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CS - CONSTITUCIONAL PARTE II - 2021 1

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Caderno Sistematizado
Fazenda Pública
em 
Juízo
@cadernossistematizados contato@cadernossistematizado.com
Caderno Sistematizado
Direito Constitucional –
Parte II
2021.1
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 1 
CONSTITUCIONAL – PARTE II 
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 12 
DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE ............................................................................................ 13 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 13 
2. DESTINATÁRIOS ....................................................................................................................... 13 
3. DIREITO À VIDA ........................................................................................................................ 14 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL E CONSIDERAÇÕES .................................................... 14 
ÂMBITO DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 14 
INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE .................................................................. 16 
RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA .................................................................................. 17 
3.4.1. Pena de morte no caso de guerra declarada .............................................................. 17 
3.4.2. Aborto ........................................................................................................................... 17 
3.4.3. Interrupção da gravidez de feto com anencefalia ....................................................... 18 
3.4.4. Aborto e microcefalia causada pelo Zika Vírus ........................................................... 19 
3.4.5. Pesquisas com células-tronco embrionárias ............................................................... 20 
4. DIREITO À IGUALDADE ............................................................................................................ 20 
PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ......................................................................... 20 
EVOLUÇÃO HISTÓRIA ...................................................................................................... 21 
CONCEPÇÃO MATERIAL .................................................................................................. 21 
ÂMBITO DE PROTEÇÃO E INTERVENÇÃO .................................................................... 22 
DESTINATÁRIOS DO DEVER DE IGUALDADE ............................................................... 24 
4.5.1. Igualdade perante a lei ................................................................................................ 24 
4.5.2. Igualdade na lei ............................................................................................................ 24 
IGUALDADE COMO RECONHECIMENTO ....................................................................... 25 
AÇÕES AFIRMATIVAS ....................................................................................................... 25 
4.7.1. Conceito ....................................................................................................................... 25 
4.7.2. Modalidades ou exemplos de ações afirmativas empregadas em vários países ...... 26 
4.7.3. Sistemas de cotas ........................................................................................................ 26 
4.7.4. Lei Maria da Penha ...................................................................................................... 27 
5. DIREITO À PRIVACIDADE ........................................................................................................ 28 
PREVISÃO .......................................................................................................................... 28 
GRAU DE PROTEÇÃO ....................................................................................................... 28 
5.2.1. Locais públicos e reservados ...................................................................................... 28 
5.2.2. Pessoas públicas e comuns ........................................................................................ 28 
5.2.3. Fatos de interesse público e de mero interesse público ............................................. 29 
5.2.4. Teoria das Esferas ....................................................................................................... 29 
5.2.5. Honra ............................................................................................................................ 29 
5.2.6. Imagem ........................................................................................................................ 29 
DISTINÇÕES CONCEITUAIS............................................................................................. 30 
5.3.1. Interceptação ambiental............................................................................................... 30 
5.3.2. Gravação clandestina .................................................................................................. 31 
5.3.3. Quebra de sigilo de dados ........................................................................................... 32 
5.3.4. Interceptação de comunicações .................................................................................. 35 
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO ................................................................................... 40 
6. DIREITO DE LIBERDADE.......................................................................................................... 43 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 43 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 2 
LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO ................................................... 44 
6.2.1. Previsão constitucional ................................................................................................ 44 
6.2.2. Âmbito de proteção ...................................................................................................... 44 
6.2.3. Restrições .................................................................................................................... 46 
LIBERDADE DE INFORMAÇÃO ........................................................................................ 47 
6.3.1. Conceito ....................................................................................................................... 47 
6.3.2. Liberdade de informação jornalística........................................................................... 48 
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA E CULTO ..................................................... 48 
6.4.1. Conceitos ..................................................................................................................... 48 
6.4.2. Escusa de consciência (art. 5º, VIII) ............................................................................ 49 
6.4.3. Dever de neutralidade do Estado ................................................................................ 51 
LIBERDADE DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO .................................................................... 53 
6.5.1. Conceito ....................................................................................................................... 53 
6.5.2. Reunião X Associação (diferenças e semelhanças) ................................................... 54 
6.5.3. Reunião ........................................................................................................................ 54 
6.5.4. Associação ................................................................................................................... 54 
6.5.5. Sindicato .......................................................................................................................56 
7. DIREITO DE PROPRIEDADE .................................................................................................... 57 
ÂMBITO DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 57 
REGIME JURÍDICO DO DIREITO DE PROPRIEDADE .................................................... 57 
RESTRIÇÕES ..................................................................................................................... 57 
7.3.1. Função social (art. 5º, XXII) ......................................................................................... 58 
7.3.2. Requisição.................................................................................................................... 59 
7.3.3. Desapropriação (art. 5º, XXIV) .................................................................................... 59 
7.3.4. Expropriação-sanção e Confisco (art. 243, “desapropriação confiscatória”) ............. 61 
7.3.5. Usucapião .................................................................................................................... 62 
GARANTIAS INDIVIDUAIS ............................................................................................................... 64 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 64 
2. FINALIDADE ............................................................................................................................... 64 
3. GARANTIAS RELACIONADAS À SEGURANÇA JURÍDICA .................................................... 64 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ............................................................................................ 64 
3.1.1. Previsão legal ............................................................................................................... 64 
3.1.2. Objetivo ........................................................................................................................ 64 
3.1.3. Significado .................................................................................................................... 64 
3.1.4. “Lei” .............................................................................................................................. 65 
3.1.5. Restrições expressas ................................................................................................... 65 
3.1.6. Princípio da Reserva Legal .......................................................................................... 65 
PRINCÍPIO DA NÃO RETROATIVIDADE DAS LEIS ........................................................ 66 
3.2.1. Objetivo ........................................................................................................................ 66 
3.2.2. Previsão ....................................................................................................................... 66 
3.2.3. Abrangência da eficácia retroativa .............................................................................. 67 
3.2.4. Direito adquirido ........................................................................................................... 67 
3.2.5. Ato jurídico perfeito ...................................................................................................... 69 
3.2.6. Coisa julgada ............................................................................................................... 69 
4. GARANTIAS DE NATUREZA PENAL ....................................................................................... 70 
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA .......................................................................................... 70 
4.1.1. Finalidade ..................................................................................................................... 71 
4.1.2. Disposições normativas ............................................................................................... 71 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 3 
4.1.3. Posição do STF ............................................................................................................ 72 
4.1.4. Presunção de inocência e eliminação de concurso público ....................................... 74 
5. MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE NÃO CRIMINALIZAÇÃO ............................................. 74 
CONCEITO .......................................................................................................................... 75 
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS ............................................................. 75 
CRIMES INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA ....................... 75 
6. AÇÕES CONSTITUCIONAIS ..................................................................................................... 76 
CONSIDERAÇÕES ............................................................................................................. 76 
HABEAS DATA ................................................................................................................... 76 
6.2.1. Considerações e previsão ........................................................................................... 76 
6.2.2. Legitimidade ativa ........................................................................................................ 77 
6.2.3. Legitimidade passiva ................................................................................................... 77 
6.2.4. Objeto ........................................................................................................................... 78 
6.2.5. Objetivo ........................................................................................................................ 78 
6.2.6. Hipóteses de cabimento .............................................................................................. 78 
6.2.7. Interesse de agir .......................................................................................................... 79 
6.2.8. Decisão liminar ............................................................................................................. 79 
6.2.9. Decisão de mérito ........................................................................................................ 79 
AÇÃO POPULAR ................................................................................................................ 80 
6.3.1. Considerações ............................................................................................................. 80 
6.3.2. Legitimidade ativa ........................................................................................................ 80 
6.3.3. Legitimidade passiva ................................................................................................... 81 
6.3.4. Objeto ........................................................................................................................... 82 
6.3.5. Objetivo ........................................................................................................................ 82 
6.3.6. Requisitos específicos ................................................................................................. 83 
6.3.7. Competência ................................................................................................................ 83 
6.3.8. Decisão liminar ............................................................................................................. 84 
6.3.9. Decisão de mérito ........................................................................................................ 85 
DIREITOS SOCIAIS .......................................................................................................................... 87 
2. FINALIDADE ............................................................................................................................... 87 
3. EFICÁCIA ...................................................................................................................................87 
4. INTERVENÇÃO JUDICIAL......................................................................................................... 89 
PRIMEIRA FASE: AUSÊNCIA DE NORMATIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS 
CONSAGRADOS EM NORMAS PROGRAMÁTICAS. ................................................................. 89 
SEGUNDA FASE: INTERVENÇÃO ATUANTE DO PODER JUDICIÁRIO, MAS SEM O 
ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS. ........................................................................................ 89 
TERCEIRA FASE: CONSOLIDAÇÃO DE PARÂMETROS. .............................................. 89 
ARGUMENTOS CONTRA INTERVENÇÃO JUDICIAL ..................................................... 89 
4.4.1. Separação dos poderes/legislador positivo................................................................. 90 
4.4.2. Ausência de legitimidade democrática ........................................................................ 90 
4.4.3. Desenho e capacidades institucionais ........................................................................ 90 
4.4.4. Acesso restrito ao Poder Judiciário ............................................................................. 91 
4.4.5. Custo dos direitos e reserva do possível .................................................................... 91 
PARÂMETROS PARA A JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO SOCIAL À SAÚDE (STF)...... 91 
5. NORMAS CONSTITUCIONAIS PROGRAMÁTICAS ATRIBUTIVAS DE DIREITOS SOCIAIS E
ECONÔMICOS .................................................................................................................................. 92 
6. RESERVA DO POSSÍVEL ......................................................................................................... 94 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 94 
DIMENSÕES ....................................................................................................................... 94 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 4 
6.2.1. Possibilidade Fática ..................................................................................................... 94 
6.2.2. Possibilidade Jurídica .................................................................................................. 95 
6.2.3. Razoabilidade da exigência e proporcionalidade da prestação ................................. 95 
QUEM ALEGA A RESERVA DO POSSÍVEL? ................................................................... 96 
NÃO APLICAÇÃO ............................................................................................................... 96 
7. MÍNIMO EXISTENCIAL .............................................................................................................. 97 
CONCEITO .......................................................................................................................... 97 
PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA E O MÍNIMO EXISTENCIAL ............................... 98 
RESERVA DO POSSÍVEL X MÍNIMO EXISTENCIAL ....................................................... 98 
8. VEDAÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL ................................................................................... 99 
NOMENCLATURAS E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................ 99 
FUNDAMENTOS ................................................................................................................. 99 
DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 99 
ACEPÇÕES ....................................................................................................................... 100 
DIREITOS DE NACIONALIDADE ................................................................................................... 101 
NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA ............................................................. 101 
NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA ........................................................ 102 
1.2.1. Naturalização tácita ................................................................................................... 102 
1.2.2. Naturalização expressa ............................................................................................. 102 
1.2.3. Naturalização especial ............................................................................................... 103 
1.2.4. Naturalização provisória ............................................................................................ 104 
2. “QUASE NACIONALIDADE” .................................................................................................... 104 
3. DIFERENÇAS DE TRATAMENTO ENTRE BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO .......... 104 
CARGOS PRIVATIVOS .................................................................................................... 105 
CONSELHO DA REPÚBLICA........................................................................................... 105 
PROPRIEDADE DE EMPRESA JORNALÍSTICA E DE RADIODIFUSÃO SONORA..... 105 
EXTRADIÇÃO ................................................................................................................... 106 
4. PERDA DA NACIONALIDADE ................................................................................................. 110 
AÇÃO DE CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO ..................................................... 110 
NATURALIZAÇÃO VOLUNTÁRIA .................................................................................... 110 
DIREITOS POLÍTICOS .................................................................................................................... 112 
2. DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS ........................................................................................ 112 
SUFRÁGIO ........................................................................................................................ 112 
ALISTABILIDADE .............................................................................................................. 113 
ELEGIBILIDADE ............................................................................................................... 114 
3. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS ...................................................................................... 115 
INELEGIBILIDADES ......................................................................................................... 115 
PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS ................................................... 119 
4. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL ..................................................................... 120 
CONCEITO ........................................................................................................................ 120 
FINALIDADE ..................................................................................................................... 120 
CLÁUSULA PÉTREA ........................................................................................................ 120 
5. PARTIDOS POLÍTICOS ........................................................................................................... 121 
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ........................................................................................................ 124 
FORMAS DE GOVERNO ................................................................................................. 124 
SISTEMAS DE GOVERNO ............................................................................................... 124 
FORMAS DE ESTADO ..................................................................................................... 126 
2. TIPOS DE FEDERALISMO ...................................................................................................... 127 
QUANTO AO SURGIMENTO ........................................................................................... 127 
.
CS – CONSTITUCIONAL:PARTE II 5 
2.1.1. Federalismo por agregação ....................................................................................... 127 
2.1.2. Federalismo por segregação ..................................................................................... 127 
QUANTO À CONCENTRAÇÃO DE PODER.................................................................... 127 
2.2.1. Federalismo centrípeto ou centralizador ................................................................... 127 
2.2.2. Federalismo centrífugo .............................................................................................. 127 
2.2.3. Federalismo de equilíbrio .......................................................................................... 128 
QUANTO À REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS........................................................... 128 
2.3.1. Federalismo dualista ou dual ..................................................................................... 128 
2.3.2. Federalismo por integração ....................................................................................... 128 
2.3.3. Federalismo cooperativo............................................................................................ 128 
QUANTO À HOMOGENEIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ................ 128 
2.4.1. Federalismo simétrico ou homogêneo ...................................................................... 128 
2.4.2. Federalismos assimétrico ou heterogêneo ............................................................... 129 
QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DOMINANTES ........................................................ 129 
2.5.1. Federalismo simétrico ................................................................................................ 129 
2.5.2. Federalismo assimétrico ............................................................................................ 129 
QUANTO ÀS ESFERAS DE COMPETÊNCIA ................................................................. 130 
2.6.1. Federalismo típico (bidimensional, bipartite ou de segundo grau) ........................... 130 
2.6.2. Federalismo atípico (tridimensional, tripartite ou de terceiro grau) .......................... 130 
3. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA FEDERAÇÃO ........................................................... 130 
DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA FIXADA PELA CONSTITUIÇÃO
130 
PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO ...................................................................................... 130 
AUTO-ORGANIZAÇÃO POR MEIO DE CONSTITUIÇÕES PRÓPRIAS (PRINCÍPIO DA 
AUTONOMIA) ............................................................................................................................... 130 
REQUISITOS PARA A MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO ............................................. 131 
4. SOBERANIA X AUTONOMIA .................................................................................................. 131 
5. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA ........................................................................................ 132 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 132 
CRITÉRIOS PARA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ............................................... 132 
5.2.1. Campos específicos de competências administrativas e legislativas ...................... 132 
5.2.2. Possibilidade de delegação ....................................................................................... 136 
5.2.3. Competências comuns .............................................................................................. 136 
5.2.4. Competências correntes ............................................................................................ 137 
6. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ..................................................................... 140 
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ................................................................................ 140 
ESTADOS ......................................................................................................................... 141 
6.2.1. Limites à autonomia ................................................................................................... 142 
6.2.2. Princípios constitucionais sensíveis .......................................................................... 142 
6.2.3. Princípios constitucionais extensíveis ....................................................................... 143 
6.2.4. Princípios constitucionais estabelecidos ................................................................... 144 
DISTRITO FEDERAL ........................................................................................................ 144 
MUNICÍPIOS ..................................................................................................................... 145 
TERRITÓRIOS .................................................................................................................. 149 
7. CRIAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS ............................................................................... 149 
INCORPORAÇÃO, SUBDIVISÃO E DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS .................. 149 
7.1.1. Previsão ..................................................................................................................... 149 
7.1.2. Distinções ................................................................................................................... 150 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 6 
7.1.3. Requisitos................................................................................................................... 150 
7.1.4. Procedimento ............................................................................................................. 151 
CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS ..... 151 
7.2.1. Previsão e considerações .......................................................................................... 151 
7.2.2. Requisitos................................................................................................................... 153 
8. INTERVENÇÃO ........................................................................................................................ 153 
CONCEITO ........................................................................................................................ 153 
CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................... 153 
INTERVENÇÃO FEDERAL ............................................................................................... 153 
8.3.1. Pressupostos materiais.............................................................................................. 154 
8.3.2. Pressupostos formais ................................................................................................ 154 
8.3.3. Casuísticas ................................................................................................................. 155 
8.3.4. Espécies de intervenção ............................................................................................ 155 
8.3.5. Controle ...................................................................................................................... 156 
INTERVENÇÃO ESTADUAL ............................................................................................ 156 
8.4.1. Pressupostos materiais.............................................................................................. 157 
8.4.2. Pressupostos formais ................................................................................................ 157 
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ................................................................................................... 158 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 158 
2. IMPROPRIEDADEDA EXPRESSÃO TRIPARTIÇÃO DOS PODERES ................................ 158 
3. FINALIDADE DA SEPARAÇÃO DE PODERES ...................................................................... 159 
LIMITAR O PODER DO ESTADO .................................................................................... 159 
LEGITIMAR O EXERCÍCIO DO PODER E MELHORAR O DESEMPENHO DO PODER 
O ESTADO ................................................................................................................................... 159 
PODER LEGISLATIVO .................................................................................................................... 160 
1. ATRIBUIÇÕES DO LEGISLATIVO: FISCALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA.
COMISSÕES PARLAMENTARES .................................................................................................. 160 
FISCALIZAÇÃO PELO LEGISLATIVO ............................................................................. 160 
CLASSIFICAÇÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES .......................................... 160 
1.2.1. Quanto à duração da comissão ................................................................................. 160 
1.2.2. Quanto à composição ................................................................................................ 161 
2. ESPÉCIES DE COMISSÃO PARLAMENTAR ......................................................................... 161 
COMISSÃO TEMÁTICA OU EM RAZÃO DA MATÉRIA (ART. 58, §2º) ......................... 161 
COMISSÃO REPRESENTATIVA OU DE REPRESENTAÇÃO ....................................... 162 
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) ...................................................... 162 
3. ESTUDOS DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) .................................... 162 
CPI E OS “PODERES PRÓPRIOS DAS AUTORIDADES JUDICIAIS”........................... 162 
MANDADO DE SEGURANÇA OU HABEAS CORPUS EM FACE DA CPI .................... 163 
OBJETIVOS DA CPI ......................................................................................................... 163 
COMPOSIÇÃO DA CPI .................................................................................................... 164 
SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO PELA CPI ..................................................................... 164 
REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DA CPI ............................................................. 164 
3.6.1. Requerimento de 1/3, no mínimo, dos deputados federais e/ou senadores ............ 165 
3.6.2. Apuração de ato determinado ................................................................................... 166 
3.6.3. Prazo certo de duração.............................................................................................. 166 
PODERES DA CPI ............................................................................................................ 167 
3.7.1. Notificar testemunhas e determinar sua condução coercitiva .................................. 167 
3.7.2. Busca e apreensão .................................................................................................... 168 
3.7.3. Requisitar perícias, exames, vistorias, documentos ................................................. 168 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 7 
3.7.4. Afastar sigilo bancário, fiscal e telefônico (dados), sem necessidade de autorização 
judicial 168 
LIMITES DA CPI ............................................................................................................... 168 
3.8.1. Cláusula de Reserva de Jurisdição (jurisprudência do STF) .................................... 168 
3.8.2. Autonomia federativa e separação de poderes ........................................................ 169 
3.8.3. Direitos e Garantias Individuais ................................................................................. 170 
3.8.4. Medidas acautelatórias .............................................................................................. 170 
3.8.5. Acusações .................................................................................................................. 170 
QUADRO CPI .................................................................................................................... 170 
CPI NO ÂMBITO ESTADUAL ........................................................................................... 171 
3.10.1. Requisitos................................................................................................................... 171 
3.10.2. Poderes da CPI estadual ........................................................................................... 172 
3.10.3. HC e MS ..................................................................................................................... 172 
CPI NO ÂMBITO MUNICIPAL .......................................................................................... 172 
3.11.1. Fundamentos ............................................................................................................. 172 
3.11.2. Poderes ...................................................................................................................... 172 
3.11.3. HC e MS ..................................................................................................................... 172 
TÉRMINO DOS TRABALHOS DA CPI ............................................................................. 172 
4. GARANTIAS DO PODER LEGISLATIVO ................................................................................ 173 
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS ....................................................................................... 173 
SENADORES E DEPUTADOS FEDERAIS ..................................................................... 174 
4.2.1. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 174 
4.2.2. Imunidade material .................................................................................................... 176 
4.2.3. Imunidade formal ....................................................................................................... 178 
4.2.4. Outras garantias......................................................................................................... 181 
DEPUTADOS ESTADUAIS E DISTRITAIS ...................................................................... 181 
4.3.1. Previsão legal e considerações ................................................................................. 181 
4.3.2. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 182 
IMUNIDADES DOS VEREADORES................................................................................. 183 
4.4.1. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 183 
4.4.2. Imunidade material .................................................................................................... 183 
4.4.3. Imunidade formal ....................................................................................................... 184 
5. PERDA DE MANDATO ............................................................................................................ 184 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 184 
CASSAÇÃO DO MANDATO ............................................................................................. 185 
5.2.1. Conceito ..................................................................................................................... 185 
5.2.2. Hipóteses de cassação .............................................................................................. 186 
EXTINÇÃO DO MANDATO .............................................................................................. 187 
RENÚNCIA DO PARLAMENTAR .....................................................................................188 
6. PROCESSO LEGISLATIVO ..................................................................................................... 188 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 188 
ESPÉCIES DE PROCESSOS LEGISLATIVOS ............................................................... 189 
6.2.1. Processo legislativo ordinário .................................................................................... 189 
6.2.2. Processo legislativo sumário ..................................................................................... 189 
6.2.3. Processos legislativos especiais ............................................................................... 190 
7. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO ...................................................................... 190 
FASE INTRODUTÓRIA (INICIATIVA) .............................................................................. 190 
FASE CONSTITUTIVA...................................................................................................... 193 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 8 
7.2.1. Discussão ................................................................................................................... 194 
7.2.2. Votação ...................................................................................................................... 194 
7.2.3. Aprovação .................................................................................................................. 195 
7.2.4. Sanção/Veto do Poder Executivo .............................................................................. 198 
FASE COMPLEMENTAR ................................................................................................. 199 
8. MEDIDAS PROVISÓRIAS (MP’s) ............................................................................................ 200 
INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 200 
EFEITOS IMEDIATOS DA MEDIDA PROVISÓRIA ......................................................... 200 
PRAZO DA MEDIDA PROVISÓRIA ................................................................................. 201 
REGIME DE URGÊNCIA .................................................................................................. 202 
TRÂMITE DA MEDIDA PROVISÓRIA .............................................................................. 203 
REVOGAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA ...................................................................... 205 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS ............... 205 
8.7.1. Aspectos formais........................................................................................................ 205 
8.7.2. Aspectos materiais ..................................................................................................... 206 
LIMITES MATERIAIS ........................................................................................................ 207 
MEDIDA PROVISÓRIA NOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS .......... 209 
9. LEIS DELEGADAS ................................................................................................................... 210 
CONCEITO ........................................................................................................................ 210 
PROCESSO LEGISLATIVO DE LEIS DELEGADAS ....................................................... 210 
ESPÉCIES DE DELEGAÇÃO ........................................................................................... 211 
LIMITAÇÕES MATERIAIS ................................................................................................ 211 
10. DECRETO LEGISLATIVO x RESOLUÇÕES....................................................................... 212 
PODER EXECUTIVO ...................................................................................................................... 216 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 216 
2. SISTEMAS OU REGIMES DE GOVERNO ............................................................................. 216 
SISTEMA DE “ASSEMBLEIA” .......................................................................................... 216 
PARLAMENTARISMO ...................................................................................................... 217 
PRESIDENCIALISMO ....................................................................................................... 217 
PRESIDENCIALISMO DE COALISÃO ............................................................................. 218 
3. REQUISITOS PARA SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................... 218 
4. ELEIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................... 219 
5. POSSE DO PRESIDENTE ....................................................................................................... 221 
6. SUCESSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................... 222 
7. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ............................................................... 225 
8. MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................... 227 
9. VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................................... 228 
10. MINISTROS DE ESTADO .................................................................................................... 229 
REQUISITOS .................................................................................................................... 229 
COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 229 
CRIAÇÃO DE CARGOS ................................................................................................... 230 
CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL ........................ 230 
11. CRIMES DE RESPONSABILIDADE .................................................................................... 232 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 232 
DIPLOMAS NORMATIVOS QUE TIPIFICAM CRIMES DE RESPONSABILIDADES .... 233 
SUJEITOS QUE PODEM PRATICAR CRIMES DE RESPONSABILIDADE E 
COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO ...................................................................................... 233 
12. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ......................... 235 
NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 235 
COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 235 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 9 
SANÇÃO............................................................................................................................ 235 
CONDUTAS QUE IMPORTAM CRIME DE RESPONSABILIDADE ................................ 236 
DUPLO REGIME SANCIONATÓRIO ............................................................................... 236 
PROCEDIMENTO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS ..................................................... 237 
12.6.1. Oferecimento da denúncia ......................................................................................... 237 
12.6.2. Acolhimento do pedido .............................................................................................. 237 
12.6.3. Instalação da Comissão Especial .............................................................................. 238 
12.6.4. Notificação do Presidente da República ................................................................... 238 
12.6.5. Votação do relatóriofinal ........................................................................................... 238 
12.6.6. Decisão do Plenário ................................................................................................... 238 
PROCEDIMENTO NO SENADO FEDERAL .................................................................... 238 
12.7.1. Instauração................................................................................................................. 238 
12.7.2. Rito ............................................................................................................................. 239 
12.7.3. Presidência................................................................................................................. 239 
12.7.4. Absolvição .................................................................................................................. 239 
12.7.5. Condenação ............................................................................................................... 240 
12.7.6. Renúncia .................................................................................................................... 240 
13. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS GOVERNADORES DE ESTADO ..................... 240 
INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS ................................................................. 240 
PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 240 
JULGAMENTO .................................................................................................................. 241 
SANÇÕES ......................................................................................................................... 242 
14. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS MUNICIPAIS ............................... 243 
PREVISÃO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 243 
TIPOS DE INFRAÇÕES QUE PODEM SER COMETIDAS POR PREFEITOS .............. 243 
PROCEDIMENTO DOS CRIMES “DE RESPONSABILIDADE” DO PREFEITO NA LEI 
201/67 (NATUREZA PENAL)....................................................................................................... 243 
CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS NO DL 201/67 (NATUREZA 
POLÍTICO-ADMINISTRATIVA – “VERDADEIRO” CRIME DE RESPONSABILIDADE!) ........... 246 
15. PROCESSO E JULGAMENTO CRIMES COMUNS ............................................................ 246 
PRATICADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................... 246 
15.1.1. Irresponsabilidade penal relativa ............................................................................... 246 
15.1.2. Competência .............................................................................................................. 248 
15.1.3. Necessidade de autorização ..................................................................................... 248 
15.1.4. Procedimento ............................................................................................................. 248 
15.1.5. Crimes abrangidos pela expressão “infração penal comum” ................................... 250 
PRATICADOS PELO GOVERNADOR ............................................................................. 251 
PRATICADOS PELO PREFEITO ..................................................................................... 252 
16. RECALL ................................................................................................................................ 253 
CONSIDERAÇÕES E CONCEITO ................................................................................... 253 
RECALL x IMPEACHMENT .............................................................................................. 253 
PODER JUDICIÁRIO ....................................................................................................................... 254 
1. GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO ................................................................................... 254 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 254 
GARANTIAS FUNCIONAIS DOS MAGISTRADOS ......................................................... 254 
1.2.1. Garantias de INDEPENDÊNCIA................................................................................ 254 
1.2.2. Garantias de IMPARCIALIDADE ............................................................................... 256 
GARANTIAS INSTITUCIONAIS ....................................................................................... 257 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 10 
1.3.1. Garantia de autonomia orgânico-administrativa ....................................................... 257 
1.3.2. Garantia de autonomia financeira/orçamentária ....................................................... 258 
2. ÓRGÃO ESPECIAL DO PODER JUDICIÁRIO ....................................................................... 259 
3. QUINTO CONSTITUCIONAL ................................................................................................... 259 
4. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................................... 261 
FUNÇÕES TÍPICAS .......................................................................................................... 261 
4.1.1. Exercício da jurisdição ............................................................................................... 261 
4.1.2. Proteção de direitos fundamentais ............................................................................ 261 
4.1.3. Defesa da força normativa da Constituição .............................................................. 262 
4.1.4. Edição da “legislação judicial” ................................................................................... 262 
FUNÇÕES ATÍPICAS ....................................................................................................... 262 
4.2.1. Administrativa ............................................................................................................. 262 
4.2.2. Legislativa .................................................................................................................. 262 
5. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO ............................................................................. 262 
6. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ........................................................................................... 263 
ATRIBUIÇÕES DO STF .................................................................................................... 263 
COMPOSIÇÃO E REQUISITOS PARA SER MEMBRO DO STF ................................... 263 
7. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ...................................................................................... 265 
ORIGEM E OBJETIVO DO STJ ....................................................................................... 265 
COMPOSIÇÃO DO STJ .................................................................................................... 265 
PROCEDIMENTO DE ESCOLHA .................................................................................... 266 
7.3.1. Desembargadores...................................................................................................... 266 
7.3.2. Advogados ................................................................................................................. 266 
7.3.3. Ministério Público ....................................................................................................... 266 
8. JUSTIÇA COMUM FEDERAL .................................................................................................. 266 
2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS ................................ 266 
1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUÍZES FEDERAIS .............................................................267 
9. JUSTIÇA COMUM ESTADUAL ............................................................................................... 268 
2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ................................................... 268 
1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUIZ DE DIREITO ............................................................... 268 
10. JUSTIÇA ELEITORAL .......................................................................................................... 268 
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL................................................................................ 268 
TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL ................................................................................ 269 
JUÍZES ELEITORAIS ........................................................................................................ 270 
JUNTAS ELEITORAIS ...................................................................................................... 270 
11. JUSTIÇA MILITAR ................................................................................................................ 270 
SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ..................................................................................... 270 
12. JUSTIÇA DO TRABALHO .................................................................................................... 271 
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ......................................................................... 271 
TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO ....................................................................... 271 
JUÍZES DO TRABALHO ................................................................................................... 272 
13. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ................................................................................ 272 
NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 272 
ATRIBUIÇÕES .................................................................................................................. 272 
COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 273 
COMPETÊNCIAS DO CNJ ............................................................................................... 275 
AÇÕES PROPOSTAS CONTRA O CNJ .......................................................................... 277 
14. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO ........................................................ 280 
COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 280 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 11 
DIFERENÇAS NAS REGRAS DE NOMEAÇÃO E DESTITUIÇÃO DO PROCURADOR-
GERAL DA REPÚBLICA E DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA .................................... 281 
CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ...................................................................................... 282 
15. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 286 
ORIGEM ............................................................................................................................ 287 
NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 287 
OBJETO DA RECLAMAÇÃO............................................................................................ 287 
15.3.1. Preservação de competência .................................................................................... 288 
15.3.2. Garantir a autoridade das decisões ........................................................................... 288 
LEGITIMIDADE ATIVA...................................................................................................... 290 
16. SÚMULA VINCULANTE ....................................................................................................... 290 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 290 
FUNDAMENTOS NORMATIVOS ..................................................................................... 291 
NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 291 
OBJETO ............................................................................................................................ 291 
REQUISITOS .................................................................................................................... 292 
16.5.1. Reiteradas decisões sobre matéria constitucional .................................................... 292 
16.5.2. Iniciativa ..................................................................................................................... 292 
16.5.3. Quórum ...................................................................................................................... 293 
16.5.4. Publicação .................................................................................................................. 293 
16.5.5. Efeito vinculante ......................................................................................................... 293 
CANCELAMENTO ............................................................................................................ 294 
17. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E RECURSOS ESPECIAIS ........................................ 294 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 294 
PREQUESTIONAMENTO ................................................................................................. 298 
PRÉVIO ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS ........................................ 299 
IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS ........................................... 300 
REPERCUSSÃO GERAL ................................................................................................. 300 
HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RE ............................................................................. 301 
HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RESP ........................................................................ 302 
DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ............................................... 305 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 305 
2. NORMAS GERAIS COMUNS AO SISTEMA CONSTITUCIONAL DAS CRISES .................. 305 
TEMPORARIEDADE ......................................................................................................... 305 
PROPORCIONALIDADE .................................................................................................. 306 
DELIMITAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ......................................................... 306 
MOTIVAÇÃO ..................................................................................................................... 307 
3. ESTADO DE DEFESA ............................................................................................................. 308 
CONCEITO ........................................................................................................................ 308 
EFEITOS ........................................................................................................................... 309 
CONTROLE DOS ATOS DO PODER EXECUTIVO ........................................................ 309 
4. ESTADO DE SÍTIO................................................................................................................... 312 
CONCEITO ........................................................................................................................ 312 
EFEITOS ........................................................................................................................... 312 
RESPONSABILIZAÇÃOPELAS MEDIDAS EXECUTIVAS ............................................. 313 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 12 
APRESENTAÇÃO 
Olá! 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fonte de 
estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. 
O Caderno Sistematizado de Direito Constitucional, está dividido em Parte I e Parte II, possui 
como base as aulas do Prof. Marcelo Novelino (G7), complementadas com as aulas do Prof. 
Bernardo Fernandes, com o intuito de deixar o material mais completo, utilizados as seguintes 
fontes complementares: a) Constituição Federal para Concursos, 2019, (Marcelo Novelino e Dirley 
da Cunha Jr.); b) Curso de Direitos Constitucional, 2018, (Dirley da Cunha Júnior) e c) Curso de 
Direito Constitucional, 2020, Bernardo Gonçalves Fernandes. 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos: é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Ademais, no Caderno constam os principais artigos de lei, mas, ressaltamos, que é 
necessária leitura conjunta do seu Vade Mecum, muitas questões são retiradas da legislação. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + súmulas + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você
faça uma boa prova.
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 13 
DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Serão analisados o direito à vida, o direito à igualdade, o direito à privacidade, o direito de 
liberdade e o direito à propriedade. Pertinente destacar que o direito à privacidade não está previsto 
no caput do art. 5º, mas pode ser extraído de seus incisos, conforme veremos. 
Destaca-se, ainda, que o direito à segurança, previsto no caput do art. 5º, refere-se à 
segurança jurídica, que não é um direito individual, mas sim uma garantia para que os direitos sejam 
protegidos, a exemplo do habeas corpus que protege o direito de liberdade. Portanto, será analisada 
em tópico separado. 
Obs.: A segurança pública, prevista no art. 6º da CF, será analisada na parte dos direitos sociais. 
2. DESTINATÁRIOS
Observe a redação do art. 5º da CF: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
De acordo com a interpretação literal (José Afonso da Silva) do dispositivo, percebe-se 
que apenas os brasileiros natos e naturalizados (pessoas físicas e jurídicas) e apenas os 
estrangeiros residentes no Brasil são os titulares dos direitos e garantias individuais. Contudo, não 
prevalece tal entendimento, isso porque, de acordo com a melhor doutrina, os direitos e garantias 
fundamentais visam a proteção e a promoção da dignidade da pessoa humana (qualidade intrínseca 
de todo ser humano, independentemente de qualquer condição). 
Para o Supremo Tribunal Federal (STF) e para a esmagadora doutrina, deve ser dada uma 
interpretação extensiva ao art. 5º da CF, ou seja, os direitos e garantias INDIVIDUAIS possuem 
como destinatários os brasileiros (pessoas físicas – natos e naturalizados – e as pessoas jurídicas), 
os estrangeiros residentes no país e, também, os estrangeiros não residentes. Em razão da 
dignidade da pessoa humana e da primazia dos direitos humanos nas relações internacionais (art. 
4º, II da CF). 
STF – HC 94.016/SP: O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no 
Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a 
preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da 
cláusula constitucional do due process. [...] A condição jurídica de não 
nacional do Brasil e a circunstância de o réu estrangeiro não possuir 
domicílio em nosso país não legitimam a adoção, contra tal acusado, de 
qualquer tratamento arbitrário ou discriminatório. 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 14 
As pessoas jurídicas (inclusive de direito público) também são destinatárias dos direitos e 
garantias fundamentais, tendo em vista que em um Estado Democrático de Direito não podem ser 
admitidas condutas arbitrárias. Obviamente, não serão todos os direitos e garantias, na maioria dos 
casos estão relacionadas a garantias procedimentais. 
STF - AC 2.395 MC/PB: A imposição de restrições de ordem jurídica, pelo 
Estado, quer se concretize na esfera judicial, quer se realize no âmbito 
estritamente administrativo (como sucede com a inclusão de supostos 
devedores em cadastros públicos de inadimplentes), supõe, para legitimar-se 
constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia 
indisponível do ‘due process of law’, assegurada, pela Constituição da 
República (art. 5º, LIV), à generalidade das pessoas, inclusive às próprias 
pessoas jurídicas de direito público, eis que o Estado, em tema de limitação 
ou supressão de direitos, não pode exercer a sua autoridade de maneira 
abusiva e arbitrária. Doutrina. Precedentes 
3. DIREITO À VIDA
PREVISÃO CONSTITUCIONAL E CONSIDERAÇÕES 
O Direito à Vida está consagrado no caput do art. 5º da CF, é o mais importante dos direitos 
fundamentais, tendo em vista que é pressuposto para o exercícios dos demais direitos. Afinal, para 
que seja possível exercer qualquer outro direito individual (igualdade, propriedade, privacidade e 
liberdade) o direito à vida deve ser assegurado. 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do DIREITO À VIDA, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes:... 
ÂMBITO DE PROTEÇÃO 
Todos os direitos fundamentais, salvo o direito à igualdade, possuem um âmbito de proteção, 
ou seja, protegem determinado bem jurídico. 
Em relação ao direito à vida, o bem jurídico protegido é APENAS a vida humana em sentido 
biológico. Perceba, portanto, que a vida espiritual não recebe proteção do art. 5º da CF, será 
protegida pelo direito de liberdade religiosa. 
Ressalta-se que o direito à vida compreende duas acepções, uma negativa e outra positiva. 
Vejamos: 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 15 
ACEPÇÃO NEGATIVA ACEPÇÃO POSITIVA 
Corresponde ao dever de respeito, é o direito 
de permanecer vivo. Portanto, impede que o 
Estado ou terceiros ceifem a vida humana. 
Corresponde ao dever de proteção e 
promoção do direito à vida, impondo ao 
Estado o dever de agir. 
Vedação da pena de morte (salvo em caso 
de guerra declarada). 
Proteção de testemunhas; 
Proteção contra violência doméstica e 
familiar; 
Promoção de condições dignas de existência 
(mínimo existencial). 
Além disso, o direito à vida (como todo e qualquer direito fundamental) possui duas 
dimensões, quais sejam: 
DIMENSÃO SUBJETIVA DIMENSÃO OBJETIVA 
É a perspectiva do indivíduo, titular do direito. 
Por exemplo, o indivíduo possui direito à 
vida, à liberdade, à igualde, à propriedade. 
Consagração de valores, de fins importantes 
para a sociedade como um todo. 
Analisando os votos da ADI 3510, que tinha como objeto a Lei de Biossegurança por permitir 
a pesquisa com células-tronco embrionárias, pode-se perceber a adoção das duas dimensões. O 
Ministro Ayres Brittoanalisou o direito à vida em sua dimensão subjetiva e o Ministro Ricardo 
Lewandowski analisou o direito à vida em sua dimensão objetiva. 
De acordo com Ayres Britto, a Constituição não se refere ao exato momento em que a vida 
humana tem o seu início. Porém, toda vez que se refere à inviolabilidade do direito à vida, trata do 
direito à vida das pessoas que já nasceram, e não da vida do embrião ou do feto (interpretação 
sistemática da Constituição). Garante-se a inviolabilidade à vida aos brasileiros natos ou 
naturalizados, bem como aos estrangeiros residentes no país, perceba que todos são pessoas que 
já nasceram. Portanto, o embrião e o feto não têm o direito à vida protegido pela CF. A legislação 
infraconstitucional, a exemplo do Código Penal, é que protege o direito à vida do embrião e do feto. 
STF - ADI 3.510 (Ayres Britto): o Magno Texto Federal não dispõe sobre o 
início da vida humana ou o preciso instante em que ela começa. Não faz de 
todo e qualquer estádio (etapa) da vida humana um autonomizado bem 
jurídico, mas da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque 
nativiva (teoria ‘natalista’, em contraposição às teorias ‘concepcionista’ ou da 
‘personalidade condicional’). 
Por outro lado, para Ricardo Lewandowski o direito à vida tem que ser analisado não em 
sua dimensão subjetiva (perspectiva do titular do direito), mas na perspectiva da coletividade, já que 
é um valor extremamente importante. 
STF - ADI 3.510 (Lewandowski): Creio que o debate deve centrar-se no direito 
à vida entrevisto como um bem coletivo, pertencente à sociedade ou mesmo 
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 16 
à humanidade como um todo, sobretudo tendo em conta os riscos potenciais 
que decorrem da manipulação do código genético humano. 
INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE 
O direito à vida é, além de inviolável, irrenunciável. 
INVIOLABILIDADE IRRENUNCIABILIDADE 
Proteção contra violação por parte de 
TERCEIROS e do ESTADO 
Protege contra o PRÓPRIO TITULAR. Em 
princípio, a pessoa não possui o direito de 
renunciar sua própria vida. 
De acordo com a doutrina, todos direitos fundamentais são irrenunciáveis. Em outras 
palavras, não pode haver renuncia definitiva do direito (embora possa não ser exercido 
temporariamente). 
Importante consignar que nenhum direito fundamental é absoluto, nem mesmo o direito à 
vida. Há hipóteses em que, apesar da inviolabilidade, outros valores de peso maior, no caso 
concreto, irão prevalecer, justificando sua a restrição. 
Poderá, ainda, haver conflito entre o direito à vida e outro direito fundamental, a exemplo do 
direito à liberdade religiosa. É o que ocorre, por exemplo, com as Testemunhas de Jeová. Em razão 
de sua fé, não aceitam receber transfusões de sangue, mesmo que isso coloque sua vida em risco. 
Havendo tratamentos alternativos, não há dúvidas de que não podem ser obrigadas a receber 
transfusão de sangue. Contudo, quando a transfusão for a única forma de mantê-la vida, segundo 
Novelino deve-se observar a plena capacidade para renunciar ao seu direito à vida em razão da 
liberdade religiosa, não poderá o Estado impor o recebimento da transfusão quando a pessoa 
plenamente capaz manifesta a sua vontade. 
Destaca-se que caso a pessoa esteja gravemente ferida, por exemplo em coma, e tenha 
deixado documento escrito negando o recebimento de sangue de terceiros, a transfusão poderá 
ocorrer, eis que não pode manifestar sua vontade no exato momento. Isso vale em relação aos 
menores, o pai/a mãe, por seus crenças religiosas, não possuem o direito de impedir a transfusão 
de sangue no filho. 
O Conselho da Justiça Federal criou um enunciado a respeito do tema e adotou uma diretriz 
que considerada adequada: 
Enunciado n. 403 (CJF): O direito à inviolabilidade de consciência e de 
crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à 
pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, 
com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde 
que observados os seguintes critérios: 
a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou
assistente;
b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e
c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do
declarante
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 17 
RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA 
Consistem em intervenções, constitucionalmente previstas (expressa ou implicitamente), 
que permitem a limitação do direito à vida. 
Ressalta-se que a restrição não pode ser confundida com violação, que é uma intervenção 
inconstitucional no direito à vida. 
3.4.1. Pena de morte no caso de guerra declarada 
Trata-se da única restrição expressa na Constituição (art. 5º, XLVII, a). Observe: 
É o Código Penal Militar que regulamenta o dispositivo constitucional, prevendo que a pena 
de morte será executada por fuzilamento. 
Veja como foi cobrado: 
PC/GO (2018): Constituição (CRFB) admite como possível a pena de morte em caso de guerra declarada. 
Correto! 
3.4.2. Aborto 
O aborto em algumas hipóteses é admitido no ordenamento jurídico brasileiro, seja por 
previsão legal expressa (art. 128 do CP) seja pela jurisprudência do STF. 
CP, art. 128: Não se pune o aborto praticado por médico: 
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento 
da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
Não há óbice para o legislador infraconstitucional limitar um direito fundamental consagrado 
na CF, pois a restrição está fundamentada em outro direito fundamental, passando, obviamente, 
pelo crivo da proporcionalidade. Desta forma, se a medida adotada for apta a atingir o fim almejado, 
necessária e proporcional em sentido estrito, é constitucional. 
Diante disso, o legislador ponderou entre o direito à vida e outros direitos, criando duas 
hipóteses em que o direito à vida sofrerá restrições legítimas. 
1º ABORTO TERAPÊUTICO OU NECESSÁRIO – há colisão entre dois direitos à vida, de 
um lado o feto e do outro a mãe. O Estado não pode obrigar a mãe a colocar sua vida em risco, 
seria caso de estado de necessidade ou de legítima defesa. 
2º ABORTO SENTIMENTAL – é o abordo decorrente de estupro. Há ponderação entre 
direito à vida do feto e a dignidade da pessoa humana da mãe, além de sua liberdade sexual. Seria 
uma espécie de tortura psicológica obrigar a mulher, que sofreu o ato violento, gerar uma criança 
contra a sua vontade. 
CF, art. 5º, XLVII –“não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
.
CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 18 
Há alguns autores, no entanto, que sustentam que o direito à vida é inviolável e a dignidade 
é um direito absoluto, portanto o art. 128, II não teria sido recepcionado pela Constituição Federal. 
 Obs.: Embora o CP criminalize o aborto, a 1ªTurma do STF (voto condutor de Luís Roberto Barroso) 
adotou o entendimento de que o CP deve ser interpretado à luz da CF, a fim de que o aborto 
realizado no primeiro trimestre de gestação não pode ser criminalizado. 
STF – HC 124.306/RJ (1ª Turma): “[...] 3. Em segundo lugar, é preciso conferir 
interpretação conforme a Constituição aos próprios arts. 124 a 126 do Código 
Penal – que tipificam o crime de aborto – para excluir do seu âmbito de 
incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro 
trimestre. A criminalização, nessa hipótese, viola diversos direitos 
fundamentais da mulher, bem como o princípio da proporcionalidade 
[...] 7. Anote-se, por derradeiro, que praticamente nenhum país democrático 
e desenvolvido do mundo trata a interrupção da gestação durante o primeiro 
trimestre como crime, aí incluídos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, 
Canadá, França, Itália, Espanha, Portugal, Holanda e Austrália.” 
A questão está sendo analisada no julgamento da ADPF 442, proposta pelo PSOL. 
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