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VESTIBULOPATIAS PERIFÉRICAS

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Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
Vestibulopatias 
Periféricas
Revisando... 
 Orelha interna: 
o Labirinto anterior ➝ cóclea; 
o Labirinto posterior ➝ vestíbulo e canais 
semicirculares; 
 Labirinto ósseo e membranoso: 
o Endolinfa: ↑ [K+] e ↓[Na+] ➝ rampa média e 
canal coclear; 
o Perilinfa: ↓[K+] e ↑[Na+] ➝ rampa vestibular e 
timpânica; 
 Labirinto posterior: 
o Vestíbulo membranoso (mácula) ➝ sáculo e 
utrículo; 
o Canais semicirculares (cristas ampulares): 
superior; lateral; posterior; 
 Células ciliadas: 
o Base e lados das células ciliadas fazem sinapse 
com as terminações sensoriais do nervo vestibular; 
o Otólitos calcificadas têm gravidade específica 
duas a três vezes maior que a gravidade do líquido 
e dos tecidos circunjacentes ➝ peso dos otólitos 
curva os cílios na direção de tração gravitacional; 
 Sáculo e utrículo: detectam acelerações lineares 
(para frente e para trás, para cima e para baixo); 
carro freiando, elevador subido; 
 Canais semicirculares: detectam acelerações 
angulares (lateral direito faz par funcional com o 
lateral esquerdo; canal posterior de um lado faz par 
funcional com o superior do outro lado); 
o Anterior/superior: detecta movimentos de fle-
xão/extensão da cabeça; 
o Lateral: movimento de rotação (quando a cabeça 
gira no sentido horizontal); 
o Posterior: flexão/inclinação lateral; 
Vertigem 
 Sensação rotatória (náuseas, vômitos, demais sinto-
mas neurovegetativos); 
 Central/periférica; 
 Nistagmo; 
 
Teste de Romberg 
 Não é muito sensível 
 Duração de 1 minuto; 
 Testa propriocepção/labirinto posterior; 
 Diferencia ataxia sensorial (tabes dorsalis) de 
ataxia cerebelar; 
 
Teste de Fukuda (Unterberger) 
 Braços estendidos ➝ olhos fechados; 
 Marchar 100 passos sem sair do lugar; 
 > 45º: positivo; 
 
Teste de Babinski-Weil 
 Marcha de 1,5 m; 
 Olhos fechados; 
 Consegue-se ver o aspecto da marcha: “Em estrela”, 
“Ebriosa”; 
 
Prova de coordenação (cerebelares) 
 Índex-nariz ➝ dismetria; 
 Diadococinesia (disdiadococinesia); 
 Marcha; 
 
Head impulse test (HIT) 
– Sacadas corretivas 
 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
Vestibulopatias periférica 
 Origem no labirinto posterior; 
 VIII par; 
 Vertigem (sensação que gira): 
o Objetiva (meio gira); 
o Subjetiva (corpo gira); 
 Crises de segundos a horas ou dias; 
 Podem ocorrer sintomas auditivos ➝ plenitude, 
hipoacusia, zumbido; 
 Vertigem Postural Paroxística Noturna → 19%; 
 Hidropsia endolinfática idiopática (Doença de Mé-
nière); 
 Hidropsia endolinfática secundária; 
o Sífilis otológica; 
o Hidropsia endolinfática tardia; 
o Síndrome de Cogan; 
o Vestibulopatia recorrente; 
 Labirintopatias metabólicas → 14,1%; 
 Enxaqueca vestibular → 9,3%; 
 Trauma → 6,5%; 
 Neuronite vestibular; 
 Fístula perilinfática; 
 Ototoxicoses; 
 Labirintopatias infecciosas; 
o Labirintite aguda serosa ou tóxica; 
o Labirintite aguda supurativa; 
o Labirintite crônica; 
o Labirintite esclerosante; 
 Vertigem de origem cervical; 
o Insuficiência vertebro-basilar; 
o Estimulação simpático cervical posterior; 
o Roubo da subclávia; 
o Escalenos; 
o Mal-formação; 
o Grisel; 
o Whiplash; 
o Kimerli-Saratini; 
 
Vertigem postural paroxística 
benigna (VPPB) 
 Sintomas vertiginosos leves a intensos; 
 Curta duração (segundos a minutos); 
 NÃO TEM SINTOMA AUDITIVO 
RELACIONADO!!! 
 Posição da cabeça (olhar para cima, vira a cabeça); 
 Nistagmo, curta duração; 
 Otoconias se desprendem e caem no canal posterior; 
 Mais comum em idosos; 
 93% ➝ canal posterior; 
 Etiologia desconhecida em 50% (trauma, cirurgias 
otológicas, infecções); 
 Manobra de Dix-Hallpike ➝ nistagmo rotacional 
(pode ter comprometimento vertical ou horizontal - 
CCP/CCL), com latência de 5-10’ e fatigável; 
 Manobra de Epley = tratamento da VPPB; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hidropsia endolinfática 
 Aumento da pressão da endolinfa que resulta em 
distensão progressiva principalmente do ducto 
coclear e sáculo; 
 Diminuição da absorção da endolinfa no saco 
endolinfático; 
 Etiologia: idiopática (Doença de Ménière); infec-
ções (virais, sífilis, Lyme, meningite); Síndrome de 
Cogan; trauma; otosclerose; distúrbios metabólicos 
(hiperglicemia, hiperinsulinismo, dislipidemia, dis-
função tireoidiana); genética; 
 
Doença de Ménière 
 Sintomatologia (PERGUNTA DE PROVA!!!): 
vertigem, zumbido e hipoacusia fluatuante; 
o Vertigem ➝ duração de horas - 20-30 min; no má-
ximo 1-2 horas de crise; 
o Hipoacusia flutuante: na crise, o ouvido fica “tran-
cado”; 
o Plenitude; 
 40-60 anos, homem = mulher, unilateral ou bilateral, 
história familiar 10-20%; 
 Tratamento: 
o Dieta (hipossódica, menos carboidratos, evitar je-
jum > 3 horas); 
o Betaistina (anti-H3 e agonista H1 – vasodilatação 
– 48 mg/dia); 
17,7% 
 
Ana Luiza Spiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
o HCTZ 25 mg/dia; 
o Cirurgia (descompressão, neurectomia, labirintec-
tomia); 
o Ablação química com gentamicina; 
Hidropsia endolinfática secundária à 
hipoglicemia reacional 
 Insulina ➝ ↓[K+] e ↑[Na+] = ↑ pressão osmótica da 
endolinfa; 
 Curva glico-insulinêmica de 4 horas (5 amostras); 
 
Neuronite vestibular 
 Vertigem dramática, súbita, com sintomas 
neurovegetativos; 
 Dura horas, dias ou até semanas; 
 Ausência de sintomas ou achados audiológicos; 
 Meia idade, ambos os sexos; 
 Teoria viral (herpes), associação com IVAS 
frequente; 
 Tratamento: depressores labirínticos (dimenidrato) 
e hidratação; 
 Sem alterações neurológicas; 
 
Fístula perilinfática 
secundária a colesteatoma 
 Sintomas vestibulares e auditivos; 
 Diagnóstico considerado após traumatismos, mas 
ainda difícil e controverso; 
 Sinal de Hennebert e de fenômeno de Tullio (não 
patognomônicos); 
 Tratamento com repouso, cabeceira elevada 
(cirúrgico??); 
 
Ototoxicoses 
 Efeitos tóxicos sobre a cóclea e/ou vestíbulo; 
 Aminoglicosídeos, diuréticos de alça, AAS AINEs, 
quimioterápicos; 
 Em geral, inicia-se zumbido e hipoacusia, com 
sintomas vestibulares após; 
 
Labirintopatia infecciosas 
 Labirintite aguda serosa (toxinas da orelha média 
passam para orelha interna ➝ Otite Média Aguda e 
Orelha Média Supurativa); 
 Labirintite aguda supurativa (invasão bacteriana da 
Orelha Média para orelha interna); 
 Labirintite crônica (Colesteatoma, Granulações, 
Fibroses); 
 Labirintite esclerosante (evolução da labirintite 
supurativa, fibrose); 
 
“Suspeita” de labirintite 
 Vertigem ou não? 
o Intensidade; duração/frequência; desencadeantes; 
fatores de piora/melhora; sintomas neurovegetati-
vos; 
 Sintomas Auditivos? 
o Plenitude; hipoacusia; zumbido; hiperacusia; di-
placusia; 
 Quedas? 
o Perda do equilíbrio; perda de consciência; “Escu-
rece a visão”; desvio a marcha; 
➝ Se desmaiou, não é labirintopatia!!! 
➝ Labirintopatia não escurece a visão! Quando 
escurece, a causa é cardiovascular; 
 Sintomas associados: cefaleia; formigamento; tre-
mores; fobias; ansiedade; 
 Antecedentes 
o Doenças otológicas: Otite média crônica; Trauma 
temporal, TCE, Cx; Otosclerose; História familiar; 
o Distúrbios metabólicos: hipoglicemia; diabetes; 
disfunção tireoidiana; dislipidemia; 
o Outros: medicações; outras doenças; IVAS prévia; 
 
Exame físico 
 Geral (PA ambos os braços, ausculta cardíaca, 
cervical); 
 Exame otorrinolaringológico; 
 Pares cranianos; 
 Sensibilidade e força; 
 Visão, movimentos oculares, pupilas, pálpebras; 
 Marcha e equilíbrio: Romberg; Unterberger-Fu-
kuda; Babinski-Weil; 
 Provas cerebelares: Index-nariz; Diadococinesia; 
 Testes auditivos: Rinne; Weber; 
 Testes posturais: Dix-Hallpike; 
 
Exames complementares 
 Laboratoriais: hemograma, perfil lipídico, 
TSH/T4L, curva glico-insulinêmica de 4 horas (5 
amostras), sorologias (Lues, Lyme); 
 
Ana LuizaSpiassi Sampaio 
@anassampaioo 
 
 
 Imagem: 
o Rx coluna (alt. degenerativas, Klippel-Feil); 
o TC/RNM (tumores, Arnold-Chiari, Grisel, Ki-
merli-Saratini, desmielinização, malformações, 
alças vasculares); 
 Audiométricos: Audiometria tonal/vocal, impe-
danciometria, reflexo espedio, PEATE, EcoG; 
 Eletronistagmografia: avaliação do RVO – VACL 
do nistagmo (provas rotatórias, pós-calóricas – 
comparação entre os labirintos); 
 VEMP (vestibular evoked myogenic potentials): 
avaliação do RVE (cVEMP) e RVO (oVEMP) = po-
tencial miogênico evocado por estimulação sonora 
da mácula do sáculo e CS posterior (divisão inferior 
do nervo vestibular); 
 Posturografia: equilíbrio estático e dinâmico (re-
flexo vestíbulo-espinhal);

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