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CS 2023 - CONSTITUCIONAL 2

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Edição 2023.1
Revisada
Atualizada
Ampliada
PA
RT
E
DIREITO
CONSTITUCIONAL
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 1 
 
CONSTITUCIONAL – PARTE II 
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 13 
DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE ............................................................................................ 14 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 14 
2. DESTINATÁRIOS ...................................................................................................................... 14 
3. DIREITO À VIDA ........................................................................................................................ 15 
 PREVISÃO CONSTITUCIONAL ......................................................................................... 15 
 ÂMBITO DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 16 
 INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE .................................................................. 17 
 RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA .................................................................................. 18 
3.4.1. Pena de morte no caso de guerra declarada .............................................................. 18 
3.4.2. Aborto ........................................................................................................................... 18 
3.4.3. Interrupção da gravidez de feto com anencefalia ....................................................... 20 
3.4.4. Aborto e microcefalia causada pelo zika vírus ............................................................ 23 
3.4.5. Pesquisas com células-tronco embrionárias ............................................................... 24 
4. DIREITO À IGUALDADE ............................................................................................................ 24 
 PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ......................................................................... 24 
 EVOLUÇÃO HISTÓRIA ...................................................................................................... 25 
 CONCEPÇÃO MATERIAL .................................................................................................. 25 
 ÂMBITO DE PROTEÇÃO E INTERVENÇÃO .................................................................... 27 
 DESTINATÁRIOS DO DEVER DE IGUALDADE ............................................................... 30 
4.5.1. Igualdade perante a lei ................................................................................................ 31 
4.5.2. Igualdade na lei ............................................................................................................ 31 
 IGUALDADE COMO RECONHECIMENTO ....................................................................... 31 
 AÇÕES AFIRMATIVAS ....................................................................................................... 33 
4.7.1. Conceito ....................................................................................................................... 33 
4.7.2. Exemplos de ações afirmativas ................................................................................... 34 
4.7.3. Sistemas de cotas ........................................................................................................ 34 
4.7.4. Lei Maria da Penha ...................................................................................................... 35 
5. DIREITO À PRIVACIDADE ........................................................................................................ 36 
 PREVISÃO .......................................................................................................................... 36 
 GRAU DE PROTEÇÃO ....................................................................................................... 36 
5.2.1. Locais públicos e reservados ...................................................................................... 36 
5.2.2. Pessoas públicas e comuns ........................................................................................ 36 
5.2.3. Fatos de interesse público e de mero interesse público ............................................. 37 
5.2.4. Teoria das esferas ....................................................................................................... 38 
5.2.5. Honra ............................................................................................................................ 38 
5.2.6. Imagem ........................................................................................................................ 38 
 DISTINÇÕES CONCEITUAIS............................................................................................. 40 
5.3.1. Interceptação ambiental............................................................................................... 40 
5.3.2. Gravação clandestina .................................................................................................. 40 
5.3.3. Quebra de sigilo de dados ........................................................................................... 41 
5.3.4. Interceptação de comunicações .................................................................................. 46 
 INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO ................................................................................... 52 
6. DIREITO DE LIBERDADE.......................................................................................................... 56 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 59 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 2 
 
 LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO ................................................... 60 
6.2.1. Previsão constitucional ................................................................................................ 60 
6.2.2. Âmbito de proteção ...................................................................................................... 60 
6.2.3. Restrições .................................................................................................................... 63 
 LIBERDADE DE INFORMAÇÃO ........................................................................................ 66 
6.3.1. Conceito ....................................................................................................................... 66 
6.3.2. Liberdade de informação jornalística........................................................................... 66 
 LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA E CULTO ..................................................... 66 
6.4.1. Conceitos ..................................................................................................................... 67 
6.4.2. Escusa de consciência (art. 5º, VIII, da CF) ................................................................ 67 
6.4.3. Dever de neutralidade do Estado ................................................................................ 69 
 LIBERDADE DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO .................................................................... 74 
6.5.1. Conceito ....................................................................................................................... 74 
6.5.2. Reunião x associação (diferenças e semelhanças) .................................................... 75 
6.5.3. Reunião ........................................................................................................................ 75 
6.5.4. Associação ................................................................................................................... 76 
6.5.5. Sindicato .......................................................................................................................78 
7. DIREITO DE PROPRIEDADE .................................................................................................... 79 
 ÂMBITO DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 79 
 RESTRIÇÕES ..................................................................................................................... 80 
7.2.1. Função social (art. 5º, XXII, da CF) ............................................................................. 80 
7.2.2. Requisição.................................................................................................................... 82 
7.2.3. Desapropriação (art. 5º, XXIV, da CF) ........................................................................ 82 
7.2.4. Expropriação-sanção e confisco (art. 243 da CF - “desapropriação confiscatória”) .. 84 
7.2.5. Usucapião .................................................................................................................... 85 
8. DIREITO À PROTEÇÃO DOS DADOS PESSOAIS .................................................................. 86 
 EMENDA CONSTITUCIONAL 115/2022 ............................................................................ 86 
 DIREITO FUNDAMENTAL À PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS ................................. 87 
 CLÁUSULA PÉTREA .......................................................................................................... 88 
 NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA ..................................................................................... 88 
 COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA DA UNIÃO PARA ORGANIZAR E FISCALIZAR A 
PROTEÇÃO E O TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS .......................................................... 89 
 COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR ................................................................. 89 
 AUTORIZAÇÃO PARA OS ESTADOS LEGISLAREM SOBRE O ASSUNTO .................. 89 
GARANTIAS INDIVIDUAIS ............................................................................................................... 90 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 90 
2. FINALIDADE ............................................................................................................................... 90 
3. GARANTIAS RELACIONADAS À SEGURANÇA JURÍDICA .................................................... 90 
 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ............................................................................................ 90 
3.1.1. Previsão legal ............................................................................................................... 90 
3.1.2. Objetivo ........................................................................................................................ 90 
3.1.3. Significado .................................................................................................................... 90 
3.1.4. “Lei” .............................................................................................................................. 91 
3.1.5. Restrições expressas ................................................................................................... 91 
3.1.6. Princípio da reserva legal ............................................................................................ 92 
 PRINCÍPIO DA NÃO RETROATIVIDADE DAS LEIS ........................................................ 93 
3.2.1. Objetivo ........................................................................................................................ 93 
3.2.2. Previsão ....................................................................................................................... 93 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 3 
 
3.2.3. Abrangência da eficácia retroativa .............................................................................. 93 
3.2.4. Direito adquirido ........................................................................................................... 94 
3.2.5. Ato jurídico perfeito ...................................................................................................... 96 
3.2.6. Coisa julgada ............................................................................................................... 96 
4. GARANTIAS DE NATUREZA PENAL ....................................................................................... 98 
 PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA .......................................................................................... 98 
4.1.1. Finalidade ..................................................................................................................... 98 
4.1.2. Disposições normativas ............................................................................................... 98 
4.1.3. Posição do STF ............................................................................................................ 99 
4.1.4. Presunção de inocência e eliminação de concurso público ..................................... 102 
5. MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE NÃO CRIMINALIZAÇÃO ........................................... 103 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 103 
 CRIMES INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS ........................................................... 104 
 CRIMES INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA ..................... 104 
6. AÇÕES CONSTITUCIONAIS ................................................................................................... 105 
 CONSIDERAÇÕES ........................................................................................................... 105 
 HABEAS DATA ................................................................................................................. 105 
6.2.1. Considerações e previsão ......................................................................................... 105 
6.2.2. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 105 
6.2.3. Legitimidade passiva ................................................................................................. 106 
6.2.4. Objeto ......................................................................................................................... 106 
6.2.5. Objetivo ...................................................................................................................... 107 
6.2.6. Hipóteses de cabimento ............................................................................................ 107 
6.2.7. Interesse de agir ........................................................................................................ 109 
6.2.8. Decisão liminar ........................................................................................................... 110 
6.2.9. Decisão de mérito ...................................................................................................... 110 
 AÇÃO POPULAR .............................................................................................................. 110 
6.3.1. Considerações ........................................................................................................... 110 
6.3.2. Legitimidade ativa ...................................................................................................... 110 
6.3.3. Legitimidade passiva ................................................................................................. 111 
6.3.4. Objeto ......................................................................................................................... 112 
6.3.5. Objetivo ...................................................................................................................... 113 
6.3.6. Requisitos específicos ...............................................................................................113 
6.3.7. Competência .............................................................................................................. 114 
6.3.8. Decisão liminar ........................................................................................................... 115 
6.3.9. Decisão de mérito ...................................................................................................... 116 
DIREITOS SOCIAIS ........................................................................................................................ 118 
2. FINALIDADE ............................................................................................................................. 119 
3. EFICÁCIA ................................................................................................................................. 119 
4. INTERVENÇÃO JUDICIAL....................................................................................................... 120 
 PRIMEIRA FASE: AUSÊNCIA DE NORMATIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS 
CONSAGRADOS EM NORMAS PROGRAMÁTICAS. ............................................................... 120 
 SEGUNDA FASE: INTERVENÇÃO ATUANTE DO PODER JUDICIÁRIO, MAS SEM O 
ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS. ...................................................................................... 120 
 TERCEIRA FASE: CONSOLIDAÇÃO DE PARÂMETROS. ............................................ 120 
 ARGUMENTOS CONTRA INTERVENÇÃO JUDICIAL ................................................... 121 
4.4.1. Separação dos poderes e a atuação do Poder Judiciário como legislador positivo 121 
4.4.2. Ausência de legitimidade democrática do Poder Judiciário...................................... 121 
4.4.3. Desenho e capacidades institucionais ...................................................................... 121 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 4 
 
4.4.4. Acesso restrito ao Poder Judiciário ........................................................................... 122 
4.4.5. Custo dos direitos e reserva do possível .................................................................. 122 
 PARÂMETROS PARA A JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO SOCIAL À SAÚDE (STF).... 122 
4.5.1. Fornecimento pelo Poder Judiciário de medicamentos não presentes na lista do 
SUS– Decisão do STJ .............................................................................................................. 122 
4.5.2. Fornecimento pelo Poder Judiciário de medicamentos não presentes na lista do SUS 
– Decisão do STF ..................................................................................................................... 123 
4.5.3. Responsabilidade pelo fornecimento do medicamento ou pela realização do 
tratamento de saúde ................................................................................................................. 128 
4.5.4. Fornecimento de medicamentos não registrados pela ANVISA............................... 130 
4.5.5. Fornecimento de medicamentos off label ................................................................. 131 
5. NORMAS CONSTITUCIONAIS PROGRAMÁTICAS ATRIBUTIVAS DE DIREITOS SOCIAIS E 
ECONÔMICOS ................................................................................................................................ 134 
6. RESERVA DO POSSÍVEL ....................................................................................................... 135 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 135 
 DIMENSÕES ..................................................................................................................... 136 
6.2.1. Possibilidade fática .................................................................................................... 136 
6.2.2. Possibilidade jurídica ................................................................................................. 136 
6.2.3. Razoabilidade da exigência e proporcionalidade da prestação ............................... 137 
 QUEM ALEGA A RESERVA DO POSSÍVEL? ................................................................. 137 
 NÃO APLICAÇÃO DA TEORIA DA RESERVA DO POSSÍVEL ...................................... 137 
7. MÍNIMO EXISTENCIAL ............................................................................................................ 139 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 139 
 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA E O MÍNIMO EXISTENCIAL ............................. 140 
 RESERVA DO POSSÍVEL X MÍNIMO EXISTENCIAL ..................................................... 140 
8. VEDAÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL ................................................................................. 141 
 NOMENCLATURAS E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................... 141 
 FUNDAMENTOS ............................................................................................................... 141 
 DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 141 
 ACEPÇÕES ....................................................................................................................... 142 
DIREITOS DE NACIONALIDADE ................................................................................................... 143 
 NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA ............................................................. 143 
 NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA ........................................................ 144 
1.2.1. Naturalização tácita ................................................................................................... 144 
1.2.2. Naturalização expressa ............................................................................................. 145 
1.2.3. Naturalização especial ............................................................................................... 146 
1.2.4. Naturalização provisória ............................................................................................ 146 
2. “QUASE NACIONALIDADE” .................................................................................................... 146 
3. DIFERENÇAS DE TRATAMENTO ENTRE BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO .......... 147 
 CARGOS PRIVATIVOS .................................................................................................... 147 
 CONSELHO DA REPÚBLICA........................................................................................... 148 
 PROPRIEDADE DE EMPRESA JORNALÍSTICA E DE RADIODIFUSÃO SONORA..... 148 
 EXTRADIÇÃO ................................................................................................................... 149 
4. PERDA DA NACIONALIDADE ................................................................................................. 154 
 AÇÃO DE CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO ..................................................... 154 
 AQUISIÇÃO DE OUTRA NACIONALIDADE .................................................................... 154 
DIREITOS POLÍTICOS .................................................................................................................... 156 
2. DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS ........................................................................................ 156 
 SUFRÁGIO ........................................................................................................................ 156 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 5 
 
 ALISTABILIDADE .............................................................................................................. 157 
 ELEGIBILIDADE ............................................................................................................... 159 
3. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS ......................................................................................160 
 INELEGIBILIDADES ......................................................................................................... 161 
 PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS ................................................... 165 
4. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL ..................................................................... 166 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 166 
 FINALIDADE ..................................................................................................................... 166 
 CLÁUSULA PÉTREA ........................................................................................................ 166 
5. PARTIDOS POLÍTICOS ........................................................................................................... 167 
 EC 117/2022 ...................................................................................................................... 171 
5.1.1. Manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das 
mulheres ................................................................................................................................... 171 
5.1.2. Cota de gênero e as campanhas eleitorais ............................................................... 173 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ........................................................................................................ 179 
 FORMAS DE GOVERNO ................................................................................................. 179 
 SISTEMAS DE GOVERNO ............................................................................................... 179 
 FORMAS DE ESTADO ..................................................................................................... 181 
2. TIPOS DE FEDERALISMO ...................................................................................................... 182 
 QUANTO AO SURGIMENTO ........................................................................................... 182 
2.1.1. Federalismo por agregação ....................................................................................... 182 
2.1.2. Federalismo por segregação ..................................................................................... 182 
 QUANTO À CONCENTRAÇÃO DE PODER.................................................................... 183 
2.2.1. Federalismo centrípeto (ou centralizador) ................................................................. 183 
2.2.2. Federalismo centrífugo .............................................................................................. 183 
2.2.3. Federalismo de equilíbrio .......................................................................................... 183 
 QUANTO À REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS........................................................... 183 
2.3.1. Federalismo dualista ou dual ..................................................................................... 183 
2.3.2. Federalismo por integração ....................................................................................... 183 
2.3.3. Federalismo cooperativo............................................................................................ 183 
 QUANTO À HOMOGENEIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ................ 184 
2.4.1. Federalismo simétrico ou homogêneo ...................................................................... 184 
2.4.2. Federalismos assimétrico ou heterogêneo ............................................................... 184 
 QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DOMINANTES ........................................................ 184 
2.5.1. Federalismo simétrico ................................................................................................ 184 
2.5.2. Federalismo assimétrico ............................................................................................ 184 
 QUANTO ÀS ESFERAS DE COMPETÊNCIA ................................................................. 185 
2.6.1. Federalismo típico (bidimensional, bipartite ou de segundo grau) ........................... 185 
2.6.2. Federalismo atípico (tridimensional, tripartite ou de terceiro grau) .......................... 185 
3. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA FEDERAÇÃO ........................................................... 185 
 DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA FIXADA PELA CONSTITUIÇÃO
 185 
 PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO ...................................................................................... 185 
 AUTO-ORGANIZAÇÃO POR MEIO DE CONSTITUIÇÕES PRÓPRIAS (PRINCÍPIO DA 
AUTONOMIA) ............................................................................................................................... 185 
 REQUISITOS PARA A MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO ............................................. 186 
4. SOBERANIA X AUTONOMIA .................................................................................................. 186 
5. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA ........................................................................................ 186 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 186 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 6 
 
 CRITÉRIOS PARA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ............................................... 187 
5.2.1. Campos específicos de competências administrativas e legislativas ...................... 187 
5.2.2. Possibilidade de delegação ....................................................................................... 191 
5.2.3. Competências comuns .............................................................................................. 192 
5.2.4. Competências concorrentes ...................................................................................... 192 
6. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ..................................................................... 197 
 FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ................................................................................ 197 
 ESTADOS ......................................................................................................................... 198 
6.2.1. Limites à autonomia ................................................................................................... 199 
6.2.2. Princípios constitucionais sensíveis .......................................................................... 199 
6.2.3. Princípios constitucionais extensíveis ....................................................................... 200 
6.2.4. Princípios constitucionais estabelecidos ................................................................... 201 
 DISTRITO FEDERAL ........................................................................................................ 201 
 MUNICÍPIOS ..................................................................................................................... 202 
 TERRITÓRIOS .................................................................................................................. 206 
7. CRIAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS ............................................................................... 206 
 INCORPORAÇÃO, SUBDIVISÃO E DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS .................. 206 
7.1.1. Previsão ..................................................................................................................... 206 
7.1.2. Distinções ................................................................................................................... 207 
7.1.3. Requisitos................................................................................................................... 207 
7.1.4. Procedimento ............................................................................................................. 208 
 CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DEMUNICÍPIOS ..... 209 
7.2.1. Previsão e considerações .......................................................................................... 209 
7.2.2. Requisitos................................................................................................................... 210 
8. INTERVENÇÃO ........................................................................................................................ 210 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 210 
 CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................... 211 
 INTERVENÇÃO FEDERAL ............................................................................................... 211 
8.3.1. Pressupostos materiais.............................................................................................. 212 
8.3.2. Pressupostos formais ................................................................................................ 212 
8.3.3. Casuísticas ................................................................................................................. 213 
8.3.4. Espécies de intervenção ............................................................................................ 213 
8.3.5. Controle ...................................................................................................................... 214 
 INTERVENÇÃO ESTADUAL ............................................................................................ 214 
8.4.1. Pressupostos materiais.............................................................................................. 215 
8.4.2. Pressupostos formais ................................................................................................ 216 
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ................................................................................................... 217 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 217 
2. IMPROPRIEDADE DA EXPRESSÃO TRIPARTIÇÃO DOS PODERES ................................ 217 
3. FINALIDADE DA SEPARAÇÃO DE PODERES ...................................................................... 218 
 LIMITAR O PODER DO ESTADO .................................................................................... 218 
 LEGITIMAR O EXERCÍCIO DO PODER E MELHORAR O DESEMPENHO DO PODER 
NO ESTADO ................................................................................................................................ 218 
PODER LEGISLATIVO .................................................................................................................... 219 
1. ATRIBUIÇÕES DO LEGISLATIVO: FISCALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA. 
COMISSÕES PARLAMENTARES .................................................................................................. 219 
 FISCALIZAÇÃO PELO LEGISLATIVO ............................................................................. 219 
 CLASSIFICAÇÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES .......................................... 219 
1.2.1. Quanto à duração da comissão ................................................................................. 219 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 7 
 
1.2.2. Quanto à composição ................................................................................................ 220 
2. ESPÉCIES DE COMISSÃO PARLAMENTAR ......................................................................... 220 
 COMISSÃO TEMÁTICA OU EM RAZÃO DA MATÉRIA (ART. 58, § 2º, DA CF) ........... 220 
 COMISSÃO REPRESENTATIVA OU DE REPRESENTAÇÃO ....................................... 220 
 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) ...................................................... 221 
3. ESTUDOS DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) .................................... 221 
 CPI E OS “PODERES PRÓPRIOS DAS AUTORIDADES JUDICIAIS”........................... 221 
 MANDADO DE SEGURANÇA OU HABEAS CORPUS EM FACE DA CPI .................... 222 
 OBJETIVOS DA CPI ......................................................................................................... 222 
 COMPOSIÇÃO DA CPI .................................................................................................... 223 
 SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO PELA CPI ..................................................................... 223 
 REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DA CPI ............................................................. 223 
 PODERES DA CP ............................................................................................................. 225 
 LIMITES DA CPI ............................................................................................................... 229 
3.8.1. Cláusula de reserva de jurisdição (jurisprudência do STF) ...................................... 229 
3.8.2. Autonomia federativa e separação de poderes ........................................................ 230 
3.8.3. Direitos e garantias Individuais .................................................................................. 230 
3.8.4. Medidas acautelatórias .............................................................................................. 230 
3.8.5. Acusações .................................................................................................................. 231 
 QUADRO SOBRE A CPI .................................................................................................. 231 
 CPI NO ÂMBITO ESTADUAL ........................................................................................... 232 
3.10.1. Requisitos................................................................................................................... 232 
3.10.2. Poderes da CPI estadual ........................................................................................... 232 
3.10.3. HC e MS ..................................................................................................................... 232 
 CPI NO ÂMBITO MUNICIPAL .......................................................................................... 233 
3.11.1. Fundamentos ............................................................................................................. 233 
3.11.2. Poderes ...................................................................................................................... 233 
3.11.3. HC e MS ..................................................................................................................... 233 
 TÉRMINO DOS TRABALHOS DA CPI ............................................................................. 233 
4. GARANTIAS DO PODER LEGISLATIVO ................................................................................ 234 
 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS ....................................................................................... 234 
 SENADORES E DEPUTADOS FEDERAIS ..................................................................... 235 
4.2.1. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 235 
4.2.2. Imunidade material .................................................................................................... 237 
4.2.3. Imunidade formal ....................................................................................................... 239 
4.2.4. Outras garantias......................................................................................................... 242 
 DEPUTADOS ESTADUAIS E DISTRITAIS ...................................................................... 242 
4.3.1. Previsão legal e considerações ................................................................................. 242 
4.3.2. Foro por prerrogativa de função ................................................................................243 
 IMUNIDADES DOS VEREADORES................................................................................. 245 
4.4.1. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 245 
4.4.2. Imunidade material .................................................................................................... 245 
4.4.3. Imunidade formal ....................................................................................................... 246 
5. PERDA DE MANDATO ............................................................................................................ 246 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 246 
 CASSAÇÃO DO MANDATO ............................................................................................. 248 
5.2.1. Conceito ..................................................................................................................... 248 
5.2.2. Hipóteses de cassação .............................................................................................. 248 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 8 
 
 EXTINÇÃO DO MANDATO .............................................................................................. 249 
 RENÚNCIA DO PARLAMENTAR ..................................................................................... 250 
6. PROCESSO LEGISLATIVO ..................................................................................................... 250 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 250 
 ESPÉCIES DE PROCESSOS LEGISLATIVOS ............................................................... 251 
6.2.1. Processo legislativo ordinário .................................................................................... 251 
6.2.2. Processo legislativo sumário ..................................................................................... 252 
6.2.3. Processos legislativos especiais ............................................................................... 253 
7. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO ...................................................................... 253 
 FASE INTRODUTÓRIA (INICIATIVA) .............................................................................. 253 
 FASE CONSTITUTIVA...................................................................................................... 256 
7.2.1. Discussão ................................................................................................................... 256 
7.2.2. Votação ...................................................................................................................... 257 
7.2.3. Aprovação .................................................................................................................. 258 
7.2.4. Sanção/veto do Poder Executivo .............................................................................. 260 
 FASE COMPLEMENTAR ................................................................................................. 261 
8. MEDIDAS PROVISÓRIAS (MP’s) ............................................................................................ 262 
 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 262 
 EFEITOS IMEDIATOS DA MEDIDA PROVISÓRIA ......................................................... 262 
 PRAZO DA MEDIDA PROVISÓRIA ................................................................................. 263 
 REGIME DE URGÊNCIA .................................................................................................. 265 
 TRÂMITE DA MEDIDA PROVISÓRIA .............................................................................. 266 
 REVOGAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA ...................................................................... 268 
 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS ............... 269 
8.7.1. Aspectos formais........................................................................................................ 269 
8.7.2. Aspectos materiais ..................................................................................................... 269 
 LIMITES MATERIAIS ........................................................................................................ 270 
 MEDIDA PROVISÓRIA NOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS .......... 273 
9. LEIS DELEGADAS ................................................................................................................... 274 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 274 
 PROCESSO LEGISLATIVO DE LEIS DELEGADAS ....................................................... 274 
 ESPÉCIES DE DELEGAÇÃO ........................................................................................... 275 
 LIMITAÇÕES MATERIAIS ................................................................................................ 275 
10. DECRETO LEGISLATIVO x RESOLUÇÕES....................................................................... 276 
PODER EXECUTIVO ...................................................................................................................... 281 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 281 
2. SISTEMAS OU REGIMES DE GOVERNO ............................................................................. 281 
 SISTEMA DE “ASSEMBLEIA” .......................................................................................... 282 
 PARLAMENTARISMO x PRESIDENCIALISMO .............................................................. 282 
 PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO ............................................................................. 283 
3. REQUISITOS PARA SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................... 283 
4. ELEIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................... 284 
5. POSSE DO PRESIDENTE ....................................................................................................... 286 
6. SUCESSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................... 286 
7. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ............................................................... 290 
8. MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................... 293 
9. VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................................... 294 
10. MINISTROS DE ESTADO .................................................................................................... 295 
 REQUISITOS .................................................................................................................... 295 
 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 295 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 9 
 
 CRIAÇÃO DE CARGOS ................................................................................................... 295 
 CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL ........................ 296 
11. CRIMES DE RESPONSABILIDADE .................................................................................... 298 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 298 
 DIPLOMAS NORMATIVOS QUE TIPIFICAM CRIMES DE RESPONSABILIDADES .... 299 
 SUJEITOS QUE PODEM PRATICAR CRIMES DE RESPONSABILIDADE E 
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO ...................................................................................... 299 
12. CRIMES DERESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ......................... 301 
 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 301 
 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 301 
 SANÇÃO............................................................................................................................ 301 
 CONDUTAS QUE IMPORTAM CRIME DE RESPONSABILIDADE ................................ 302 
 DUPLO REGIME SANCIONATÓRIO ............................................................................... 302 
 PROCEDIMENTO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS ..................................................... 303 
12.6.1. Oferecimento da denúncia ......................................................................................... 303 
12.6.2. Acolhimento do pedido .............................................................................................. 303 
12.6.3. Instalação da Comissão Especial .............................................................................. 304 
12.6.4. Notificação do Presidente da República ................................................................... 304 
12.6.5. Votação do relatório final ........................................................................................... 304 
12.6.6. Decisão do Plenário ................................................................................................... 304 
 PROCEDIMENTO NO SENADO FEDERAL .................................................................... 305 
12.7.1. Instauração................................................................................................................. 305 
12.7.2. Rito ............................................................................................................................. 306 
12.7.3. Presidência................................................................................................................. 307 
12.7.4. Absolvição .................................................................................................................. 307 
12.7.5. Condenação ............................................................................................................... 307 
12.7.6. Renúncia .................................................................................................................... 308 
13. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS GOVERNADORES DE ESTADO ..................... 308 
 INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS ................................................................. 308 
 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 308 
 JULGAMENTO .................................................................................................................. 309 
 SANÇÕES ......................................................................................................................... 311 
14. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS MUNICIPAIS ............................... 311 
 PREVISÃO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 311 
 TIPOS DE INFRAÇÕES QUE PODEM SER COMETIDAS POR PREFEITOS .............. 312 
 PROCEDIMENTO DOS CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PREFEITO ............... 312 
 CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS NO DECRETO-LEI 201/67 ..... 314 
15. PROCESSO E JULGAMENTO CRIMES COMUNS ............................................................ 315 
 PRATICADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................... 315 
15.1.1. Irresponsabilidade penal relativa ............................................................................... 316 
15.1.2. Competência .............................................................................................................. 317 
15.1.3. Necessidade de autorização ..................................................................................... 317 
15.1.4. Procedimento ............................................................................................................. 318 
15.1.5. Crimes abrangidos pela expressão “infração penal comum” ................................... 320 
 CRIMES PRATICADOS PELO GOVERNADOR .............................................................. 320 
 CRIMES PRATICADOS PELO PREFEITO ...................................................................... 322 
16. RECALL ................................................................................................................................ 324 
 CONSIDERAÇÕES E CONCEITO ................................................................................... 324 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 10 
 
 RECALL x IMPEACHMENT .............................................................................................. 324 
PODER JUDICIÁRIO ....................................................................................................................... 325 
1. GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO ................................................................................... 325 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 325 
 GARANTIAS FUNCIONAIS DOS MAGISTRADOS ......................................................... 325 
1.2.1. Garantias de independência ...................................................................................... 325 
1.2.2. Garantias da imparcialidade ...................................................................................... 327 
 GARANTIAS INSTITUCIONAIS ....................................................................................... 329 
1.3.1. Garantia de autonomia orgânico-administrativa ....................................................... 329 
1.3.2. Garantia de autonomia financeira ............................................................................. 330 
2. ÓRGÃO ESPECIAL DO PODER JUDICIÁRIO ....................................................................... 331 
3. QUINTO CONSTITUCIONAL ................................................................................................... 331 
4. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................................... 333 
 FUNÇÕES TÍPICAS .......................................................................................................... 333 
4.1.1. Exercício da jurisdição ............................................................................................... 333 
4.1.2. Proteção de direitos fundamentais ............................................................................ 334 
4.1.3. Defesa da força normativa da Constituição .............................................................. 334 
4.1.4. Edição da “legislação judicial” ................................................................................... 334 
 FUNÇÕES ATÍPICAS ....................................................................................................... 334 
4.2.1. Administrativa ............................................................................................................. 334 
4.2.2. Legislativa .................................................................................................................. 334 
5. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO ............................................................................. 335 
6. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ........................................................................................... 335 
 ATRIBUIÇÕES DO STF .................................................................................................... 335 
 COMPOSIÇÃO E REQUISITOS PARA SER MEMBRO DO STF ................................... 336 
7. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ......................................................................................337 
 ORIGEM E OBJETIVO DO STJ ....................................................................................... 337 
 COMPOSIÇÃO DO STJ .................................................................................................... 337 
 PROCEDIMENTO DE ESCOLHA .................................................................................... 338 
7.3.1. Desembargadores...................................................................................................... 338 
7.3.2. Advogados ................................................................................................................. 338 
7.3.3. Ministério Público ....................................................................................................... 338 
8. JUSTIÇA COMUM FEDERAL .................................................................................................. 338 
 2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS ................................ 338 
 1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUÍZES FEDERAIS ............................................................. 339 
9. JUSTIÇA COMUM ESTADUAL ............................................................................................... 340 
 2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ................................................... 340 
 1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUIZ DE DIREITO ............................................................... 340 
10. JUSTIÇA ELEITORAL .......................................................................................................... 340 
 TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL................................................................................ 341 
 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL ................................................................................ 342 
 JUÍZES ELEITORAIS ........................................................................................................ 342 
 JUNTAS ELEITORAIS ...................................................................................................... 344 
11. JUSTIÇA MILITAR ................................................................................................................ 344 
 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ..................................................................................... 344 
12. JUSTIÇA DO TRABALHO .................................................................................................... 345 
 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ......................................................................... 345 
 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO ....................................................................... 345 
 JUÍZES DO TRABALHO ................................................................................................... 346 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 11 
 
13. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ................................................................................ 346 
 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 346 
 ATRIBUIÇÕES .................................................................................................................. 346 
 COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 350 
 CONSTITUCIONALIDADE DO CNJ ................................................................................. 353 
 COMPETÊNCIA PARA JULGAR AS AÇÕES CONTRA O CNJ ..................................... 354 
14. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO ........................................................ 356 
 COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 356 
 DIFERENÇAS NAS REGRAS DE NOMEAÇÃO E DESTITUIÇÃO DO PROCURADOR-
GERAL DA REPÚBLICA E DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA .................................... 357 
 CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ...................................................................................... 358 
15. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 363 
 ORIGEM ............................................................................................................................ 363 
 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 363 
 OBJETO DA RECLAMAÇÃO............................................................................................ 364 
15.3.1. Preservação de competência .................................................................................... 364 
15.3.2. Garantir a autoridade das decisões ........................................................................... 365 
 LEGITIMIDADE ATIVA...................................................................................................... 366 
16. SÚMULA VINCULANTE ....................................................................................................... 367 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 367 
 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 367 
 OBJETO ............................................................................................................................ 367 
 REQUISITOS .................................................................................................................... 368 
16.4.1. Reiteradas decisões sobre matéria constitucional .................................................... 368 
16.4.2. Iniciativa ..................................................................................................................... 368 
16.4.3. Quórum ...................................................................................................................... 369 
16.4.4. Publicação .................................................................................................................. 369 
16.4.5. Efeito vinculante ......................................................................................................... 369 
 CANCELAMENTO ............................................................................................................ 370 
17. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E RECURSOS ESPECIAIS ........................................ 370 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 371 
 PREQUESTIONAMENTO ................................................................................................. 374 
 PRÉVIO ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS ........................................ 375 
 IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS ........................................... 376 
 REPERCUSSÃO GERAL ................................................................................................. 376 
 HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.............................. 377 
 HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RECURSO ESPECIAL ............................................. 379 
17.7.1. EC 125/2022 .............................................................................................................. 381 
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ............................................... 383 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 383 
2. NORMAS GERAIS COMUNS AO SISTEMA CONSTITUCIONAL DAS CRISES .................. 383 
 TEMPORARIEDADE ......................................................................................................... 383 
 PROPORCIONALIDADE .................................................................................................. 384 
 DELIMITAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS .........................................................385 
 MOTIVAÇÃO ..................................................................................................................... 386 
3. ESTADO DE DEFESA ............................................................................................................. 386 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 386 
 EFEITOS ........................................................................................................................... 387 
 CONTROLE ....................................................................................................................... 388 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 12 
 
4. ESTADO DE SÍTIO................................................................................................................... 389 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 389 
 EFEITOS ........................................................................................................................... 389 
 RESPONSABILIZAÇÃO PELAS MEDIDAS EXECUTIVAS ............................................. 390 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 13 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
Inicialmente gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fonte de 
estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. 
O Caderno Sistematizado de Direito Constitucional, que está dividido em Parte I e Parte II, 
possui como base as aulas do Prof. Marcelo Novelino (G7) e as aulas do Prof. Bernardo Fernandes. 
Além disso, foram utilizadas as seguintes fontes complementares: a) Constituição Federal 
para Concursos, 2020, (Marcelo Novelino e Dirley da Cunha Jr.); b) Curso de Direitos Constitucional, 
2018, (Dirley da Cunha Júnior); e c) Curso de Direito Constitucional, 2020 (Bernardo Gonçalves 
Fernandes). 
Em relação à jurisprudência, a fonte utilizada foi o site do Buscador do Dizer o Direito 
(https://www.buscadordizerodireito.com.br). Destacamos que é importante você se manter 
atualizado com os informativos. Por isso, recomendamos que você reserve um dia da semana para 
ler os informativos no site do Dizer o Direito. 
Como você pode perceber, reunimos diversas fontes (aulas, doutrina, informativos, lei seca 
e questões) em um único material, para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma boa 
prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não se esqueça de fazer questões. É 
muito importante! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos! Bons estudos! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 14 
 
DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Dentro dos direitos individuais, serão estudados os direitos à vida, à igualdade, à 
privacidade, à liberdade e à propriedade. 
Os direitos individuais estão elencados, expressamente, no art. 5º, caput, da CF. 
Além disso, os direitos fundamentais serão analisados sob o prisma do âmbito de proteção 
(bem jurídico protegido pela Constituição Federal), bem como das restrições (intervenções 
constitucionais legítimas no âmbito de proteção dos direitos). 
Finalmente, o direito à segurança está previsto no art. 5º, caput, da CF, porém se refere à 
segurança jurídica, que não é um direito individual, e sim uma garantia para que os direitos sejam 
protegidos. A título de exemplo, cita-se o habeas corpus, que protege o direito de liberdade. Dessa 
forma, o tema será analisado em tópico separado. 
OBS.: A segurança pública, prevista no art. 6º da CF, será analisada 
na parte dos direitos sociais. 
2. DESTINATÁRIOS 1 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: (...) 
 
A interpretação literal do art. 5º, caput, da CF excluiria os estrangeiros não residentes no 
Brasil do rol de destinatários desses direitos. Todavia, esse entendimento é oposto à pretensão 
contemporânea de se promover uma cultura forte e globalizado dos direitos humanos. Os direitos 
individuais existem para proteger diretamente a dignidade da pessoa humana. O conceito de pessoa 
humana é dotado de universalidade, relativo a qualquer indivíduo, e não apenas ao cidadão. O 
princípio da dignidade da pessoa humana afasta a possibilidade de quaisquer discriminações, 
inclusive, entre nacionais e estrangeiros. 
Por conseguinte, é necessário fazer uma interpretação extensiva do art. 5º, caput, da CF, 
para assegurar os direitos e garantias individuais, quando cabíveis, a todas as pessoas que estejam 
em território brasileiro, e não apenas aos brasileiros e estrangeiros residentes no país. 
O STF é firme no sentido de que a condição jurídica de estrangeiro aliada ao fato de não ter 
domicílio no Brasil não inibe, por si só, o acesso aos instrumentos processuais de tutela da liberdade 
 
1 NOVELINO, Marcelo. Direito Constitucional. 16 ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Editora Juspodivm, 2021, 
p. 348-349. 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 15 
 
e tampouco subtrai o Poder Público do dever de respeitar as prerrogativas da ordem jurídica e as 
garantias de índole constitucional que o ordenamento jurídico assegura a qualquer pessoa. 
Nesse sentido, é ilegítima a adoção de tratamento arbitrário ou discriminatório por parte do 
Brasil a qualquer indivíduo, independentemente de sua origem ou domicílio. 
STF – HC 94.016/SP: O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio 
no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a 
preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da 
cláusula constitucional do due process. [...] A condição jurídica de não 
nacional do Brasil e a circunstância de o réu estrangeiro não possuir 
domicílio em nosso país não legitimam a adoção, contra tal acusado, de 
qualquer tratamento arbitrário ou discriminatório. 
 
A inexistência de justificativa legítima para exclusão de estrangeiros não residentes do 
âmbito de proteção dos direitos e garantias individuais não se dá em relação aos demais direitos e 
garantias fundamentais. Alguns direitos sociais, como os trabalhistas e previdenciários, não são 
dirigidos aos estrangeiros sem residência no país. Por outro lado, os direitos políticos somente 
podem ser usufruídos por aqueles que detêm a nacionalidade brasileira (art. 14, § 2º, da CF). 
Noutro giro, ainda que originariamente os direitos e garantias fundamentais tenham sido 
pensados em relação às pessoas físicas, atualmente é incontestável a possibilidade de também 
serem titularizados, conforme a sua natureza, por pessoas jurídicas. 
No que se refere às pessoas jurídicas de direito público, a problemática é mais complexa. 
Na sua concepção original, os direitos foram pensados para proteger os indivíduos dos poderes 
públicos, porém é incompatível com o atual paradigma do Estado Democrático de Direito qualquer 
exercício abusivo de autoridade em matéria de limitação ou supressão de direitos. Por conseguinte, 
certos direitos fundamentais, em particular os de natureza procedimental, devem ser assegurados 
às pessoas jurídicas de direito público, em particular. 
STF - AC 2.395 MC/PB: A imposição de restrições de ordem jurídica, pelo 
Estado, quer se concretize na esfera judicial, quer se realize no âmbito 
estritamente administrativo (como sucede com a inclusão de supostos 
devedores em cadastros públicos de inadimplentes), supõe, paralegitimar-se 
constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia 
indisponível do ‘due process of law’, assegurada, pela Constituição da 
República (art. 5º, LIV), à generalidade das pessoas, inclusive às próprias 
pessoas jurídicas de direito público, eis que o Estado, em tema de 
limitação ou supressão de direitos, não pode exercer a sua autoridade de 
maneira abusiva e arbitrária. Doutrina. Precedentes. 
3. DIREITO À VIDA 
 PREVISÃO CONSTITUCIONAL 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 16 
 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: (...) 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; 
(...) 
 ÂMBITO DE PROTEÇÃO 
O conceito de vida, para fins de proteção constitucional, está ligado à existência física do 
ser humano. 
A inviolabilidade do direito à vida não se refere a toda e qualquer forma de existência, e 
sim à existência humana em seu sentido biológico, cuja proteção começa antes do nascimento e 
termina com a morte. A inviolabilidade consiste na proteção do direito à vida contra violações por 
parte do Estado e de terceiros. 
O âmbito de proteção do direito à vida tem dupla acepção. 
a) Acepção negativa: É o direito assegurado a todo e qualquer ser humano de permanecer 
vivo. Trata-se de direito de defesa que confere status negativo ao indivíduo, ou seja, o direito à não 
intervenção em sua existência física por parte do Estado e de outros particulares. O direito à vida, 
além de ser direito fundamental autônomo, é pressuposto elementar para o exercício de todos os 
demais direitos. A proibição da pena de morte é uma posição jurídica específica que integra o direito 
à vida em sua acepção negativa (art. 5º, XLVII, “a”, da CF); 
b) Acepção positiva: Está ligada ao direito à existência digna. O indivíduo tem direito de 
acessar os bens e as utilidades indispensáveis à vida em condições minimamente dignas. No 
entanto, essa acepção não se limita à garantia do mínimo existencial, pois também atua no sentido 
de assegurar ao indivíduo pretensões de caráter material e jurídico. Nesse sentido, os poderes 
públicos têm o dever de adotar medidas positivas de proteção da vida, de amparo material em 
espécie (art. 203, V, da CF), de bens ou serviços (art. 79 do ADCT), bem como de emissão de 
normas de caráter protetivo e incriminador de condutas que atentem contra a vida. Na acepção 
positiva, há relação íntima do direito à vida com a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da CF) 
e outros direitos fundamentais. 
O direito fundamental à vida tem duas dimensões: 
a) Dimensão subjetiva: O direito à vida deve ser pensado sob a perspectiva do indivíduo, 
enquanto posição jurídica de que este é titular perante o Estado; 
b) Dimensão objetiva: O direito à vida também deve ser pensado do ponto de vista da 
comunidade, enquanto bem jurídico essencial que impõe os poderes públicos e à sociedade o dever 
de adotar medidas de proteção contra práticas que atentem contra o direito à vida e de promoção 
dos meios indispensáveis à vida humana com dignidade e qualidade. 
Em relação à dimensão subjetiva, a ADI 3.510 teve como objeto a Lei 11.101/2005 (Lei da 
Biossegurança), a qual permite as pesquisas com células-tronco embrionárias. Nesse julgamento, 
o então Ministro Ayres Britto analisou o direito à vida em sua dimensão subjetiva. Por outro lado, o 
então Ministro Ricardo Lewandowski analisou o direito à vida sob o prisma objetivo. 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 17 
 
STF - ADI 3.510 (Ayres Britto): “o Magno Texto Federal não dispõe sobre o 
início da vida humana ou o preciso instante em que ela começa. Não faz de 
todo e qualquer estádio da vida humana um autonomizado bem jurídico, mas 
da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque nativiva (teoria 
‘natalista’, em contraposição às teorias ‘concepcionista’ ou da ‘personalidade 
condicional’)”. 
 
De acordo com o Ministro Ayres Britto, a Constituição Federal não indica o exato momento 
do início da vida humana. Todavia, em todas as oportunidades, a Constituição Federal se refere à 
vida das pessoas que já nasceram, e não à vida do embrião ou do feto (interpretação sistemática 
da Constituição). Logo, o embrião e o feto não têm o direito à vida protegido pela Constituição 
Federal. Além disso, a legislação infraconstitucional é responsável por proteger o direito à vida do 
embrião e do feto. 
Em contrapartida, o Ministro Ricardo Lewandowski entendeu que o direito à vida deve ser 
analisado sob o prisma da coletividade, e não em sua dimensão subjetiva. Lewandowski se baseou 
na perspectiva objetiva do direito fundamental. 
STF - ADI 3.510 (Lewandowski): Creio que o debate deve centrar-se no 
direito à vida entrevisto como um bem coletivo, pertencente à sociedade ou 
mesmo à humanidade como um todo, sobretudo tendo em conta os riscos 
potenciais que decorrem da manipulação do código genético humano. 
 INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE 
O direito à vida é, além de inviolável, irrenunciável. 
A inviolabilidade se refere à existência humana em seu sentido biológico. Trata-se da 
proteção do direito à vida contra violações por parte do Estado e de terceiros. 
A irrenunciabilidade, por sua vez, é uma característica distintiva dos direitos fundamentais 
que os protege, inclusive em face de seu próprio titular. Não é possível renunciar, de forma total e 
permanente, à titularidade de um direito. O que se admite, prima facie, é apenas a renúncia parcial 
e temporária de um direito. No caso do direito à vida, não é possível a renúncia parcial e temporária 
do direito. 
O direito à vida pode colidir com outros direitos fundamentais. É o que ocorre, por exemplo, 
com as testemunhas de Jeová. Com base em uma interpretação bíblica, as testemunhas de Jeová 
consideram o sangue como “algo especial”, cuja aceitação, mesmo de componentes primários 
(glóbulos brancos e vermelhos, plaquetas e plasma), violaria as leis de Deus. Se houver uma forma 
alternativa de tratamento eficaz a ser utilizada na situação em concreto, o direito de escolha do 
paciente deverá ser respeitado. O problema surge quando não há opção, diversa da transfusão de 
sangue, para a manutenção da vida. 
A propósito sobre o tema, confira o enunciado 403 do CJF: 
Enunciado 403 do CJF. O direito à inviolabilidade de consciência e de crença, 
previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa 
que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou 
sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que 
observados os seguintes critérios: 
 
 
 
CS – CONSTITUCIONAL II: 2023.1 18 
 
a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou 
assistente; 
b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e 
c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do 
declarante”. 
 
De forma sintética: 
INVIOLABILIDADE IRRENUNCIABILIDADE 
Proteção contra violação por parte de 
terceiros e do Estado 
Protege contra o próprio titular. Em princípio, 
a pessoa não possui o direito de renunciar sua 
própria vida. 
 RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA 
As restrições consistem em intervenções constitucionalmente legítimas no âmbito da 
proteção do direito. Essas intervenções podem ser autorizadas de forma expressa ou de forma 
implícita. 
O direito à vida, apesar de sua importância axiológica e de ser pressuposto elementar para 
o exercício de todos os demais direitos, não possui caráter absoluto. No caso de colisão com o 
mesmo bem jurídico titularizado por terceiros, ou ainda, com outros princípios de peso relativo 
maior, o direito à vida poderá sofrer restrições no seu âmbito de proteção.

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