais de K+; 4. inibição do rearranjo de proteínas envolvidas na liberação de neurotransmissores na membrana pré-sináptica - analgesia OBS: Importante lembrar que os anestésicos locais bloqueiam os canais de sódio impedindo a despolarização, já os anestésicos gerais hiperpolarizam a célula neuronal não permitindo abertura de nenhum canal de sódio nem de cálcio, a célula fica em repouso; -mecanismo de ação dos gases e cetamina: não têm ação nos receptores GABAA. Seus efeitos possivelmente são mediados pela inibição dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA - receptor glutamato; principal neurotransmissor excitatório do organismo); ❖ FLURANOS -Líquidos voláteis: halotano, sevoflurano, desflurano, isoflurano, enflurano -líquido volátil em temperatura ambiente; -são administrados através de aparelhos vaporizadores > só pode ser inalado pela intubação endotraqueal porque causa irritação das mucosas; -efeito completo: analgesia, atividade hipnótica (ansiolítica), atividade amnésica e relaxante muscular; -recuperação ocorre em 10-15 minutos (tira o efeito da ressaca anestésica que os injetáveis causam) -causa: 1. Sistema cardiovascular: vasodilatação com consequente diminuição da pressão arterial (PA); 2. Respiratório : depressão respiratória 3. Sistema reprodutor : tem efeito relaxante no útero retardando o trabalho de parto e aumentando o risco de hemorragia - não pode ser usada em gestante; -Efeitos adversos: raro e grave “hipertermia maligna”; halotano causa insuficiencia hepática; hidrocarbonetos halogenados são vagomiméticos e podem causar bradicardia sensível à atropina; halotano tem a propriedade indesejável de causar arritmias cardíacas; halotano pode sensibilizar o coração aos efeitos das catecolaminas, como a norepinefrina; anestésicos halogenados produzem hipotensão concentração-dependente > pode ser tratada com um vasoconstritor de ação direta, como a fenilefrina; Hipertermia maligna > Em uma porcentagem muito pequena de pacientes suscetíveis, a exposição aos anestésicos hidrocarbonetos halogenados ou ao bloqueador neuromuscular succinilcolina pode induzir hipertemia maligna (HM); causa um aumento drástico e descontrolado do metabolismo oxidativo no músculo esquelético excedendo a capacidade corporal de suprir oxigênio, remover dióxido de carbono e regular a temperatura, levando a colapso circulatório e morte se não for combatido imediatamente; São suscetíveis a HM vítimas de queimaduras, indivíduos com distrofia muscular, miopatia, miotonia e osteogênese imperfeita; suscetibilidade à HM em geral é um distúrbio hereditário como um autossoma dominante, onde o animal possui uma alteraçao nos receptores de liberação cálcio do retículo sarcoplasmático do músculo esquelético; animal apresenta taquicardia, hipertensão, rigidez muscular, hipertermia, desequilíbrio ácido-básico; tratamento > Se um paciente exibe sinais de HM, deve-se retirar a mistura anestésica, administrar dantroleno e adotar medidas para rapidamente resfriar o paciente; O dantroleno bloqueia a liberação de Ca2+ do retículo sarcoplasmático das células musculares, diminuindo a produção de calor e relaxando o tônus muscular; interromper a adm de fármacos voláteis e baixar a temperatura corpórea; - Isoflurano > molécula muito estável que sofre pouca biotransformação e, por isso, não é hepato ou nefrotóxica; não induz arritmias cardíacas nem sensibiliza o coração à ação das catecolaminas; como outros gases halogenados, provoca hipotensão dose-dependente. Tem odor pungente e estimula os reflexos respiratórios (p. ex., prender a respiração, salivação, tosse, laringospasmo) e, por isso, não é usado na indução inalatória; Com solubilidade sanguínea maior do que o desflurano e o sevoflurano, o isoflurano é usado somente quando o custo é um fator limitante. -Desflurano > tem início e recuperação rápidos em decorrência da baixa solubilidade no sangue; Isso o torna um anestésico popular para procedimentos de pacientes ambulatoriais. tem baixa volatilidade, exigindo a administração por meio de um vaporizador especial aquecido. Como o isoflurano, ele diminui a resistência vascular e perfunde bem os principais tecidos; Por estimular os reflexos respiratórios (odor pungente), não é usado para indução inalatória; relativamente caro e, assim, raramente usado para manter anestesias longas. Sua degradação é mínima, e a toxicidade tecidual é rara. -Sevoflurano >O sevoflurano tem pungência baixa, permitindo indução rápida sem irritar as vias aéreas. Isso o torna adequado para indução por inalação em pacientes pediátricos. Tem início e recuperação rápidos em decorrência da baixa solubilidade no sangue. O sevoflurano é biotransformado no fígado. Os compostos formados no circuito anestésico podem ser nefrotóxicos se o fluxo de ar fresco for muito baixo. ❖ GASES ANESTÉSICOS - ÓXIDO NITROSO (N20) -conhecido como gás hilariante; -mecanismo de ação: Bloqueia os receptores NMDA (glutamato), impedindo a excitação do SNC causando depressão; -não irritante às mucosas e vias aéreas e é um analgésico potente, mas um anestésico geral fraco - pouco potente; - Sozinho, não produz anestesia cirúrgica, mas é comumente combinado com outros anestésicos gerais mais potentes, pois nao produz hipnose profunda; -não antagoniza receptores nicotínicos, dessa forma causa rigidez devendo usar-se relaxantes musculares; - pouco solúvel no sangue e em outros tecidos, permitindo que se mova rapidamente para dentro e para fora do organismo. Dentro de compartimentos corporais fechados, o óxido nitroso pode aumentar o volume (p. ex., causando pneumotórax) ou pressão (p. ex., nos seios), porque substitui o nitrogênio em vários espaços aéreos mais rapidamente do que o nitrogênio sai. -Sua velocidade de movimentação permite-lhe retardar a absorção de oxigênio durante a recuperação, causando hipóxia de difusão, a qual pode ser superada com a inspiração de concentrações significativas de oxigênio durante a recuperação;- não deprime a respiração, nem produz relaxamento muscular. -Quando coadministrado com outros anestésicos, tem efeito moderado ou nulo no sistema cardiovascular ou no aumento do fluxo de sangue cerebral, e é o menos hepatotóxico dos fármacos inalatórios. - Provavelmente, é o mais seguro dos anestésicos, desde que oxigênio suficiente seja administrado simultaneamente. -administrado através de máscara -promove estabilidade cardiovascular, rápida indução e recuperação (coeficiente baixo); -nao causa relaxamento da musculatura esquelética; -usado em orquiectomia de gatos machos por exemplo; ➔ POTÊNCIA DOS ANESTÉSICOS INALATÓRIOS DEPENDE DA: 1. Concentração alveolar mínima (CAM ou CA50) - concentração necessária para cessar os movimentos em 50% dos pacientes/de animais submetidos a estímulos dolorosos, como os de uma incisão cirúrgica, submetidos a anestesia; define a potência; dose anestésica – DA50; quanto menor a concentração maior a potência do anestésico inalatório 2. Solubilidade e coeficiente partição sangue/gás - quanto maior o coeficiente maior a potência do fármaco; ★ ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS - causam indução rápida e recuperação lenta comparado aos anestésicos inalatórios; - podem ser usados como agentes únicos para procedimentos curtos ou administrados como infusão para manter a anestesia durante procedimentos longos. - Em dosagens baixas, podem ser usados para sedação. -principal efeito indesejado: risco de depressão respiratória e cardiovascular; no caso de cetamina nauseas no pós operatório também são comuns; -Xilazina não causa amnésia só causa depressão e relaxamento da musculatura, mas não causa os outros efeitos dos anestésicos - por isso não é um anestésico geral e sim uma medicação pré-anestésica; -mecanismo de ação dos barbitúricos, propofol e etomidato : aumentam a atividade dos receptores GABAa; - mecanismo de ação da cetamina : antagonista do receptor NMDA, que é um receptor glutamaérgico, ela dessa forma impede a ligaçao do glutamato com esse receptor impedindo a excitação do SNC e causando depressão; ❖ BARBITÚRICOS -derivados do ácido barbitúrico; -mais importantes: tiopental, tiamilal e o metoexital sódicos . -tiopental sódico já foi usado mais frequentemente para produzir anestesia. -tiamidal é licenciado nos EUA apenas para uso veterinário. -São formulados como sais sódicos em carbonato de sódio a 6% e reconstituídos em água ou solução fisiológica produzindo soluções alcalinas a 2,5% (tiopental), 2% (tiamilal) ou 1% (metoexital) (10 ≤ pH ≤ 11). - barbitúricos necessitam de administração suplementar de analgésicos durante a anestesia. -Administrados por via IV, fármacos como o tiopental e o metoexital entram rapidamente no SNC e deprimem sua função, em geral em menos de 1 minuto. Contudo, a difusão para fora do cérebro também pode ocorrer rapidamente, devido à redistribuição para outros tecidos - podem causar apneia, tosse, espasmos da parede torácica, laringospasmo e broncoespasmo (de particular preocupação em asmáticos). - foram amplamente substituídos pelos novos, que são mais bem tolerados. -tiopental não está mais disponível em vários países, incluindo os EUA. -injeções perivasculares podem causar inflamação, dor e até mesmo necrose tecidual devido à elevada alcalinidade da solução (pH de 10 a 11). 1. TIOPENTAL: ação ultracurta com alta lipossolubilidade; molécula pequea e lipossolúvel; anestésico potente, mas analgésico fraco; se ocorrer extravasamento dele para fora do vaso pode ocorrer necrose tecidual e flebite; rápida induçao e recuperação; possui efeito ressaca (náusea, reduçao da fome, grogue); potente ação sedativa e hipnótica ; indicado para indução anestésica; podem permanecer no organismo por períodos relativamente longos, já que somente cerca de 15% da dose que entra na circulação é biotransformada pelo fígado a cada hora; biotransformação do tiopental é muito mais lenta do que sua redistribuição; apresenta efeitos pouco significativos sobre o sistema cardiovascular, mas pode contribuir para hipotensão grave em pacientes com hipovolemia ou choque; produz inconsciência em 10-30 s; duração da anestesia é de 5-8 min; Neonatos e lactentes habitualmente requerem uma dose de indução mais alta, ao passo que os idosos e as gestantes requerem menos; eliminados principalmente por metabolismo hepático e excreção renal de metabólitos inativos; Efeitos colaterais -Sistema nervoso > redução do fluxo sanguíneo cerebral e pressão intracraniana; metabolismo cerebral diminui; reduz a pressão intraocular; anticonvulsivantes eficazes; produzem reduções dependentes da dose na pressão arterial.O efeito se deve em primeiro lugar à vasodilatação, particularmente à venodilatação e, em grau menor, à redução direta da contratilidade cardíaca; Tipicamente, a frequência cardía ca aumenta como uma resposta compensatória à redução da pressão arterial, embora os barbituratos possam também embotar o reflexo barorreceptor; depressores respiratórios; Em comparação com o propofol, os barbitúricos produzem uma incidência maior de sibilos nos asmáticos, atribuída à liberação de histamina dos mastócitos, durante a indução da anestesia Uma única dose de indução de tiopental não altera o tônus do útero grávido, mas pode produzir leve e transitória depressão da atividade do recém-nascido. principal que pode acontecer redistribuição no tecido adiposo, sendo mais fácil do paciente se intoxicar; extremamente lipossolúveis e tendem a se instalar na gordura, promovendo efeito sedativo residual, e, quando liberados, são biotransformados pelo fígado e os metabólitos excretados pela urina. ❖ PROPOFOL -não causa efeito ressaca; -mais usado; -insolúvel em água; -causa dor à injeção -metabolizado rapidamente pelo fígado; -Indicação: indutor anestésico; infusão contínua produz níveis estáveis do fármaco; pode ser empregado na manutenção da anestesia; retorno rápido da consciência; - elevado grau de ligação às proteínas plasmáticas: 97 a 98%. -depuração e a distribuição do propofol são rápidas. -recuperação da anestesia é rápida; -biotransformação é realizada por meio das vias hepática e extra hepática, devido à depuração do propofol ser mais rápida que o fluxo sanguíneo hepático, o que também o torna um anestésico indicado para pacientes hepatopatas; -excreção biliar ocorre em cães com alguma reciclagem êntero hepática e nova conjugação com sulfato, porém isso não causa nenhum efeito clínico; -eliminação se dá em nível renal. -Evidências sugerem uma variabilidade do sistema citocromo P 450 envolvido na biotransformação do propofol nas diferentes raças caninas > Isto poderia explicar a recuperação prolongada em Galgos após infusão contínua de propofol; -Como se trata de um composto fenólico, pode induzir lesão oxidativa nas hemácias da espécie felina quando administrado repetidamente por vários dias. Essa toxicidade resulta, provavelmente, da habilidade reduzida dos felinos em conjugar fenóis; podem ser observados corpúsculos de Heinz e sinais clínicos de anorexia e diarreia. Devido a essa limitação, podem ocorrer recuperações prolongadas em alguns felinos submetidos à infusão contínua deste agente. ❖ ETOMIDATO -pouco solúvel em água; -causa dor à injeção; -metabolizado pelo fígado rapidamente; -nao é usado para manutenção anestésica, pois causa supressão da produção de esteróides pela suprarrenal ( nao se recomenda infusões prolongadas e há risco de administração contínua ); - hipnótico usado para induzir anestesia, mas não tem atividade analgésica. - pouco hidrossolúvel, sendo formulado em solução de propilenoglicol; - A indução é rápida e tem curta ação; -Causa menos hipotensão que o propofol ou o tiopental. -efeito pequeno ou nulo sobre o coração e a circulação > por isso usado em cardiopata ; -indicado na indução anestésica também, pacientes com risco de hipotensão e/ou isquemia miocárdica; eliminaçao renal (78%) e biliar (22%); -ações: no sistema cardiovascular causa estabilidade porque nao causa reduão da pressão arterial (PA) e nem alteraçoes do débito cardíaco (os anteriores causam); -efeitos adversos: diminuição dos níveis de cortisol e aldosterona no plasma que pode persistir por 8 horas; Reação no local da injeção e movimentos involuntários dos músculos esqueléticos são comuns; ❖ CETAMINA - solúvel em água –metabolizada no fígado rapidamente; excretada pelos rins e bile; -em pacientes queimados ela é indicada porque esses pacientes perdem muito potássio que é importante para o coração, nao causando efeito cardiovascular; -causa respiração abdominal; -anestésico não barbitúrico de curta ação , que induz um estado dissociativo, no qual o paciente fica inconsciente (mas pode parecer acordado) e não sente dor . -Essa anestesia dissociativa promove: sedação, amnésia e imobilidade ; também estimula o efluxo simpático central, causando estimulação do coração com aumento da pressão arterial e do DC; potente broncodilatador > Por isso, ela é benéfica em pacientes com choque hipovolêmico ou cardiogênico e em asmáticos; -contraindicada em hipertensos ou em pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (AVE); -lipofílica e entra na circulação cerebral rapidamente; -Como os barbitúricos, redistribui-se para outros órgãos e tecidos; -empregada principalmente em crianças e idosos, em procedimentos de curta duração. -Não é muito utilizada, pois aumenta o fluxo sanguíneo cerebral e pode causar alucinações, particularmente em jovens adultos; -pode ser usada como droga de abuso, pois causa estado similar ao sono e alucinações similares às da fenciclidina; -Indicações: indução e manutenção anestésica em pacientes pediátricos e em procedimentos curtos; anestesia em pacientes com risco de hipotensão e asmáticos; anestesia/analgesia em pacientes queimados; -CAUSA RIGIDEZ MUSCULAR - dificulta o acesso a cavidade abdominal; por isso deve-se usar ela associada com um relaxante muscular (bloqueadores neuromuscular, benzodiazepínicos); -demora um pouco mais para iniciar seu efeito (1-2 min) que o tiopental e produz efeito diferente, conhecido como “anestesia dissociativa”, na qual existe perda sensorial acentuada e analgesia, assim como amnésia, sem perda completa da consciência. -ação diferente da dos outros agentes, provavelmente relacionada com o efeito sobre os receptores de glutamato tipo NMDA; -Outras ações: 1. sistema cardiovascular - estabilidade -efeitos: estado catalépticos (anestesia dissociativa); nistagmo, dilatação pupilar, salivação e ou lacrimejamento, movimentos expontÂneos dos membros, manutenção do tônus muscular; pressão sanguínea e a frequência cardíaca geralmente aumentam, e a respiração não é afetada; pode aumentar a pressão intracraniana; -Na recuperaçao anestésica apresenta delírios de emergencia, alucinações, sonhos vividos e ilusões; elevada incidência de disforia, alucinações; OBS: fármacos usados no caranguejo > propofol. cetamina, óleo de cravo; eles agem porque o caranguejo tem os mesmos receptores que as outras espécies tem; ★ ADJUVANTES DA ANESTESIA - MPA (MEDICAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA) -são fármacos que atuam no SNC por meio da modificação química de neurotransmissores do SNC. -funções > objetivo da MPA é diminuir a dose do anestésico geral e seus efeitos indesejados, pois a atividade de relaxamento muscular e ansiólise eles já causam e já nao vai precisar ; -não produz anestesia; -atuam como adjuvante em anestesias fazendo com que o anestésico aja melhor; aliviam a ansieade sem causar sonolência excessiva; -usados para contenção química de animais domésticos e silvestres; -promove relaxamento da musculatura estriada esquelética permitindo fazer procedimentos como a intubação endotraqueal; -categorias: Benzodiazepínicos, fenotiazinas, agonistas alfa2 adrenérgicos, butiferonas Associaçao com opióides > ação analgésica e sedativa; ❖ BENZODIAZEPÍNICOS -utilizados junto com anestésicos para sedar o paciente; -usados para induzir anestesia geral em combinaçao com outros fármacos (anestésicos dissociativos); -ação anti-convulsivante e mio-relaxante; -mecanismo de ação : capazes de promover a ligação de um importante neurotransmissor inibitório, o ácido γ-aminobutírico (GABA), aos receptores de GABA do subtipo GABAA, que existem como canais de cloreto formados por múltiplas subunidades e controlados por ligando, intensificando desse modo as correntes iônicas induzidas pelo GABA através desses canais; efeito potencializador e alostérico ao gaba. - termo benzodiazepínico refere-se à parte da estrutura composta de um anel benzeno (A) fusionado a um anel diazepínico de setemembros (B); -mais comumente usado é o midazolam, diazepam, lorazepam, clonazepam, nirazepam e clonazepam (possivelmente tóxico para gatos); -facilitam amnésia enquanto causam sedação, potencializando os efeitos inibitórios de vários neurotransmissores, particularmente GABA . -efeitos depressores cardiovasculares mínimos, mas todos são depressores respiratórios potenciais (especialmente quando administrados por via IV); -efeitos centrais > sedação, a hipnose, a redução da ansiedade, o relaxamento muscular, a amnésia anterógrada e a atividade anticonvulsivante . Apenas dois dos efeitos desses fármacos resultam de ações periféricas: a vasodilatação coronária, observada após administração intravenosa de doses terapêuticas de certos benzodiazepínicos, e o bloqueio neuromuscular, que se observa apenas com doses muito altas -biotransformados pelo fígado com meias-vidas de eliminação variáveis, e a eritromicina pode prolongar seus efeitos; - podem induzir uma forma temporária de amnésia anterógrada na qual o paciente retém a memória de eventos passados, mas as novas informações não são transferidas para a memória de longa duração; - efeitos adversos > sonolencia, confusao, amnésia, comprometimento da coordenação; usados: na síndrome por separaçao em cães e gatos que o animal apresenta depressao, ansiedade, dermatite por lambedura, coco e xixi fora da caixa; -aumentam o apetite em algumas espécies, principalmente gatos com anorexia - Nitrazepam ; -não produzem uma verdadeira anestesia geral, pois a consciência geralmente persiste e não se pode obter imobilidade suficiente que possibilite a cirurgia -midazolam > início e término de ação mais lentos que os fármacos vistos anteriormente, porém, assim como a cetamina, causa menor depressão cardiovascular e respiratória; utilizado como sedativo pré-operatório e em procedimentos como endoscopia, em que não é necessária anestesia geral; Pode ser administrado em combinação com um analgésico, como a alfentanila; -FLUMAZENIL : ANTAGONISTA DO RECEPTOR DE BENZODIAZEPÍNICOS; imidazobenzodiazepínico que se comporta como um antagonista do receptor benzodiazepínico específico liga-se com alta afinidade a locais específicos sobre o receptor GABA-A, onde antagoniza competitivamente a ligação e os efeitos alostéricos dos benzodiazepínicos e de outros ligandos; antagoniza tanto os efeitos eletrofisiológicos quanto os comportamentais dos benzodiazepínicos agonistas e agonistas inversos e das β-carbolinas. O fármaco é administrado por via intravenosa. ❖ FENOTIAZÍNICOS -tranquilizantes, neurolépticos ou antipsicóticos; -exemplos: acepromazina, promazina, clorpromazina, propriopromazina, triflupromazina -usados para manuseio e contenção de animais; -doses baixas promovem efeito calmante e doses elevadas causam sedação; -mecanismo de ação: bloqueiam receptores de dopamina e reduzem ação da serotonina ; -age no SNC, hipotálamo, sistema límbico, tronco cerebral ; -equino > usados para castração com o animal em estação, suturas de feridas junto com anestésico local; -protocolo anestésico em gatos e cães > Acepromazina + atropina + xilazina e cetamina; efeitos: hipotensão, bradicardia, arritmias, depressão respiratória, depressão da motilidade, supressão da êmese (Antiemético), prolapso peniano em grandes animais por conta que causa paralisia do músculo retrator do pênis . -Não dar doses altas pois causa decúbito em grandes; OBS; para tranquilizaçao benzodiazepínicos; ❖ AGONISTAS ALFA-2 ADRENÉRGICOS -sedativos, hipnóticos, propriedades miorrelaxantes e analgésicos; -usado na contenção química de animais silvestres; -o animal tem resposta a estímulos por isso nao é anestésico; -ex. Xilazina -pode-se fazer associação com anestésico dissociativo como a cetamina, a xilazina neutraliza a rigidez muscular causada pela cetamina; -mecanismo de açao: estimulam receptores alfa2 adrenérgicos centrais localizados nas sinapses pré e pós adrenérgicas - locus ceruleus, reduzindo a liberação de neurotransmissor na fenda sinaptica - efeito simpaticolítico; -reduz PA - evitar usar atropina; -promove sedação e analgesia moderadas - duração de 20 a 60 minutos; -toxicidade: depressão cardio-respiratória e convulsões; - protocolo anestésico: midazolam + atropina +xilazina e cetamina; ❖ BUTIROFERONAS -tranquilizantes, neurolépticos ou antipsicóticos; -ex. fluonizona e azoperona (usada quase exclusivamente em suínos) -mecanismo de açao: antagoonista dopaminérgico; -toxicidade: tremores musculares, hipotensao, bradicardia, salivação e defecação excessiva; -similares as fenotiazinas.
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