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Caderno Sistematizado Fazenda Pública em Juízo @cadernossistematizados contato@cadernossistematizado.com Caderno Sistematizado Direito Constitucional – Parte II 2021.1 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 1 CONSTITUCIONAL – PARTE II APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 12 DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE ............................................................................................ 13 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 13 2. DESTINATÁRIOS ....................................................................................................................... 13 3. DIREITO À VIDA ........................................................................................................................ 14 PREVISÃO CONSTITUCIONAL E CONSIDERAÇÕES .................................................... 14 ÂMBITO DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 14 INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE .................................................................. 16 RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA .................................................................................. 17 3.4.1. Pena de morte no caso de guerra declarada .............................................................. 17 3.4.2. Aborto ........................................................................................................................... 17 3.4.3. Interrupção da gravidez de feto com anencefalia ....................................................... 18 3.4.4. Aborto e microcefalia causada pelo Zika Vírus ........................................................... 19 3.4.5. Pesquisas com células-tronco embrionárias ............................................................... 20 4. DIREITO À IGUALDADE ............................................................................................................ 20 PREVISÃO LEGAL E CONSIDERAÇÕES ......................................................................... 20 EVOLUÇÃO HISTÓRIA ...................................................................................................... 21 CONCEPÇÃO MATERIAL .................................................................................................. 21 ÂMBITO DE PROTEÇÃO E INTERVENÇÃO .................................................................... 22 DESTINATÁRIOS DO DEVER DE IGUALDADE ............................................................... 24 4.5.1. Igualdade perante a lei ................................................................................................ 24 4.5.2. Igualdade na lei ............................................................................................................ 24 IGUALDADE COMO RECONHECIMENTO ....................................................................... 25 AÇÕES AFIRMATIVAS ....................................................................................................... 25 4.7.1. Conceito ....................................................................................................................... 25 4.7.2. Modalidades ou exemplos de ações afirmativas empregadas em vários países ...... 26 4.7.3. Sistemas de cotas ........................................................................................................ 26 4.7.4. Lei Maria da Penha ...................................................................................................... 27 5. DIREITO À PRIVACIDADE ........................................................................................................ 28 PREVISÃO .......................................................................................................................... 28 GRAU DE PROTEÇÃO ....................................................................................................... 28 5.2.1. Locais públicos e reservados ...................................................................................... 28 5.2.2. Pessoas públicas e comuns ........................................................................................ 28 5.2.3. Fatos de interesse público e de mero interesse público ............................................. 29 5.2.4. Teoria das Esferas ....................................................................................................... 29 5.2.5. Honra ............................................................................................................................ 29 5.2.6. Imagem ........................................................................................................................ 29 DISTINÇÕES CONCEITUAIS............................................................................................. 30 5.3.1. Interceptação ambiental............................................................................................... 30 5.3.2. Gravação clandestina .................................................................................................. 31 5.3.3. Quebra de sigilo de dados ........................................................................................... 32 5.3.4. Interceptação de comunicações .................................................................................. 35 INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO ................................................................................... 40 6. DIREITO DE LIBERDADE.......................................................................................................... 43 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 43 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 2 LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO ................................................... 44 6.2.1. Previsão constitucional ................................................................................................ 44 6.2.2. Âmbito de proteção ...................................................................................................... 44 6.2.3. Restrições .................................................................................................................... 46 LIBERDADE DE INFORMAÇÃO ........................................................................................ 47 6.3.1. Conceito ....................................................................................................................... 47 6.3.2. Liberdade de informação jornalística........................................................................... 48 LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA, CRENÇA E CULTO ..................................................... 48 6.4.1. Conceitos ..................................................................................................................... 48 6.4.2. Escusa de consciência (art. 5º, VIII) ............................................................................ 49 6.4.3. Dever de neutralidade do Estado ................................................................................ 51 LIBERDADE DE REUNIÃO E ASSOCIAÇÃO .................................................................... 53 6.5.1. Conceito ....................................................................................................................... 53 6.5.2. Reunião X Associação (diferenças e semelhanças) ................................................... 54 6.5.3. Reunião ........................................................................................................................ 54 6.5.4. Associação ................................................................................................................... 54 6.5.5. Sindicato .......................................................................................................................56 7. DIREITO DE PROPRIEDADE .................................................................................................... 57 ÂMBITO DE PROTEÇÃO ................................................................................................... 57 REGIME JURÍDICO DO DIREITO DE PROPRIEDADE .................................................... 57 RESTRIÇÕES ..................................................................................................................... 57 7.3.1. Função social (art. 5º, XXII) ......................................................................................... 58 7.3.2. Requisição.................................................................................................................... 59 7.3.3. Desapropriação (art. 5º, XXIV) .................................................................................... 59 7.3.4. Expropriação-sanção e Confisco (art. 243, “desapropriação confiscatória”) ............. 61 7.3.5. Usucapião .................................................................................................................... 62 GARANTIAS INDIVIDUAIS ............................................................................................................... 64 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 64 2. FINALIDADE ............................................................................................................................... 64 3. GARANTIAS RELACIONADAS À SEGURANÇA JURÍDICA .................................................... 64 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE ............................................................................................ 64 3.1.1. Previsão legal ............................................................................................................... 64 3.1.2. Objetivo ........................................................................................................................ 64 3.1.3. Significado .................................................................................................................... 64 3.1.4. “Lei” .............................................................................................................................. 65 3.1.5. Restrições expressas ................................................................................................... 65 3.1.6. Princípio da Reserva Legal .......................................................................................... 65 PRINCÍPIO DA NÃO RETROATIVIDADE DAS LEIS ........................................................ 66 3.2.1. Objetivo ........................................................................................................................ 66 3.2.2. Previsão ....................................................................................................................... 66 3.2.3. Abrangência da eficácia retroativa .............................................................................. 67 3.2.4. Direito adquirido ........................................................................................................... 67 3.2.5. Ato jurídico perfeito ...................................................................................................... 69 3.2.6. Coisa julgada ............................................................................................................... 69 4. GARANTIAS DE NATUREZA PENAL ....................................................................................... 70 PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA .......................................................................................... 70 4.1.1. Finalidade ..................................................................................................................... 71 4.1.2. Disposições normativas ............................................................................................... 71 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 3 4.1.3. Posição do STF ............................................................................................................ 72 4.1.4. Presunção de inocência e eliminação de concurso público ....................................... 74 5. MANDADOS CONSTITUCIONAIS DE NÃO CRIMINALIZAÇÃO ............................................. 74 CONCEITO .......................................................................................................................... 75 CRIMES INAFIANÇÁVEIS E IMPRESCRITÍVEIS ............................................................. 75 CRIMES INAFIANÇÁVEIS E INSUSCETÍVEIS DE GRAÇA OU ANISTIA ....................... 75 6. AÇÕES CONSTITUCIONAIS ..................................................................................................... 76 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................................. 76 HABEAS DATA ................................................................................................................... 76 6.2.1. Considerações e previsão ........................................................................................... 76 6.2.2. Legitimidade ativa ........................................................................................................ 77 6.2.3. Legitimidade passiva ................................................................................................... 77 6.2.4. Objeto ........................................................................................................................... 78 6.2.5. Objetivo ........................................................................................................................ 78 6.2.6. Hipóteses de cabimento .............................................................................................. 78 6.2.7. Interesse de agir .......................................................................................................... 79 6.2.8. Decisão liminar ............................................................................................................. 79 6.2.9. Decisão de mérito ........................................................................................................ 79 AÇÃO POPULAR ................................................................................................................ 80 6.3.1. Considerações ............................................................................................................. 80 6.3.2. Legitimidade ativa ........................................................................................................ 80 6.3.3. Legitimidade passiva ................................................................................................... 81 6.3.4. Objeto ........................................................................................................................... 82 6.3.5. Objetivo ........................................................................................................................ 82 6.3.6. Requisitos específicos ................................................................................................. 83 6.3.7. Competência ................................................................................................................ 83 6.3.8. Decisão liminar ............................................................................................................. 84 6.3.9. Decisão de mérito ........................................................................................................ 85 DIREITOS SOCIAIS .......................................................................................................................... 87 2. FINALIDADE ............................................................................................................................... 87 3. EFICÁCIA ...................................................................................................................................87 4. INTERVENÇÃO JUDICIAL......................................................................................................... 89 PRIMEIRA FASE: AUSÊNCIA DE NORMATIVIDADE DOS DIREITOS SOCIAIS CONSAGRADOS EM NORMAS PROGRAMÁTICAS. ................................................................. 89 SEGUNDA FASE: INTERVENÇÃO ATUANTE DO PODER JUDICIÁRIO, MAS SEM O ESTABELECIMENTO DE CRITÉRIOS. ........................................................................................ 89 TERCEIRA FASE: CONSOLIDAÇÃO DE PARÂMETROS. .............................................. 89 ARGUMENTOS CONTRA INTERVENÇÃO JUDICIAL ..................................................... 89 4.4.1. Separação dos poderes/legislador positivo................................................................. 90 4.4.2. Ausência de legitimidade democrática ........................................................................ 90 4.4.3. Desenho e capacidades institucionais ........................................................................ 90 4.4.4. Acesso restrito ao Poder Judiciário ............................................................................. 91 4.4.5. Custo dos direitos e reserva do possível .................................................................... 91 PARÂMETROS PARA A JUDICIALIZAÇÃO DO DIREITO SOCIAL À SAÚDE (STF)...... 91 5. NORMAS CONSTITUCIONAIS PROGRAMÁTICAS ATRIBUTIVAS DE DIREITOS SOCIAIS E ECONÔMICOS .................................................................................................................................. 92 6. RESERVA DO POSSÍVEL ......................................................................................................... 94 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 94 DIMENSÕES ....................................................................................................................... 94 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 4 6.2.1. Possibilidade Fática ..................................................................................................... 94 6.2.2. Possibilidade Jurídica .................................................................................................. 95 6.2.3. Razoabilidade da exigência e proporcionalidade da prestação ................................. 95 QUEM ALEGA A RESERVA DO POSSÍVEL? ................................................................... 96 NÃO APLICAÇÃO ............................................................................................................... 96 7. MÍNIMO EXISTENCIAL .............................................................................................................. 97 CONCEITO .......................................................................................................................... 97 PRINCÍPIO DA DIGNIDADE HUMANA E O MÍNIMO EXISTENCIAL ............................... 98 RESERVA DO POSSÍVEL X MÍNIMO EXISTENCIAL ....................................................... 98 8. VEDAÇÃO DE RETROCESSO SOCIAL ................................................................................... 99 NOMENCLATURAS E CONSIDERAÇÕES INICIAIS ........................................................ 99 FUNDAMENTOS ................................................................................................................. 99 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 99 ACEPÇÕES ....................................................................................................................... 100 DIREITOS DE NACIONALIDADE ................................................................................................... 101 NACIONALIDADE PRIMÁRIA OU ORIGINÁRIA ............................................................. 101 NACIONALIDADE SECUNDÁRIA OU ADQUIRIDA ........................................................ 102 1.2.1. Naturalização tácita ................................................................................................... 102 1.2.2. Naturalização expressa ............................................................................................. 102 1.2.3. Naturalização especial ............................................................................................... 103 1.2.4. Naturalização provisória ............................................................................................ 104 2. “QUASE NACIONALIDADE” .................................................................................................... 104 3. DIFERENÇAS DE TRATAMENTO ENTRE BRASILEIRO NATO E NATURALIZADO .......... 104 CARGOS PRIVATIVOS .................................................................................................... 105 CONSELHO DA REPÚBLICA........................................................................................... 105 PROPRIEDADE DE EMPRESA JORNALÍSTICA E DE RADIODIFUSÃO SONORA..... 105 EXTRADIÇÃO ................................................................................................................... 106 4. PERDA DA NACIONALIDADE ................................................................................................. 110 AÇÃO DE CANCELAMENTO DA NATURALIZAÇÃO ..................................................... 110 NATURALIZAÇÃO VOLUNTÁRIA .................................................................................... 110 DIREITOS POLÍTICOS .................................................................................................................... 112 2. DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS ........................................................................................ 112 SUFRÁGIO ........................................................................................................................ 112 ALISTABILIDADE .............................................................................................................. 113 ELEGIBILIDADE ............................................................................................................... 114 3. DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS ...................................................................................... 115 INELEGIBILIDADES ......................................................................................................... 115 PERDA E SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLÍTICOS ................................................... 119 4. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE ELEITORAL ..................................................................... 120 CONCEITO ........................................................................................................................ 120 FINALIDADE ..................................................................................................................... 120 CLÁUSULA PÉTREA ........................................................................................................ 120 5. PARTIDOS POLÍTICOS ........................................................................................................... 121 ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ........................................................................................................ 124 FORMAS DE GOVERNO ................................................................................................. 124 SISTEMAS DE GOVERNO ............................................................................................... 124 FORMAS DE ESTADO ..................................................................................................... 126 2. TIPOS DE FEDERALISMO ...................................................................................................... 127 QUANTO AO SURGIMENTO ........................................................................................... 127 . CS – CONSTITUCIONAL:PARTE II 5 2.1.1. Federalismo por agregação ....................................................................................... 127 2.1.2. Federalismo por segregação ..................................................................................... 127 QUANTO À CONCENTRAÇÃO DE PODER.................................................................... 127 2.2.1. Federalismo centrípeto ou centralizador ................................................................... 127 2.2.2. Federalismo centrífugo .............................................................................................. 127 2.2.3. Federalismo de equilíbrio .......................................................................................... 128 QUANTO À REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS........................................................... 128 2.3.1. Federalismo dualista ou dual ..................................................................................... 128 2.3.2. Federalismo por integração ....................................................................................... 128 2.3.3. Federalismo cooperativo............................................................................................ 128 QUANTO À HOMOGENEIDADE NA DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ................ 128 2.4.1. Federalismo simétrico ou homogêneo ...................................................................... 128 2.4.2. Federalismos assimétrico ou heterogêneo ............................................................... 129 QUANTO ÀS CARACTERÍSTICAS DOMINANTES ........................................................ 129 2.5.1. Federalismo simétrico ................................................................................................ 129 2.5.2. Federalismo assimétrico ............................................................................................ 129 QUANTO ÀS ESFERAS DE COMPETÊNCIA ................................................................. 130 2.6.1. Federalismo típico (bidimensional, bipartite ou de segundo grau) ........................... 130 2.6.2. Federalismo atípico (tridimensional, tripartite ou de terceiro grau) .......................... 130 3. CARACTERÍSTICAS ESSENCIAIS DA FEDERAÇÃO ........................................................... 130 DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA FIXADA PELA CONSTITUIÇÃO 130 PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO ...................................................................................... 130 AUTO-ORGANIZAÇÃO POR MEIO DE CONSTITUIÇÕES PRÓPRIAS (PRINCÍPIO DA AUTONOMIA) ............................................................................................................................... 130 REQUISITOS PARA A MANUTENÇÃO DA FEDERAÇÃO ............................................. 131 4. SOBERANIA X AUTONOMIA .................................................................................................. 131 5. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA ........................................................................................ 132 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 132 CRITÉRIOS PARA REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS ............................................... 132 5.2.1. Campos específicos de competências administrativas e legislativas ...................... 132 5.2.2. Possibilidade de delegação ....................................................................................... 136 5.2.3. Competências comuns .............................................................................................. 136 5.2.4. Competências correntes ............................................................................................ 137 6. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ..................................................................... 140 FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ................................................................................ 140 ESTADOS ......................................................................................................................... 141 6.2.1. Limites à autonomia ................................................................................................... 142 6.2.2. Princípios constitucionais sensíveis .......................................................................... 142 6.2.3. Princípios constitucionais extensíveis ....................................................................... 143 6.2.4. Princípios constitucionais estabelecidos ................................................................... 144 DISTRITO FEDERAL ........................................................................................................ 144 MUNICÍPIOS ..................................................................................................................... 145 TERRITÓRIOS .................................................................................................................. 149 7. CRIAÇÃO DE ESTADOS E MUNICÍPIOS ............................................................................... 149 INCORPORAÇÃO, SUBDIVISÃO E DESMEMBRAMENTO DE ESTADOS .................. 149 7.1.1. Previsão ..................................................................................................................... 149 7.1.2. Distinções ................................................................................................................... 150 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 6 7.1.3. Requisitos................................................................................................................... 150 7.1.4. Procedimento ............................................................................................................. 151 CRIAÇÃO, INCORPORAÇÃO, FUSÃO E DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS ..... 151 7.2.1. Previsão e considerações .......................................................................................... 151 7.2.2. Requisitos................................................................................................................... 153 8. INTERVENÇÃO ........................................................................................................................ 153 CONCEITO ........................................................................................................................ 153 CARACTERÍSTICAS ......................................................................................................... 153 INTERVENÇÃO FEDERAL ............................................................................................... 153 8.3.1. Pressupostos materiais.............................................................................................. 154 8.3.2. Pressupostos formais ................................................................................................ 154 8.3.3. Casuísticas ................................................................................................................. 155 8.3.4. Espécies de intervenção ............................................................................................ 155 8.3.5. Controle ...................................................................................................................... 156 INTERVENÇÃO ESTADUAL ............................................................................................ 156 8.4.1. Pressupostos materiais.............................................................................................. 157 8.4.2. Pressupostos formais ................................................................................................ 157 ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ................................................................................................... 158 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 158 2. IMPROPRIEDADEDA EXPRESSÃO TRIPARTIÇÃO DOS PODERES ................................ 158 3. FINALIDADE DA SEPARAÇÃO DE PODERES ...................................................................... 159 LIMITAR O PODER DO ESTADO .................................................................................... 159 LEGITIMAR O EXERCÍCIO DO PODER E MELHORAR O DESEMPENHO DO PODER O ESTADO ................................................................................................................................... 159 PODER LEGISLATIVO .................................................................................................................... 160 1. ATRIBUIÇÕES DO LEGISLATIVO: FISCALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA. COMISSÕES PARLAMENTARES .................................................................................................. 160 FISCALIZAÇÃO PELO LEGISLATIVO ............................................................................. 160 CLASSIFICAÇÕES DAS COMISSÕES PARLAMENTARES .......................................... 160 1.2.1. Quanto à duração da comissão ................................................................................. 160 1.2.2. Quanto à composição ................................................................................................ 161 2. ESPÉCIES DE COMISSÃO PARLAMENTAR ......................................................................... 161 COMISSÃO TEMÁTICA OU EM RAZÃO DA MATÉRIA (ART. 58, §2º) ......................... 161 COMISSÃO REPRESENTATIVA OU DE REPRESENTAÇÃO ....................................... 162 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) ...................................................... 162 3. ESTUDOS DA COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO (CPI) .................................... 162 CPI E OS “PODERES PRÓPRIOS DAS AUTORIDADES JUDICIAIS”........................... 162 MANDADO DE SEGURANÇA OU HABEAS CORPUS EM FACE DA CPI .................... 163 OBJETIVOS DA CPI ......................................................................................................... 163 COMPOSIÇÃO DA CPI .................................................................................................... 164 SUJEITOS DA INVESTIGAÇÃO PELA CPI ..................................................................... 164 REQUISITOS PARA A INSTAURAÇÃO DA CPI ............................................................. 164 3.6.1. Requerimento de 1/3, no mínimo, dos deputados federais e/ou senadores ............ 165 3.6.2. Apuração de ato determinado ................................................................................... 166 3.6.3. Prazo certo de duração.............................................................................................. 166 PODERES DA CPI ............................................................................................................ 167 3.7.1. Notificar testemunhas e determinar sua condução coercitiva .................................. 167 3.7.2. Busca e apreensão .................................................................................................... 168 3.7.3. Requisitar perícias, exames, vistorias, documentos ................................................. 168 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 7 3.7.4. Afastar sigilo bancário, fiscal e telefônico (dados), sem necessidade de autorização judicial 168 LIMITES DA CPI ............................................................................................................... 168 3.8.1. Cláusula de Reserva de Jurisdição (jurisprudência do STF) .................................... 168 3.8.2. Autonomia federativa e separação de poderes ........................................................ 169 3.8.3. Direitos e Garantias Individuais ................................................................................. 170 3.8.4. Medidas acautelatórias .............................................................................................. 170 3.8.5. Acusações .................................................................................................................. 170 QUADRO CPI .................................................................................................................... 170 CPI NO ÂMBITO ESTADUAL ........................................................................................... 171 3.10.1. Requisitos................................................................................................................... 171 3.10.2. Poderes da CPI estadual ........................................................................................... 172 3.10.3. HC e MS ..................................................................................................................... 172 CPI NO ÂMBITO MUNICIPAL .......................................................................................... 172 3.11.1. Fundamentos ............................................................................................................. 172 3.11.2. Poderes ...................................................................................................................... 172 3.11.3. HC e MS ..................................................................................................................... 172 TÉRMINO DOS TRABALHOS DA CPI ............................................................................. 172 4. GARANTIAS DO PODER LEGISLATIVO ................................................................................ 173 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS ....................................................................................... 173 SENADORES E DEPUTADOS FEDERAIS ..................................................................... 174 4.2.1. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 174 4.2.2. Imunidade material .................................................................................................... 176 4.2.3. Imunidade formal ....................................................................................................... 178 4.2.4. Outras garantias......................................................................................................... 181 DEPUTADOS ESTADUAIS E DISTRITAIS ...................................................................... 181 4.3.1. Previsão legal e considerações ................................................................................. 181 4.3.2. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 182 IMUNIDADES DOS VEREADORES................................................................................. 183 4.4.1. Foro por prerrogativa de função ................................................................................ 183 4.4.2. Imunidade material .................................................................................................... 183 4.4.3. Imunidade formal ....................................................................................................... 184 5. PERDA DE MANDATO ............................................................................................................ 184 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 184 CASSAÇÃO DO MANDATO ............................................................................................. 185 5.2.1. Conceito ..................................................................................................................... 185 5.2.2. Hipóteses de cassação .............................................................................................. 186 EXTINÇÃO DO MANDATO .............................................................................................. 187 RENÚNCIA DO PARLAMENTAR .....................................................................................188 6. PROCESSO LEGISLATIVO ..................................................................................................... 188 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 188 ESPÉCIES DE PROCESSOS LEGISLATIVOS ............................................................... 189 6.2.1. Processo legislativo ordinário .................................................................................... 189 6.2.2. Processo legislativo sumário ..................................................................................... 189 6.2.3. Processos legislativos especiais ............................................................................... 190 7. PROCEDIMENTO LEGISLATIVO ORDINÁRIO ...................................................................... 190 FASE INTRODUTÓRIA (INICIATIVA) .............................................................................. 190 FASE CONSTITUTIVA...................................................................................................... 193 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 8 7.2.1. Discussão ................................................................................................................... 194 7.2.2. Votação ...................................................................................................................... 194 7.2.3. Aprovação .................................................................................................................. 195 7.2.4. Sanção/Veto do Poder Executivo .............................................................................. 198 FASE COMPLEMENTAR ................................................................................................. 199 8. MEDIDAS PROVISÓRIAS (MP’s) ............................................................................................ 200 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 200 EFEITOS IMEDIATOS DA MEDIDA PROVISÓRIA ......................................................... 200 PRAZO DA MEDIDA PROVISÓRIA ................................................................................. 201 REGIME DE URGÊNCIA .................................................................................................. 202 TRÂMITE DA MEDIDA PROVISÓRIA .............................................................................. 203 REVOGAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA ...................................................................... 205 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS ............... 205 8.7.1. Aspectos formais........................................................................................................ 205 8.7.2. Aspectos materiais ..................................................................................................... 206 LIMITES MATERIAIS ........................................................................................................ 207 MEDIDA PROVISÓRIA NOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS .......... 209 9. LEIS DELEGADAS ................................................................................................................... 210 CONCEITO ........................................................................................................................ 210 PROCESSO LEGISLATIVO DE LEIS DELEGADAS ....................................................... 210 ESPÉCIES DE DELEGAÇÃO ........................................................................................... 211 LIMITAÇÕES MATERIAIS ................................................................................................ 211 10. DECRETO LEGISLATIVO x RESOLUÇÕES....................................................................... 212 PODER EXECUTIVO ...................................................................................................................... 216 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 216 2. SISTEMAS OU REGIMES DE GOVERNO ............................................................................. 216 SISTEMA DE “ASSEMBLEIA” .......................................................................................... 216 PARLAMENTARISMO ...................................................................................................... 217 PRESIDENCIALISMO ....................................................................................................... 217 PRESIDENCIALISMO DE COALISÃO ............................................................................. 218 3. REQUISITOS PARA SER PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................... 218 4. ELEIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................... 219 5. POSSE DO PRESIDENTE ....................................................................................................... 221 6. SUCESSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ................................................................... 222 7. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ............................................................... 225 8. MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................... 227 9. VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA ..................................................................................... 228 10. MINISTROS DE ESTADO .................................................................................................... 229 REQUISITOS .................................................................................................................... 229 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 229 CRIAÇÃO DE CARGOS ................................................................................................... 230 CONSELHO DA REPÚBLICA E CONSELHO DE DEFESA NACIONAL ........................ 230 11. CRIMES DE RESPONSABILIDADE .................................................................................... 232 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 232 DIPLOMAS NORMATIVOS QUE TIPIFICAM CRIMES DE RESPONSABILIDADES .... 233 SUJEITOS QUE PODEM PRATICAR CRIMES DE RESPONSABILIDADE E COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO ...................................................................................... 233 12. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA ......................... 235 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 235 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 235 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 9 SANÇÃO............................................................................................................................ 235 CONDUTAS QUE IMPORTAM CRIME DE RESPONSABILIDADE ................................ 236 DUPLO REGIME SANCIONATÓRIO ............................................................................... 236 PROCEDIMENTO NA CÂMARA DOS DEPUTADOS ..................................................... 237 12.6.1. Oferecimento da denúncia ......................................................................................... 237 12.6.2. Acolhimento do pedido .............................................................................................. 237 12.6.3. Instalação da Comissão Especial .............................................................................. 238 12.6.4. Notificação do Presidente da República ................................................................... 238 12.6.5. Votação do relatóriofinal ........................................................................................... 238 12.6.6. Decisão do Plenário ................................................................................................... 238 PROCEDIMENTO NO SENADO FEDERAL .................................................................... 238 12.7.1. Instauração................................................................................................................. 238 12.7.2. Rito ............................................................................................................................. 239 12.7.3. Presidência................................................................................................................. 239 12.7.4. Absolvição .................................................................................................................. 239 12.7.5. Condenação ............................................................................................................... 240 12.7.6. Renúncia .................................................................................................................... 240 13. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS GOVERNADORES DE ESTADO ..................... 240 INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS ................................................................. 240 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 240 JULGAMENTO .................................................................................................................. 241 SANÇÕES ......................................................................................................................... 242 14. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS MUNICIPAIS ............................... 243 PREVISÃO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 243 TIPOS DE INFRAÇÕES QUE PODEM SER COMETIDAS POR PREFEITOS .............. 243 PROCEDIMENTO DOS CRIMES “DE RESPONSABILIDADE” DO PREFEITO NA LEI 201/67 (NATUREZA PENAL)....................................................................................................... 243 CRIMES DE RESPONSABILIDADE DOS PREFEITOS NO DL 201/67 (NATUREZA POLÍTICO-ADMINISTRATIVA – “VERDADEIRO” CRIME DE RESPONSABILIDADE!) ........... 246 15. PROCESSO E JULGAMENTO CRIMES COMUNS ............................................................ 246 PRATICADOS PELO PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................... 246 15.1.1. Irresponsabilidade penal relativa ............................................................................... 246 15.1.2. Competência .............................................................................................................. 248 15.1.3. Necessidade de autorização ..................................................................................... 248 15.1.4. Procedimento ............................................................................................................. 248 15.1.5. Crimes abrangidos pela expressão “infração penal comum” ................................... 250 PRATICADOS PELO GOVERNADOR ............................................................................. 251 PRATICADOS PELO PREFEITO ..................................................................................... 252 16. RECALL ................................................................................................................................ 253 CONSIDERAÇÕES E CONCEITO ................................................................................... 253 RECALL x IMPEACHMENT .............................................................................................. 253 PODER JUDICIÁRIO ....................................................................................................................... 254 1. GARANTIAS DO PODER JUDICIÁRIO ................................................................................... 254 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 254 GARANTIAS FUNCIONAIS DOS MAGISTRADOS ......................................................... 254 1.2.1. Garantias de INDEPENDÊNCIA................................................................................ 254 1.2.2. Garantias de IMPARCIALIDADE ............................................................................... 256 GARANTIAS INSTITUCIONAIS ....................................................................................... 257 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 10 1.3.1. Garantia de autonomia orgânico-administrativa ....................................................... 257 1.3.2. Garantia de autonomia financeira/orçamentária ....................................................... 258 2. ÓRGÃO ESPECIAL DO PODER JUDICIÁRIO ....................................................................... 259 3. QUINTO CONSTITUCIONAL ................................................................................................... 259 4. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO ...................................................................................... 261 FUNÇÕES TÍPICAS .......................................................................................................... 261 4.1.1. Exercício da jurisdição ............................................................................................... 261 4.1.2. Proteção de direitos fundamentais ............................................................................ 261 4.1.3. Defesa da força normativa da Constituição .............................................................. 262 4.1.4. Edição da “legislação judicial” ................................................................................... 262 FUNÇÕES ATÍPICAS ....................................................................................................... 262 4.2.1. Administrativa ............................................................................................................. 262 4.2.2. Legislativa .................................................................................................................. 262 5. ORGANIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO ............................................................................. 262 6. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL ........................................................................................... 263 ATRIBUIÇÕES DO STF .................................................................................................... 263 COMPOSIÇÃO E REQUISITOS PARA SER MEMBRO DO STF ................................... 263 7. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA ...................................................................................... 265 ORIGEM E OBJETIVO DO STJ ....................................................................................... 265 COMPOSIÇÃO DO STJ .................................................................................................... 265 PROCEDIMENTO DE ESCOLHA .................................................................................... 266 7.3.1. Desembargadores...................................................................................................... 266 7.3.2. Advogados ................................................................................................................. 266 7.3.3. Ministério Público ....................................................................................................... 266 8. JUSTIÇA COMUM FEDERAL .................................................................................................. 266 2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS ................................ 266 1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUÍZES FEDERAIS .............................................................267 9. JUSTIÇA COMUM ESTADUAL ............................................................................................... 268 2º GRAU DE JURISDIÇÃO: TRIBUNAIS DE JUSTIÇA ................................................... 268 1º GRAU DE JURISDIÇÃO: JUIZ DE DIREITO ............................................................... 268 10. JUSTIÇA ELEITORAL .......................................................................................................... 268 TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL................................................................................ 268 TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL ................................................................................ 269 JUÍZES ELEITORAIS ........................................................................................................ 270 JUNTAS ELEITORAIS ...................................................................................................... 270 11. JUSTIÇA MILITAR ................................................................................................................ 270 SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR ..................................................................................... 270 12. JUSTIÇA DO TRABALHO .................................................................................................... 271 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ......................................................................... 271 TRIBUNAIS REGIONAIS DO TRABALHO ....................................................................... 271 JUÍZES DO TRABALHO ................................................................................................... 272 13. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA ................................................................................ 272 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 272 ATRIBUIÇÕES .................................................................................................................. 272 COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 273 COMPETÊNCIAS DO CNJ ............................................................................................... 275 AÇÕES PROPOSTAS CONTRA O CNJ .......................................................................... 277 14. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO ........................................................ 280 COMPOSIÇÃO .................................................................................................................. 280 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 11 DIFERENÇAS NAS REGRAS DE NOMEAÇÃO E DESTITUIÇÃO DO PROCURADOR- GERAL DA REPÚBLICA E DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA .................................... 281 CONFLITOS DE ATRIBUIÇÕES ...................................................................................... 282 15. RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL .................................................................................... 286 ORIGEM ............................................................................................................................ 287 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 287 OBJETO DA RECLAMAÇÃO............................................................................................ 287 15.3.1. Preservação de competência .................................................................................... 288 15.3.2. Garantir a autoridade das decisões ........................................................................... 288 LEGITIMIDADE ATIVA...................................................................................................... 290 16. SÚMULA VINCULANTE ....................................................................................................... 290 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 290 FUNDAMENTOS NORMATIVOS ..................................................................................... 291 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 291 OBJETO ............................................................................................................................ 291 REQUISITOS .................................................................................................................... 292 16.5.1. Reiteradas decisões sobre matéria constitucional .................................................... 292 16.5.2. Iniciativa ..................................................................................................................... 292 16.5.3. Quórum ...................................................................................................................... 293 16.5.4. Publicação .................................................................................................................. 293 16.5.5. Efeito vinculante ......................................................................................................... 293 CANCELAMENTO ............................................................................................................ 294 17. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS E RECURSOS ESPECIAIS ........................................ 294 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 294 PREQUESTIONAMENTO ................................................................................................. 298 PRÉVIO ESGOTAMENTO DAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS ........................................ 299 IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS ........................................... 300 REPERCUSSÃO GERAL ................................................................................................. 300 HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RE ............................................................................. 301 HIPÓTESES DE CABIMENTO DE RESP ........................................................................ 302 DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ............................................... 305 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 305 2. NORMAS GERAIS COMUNS AO SISTEMA CONSTITUCIONAL DAS CRISES .................. 305 TEMPORARIEDADE ......................................................................................................... 305 PROPORCIONALIDADE .................................................................................................. 306 DELIMITAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS ......................................................... 306 MOTIVAÇÃO ..................................................................................................................... 307 3. ESTADO DE DEFESA ............................................................................................................. 308 CONCEITO ........................................................................................................................ 308 EFEITOS ........................................................................................................................... 309 CONTROLE DOS ATOS DO PODER EXECUTIVO ........................................................ 309 4. ESTADO DE SÍTIO................................................................................................................... 312 CONCEITO ........................................................................................................................ 312 EFEITOS ........................................................................................................................... 312 RESPONSABILIZAÇÃOPELAS MEDIDAS EXECUTIVAS ............................................. 313 . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 12 APRESENTAÇÃO Olá! Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja útil na sua preparação, em todas as fases. Quanto mais contato temos com uma mesma fonte de estudo, mais familiarizados ficamos, o que ajuda na memorização e na compreensão da matéria. O Caderno Sistematizado de Direito Constitucional, está dividido em Parte I e Parte II, possui como base as aulas do Prof. Marcelo Novelino (G7), complementadas com as aulas do Prof. Bernardo Fernandes, com o intuito de deixar o material mais completo, utilizados as seguintes fontes complementares: a) Constituição Federal para Concursos, 2019, (Marcelo Novelino e Dirley da Cunha Jr.); b) Curso de Direitos Constitucional, 2018, (Dirley da Cunha Júnior) e c) Curso de Direito Constitucional, 2020, Bernardo Gonçalves Fernandes. Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito (www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). Destacamos: é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da semana para ler no site do Dizer o Direito. Ademais, no Caderno constam os principais artigos de lei, mas, ressaltamos, que é necessária leitura conjunta do seu Vade Mecum, muitas questões são retiradas da legislação. Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina + informativos + súmulas + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma boa prova. Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito importante!! As bancas costumam repetir certos temas. Vamos juntos!! Bons estudos!! Equipe Cadernos Sistematizados. . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 13 DIREITOS INDIVIDUAIS EM ESPÉCIE 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Serão analisados o direito à vida, o direito à igualdade, o direito à privacidade, o direito de liberdade e o direito à propriedade. Pertinente destacar que o direito à privacidade não está previsto no caput do art. 5º, mas pode ser extraído de seus incisos, conforme veremos. Destaca-se, ainda, que o direito à segurança, previsto no caput do art. 5º, refere-se à segurança jurídica, que não é um direito individual, mas sim uma garantia para que os direitos sejam protegidos, a exemplo do habeas corpus que protege o direito de liberdade. Portanto, será analisada em tópico separado. Obs.: A segurança pública, prevista no art. 6º da CF, será analisada na parte dos direitos sociais. 2. DESTINATÁRIOS Observe a redação do art. 5º da CF: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: De acordo com a interpretação literal (José Afonso da Silva) do dispositivo, percebe-se que apenas os brasileiros natos e naturalizados (pessoas físicas e jurídicas) e apenas os estrangeiros residentes no Brasil são os titulares dos direitos e garantias individuais. Contudo, não prevalece tal entendimento, isso porque, de acordo com a melhor doutrina, os direitos e garantias fundamentais visam a proteção e a promoção da dignidade da pessoa humana (qualidade intrínseca de todo ser humano, independentemente de qualquer condição). Para o Supremo Tribunal Federal (STF) e para a esmagadora doutrina, deve ser dada uma interpretação extensiva ao art. 5º da CF, ou seja, os direitos e garantias INDIVIDUAIS possuem como destinatários os brasileiros (pessoas físicas – natos e naturalizados – e as pessoas jurídicas), os estrangeiros residentes no país e, também, os estrangeiros não residentes. Em razão da dignidade da pessoa humana e da primazia dos direitos humanos nas relações internacionais (art. 4º, II da CF). STF – HC 94.016/SP: O súdito estrangeiro, mesmo aquele sem domicílio no Brasil, tem direito a todas as prerrogativas básicas que lhe assegurem a preservação do status libertatis e a observância, pelo Poder Público, da cláusula constitucional do due process. [...] A condição jurídica de não nacional do Brasil e a circunstância de o réu estrangeiro não possuir domicílio em nosso país não legitimam a adoção, contra tal acusado, de qualquer tratamento arbitrário ou discriminatório. . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 14 As pessoas jurídicas (inclusive de direito público) também são destinatárias dos direitos e garantias fundamentais, tendo em vista que em um Estado Democrático de Direito não podem ser admitidas condutas arbitrárias. Obviamente, não serão todos os direitos e garantias, na maioria dos casos estão relacionadas a garantias procedimentais. STF - AC 2.395 MC/PB: A imposição de restrições de ordem jurídica, pelo Estado, quer se concretize na esfera judicial, quer se realize no âmbito estritamente administrativo (como sucede com a inclusão de supostos devedores em cadastros públicos de inadimplentes), supõe, para legitimar-se constitucionalmente, o efetivo respeito, pelo Poder Público, da garantia indisponível do ‘due process of law’, assegurada, pela Constituição da República (art. 5º, LIV), à generalidade das pessoas, inclusive às próprias pessoas jurídicas de direito público, eis que o Estado, em tema de limitação ou supressão de direitos, não pode exercer a sua autoridade de maneira abusiva e arbitrária. Doutrina. Precedentes 3. DIREITO À VIDA PREVISÃO CONSTITUCIONAL E CONSIDERAÇÕES O Direito à Vida está consagrado no caput do art. 5º da CF, é o mais importante dos direitos fundamentais, tendo em vista que é pressuposto para o exercícios dos demais direitos. Afinal, para que seja possível exercer qualquer outro direito individual (igualdade, propriedade, privacidade e liberdade) o direito à vida deve ser assegurado. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do DIREITO À VIDA, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:... ÂMBITO DE PROTEÇÃO Todos os direitos fundamentais, salvo o direito à igualdade, possuem um âmbito de proteção, ou seja, protegem determinado bem jurídico. Em relação ao direito à vida, o bem jurídico protegido é APENAS a vida humana em sentido biológico. Perceba, portanto, que a vida espiritual não recebe proteção do art. 5º da CF, será protegida pelo direito de liberdade religiosa. Ressalta-se que o direito à vida compreende duas acepções, uma negativa e outra positiva. Vejamos: . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 15 ACEPÇÃO NEGATIVA ACEPÇÃO POSITIVA Corresponde ao dever de respeito, é o direito de permanecer vivo. Portanto, impede que o Estado ou terceiros ceifem a vida humana. Corresponde ao dever de proteção e promoção do direito à vida, impondo ao Estado o dever de agir. Vedação da pena de morte (salvo em caso de guerra declarada). Proteção de testemunhas; Proteção contra violência doméstica e familiar; Promoção de condições dignas de existência (mínimo existencial). Além disso, o direito à vida (como todo e qualquer direito fundamental) possui duas dimensões, quais sejam: DIMENSÃO SUBJETIVA DIMENSÃO OBJETIVA É a perspectiva do indivíduo, titular do direito. Por exemplo, o indivíduo possui direito à vida, à liberdade, à igualde, à propriedade. Consagração de valores, de fins importantes para a sociedade como um todo. Analisando os votos da ADI 3510, que tinha como objeto a Lei de Biossegurança por permitir a pesquisa com células-tronco embrionárias, pode-se perceber a adoção das duas dimensões. O Ministro Ayres Brittoanalisou o direito à vida em sua dimensão subjetiva e o Ministro Ricardo Lewandowski analisou o direito à vida em sua dimensão objetiva. De acordo com Ayres Britto, a Constituição não se refere ao exato momento em que a vida humana tem o seu início. Porém, toda vez que se refere à inviolabilidade do direito à vida, trata do direito à vida das pessoas que já nasceram, e não da vida do embrião ou do feto (interpretação sistemática da Constituição). Garante-se a inviolabilidade à vida aos brasileiros natos ou naturalizados, bem como aos estrangeiros residentes no país, perceba que todos são pessoas que já nasceram. Portanto, o embrião e o feto não têm o direito à vida protegido pela CF. A legislação infraconstitucional, a exemplo do Código Penal, é que protege o direito à vida do embrião e do feto. STF - ADI 3.510 (Ayres Britto): o Magno Texto Federal não dispõe sobre o início da vida humana ou o preciso instante em que ela começa. Não faz de todo e qualquer estádio (etapa) da vida humana um autonomizado bem jurídico, mas da vida que já é própria de uma concreta pessoa, porque nativiva (teoria ‘natalista’, em contraposição às teorias ‘concepcionista’ ou da ‘personalidade condicional’). Por outro lado, para Ricardo Lewandowski o direito à vida tem que ser analisado não em sua dimensão subjetiva (perspectiva do titular do direito), mas na perspectiva da coletividade, já que é um valor extremamente importante. STF - ADI 3.510 (Lewandowski): Creio que o debate deve centrar-se no direito à vida entrevisto como um bem coletivo, pertencente à sociedade ou mesmo . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 16 à humanidade como um todo, sobretudo tendo em conta os riscos potenciais que decorrem da manipulação do código genético humano. INVIOLABILIDADE x IRRENUNCIABILIDADE O direito à vida é, além de inviolável, irrenunciável. INVIOLABILIDADE IRRENUNCIABILIDADE Proteção contra violação por parte de TERCEIROS e do ESTADO Protege contra o PRÓPRIO TITULAR. Em princípio, a pessoa não possui o direito de renunciar sua própria vida. De acordo com a doutrina, todos direitos fundamentais são irrenunciáveis. Em outras palavras, não pode haver renuncia definitiva do direito (embora possa não ser exercido temporariamente). Importante consignar que nenhum direito fundamental é absoluto, nem mesmo o direito à vida. Há hipóteses em que, apesar da inviolabilidade, outros valores de peso maior, no caso concreto, irão prevalecer, justificando sua a restrição. Poderá, ainda, haver conflito entre o direito à vida e outro direito fundamental, a exemplo do direito à liberdade religiosa. É o que ocorre, por exemplo, com as Testemunhas de Jeová. Em razão de sua fé, não aceitam receber transfusões de sangue, mesmo que isso coloque sua vida em risco. Havendo tratamentos alternativos, não há dúvidas de que não podem ser obrigadas a receber transfusão de sangue. Contudo, quando a transfusão for a única forma de mantê-la vida, segundo Novelino deve-se observar a plena capacidade para renunciar ao seu direito à vida em razão da liberdade religiosa, não poderá o Estado impor o recebimento da transfusão quando a pessoa plenamente capaz manifesta a sua vontade. Destaca-se que caso a pessoa esteja gravemente ferida, por exemplo em coma, e tenha deixado documento escrito negando o recebimento de sangue de terceiros, a transfusão poderá ocorrer, eis que não pode manifestar sua vontade no exato momento. Isso vale em relação aos menores, o pai/a mãe, por seus crenças religiosas, não possuem o direito de impedir a transfusão de sangue no filho. O Conselho da Justiça Federal criou um enunciado a respeito do tema e adotou uma diretriz que considerada adequada: Enunciado n. 403 (CJF): O direito à inviolabilidade de consciência e de crença, previsto no art. 5º, VI, da Constituição Federal, aplica-se também à pessoa que se nega a tratamento médico, inclusive transfusão de sangue, com ou sem risco de morte, em razão do tratamento ou da falta dele, desde que observados os seguintes critérios: a) capacidade civil plena, excluído o suprimento pelo representante ou assistente; b) manifestação de vontade livre, consciente e informada; e c) oposição que diga respeito exclusivamente à própria pessoa do declarante . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 17 RESTRIÇÕES AO DIREITO À VIDA Consistem em intervenções, constitucionalmente previstas (expressa ou implicitamente), que permitem a limitação do direito à vida. Ressalta-se que a restrição não pode ser confundida com violação, que é uma intervenção inconstitucional no direito à vida. 3.4.1. Pena de morte no caso de guerra declarada Trata-se da única restrição expressa na Constituição (art. 5º, XLVII, a). Observe: É o Código Penal Militar que regulamenta o dispositivo constitucional, prevendo que a pena de morte será executada por fuzilamento. Veja como foi cobrado: PC/GO (2018): Constituição (CRFB) admite como possível a pena de morte em caso de guerra declarada. Correto! 3.4.2. Aborto O aborto em algumas hipóteses é admitido no ordenamento jurídico brasileiro, seja por previsão legal expressa (art. 128 do CP) seja pela jurisprudência do STF. CP, art. 128: Não se pune o aborto praticado por médico: I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Não há óbice para o legislador infraconstitucional limitar um direito fundamental consagrado na CF, pois a restrição está fundamentada em outro direito fundamental, passando, obviamente, pelo crivo da proporcionalidade. Desta forma, se a medida adotada for apta a atingir o fim almejado, necessária e proporcional em sentido estrito, é constitucional. Diante disso, o legislador ponderou entre o direito à vida e outros direitos, criando duas hipóteses em que o direito à vida sofrerá restrições legítimas. 1º ABORTO TERAPÊUTICO OU NECESSÁRIO – há colisão entre dois direitos à vida, de um lado o feto e do outro a mãe. O Estado não pode obrigar a mãe a colocar sua vida em risco, seria caso de estado de necessidade ou de legítima defesa. 2º ABORTO SENTIMENTAL – é o abordo decorrente de estupro. Há ponderação entre direito à vida do feto e a dignidade da pessoa humana da mãe, além de sua liberdade sexual. Seria uma espécie de tortura psicológica obrigar a mulher, que sofreu o ato violento, gerar uma criança contra a sua vontade. CF, art. 5º, XLVII –“não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; . CS – CONSTITUCIONAL: PARTE II 18 Há alguns autores, no entanto, que sustentam que o direito à vida é inviolável e a dignidade é um direito absoluto, portanto o art. 128, II não teria sido recepcionado pela Constituição Federal. Obs.: Embora o CP criminalize o aborto, a 1ªTurma do STF (voto condutor de Luís Roberto Barroso) adotou o entendimento de que o CP deve ser interpretado à luz da CF, a fim de que o aborto realizado no primeiro trimestre de gestação não pode ser criminalizado. STF – HC 124.306/RJ (1ª Turma): “[...] 3. Em segundo lugar, é preciso conferir interpretação conforme a Constituição aos próprios arts. 124 a 126 do Código Penal – que tipificam o crime de aborto – para excluir do seu âmbito de incidência a interrupção voluntária da gestação efetivada no primeiro trimestre. A criminalização, nessa hipótese, viola diversos direitos fundamentais da mulher, bem como o princípio da proporcionalidade [...] 7. Anote-se, por derradeiro, que praticamente nenhum país democrático e desenvolvido do mundo trata a interrupção da gestação durante o primeiro trimestre como crime, aí incluídos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, França, Itália, Espanha, Portugal, Holanda e Austrália.” A questão está sendo analisada no julgamento da ADPF 442, proposta pelo PSOL. Argumentos
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