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Relatório Palestra 29 09

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA 
CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA 
DISCIPLINA: DEEQ0083 - INTRODUÇÃO A BIORREFINARIA (2022.2) 
Prof. Dr. Dennys Correia da Silva 
 
RELATÓRIO DE AULA 
 
 
ALUNO/MATRÍCULA: DANILO FREITAS FERREIRA - 2017047338 
DATA: 29/09/2022 
 
Relatório sobre palestra - “Valorização de biomassa utilizando tecnologia supercrítica e 
processos integrados: Tendências atuais e desafios” 
Objetivo: Analisar o processamento supercrítico de biomassa, as previsões para o mercado 
e obstáculos. 
 A palestra foi iniciada com a apresentação do doutorando em Engenharia Química 
Thiago Vinícius Barros, atuante no LTSEF (Laboratório de Tecnologia Supercrítica 
Equilíbrio de Fase) pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). O palestrante 
comentou acerca da composição química das estruturas vegetais, componentes da 
biomassa de celulose, tais como as hexoses e a lignina, o fenilpropano, um dos monômeros 
constituintes desse polímero na celulose, que lhe confere valor agregado para produção de 
compostos de interesse, apesar de ser uma estrutura recalcitrante, ou seja, segundo o 
discursante, de difícil extração. Ele também mencionou a relevância do pré-processamento 
para a madeira, que deve estar no tamanho adequado para adição no digestor. Fora 
mencionada ainda duas metodologias diferentes para processamento da biomassa, seja 
termoquímico ou bioquímico, conforme suas respectivas vantagens e desvantagens, custo 
energético, a aplicabilidade somente a certas quantidades de biomassa, além da 
necessidade de catalisadores e a duração do processo, nessa ordem para cada 
metodologia. 
 Para processos bioquímicos, foram citadas a fermentação, catálise enzimática e a 
digestão anaeróbia; são relevantes para obtenção de produtos como o gás sulfídrico, 
metano e até hidrogênio em algumas porções; para processos termoquímicos, a combustão 
fora destacada como operação fundamental na obtenção de energia na forma de calor, 
aplicável tanto para leitos fixos quanto fluidizados; nesse cenário, a pirólise também fora 
mencionada como operação anaeróbia (desenvolvida na ausência de oxigênio), importante 
para obtenção de gases e vapores orgânicos condensáveis; a gaseificação, por sua vez, 
 
 
 
 
fora conceituada como um processo relevante para conversão do produto desejado em gás, 
em suma, a oxidação da matéria orgânica em um produto gasoso (os principais produtos 
seriam os gases hidrogênio e monóxido de carbono, denominados como "syngas" ou "gás 
de síntese"), que por sua vez pode ser aproveitado para produção de calor e eletricidade. 
 A tecnologia supercrítica pode ser aplicada, segundo conceituado pelo palestrante, 
para temperaturas superiores a 300 °C e pressões próximas a 22 megapascais; nessas 
condições, processos podem operar com menor perda de energia pois não há uma 
distinção considerável entre as fases de vapor e líquida das espécies químicas operantes, 
embora, a manutenção de tais condições seja complicada do ponto de vista técnico e 
prático, quaisquer oscilações ou mesmo o funcionamento prolongado do maquinário 
podem representar um desgaste significativo; entretanto, apesar de ser uma tecnologia 
relativamente recente, modelos estão sendo propostos, segundo o próprio palestrante 
pesquisador da área, para equipagem especialmente desenvolvida para esses processos 
que permitem resultados de ótimo rendimento em um período favorável de operação (os 
processos nessas condições, duram menos e rendem mais). 
 A tecnologia supercrítica, fora mencionada como uma boa alternativa para extração de 
compostos que em condições diferentes, poderiam ser degradados, o propano, por 
exemplo, sob temperaturas em cerca de 97 °C e 43 bar de pressão, seria ideal para operar 
nesse estado de "transição" entre líquido e vapor, assim, facilitaria a obtenção de 
proteínas que desnaturariam sob outras condições. A água supercrítica também fora um 
exemplo de superfluido aplicado para produção elétrica, com a separação de gases em um 
reator, de fases em um separador e o reciclo da fase líquida para reaproveitamento no 
processo, enquanto os gases mais energizados fluiriam influenciando dinamicamente uma 
turbina. 
Conclusões: A tecnologia para aproveitamento de fluidos em condições supercríticas 
fornece uma gama de vantagens, como derivados de lignina para pré-tratamento da 
biomassa, os processos atualmente demandam o máximo de preservação de recursos 
possível, desde a aplicação de matéria-prima, seguindo com a obtenção, produção, 
utilização e disposição para reabastecimento do ciclo, essa tecnologia permite um 
panorama mais sustentável, rentável, e, sem sobra de dúvidas, mais vantajoso.

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