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CS 2022 - CONSTITUCIONAL 2

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CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito 
Constitucion
al 
De acordo com as Emendas Constitucionais 109/2021 e 
111/2021 
 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 2 
 
 
 
 
 
Edição 
2022.1 
revisada 
atualizad
a 
ampliada 
 
 
CONSTITUCIONAL – PARTE II 
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................................ 12 
DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE ........................................................................................ 13 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 13 
2. DESTINATÁRIOS .................................................................................................................. 13 
3. DIREITO À VIDA.................................................................................................................... 14 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL E CONSIDERAÇÕES .................................................. 14 
ÂMBITO DE PROTEÇÃO ............................................................................................... 14 
INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE ................................................................ 16 
RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA .............................................................................. 17 
3.4.1. Pena de morte no caso de guerra declarada ........................................................... 17 
3.4.2. Aborto ...................................................................................................................... 17 
3.4.3. Interrupção da gravidez de feto com anencefalia ..................................................... 18 
3.4.4. Aborto e microcefalia causada pelo Zika Vírus ........................................................ 19 
3.4.5. Pesquisas com células-tronco embrionárias ............................................................ 20 
4. DIREITO À IGUALDADE ....................................................................................................... 21 
PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ...................................................................... 21 
EVOLUÇÃO HISTÓRIA .................................................................................................. 21 
CONCEPÇÃO MATERIAL .............................................................................................. 22 
ÂMBITO DE PROTEÇÃO E INTERVENÇÃO ................................................................. 23 
DESTINATÁRIOS DO DEVER DE IGUALDADE ............................................................ 25 
4.5.1. Igualdade perante a lei ............................................................................................ 25 
4.5.2. Igualdade na lei ....................................................................................................... 25 
IGUALDADE COMO RECONHECIMENTO .................................................................... 26 
AÇÕES AFIRMATIVAS .................................................................................................. 26 
4.7.1. Conceito .................................................................................................................. 26 
4.7.2. Modalidades ou exemplos de ações afirmativas empregadas em vários países ...... 27 
4.7.3. Sistemas de cotas ................................................................................................... 27 
4.7.4. Lei Maria da Penha .................................................................................................. 29 
5. DIREITO À PRIVACIDADE .................................................................................................... 29 
PREVISÃO ..................................................................................................................... 29 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 3 
 
 
GRAU DE PROTEÇÃO .................................................................................................. 29 
5.2.1. Locais públicos e reservados ................................................................................... 29 
5.2.2. Pessoas públicas e comuns..................................................................................... 29 
5.2.3. Fatos de interesse público e de mero interesse público ........................................... 30 
5.2.4. Teoria das Esferas ................................................................................................... 30 
5.2.5. Honra ....................................................................................................................... 30 
5.2.6. Imagem ................................................................................................................... 31 
DISTINÇÕES CONCEITUAIS ......................................................................................... 32 
5.3.1. Interceptação ambiental ........................................................................................... 32 
5.3.2. Gravação clandestina .............................................................................................. 32 
5.3.3. Quebra de sigilo de dados ....................................................................................... 33 
5.3.4. Interceptação de comunicações .............................................................................. 36 
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO ................................................................................ 41 
6. DIREITO DE LIBERDADE ..................................................................................................... 45 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................... 45 
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO ................................................. 45 
6.2.1. Previsão constitucional ............................................................................................ 45 
6.2.2. Âmbito de proteção .................................................................................................. 45 
6.2.3. Restrições ................................................................................................................ 47 
LIBERDADE DE INFORMAÇÃO..................................................................................... 49 
6.3.1. Conceito .................................................................................................................. 49 
6.3.2. Liberdade de informação jornalística ....................................................................... 49 
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA E CULTO ................................................... 50 
6.4.1. Conceitos................................................................................................................. 50 
6.4.2. Escusa de consciência (art. 5º, VIII) ......................................................................... 50 
6.4.3. Dever de neutralidade do Estado ............................................................................. 52 
LIBERDADE DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO ................................................................. 55 
6.5.1. Conceito .................................................................................................................. 55 
6.5.2. Reunião X Associação (diferenças e semelhanças) ................................................. 55 
6.5.3. Reunião ................................................................................................................... 56 
6.5.4. Associação .............................................................................................................. 57 
6.5.5. Sindicato .................................................................................................................. 59 
7. DIREITO DE PROPRIEDADE................................................................................................ 60ÂMBITO DE PROTEÇÃO ............................................................................................... 60 
REGIME JURÍDICO DO DIREITO DE PROPRIEDADE .................................................. 60 
RESTRIÇÕES ................................................................................................................ 60 
7.3.1. Função social (art. 5º, XXII) ..................................................................................... 61 
7.3.2. Requisição ............................................................................................................... 62 
7.3.3. Desapropriação (art. 5º, XXIV) ................................................................................. 62 
7.3.4. Expropriação-sanção e Confisco (art. 243, “desapropriação confiscatória”) ............... 64 
7.3.5. Usucapião ................................................................................................................ 65 
GARANTIAS INDIVIDUAIS ........................................................................................................... 67 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 67 
2. FINALIDADE .......................................................................................................................... 67 
3. GARANTIAS RELACIONADAS À SEGURANÇA JURÍDICA .................................................. 67 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ........................................................................................ 67 
3.1.1. Previsão legal .......................................................................................................... 67 
3.1.2. Objetivo ................................................................................................................... 67 
3.1.3. Significado ............................................................................................................... 67 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 4 
 
 
3.1.4. “Lei” ......................................................................................................................................... 68 
3.1.5. Restrições expressas............................................................................................... 68 
3.1.6. Princípio da Reserva Legal ...................................................................................... 69 
PRINCÍPIO DA NÃO RETROATIVIDADE DAS LEIS ...................................................... 70 
3.2.1. Objetivo ................................................................................................................... 70 
3.2.2. Previsão .................................................................................................................. 70 
3.2.3. Abrangência da eficácia retroativa ........................................................................... 71 
3.2.4. Direito adquirido ....................................................................................................... 71 
3.2.5. Ato jurídico perfeito .................................................................................................. 73 
3.2.6. Coisa julgada ........................................................................................................... 73 
4. GARANTIAS DE NATUREZA PENAL .................................................................................... 74 
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA....................................................................................... 74 
4.1.1. Finalidade ................................................................................................................ 74 
4.1.2. Disposições normativas ........................................................................................... 74 
4.1.3. Posição do STF ....................................................................................................... 75 
4.1.4. Presunção de inocência e eliminação de concurso público ...................................... 78 
5. MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE NÃO CRIMINALIZAÇÃO ........................................... 78 
CONCEITO ..................................................................................................................... 78 
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS ........................................................... 79 
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA ...................... 79 
6. AÇÕES CONSTITUCIONAIS ................................................................................................. 80 
CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................ 80 
HABEAS DATA ............................................................................................................... 80 
6.2.1. Considerações e previsão ........................................................................................ 80 
6.2.2. Legitimidade ativa .................................................................................................... 81 
6.2.3. Legitimidade passiva ............................................................................................... 81 
6.2.4. Objeto ...................................................................................................................... 81 
6.2.5. Objetivo ................................................................................................................... 82 
6.2.6. Hipóteses de cabimento .......................................................................................... 82 
6.2.7. Interesse de agir ...................................................................................................... 83 
6.2.8. Decisão liminar ........................................................................................................ 83 
6.2.9. Decisão de mérito .................................................................................................... 83 
AÇÃO POPULAR ........................................................................................................... 84 
6.3.1. Considerações ......................................................................................................... 84 
6.3.2. Legitimidade ativa .................................................................................................... 84 
6.3.3. Legitimidade passiva ............................................................................................... 85 
6.3.4. Objeto ...................................................................................................................... 86 
6.3.5. Objetivo ................................................................................................................... 86 
6.3.6. Requisitos específicos ............................................................................................. 86 
6.3.7. Competência ........................................................................................................... 87 
6.3.8. Decisão liminar ........................................................................................................ 88 
6.3.9. Decisão de mérito .................................................................................................... 89 
DIREITOS SOCIAIS ..................................................................................................................... 91 
2. FINALIDADE .......................................................................................................................... 91 
3. EFICÁCIA .............................................................................................................................. 91 
4. INTERVENÇÃO JUDICIAL .................................................................................................... 93 
PRIMEIRA FASE: AUSÊNCIA DE NORMATIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS 
CONSAGRADOS EM NORMAS PROGRAMÁTICAS ................................................................93 
SEGUNDA FASE: INTERVENÇÃO ATUANTE DO PODER JUDICIÁRIO, MAS SEM O 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 5 
 
 
ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS ..................................................................................... 93 
TERCEIRA FASE: CONSOLIDAÇÃO DE PARÂMETROS.............................................. 93 
ARGUMENTOS CONTRA INTERVENÇÃO JUDICIAL ................................................... 93 
4.4.1. Separação dos poderes/legislador positivo .............................................................. 93 
4.4.2. Ausência de legitimidade democrática ..................................................................... 94 
4.4.3. Desenho e capacidades institucionais ..................................................................... 94 
4.4.4. Acesso restrito ao Poder Judiciário .......................................................................... 95 
4.4.5. Custo dos direitos e reserva do possível .................................................................. 95 
PARÂMETROS PARA A JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO SOCIAL À SAÚDE (STF) ..... 95 
5. NORMAS CONSTITUCIONAIS PROGRAMÁTICAS ATRIBUTIVAS DE DIREITOS SOCIAIS E 
ECONÔMICOS ............................................................................................................................. 98 
6. RESERVA DO POSSÍVEL ..................................................................................................... 99 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................... 99 
DIMENSÕES .................................................................................................................. 99 
6.2.1. Possibilidade Fática ................................................................................................. 99 
6.2.2. Possibilidade Jurídica ............................................................................................ 100 
6.2.3. Razoabilidade da exigência e proporcionalidade da prestação .............................. 100 
QUEM ALEGA A RESERVA DO POSSÍVEL? .............................................................. 101 
NÃO APLICAÇÃO ........................................................................................................ 101 
7. MÍNIMO EXISTENCIAL ....................................................................................................... 102 
CONCEITO ................................................................................................................... 102 
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA E O MÍNIMO EXISTENCIAL ............................ 103 
RESERVA DO POSSÍVEL X MÍNIMO EXISTENCIAL .................................................. 103 
8. VEDAÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL .............................................................................. 104 
NOMENCLATURAS E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................... 104 
FUNDAMENTOS .......................................................................................................... 104 
DEFINIÇÃO .................................................................................................................. 104 
ACEPÇÕES .................................................................................................................. 105 
DIREITOS DE NACIONALIDADE ............................................................................................... 106 
NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA .......................................................... 106 
NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA ...................................................... 107 
1.2.1. Naturalização tácita ............................................................................................... 107 
1.2.2. Naturalização expressa ......................................................................................... 107 
1.2.3. Naturalização especial ........................................................................................... 108 
1.2.4. Naturalização provisória ........................................................................................ 109 
2. “QUASE NACIONALIDADE” ............................................................................................................. 109 
3. DIFERENÇAS DE TRATAMENTO ENTRE BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO ......... 109 
CARGOS PRIVATIVOS ................................................................................................ 110 
CONSELHO DA REPÚBLICA ....................................................................................... 110 
PROPRIEDADE DE EMPRESA JORNALÍSTICA E DE RADIODIFUSÃO SONORA .... 110 
EXTRADIÇÃO .............................................................................................................. 111 
4. PERDA DA NACIONALIDADE............................................................................................. 115 
AÇÃO DE CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO ................................................... 115 
NATURALIZAÇÃO VOLUNTÁRIA ................................................................................ 115 
DIREITOS POLÍTICOS ............................................................................................................... 117 
2. DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS .................................................................................... 117 
SUFRÁGIO ................................................................................................................... 117 
ALISTABILIDADE ......................................................................................................... 118 
ELEGIBILIDADE ........................................................................................................... 120 
3. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS .................................................................................. 121 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 6 
 
 
INELEGIBILIDADES ..................................................................................................... 121 
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS ................................................. 125 
4. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL .................................................................. 125 
CONCEITO ................................................................................................................... 125 
FINALIDADE ................................................................................................................ 125 
CLÁUSULA PÉTREA .................................................................................................... 126 
5. PARTIDOS POLÍTICOS....................................................................................................... 126 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO .................................................................................................... 131 
FORMAS DE GOVERNO ............................................................................................. 131 
SISTEMAS DE GOVERNO........................................................................................... 131 
FORMAS DE ESTADO ................................................................................................. 133 
2. TIPOS DE FEDERALISMO .................................................................................................. 134 
QUANTO AO SURGIMENTO ....................................................................................... 134 
2.1.1. Federalismo por agregação ................................................................................... 134 
2.1.2. Federalismo por segregação ................................................................................. 134 
QUANTO À CONCENTRAÇÃO DE PODER ................................................................. 134 
2.2.1. Federalismo centrípeto ou centralizador ................................................................ 134 
2.2.2. Federalismo centrífugo ..........................................................................................134 
2.2.3. Federalismo de equilíbrio ....................................................................................... 135 
QUANTO À REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ........................................................ 135 
2.3.1. Federalismo dualista ou dual ................................................................................. 135 
2.3.2. Federalismo por integração ................................................................................... 135 
2.3.3. Federalismo cooperativo ........................................................................................ 135 
QUANTO À HOMOGENEIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ................ 135 
2.4.1. Federalismo simétrico ou homogêneo ................................................................... 135 
2.4.2. Federalismos assimétrico ou heterogêneo ............................................................. 136 
QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DOMINANTES ...................................................... 136 
2.5.1. Federalismo simétrico ............................................................................................ 136 
2.5.2. Federalismo assimétrico ........................................................................................ 136 
QUANTO ÀS ESFERAS DE COMPETÊNCIA .............................................................. 137 
2.6.1. Federalismo típico (bidimensional, bipartite ou de segundo grau) .......................... 137 
2.6.2. Federalismo atípico (tridimensional, tripartite ou de terceiro grau).......................... 137 
3. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA FEDERAÇÃO ........................................................ 137 
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA FIXADA PELA CONSTITUIÇÃO 
137 
PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO .................................................................................. 137 
AUTO-ORGANIZAÇÃO POR MEIO DE CONSTITUIÇÕES PRÓPRIAS (PRINCÍPIO DA 
AUTONOMIA) ......................................................................................................................... 137 
REQUISITOS PARA A MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO ........................................... 138 
4. SOBERANIA X AUTONOMIA .............................................................................................. 138 
5. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA ..................................................................................... 139 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 139 
CRITÉRIOS PARA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ............................................. 139 
5.2.1. Campos específicos de competências administrativas e legislativas ...................... 139 
5.2.2. Possibilidade de delegação ................................................................................... 143 
5.2.3. Competências comuns .......................................................................................... 143 
5.2.4. Competências correntes ........................................................................................ 144 
6. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA .................................................................. 147 
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ............................................................................ 147 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 7 
 
 
ESTADOS .................................................................................................................... 148 
6.2.1. Limites à autonomia ............................................................................................... 149 
6.2.2. Princípios constitucionais sensíveis ....................................................................... 149 
6.2.3. Princípios constitucionais extensíveis .................................................................... 150 
6.2.4. Princípios constitucionais estabelecidos ................................................................ 151 
DISTRITO FEDERAL .................................................................................................... 151 
MUNICÍPIOS ................................................................................................................ 152 
TERRITÓRIOS ............................................................................................................. 156 
7. CRIAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS ........................................................................... 156 
INCORPORAÇÃO, SUBDIVISÃO E DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS .................. 156 
7.1.1. Previsão ................................................................................................................ 156 
7.1.2. Distinções .............................................................................................................. 156 
7.1.3. Requisitos .............................................................................................................. 157 
7.1.4. Procedimento ........................................................................................................ 158 
CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS ..... 158 
7.2.1. Previsão e considerações ...................................................................................... 158 
7.2.2. Requisitos .............................................................................................................. 159 
8. INTERVENÇÃO ................................................................................................................... 160 
CONCEITO ................................................................................................................... 160 
CARACTERÍSTICAS .................................................................................................... 160 
INTERVENÇÃO FEDERAL ........................................................................................... 160 
8.3.1. Pressupostos materiais .......................................................................................... 161 
8.3.2. Pressupostos formais ............................................................................................ 161 
8.3.3. Casuísticas ............................................................................................................ 162 
8.3.4. Espécies de intervenção ........................................................................................ 162 
8.3.5. Controle ................................................................................................................. 163 
INTERVENÇÃO ESTADUAL ........................................................................................ 164 
8.4.1. Pressupostos materiais .......................................................................................... 164 
8.4.2. Pressupostos formais ............................................................................................ 164 
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ............................................................................................... 165 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 165 
2. IMPROPRIEDADE DA EXPRESSÃO TRIPARTIÇÃO DOS PODERES ............................... 165 
3. FINALIDADE DA SEPARAÇÃO DE PODERES ................................................................... 166 
LIMITAR O PODER DO ESTADO ................................................................................ 166 
LEGITIMAR O EXERCÍCIO DO PODER E MELHORAR O DESEMPENHO DO PODER 
O ESTADO .............................................................................................................................. 166 
PODER LEGISLATIVO ............................................................................................................... 167 
1. ATRIBUIÇÕES DO LEGISLATIVO: FISCALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA. 
COMISSÕES PARLAMENTARES .............................................................................................. 167 
FISCALIZAÇÃO PELOLEGISLATIVO .......................................................................... 167 
CLASSIFICAÇÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES ........................................ 167 
1.2.1. Quanto à duração da comissão ............................................................................. 167 
1.2.2. Quanto à composição ............................................................................................ 168 
2. ESPÉCIES DE COMISSÃO PARLAMENTAR ...................................................................... 168 
COMISSÃO TEMÁTICA OU EM RAZÃO DA MATÉRIA (ART. 58, §2º) ........................ 168 
COMISSÃO REPRESENTATIVA OU DE REPRESENTAÇÃO ..................................... 169 
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) ................................................... 169 
3. ESTUDOS DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) ................................... 169 
CPI E OS “PODERES PRÓPRIOS DAS AUTORIDADES JUDICIAIS” ............................. 169 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 8 
 
 
MANDADO DE SEGURANÇA OU HABEAS CORPUS EM FACE DA CPI ................... 170 
OBJETIVOS DA CPI ..................................................................................................... 170 
COMPOSIÇÃO DA CPI ................................................................................................ 171 
SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO PELA CPI .................................................................. 171 
REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DA CPI ........................................................... 171 
3.6.1. Requerimento de 1/3, no mínimo, dos deputados federais e/ou senadores ........... 172 
3.6.2. Apuração de ato determinado ................................................................................ 173 
3.6.3. Prazo certo de duração .......................................................................................... 173 
PODERES DA CPI ....................................................................................................... 174 
3.7.1. Notificar testemunhas e determinar sua condução coercitiva ................................. 174 
3.7.2. Busca e apreensão ................................................................................................ 175 
3.7.3. Requisitar perícias, exames, vistorias, documentos ............................................... 175 
3.7.4. Afastar sigilo bancário, fiscal e telefônico (dados), sem necessidade de autorização 
judicial 175 
LIMITES DA CPI ........................................................................................................... 176 
3.8.1. Cláusula de Reserva de Jurisdição (jurisprudência do STF) .................................. 176 
3.8.2. Autonomia federativa e separação de poderes ...................................................... 177 
3.8.3. Direitos e Garantias Individuais .............................................................................. 177 
3.8.4. Medidas acautelatórias .......................................................................................... 177 
3.8.5. Acusações ............................................................................................................. 178 
QUADRO CPI ............................................................................................................... 178 
CPI NO ÂMBITO ESTADUAL ....................................................................................... 178 
3.10.1. Requisitos .............................................................................................................. 178 
3.10.2. Poderes da CPI estadual ....................................................................................... 179 
3.10.3. HC e MS ................................................................................................................ 179 
CPI NO ÂMBITO MUNICIPAL ....................................................................................... 179 
3.11.1. Fundamentos ......................................................................................................... 179 
3.11.2. Poderes ................................................................................................................. 179 
3.11.3. HC e MS ................................................................................................................ 180 
TÉRMINO DOS TRABALHOS DA CPI ......................................................................... 180 
4. GARANTIAS DO PODER LEGISLATIVO ............................................................................ 180 
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS .................................................................................... 180 
SENADORES E DEPUTADOS FEDERAIS .................................................................. 181 
4.2.1. Foro por prerrogativa de função ............................................................................. 181 
4.2.2. Imunidade material ................................................................................................ 183 
4.2.3. Imunidade formal ................................................................................................... 185 
4.2.4. Outras garantias .................................................................................................... 188 
DEPUTADOS ESTADUAIS E DISTRITAIS ................................................................... 188 
4.3.1. Previsão legal e considerações.............................................................................. 188 
4.3.2. Foro por prerrogativa de função ............................................................................. 189 
IMUNIDADES DOS VEREADORES ............................................................................. 190 
4.4.1. Foro por prerrogativa de função ............................................................................. 190 
4.4.2. Imunidade material ................................................................................................ 190 
4.4.3. Imunidade formal ................................................................................................... 191 
5. PERDA DE MANDATO ........................................................................................................ 191 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 191 
CASSAÇÃO DO MANDATO ......................................................................................... 193 
5.2.1. Conceito ................................................................................................................ 193 
5.2.2. Hipóteses de cassação .......................................................................................... 193 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 9 
 
 
EXTINÇÃO DO MANDATO .......................................................................................... 194 
RENÚNCIA DO PARLAMENTAR ................................................................................. 195 
6. PROCESSO LEGISLATIVO................................................................................................. 196 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 196 
ESPÉCIES DE PROCESSOS LEGISLATIVOS ............................................................ 196 
6.2.1. Processo legislativo ordinário ................................................................................ 196 
6.2.2. Processo legislativo sumário .................................................................................. 197 
6.2.3. Processos legislativos especiais ............................................................................ 197 
7. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO ................................................................... 198 
FASE INTRODUTÓRIA (INICIATIVA) ........................................................................... 198 
FASE CONSTITUTIVA .................................................................................................201 
7.2.1. Discussão .............................................................................................................. 201 
7.2.2. Votação ................................................................................................................. 202 
7.2.3. Aprovação ............................................................................................................. 202 
7.2.4. Sanção/Veto do Poder Executivo ........................................................................... 205 
FASE COMPLEMENTAR ............................................................................................. 207 
8. MEDIDAS PROVISÓRIAS (MP’s) .................................................................................................... 208 
INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 208 
EFEITOS IMEDIATOS DA MEDIDA PROVISÓRIA ...................................................... 208 
PRAZO DA MEDIDA PROVISÓRIA .............................................................................. 208 
REGIME DE URGÊNCIA .............................................................................................. 210 
TRÂMITE DA MEDIDA PROVISÓRIA .......................................................................... 211 
REVOGAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA ................................................................... 213 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS ............... 213 
8.7.1. Aspectos formais ................................................................................................... 213 
8.7.2. Aspectos materiais ................................................................................................ 214 
LIMITES MATERIAIS .................................................................................................... 215 
MEDIDA PROVISÓRIA NOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS .......... 217 
9. LEIS DELEGADAS .............................................................................................................. 218 
CONCEITO ................................................................................................................... 218 
PROCESSO LEGISLATIVO DE LEIS DELEGADAS..................................................... 218 
ESPÉCIES DE DELEGAÇÃO ....................................................................................... 219 
LIMITAÇÕES MATERIAIS ............................................................................................ 219 
10. DECRETO LEGISLATIVO x RESOLUÇÕES .................................................................... 220 
PODER EXECUTIVO.................................................................................................................. 225 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 225 
2. SISTEMAS OU REGIMES DE GOVERNO .......................................................................... 225 
SISTEMA DE “ASSEMBLEIA” .................................................................................................. 225 
PARLAMENTARISMO .................................................................................................. 226 
PRESIDENCIALISMO .................................................................................................. 226 
PRESIDENCIALISMO DE COALISÃO .......................................................................... 227 
3. REQUISITOS PARA SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................. 227 
4. ELEIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................................. 228 
5. POSSE DO PRESIDENTE .................................................................................................. 230 
6. SUCESSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................ 231 
7. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ............................................................ 234 
8. MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................................. 237 
9. VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................................................. 237 
10. MINISTROS DE ESTADO ................................................................................................ 238 
REQUISITOS................................................................................................................ 238 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 10 
 
 
COMPETÊNCIA ........................................................................................................... 239 
CRIAÇÃO DE CARGOS ............................................................................................... 239 
CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL ....................... 240 
11. CRIMES DE RESPONSABILIDADE ................................................................................. 241 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 241 
DIPLOMAS NORMATIVOS QUE TIPIFICAM CRIMES DE RESPONSABILIDADES .... 242 
SUJEITOS QUE PODEM PRATICAR CRIMES DE RESPONSABILIDADE E 
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO .................................................................................. 242 
12. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ........................ 244 
NATUREZA JURÍDICA ................................................................................................. 244 
COMPETÊNCIA ........................................................................................................... 244 
SANÇÃO ...................................................................................................................... 245 
CONDUTAS QUE IMPORTAM CRIME DE RESPONSABILIDADE .............................. 245 
DUPLO REGIME SANCIONATÓRIO ............................................................................ 245 
PROCEDIMENTO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS ................................................... 246 
12.6.1. Oferecimento da denúncia ..................................................................................... 246 
12.6.2. Acolhimento do pedido .......................................................................................... 246 
12.6.3. Instalação da Comissão Especial .......................................................................... 247 
12.6.4. Notificação do Presidente da República ................................................................. 247 
12.6.5. Votação do relatório final ....................................................................................... 247 
12.6.6. Decisão do Plenário ............................................................................................... 247 
PROCEDIMENTO NO SENADO FEDERAL ................................................................. 248 
12.7.1. Instauração ............................................................................................................ 248 
12.7.2. Rito ........................................................................................................................ 248 
12.7.3. Presidência ............................................................................................................ 249 
12.7.4. Absolvição ............................................................................................................. 249 
12.7.5. Condenação .......................................................................................................... 249 
12.7.6. Renúncia ............................................................................................................... 249 
13. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS GOVERNADORES DE ESTADO .................... 250 
INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS .............................................................. 250 
PROCEDIMENTO........................................................................................................ 250 
JULGAMENTO ............................................................................................................. 251 
SANÇÕES .................................................................................................................... 252 
14. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS MUNICIPAIS .............................. 252 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL ................................................................................... 252 
TIPOS DE INFRAÇÕES QUE PODEM SER COMETIDAS POR PREFEITOS ............. 253 
PROCEDIMENTO DOS CRIMES “DE RESPONSABILIDADE” DO PREFEITO NA LEI 
201/67 (NATUREZA PENAL) .................................................................................................. 253 
CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS NO DL 201/67 (NATUREZA 
POLÍTICO-ADMINISTRATIVA – “VERDADEIRO” CRIME DE RESPONSABILIDADE!) ............ 255 
15. PROCESSO E JULGAMENTO CRIMES COMUNS ......................................................... 256 
PRATICADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................. 256 
15.1.1. Irresponsabilidade penal relativa ............................................................................ 256 
15.1.2. Competência ......................................................................................................... 257 
15.1.3. Necessidade de autorização .................................................................................. 257 
15.1.4. Procedimento ........................................................................................................ 258 
15.1.5. Crimes abrangidos pela expressão “infração penal comum” ....................................... 260 
PRATICADOS PELO GOVERNADOR .......................................................................... 260 
PRATICADOS PELO PREFEITO ................................................................................. 261 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 11 
 
 
16. RECALL ........................................................................................................................... 262 
CONSIDERAÇÕES E CONCEITO ............................................................................... 263 
RECALL x IMPEACHMENT .......................................................................................... 263 
PODER JUDICIÁRIO .................................................................................................................. 264 
1. GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO ............................................................................... 264 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 264 
GARANTIAS FUNCIONAIS DOS MAGISTRADOS ....................................................... 264 
1.2.1. Garantias de INDEPENDÊNCIA ............................................................................ 264 
1.2.2. Garantias de IMPARCIALIDADE ........................................................................... 266 
GARANTIAS INSTITUCIONAIS .................................................................................... 267 
1.3.1. Garantia de autonomia orgânico-administrativa ..................................................... 267 
1.3.2. Garantia de autonomia financeira/orçamentária..................................................... 268 
2. ÓRGÃO ESPECIAL DO PODER JUDICIÁRIO .................................................................... 269 
3. QUINTO CONSTITUCIONAL............................................................................................... 269 
4. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO .................................................................................. 271 
FUNÇÕES TÍPICAS ..................................................................................................... 271 
4.1.1. Exercício da jurisdição ........................................................................................... 271 
4.1.2. Proteção de direitos fundamentais ......................................................................... 272 
4.1.3. Defesa da força normativa da Constituição ............................................................ 272 
4.1.4. Edição da “legislação judicial” ........................................................................................... 272 
FUNÇÕES ATÍPICAS ................................................................................................... 272 
4.2.1. Administrativa ........................................................................................................ 272 
4.2.2. Legislativa .............................................................................................................. 272 
5. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO .......................................................................... 272 
6. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ....................................................................................... 273 
ATRIBUIÇÕES DO STF ............................................................................................... 273 
COMPOSIÇÃO E REQUISITOS PARA SER MEMBRO DO STF ................................. 273 
7. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA .................................................................................. 275 
ORIGEM E OBJETIVO DO STJ .................................................................................... 275 
COMPOSIÇÃO DO STJ ............................................................................................... 275 
PROCEDIMENTO DE ESCOLHA ................................................................................. 276 
7.3.1. Desembargadores ................................................................................................. 276 
7.3.2. Advogados ............................................................................................................. 276 
7.3.3. Ministério Público ................................................................................................... 276 
8. JUSTIÇA COMUM FEDERAL .............................................................................................. 276 
2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS ............................... 276 
1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUÍZES FEDERAIS .......................................................... 277 
9. JUSTIÇA COMUM ESTADUAL ........................................................................................... 278 
2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ................................................. 278 
1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUIZ DE DIREITO ............................................................ 278 
10. JUSTIÇA ELEITORAL ...................................................................................................... 278 
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL ............................................................................ 278 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL ............................................................................ 279 
JUÍZES ELEITORAIS ................................................................................................... 280 
JUNTAS ELEITORAIS .................................................................................................. 280 
11. JUSTIÇA MILITAR ........................................................................................................... 280 
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR .................................................................................. 280 
12. JUSTIÇA DO TRABALHO ................................................................................................ 281 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ...................................................................... 281 
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO .................................................................... 281 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 12 
 
 
JUÍZES DO TRABALHO............................................................................................... 282 
13. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ............................................................................ 282 
NATUREZA JURÍDICA ................................................................................................. 282 
ATRIBUIÇÕES ............................................................................................................. 282 
COMPOSIÇÃO ............................................................................................................. 283 
COMPETÊNCIAS DO CNJ ........................................................................................... 285 
AÇÕES PROPOSTAS CONTRA O CNJ ....................................................................... 287 
14. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO ...................................................... 290 
COMPOSIÇÃO ............................................................................................................. 290 
DIFERENÇAS NAS REGRAS DE NOMEAÇÃO E DESTITUIÇÃO DO PROCURADOR- 
GERAL DA REPÚBLICA E DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA................................... 291 
CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES .................................................................................. 292 
15. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL ................................................................................ 296 
ORIGEM ....................................................................................................................... 297 
NATUREZA JURÍDICA ................................................................................................. 297 
OBJETO DA RECLAMAÇÃO ........................................................................................ 297 
15.3.1. Preservação de competência ................................................................................. 298 
15.3.2. Garantir a autoridade das decisões ........................................................................ 298 
LEGITIMIDADE ATIVA ................................................................................................. 300 
16. SÚMULA VINCULANTE ................................................................................................... 300 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 300 
FUNDAMENTOS NORMATIVOS ................................................................................. 301 
NATUREZA JURÍDICA ................................................................................................. 301 
OBJETO ....................................................................................................................... 301 
REQUISITOS................................................................................................................ 302 
16.5.1. Reiteradas decisões sobre matéria constitucional .................................................. 302 
16.5.2. Iniciativa ................................................................................................................ 302 
16.5.3. Quórum ................................................................................................................. 303 
16.5.4. Publicação ............................................................................................................. 303 
16.5.5. Efeito vinculante .................................................................................................... 303 
CANCELAMENTO ........................................................................................................ 304 
17. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E RECURSOS ESPECIAIS ...................................... 304 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................................................ 304 
PREQUESTIONAMENTO............................................................................................. 308 
PRÉVIO ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS ...................................... 308 
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS ......................................... 309 
REPERCUSSÃO GERAL ............................................................................................. 310 
HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RE .......................................................................... 310 
HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RESP ..................................................................... 312 
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ............................................. 315 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................................... 315 
2. NORMAS GERAIS COMUNS AO SISTEMA CONSTITUCIONAL DAS CRISES ................. 315 
TEMPORARIEDADE .................................................................................................... 315 
PROPORCIONALIDADE .............................................................................................. 316 
DELIMITAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ...................................................... 316 
MOTIVAÇÃO ................................................................................................................ 317 
3. ESTADO DE DEFESA ......................................................................................................... 318 
CONCEITO ................................................................................................................... 318 
EFEITOS ...................................................................................................................... 319 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 13 
 
 
CONTROLE DOS ATOS DO PODER EXECUTIVO ...................................................... 319 
4. ESTADO DE SÍTIO .............................................................................................................. 322 
CONCEITO ................................................................................................................... 322 
EFEITOS ...................................................................................................................... 322 
RESPONSABILIZAÇÃO PELAS MEDIDAS EXECUTIVAS ........................................... 323 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fonte de 
estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. 
O Caderno Sistematizado de Direito Constitucional, está dividido em Parte I e Parte II, possui 
como base as aulas do Prof. Marcelo Novelino (G7), complementadas com as aulas do Prof. 
Bernardo Fernandes, com o intuito de deixar o material mais completo, utilizados as seguintes 
fontes complementares: a) Constituição Federal para Concursos, 2019, (Marcelo Novelino e Dirley 
da Cunha Jr.); b) Curso de Direitos Constitucional, 2018, (Dirley da Cunha Júnior) e c) Curso de 
Direito Constitucional, 2020, Bernardo Gonçalves Fernandes. 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos: é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Ademais, no Caderno constam os principais artigos de lei, mas, ressaltamos, que é 
necessária leitura conjunta do seu Vade Mecum, muitas questões são retiradas da legislação. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + súmulas + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você 
faça uma boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muitoimportante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE 
 
 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
 
Serão analisados o direito à vida, o direito à igualdade, o direito à privacidade, o direito de 
liberdade e o direito à propriedade. Pertinente destacar que o direito à privacidade não está previsto 
no caput do art. 5º, mas pode ser extraído de seus incisos, conforme veremos. 
Destaca-se, ainda, que o direito à segurança, previsto no caput do art. 5º, refere-se à 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 14 
 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
segurança jurídica, que não é um direito individual, mas sim uma garantia para que os direitos sejam 
protegidos, a exemplo do habeas corpus que protege o direito de liberdade. Portanto, será analisada 
em tópico separado. 
Obs.: A segurança pública, prevista no art. 6º da CF, será analisada na parte dos direitos sociais. 
 
 
2. DESTINATÁRIOS 
 
 
Observe a redação do art. 5º da CF: 
 
 
De acordo com a interpretação literal (José Afonso da Silva) do dispositivo, percebe-se 
que apenas os brasileiros natos e naturalizados (pessoas físicas e jurídicas) e apenas os 
estrangeiros residentes no Brasil são os titulares dos direitos e garantias individuais. Contudo, não 
prevalece tal entendimento, isso porque, de acordo com a melhor doutrina, os direitos e garantias 
fundamentais visam a proteção e a promoção da dignidade da pessoa humana (qualidade intrínseca 
de todo ser humano, independentemente de qualquer condição). 
Para o Supremo Tribunal Federal (STF) e para a esmagadora doutrina, deve ser dada uma 
interpretação extensiva ao art. 5º da CF, ou seja, os direitos e garantias INDIVIDUAIS possuem 
como destinatários os brasileiros (pessoas físicas – natos e naturalizados – e as pessoas jurídicas), 
os estrangeiros residentes no país e, também, os estrangeiros não residentes. Em razão da 
dignidade da pessoa humana e da primazia dos direitos humanos nas relações internacionais (art. 
4º, II da CF). 
STF – HC 94.016/SP: O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio 
no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a 
preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da 
cláusula constitucional do due process. [...] A condição jurídica de não 
nacional do Brasil e a circunstância de o réu estrangeiro não possuir 
domicílio em nosso país não legitimam a adoção, contra tal acusado, de 
qualquer tratamento arbitrário ou discriminatório. 
As pessoas jurídicas (inclusive de direito público) também são destinatárias dos direitos e 
garantias fundamentais, tendo em vista que em um Estado Democrático de Direito não podem ser 
admitidas condutas arbitrárias. Obviamente, não serão todos os direitos e garantias, na maioria dos 
casos estão relacionadas a garantias procedimentais. 
STF - AC 2.395 MC/PB: A imposição de restrições de ordem jurídica, pelo 
Estado, quer se concretize na esfera judicial, quer se realize no âmbito 
estritamente administrativo (como sucede com a inclusão de supostos 
devedores em cadastros públicos de inadimplentes), supõe, para legitimar-se 
constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia 
indisponível do ‘due process of law’, assegurada, pela Constituição da 
República (art. 5º, LIV), à generalidade das pessoas, inclusive às próprias 
pessoas jurídicas de direito público, eis que o Estado, em tema de limitação 
ou supressão de direitos, não pode exercer a sua autoridade de maneira 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 15 
 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do DIREITO À VIDA, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes:... 
abusiva e arbitrária. Doutrina. Precedentes. 
 
 
3. DIREITO À VIDA 
 
 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL E CONSIDERAÇÕES 
 
O Direito à Vida está consagrado no caput do art. 5º da CF, é o mais importante dos direitos 
fundamentais, tendo em vista que é pressuposto para o exercícios dos demais direitos. Afinal, para 
que seja possível exercer qualquer outro direito individual (igualdade, propriedade, privacidade e 
liberdade) o direito à vida deve ser assegurado. 
 
 
ÂMBITO DE PROTEÇÃO 
 
Todos os direitos fundamentais, salvo o direito à igualdade, possuem um âmbito de proteção, 
ou seja, protegem determinado bem jurídico. 
Em relação ao direito à vida, o bem jurídico protegido é APENAS a vida humana em sentido 
biológico. Perceba, portanto, que a vida espiritual não recebe proteção do art. 5º da CF, será 
protegida pelo direito de liberdade religiosa. 
Ressalta-se que o direito à vida compreende duas acepções, uma negativa e outra positiva. 
Vejamos: 
 
ACEPÇÃO NEGATIVA ACEPÇÃO POSITIVA 
Corresponde ao dever de respeito, é o direito 
de permanecer vivo. Portanto, impede que o 
Estado ou terceiros ceifem a vida humana. 
Corresponde ao dever de proteção e 
promoção do direito à vida, impondo ao 
Estado o dever de agir. 
Vedação da pena de morte (salvo em caso 
de guerra declarada). 
Proteção de testemunhas; 
 
Proteção contra violência doméstica e 
familiar; 
Promoção de condições dignas de existência 
(mínimo existencial). 
 
Além disso, o direito à vida (como todo e qualquer direito fundamental) possui duas 
dimensões, quais sejam: 
 
DIMENSÃO SUBJETIVA DIMENSÃO OBJETIVA 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 16 
 
 
É a perspectiva do indivíduo, titular do direito. 
Por exemplo, o indivíduo possui direito à 
vida, à liberdade, à igualde, à propriedade. 
Consagração de valores, de fins importantes 
para a sociedade como um todo. 
 
Analisando os votos da ADI 3510, que tinha como objeto a Lei de Biossegurança por permitir 
a pesquisa com células-tronco embrionárias, pode-se perceber a adoção das duas dimensões. O 
Ministro Ayres Britto analisou o direito à vida em sua dimensão subjetiva e o Ministro Ricardo 
Lewandowski analisou o direito à vida em sua dimensão objetiva. 
De acordo com Ayres Britto, a Constituição não se refere ao exato momento em que a vida 
humana tem o seu início. Porém, toda vez que se refere à inviolabilidade do direito à vida, trata do 
direito à vida das pessoas que já nasceram, e não da vida do embrião ou do feto (interpretação 
sistemática da Constituição). Garante-se a inviolabilidade à vida aos brasileiros natos ou 
naturalizados, bem como aos estrangeiros residentes no país, perceba que todos são pessoas que 
já nasceram. Portanto, o embrião e o feto não têm o direito à vida protegido pela CF. A legislação 
infraconstitucional, a exemplo do Código Penal, é que protege o direito à vida do embrião e do feto. 
STF - ADI 3.510 (Ayres Britto): o Magno Texto Federal não dispõe sobre o 
início da vida humana ou o preciso instante em que ela começa. Não faz de 
todo e qualquer estádio (etapa) da vida humana um autonomizado bem 
jurídico, mas da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque 
nativiva (teoria ‘natalista’, em contraposição às teorias ‘concepcionista’ ou da 
‘personalidade condicional’). 
 
Por outro lado, para Ricardo Lewandowski o direito à vida tem que ser analisado não em 
sua dimensão subjetiva (perspectiva do titular do direito), mas na perspectiva da coletividade, já que 
é um valor extremamente importante. 
STF - ADI 3.510 (Lewandowski): Creio que o debate deve centrar-se no direito 
à vida entrevisto como um bem coletivo, pertencente à sociedade ou mesmo 
à humanidade como um todo, sobretudo tendo em conta os riscos potenciais 
que decorrem da manipulação do código genético humano. 
 
INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE 
 
O direito à vida é, além de inviolável, irrenunciável. 
 
INVIOLABILIDADEIRRENUNCIABILIDADE 
Proteção contra violação por parte de 
TERCEIROS e do ESTADO 
Protege contra o PRÓPRIO TITULAR. Em 
princípio, a pessoa não possui o direito de 
renunciar sua própria vida. 
 
De acordo com a doutrina, todos direitos fundamentais são irrenunciáveis. Em outras 
palavras, não pode haver renuncia definitiva do direito (embora possa não ser exercido 
temporariamente). 
Importante consignar que nenhum direito fundamental é absoluto, nem mesmo o direito à 
vida. Há hipóteses em que, apesar da inviolabilidade, outros valores de peso maior, no caso 
concreto, irão prevalecer, justificando sua a restrição. 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 17 
 
 
Poderá, ainda, haver conflito entre o direito à vida e outro direito fundamental, a exemplo do 
direito à liberdade religiosa. É o que ocorre, por exemplo, com as Testemunhas de Jeová. Em razão 
de sua fé, não aceitam receber transfusões de sangue, mesmo que isso coloque sua vida em risco. 
Havendo tratamentos alternativos, não há dúvidas de que não podem ser obrigadas a receber 
transfusão de sangue. Contudo, quando a transfusão for a única forma de mantê-la vida, segundo 
Novelino deve-se observar a plena capacidade para renunciar ao seu direito à vida em razão da 
liberdade religiosa, não poderá o Estado impor o recebimento da transfusão quando a pessoa 
plenamente capaz manifesta a sua vontade. 
Destaca-se que caso a pessoa esteja gravemente ferida, por exemplo em coma, e tenha 
deixado documento escrito negando o recebimento de sangue de terceiros, a transfusão poderá 
ocorrer, eis que não pode manifestar sua vontade no exato momento. Isso vale em relação aos 
menores, o pai/a mãe, por seus crenças religiosas, não possuem o direito de impedir a transfusão 
de sangue no filho. 
O Conselho da Justiça Federal criou um enunciado a respeito do tema e adotou uma diretriz 
que é considerada adequada: 
Enunciado n. 403 (CJF): O direito à inviolabilidade de consciência e de 
crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à 
pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, 
com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde 
que observados os seguintes critérios: 
a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou 
assistente; 
b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e 
c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do 
declarante 
RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA 
 
Consistem em intervenções, constitucionalmente previstas (expressa ou implicitamente), 
que permitem a limitação do direito à vida. 
Ressalta-se que a restrição não pode ser confundida com violação, que é uma intervenção 
inconstitucional no direito à vida. 
 
3.4.1. Pena de morte no caso de guerra declarada 
 
Trata-se da única restrição expressa na Constituição (art. 5º, XLVII, a). Observe: 
 
 
 
É o Código Penal Militar que regulamenta o dispositivo constitucional, prevendo que a pena 
de morte será executada por fuzilamento. 
Veja como foi cobrado: 
 
 PC/GO (2018): A Constituição admite como possível a pena de morte em caso de guerra declarada. Correto! 
 
3.4.2. Aborto 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 18 
 
 
CP, art. 128: Não se pune o aborto praticado por médico: 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento 
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
O aborto em algumas hipóteses é admitido no ordenamento jurídico brasileiro, seja por 
previsão legal expressa (art. 128 do CP) seja pela jurisprudência do STF. 
 
 
Não há óbice para o legislador infraconstitucional limitar um direito fundamental consagrado 
na CF, pois a restrição está fundamentada em outro direito fundamental, passando, obviamente, 
pelo crivo da proporcionalidade. Desta forma, se a medida adotada for apta a atingir o fim almejado, 
necessária e proporcional em sentido estrito, é constitucional. 
Diante disso, o legislador ponderou entre o direito à vida e outros direitos, criando duas 
hipóteses em que o direito à vida sofrerá restrições legítimas. 
1º ABORTO TERAPÊUTICO OU NECESSÁRIO – há colisão entre dois direitos à vida, de 
um lado o feto e do outro a mãe. O Estado não pode obrigar a mãe a colocar sua vida em risco, 
seria caso de estado de necessidade ou de legítima defesa. 
2º ABORTO SENTIMENTAL – é o aborto decorrente de estupro. Há ponderação entre direito 
à vida do feto e a dignidade da pessoa humana da mãe, além de sua liberdade sexual. Seria uma 
espécie de tortura psicológica obrigar a mulher, que sofreu o ato violento, gerar uma criança contra 
a sua vontade. 
Há alguns autores, no entanto, que sustentam que o direito à vida é inviolável e a dignidade 
é um direito absoluto, portanto o art. 128, II não teria sido recepcionado pela Constituição Federal. 
 
 
 
STF – HC 124.306/RJ (1ª Turma): “[...] 3. Em segundo lugar, é preciso conferir 
interpretação conforme a Constituição aos próprios arts. 124 a 126 do Código 
Penal – que tipificam o crime de aborto – para excluir do seu âmbito de 
incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro 
trimestre. A criminalização, nessa hipótese, viola diversos direitos 
fundamentais da mulher, bem como o princípio da proporcionalidade 
[...] 7. Anote-se, por derradeiro, que praticamente nenhum país democrático 
e desenvolvido do mundo trata a interrupção da gestação durante o primeiro 
trimestre como crime, aí incluídos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, 
Canadá, França, Itália, Espanha, Portugal, Holanda e Austrália.” 
 
A questão está sendo analisada no julgamento da ADPF 442, proposta pelo PSOL. 
 
Argumentos (PSOL): os dois dispositivos do Código Penal afrontam postulados 
fundamentais como a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a não discriminação, a 
inviolabilidade da vida, a liberdade, a igualdade, a proibição de tortura ou o tratamento desumano e 
degradante, a saúde e o planejamento familiar das mulheres e os direitos sexuais e reprodutivos. 
Marcelo Novelino destaca que o argumento mais importante está relacionado à saúde. Há 
estudos que comprovam que o Brasil realiza um milhão de abortos clandestinos por ano, gerando 
inúmeras consequências, principalmente, para as mulheres de baixa renda, que colocam em risco 
sua própria vida. 
Obs.: Embora o CP criminalize o aborto, a 1ªTurma do STF (voto condutor de Luís Roberto Barroso) 
adotou o entendimento de que o CP deve ser interpretado à luz da CF, a fim de que o aborto 
realizado no primeiro trimestre de gestação não pode ser criminalizado. 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2022.1 19 
 
 
Uma mulher, no primeiro mês de gestação de uma gravidez indesejada, procura orientação jurídica na 
Defensoria Pública a respeito da possibilidade de realização de aborto. Nesse contexto: 
III. Explicar as hipóteses previstas no Código Penal e pela interpretação do STF (ADPF 54), nas quais o aborto 
não é punido, e que está pendente de julgamento no STF a ADPF 442, que busca dar interpretação conforme 
a Constituição aos artigos 124 e 126 do Código Penal, a fim de que se declare a sua não recepção parcial, 
para excluir do seu âmbito de incidência a interrupção da gestação indesejada e voluntária realizada nas 
primeiras 12 semanas. Correto! 
IV. Esclarecer que há um precedente na decisão proferida no HC 124.306/RJ, julgado pelo STF, em que não 
se manteve prisão preventiva de réus que respondiam criminalmente pela prática de aborto por se considerar 
fato não típico por violação da Constituição (direitos fundamentais das mulheres à vida, à liberdade, à 
integridade física e psicológica, à igualdade de gênero, à autonomia, à saúde e ao planejamento familiar) e 
da regra da proporcionalidade, o que viabilizaria a impetração em favor dela de um habeas corpus preventivo 
com os mesmos fundamentos. Correto! 
Observe os itens considerados corretos na questão cobrada na prova da DPE/SP, em 2019: 
 
 
3.4.3. Interrupção da

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