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@yascrelier_vet Babesidae Os gatos domésticos são os únicos que apresentam uma etapa de multiplicação por reprodução sexuada do protozoário, a gametogonia, que so ocorre em celulas intestinais dos gatos formando os oocistos que serão eliminados no ambiente junto as fazes. A babesidae é classificada como piroplasmas. Filo apicomplexo (parasitas intracelulares). Classe piroplasmasida, Ordem Piroplasmorida, Familia Babesidae, Gênero Babesia, Rangelia e Theileria Características São protozoários que infectam celulas sanguíneas como; hemácias, eritrócitos e celulas leucocitárias. E ambas possuem formato piriforme, oval ou arredondas. No interior de hemácias é possível observar o formato de pera, com uma das extremidades sempre mais arredonda em relação a outra que é mais afilada. O formato vai depender da fase larval bem como o estágio larval. Podendo ter um formato anelar (trofozoíto), ou um formato piriforme (merozoíto). Distribuição mundial, com maior prevalência em países tropicais ou subtropicais, pois a características climáticas são favoráveis para a presença e a multiplicação do carrapato. Tendo como principal quadro clínico anemia. Atua como; hospedeiro e vetor biológico. E além de apresentar parte do desenvolvimento da babesia, ele também auxilia na transmissão no hosp. Vertebrado (pela picada do artrópode) Rhipicephalus sanguineus – responsavel pela transmissão da babesia canis e a babesia gibsoni. Possui coloração avermelhada típica, e a base do guinatossoma assumi um contorno hexagonal. Rhipicephalus (B) microplus – carrapato do boi. Os carrapatos machos são menores, e na extremidade posterior possui um pequeno prolongamento chamado de prolongamento caudal, que é observado apenas para essa especie. Dermacentor – responsavel pela transmissão da babesia caballi e babesia equi Amblyomma sp – apresenta um escudo todo ornamentado. É uma das especies de carrapato mais identificáveis Por a babesia infectar hemácias é comum no curso sintomático, observar quadros de hemólise intravascular (dentro de vasos sanguíneos) que ocorre @yascrelier_vet pela ação lítica do parasita sobre a célula durante o processo de multiplicação assexuada, que se faz por fissão binaria. Ação lítica > hemólise A bebesia é dividida em duas categorias considerando o tamanho dos merozoítos dentro de hemácias • Pequenas – de 1,0 a 2,5 micrometros. Maior ocorrência em vasos capilares. Possui um maior tropismo em infectar hemácias de pequenos capilares, que em decorrência possui uma menor capacidade de parasitemia, menor comprometimento celular. • Grandes – de 2,5 a 5,0 micrometros. Maior ocorrência na circulação periférica. Apresenta maior predileção em infectar hemácias de sangue periférico, determinando uma maior parasitemia e um maior comprometimento celular. Devido a tendência das pequenas babesias em infectar eritrócitos de capilares viscerais, elas normalmente são as especies mais patogênicas. Porque é comum observar alterações vasculares graves, comprometendo a função desse órgão. A Babesia bovis apresenta um tropismo em infectar hemácias de capilares viscerais, principalmente do sistema nervoso central. E devido a esse comportamento, ela está associada a uma série de alterações neurológicas. Possui ciclo indireto ou heteróxeno. • Hosp. definitivos – invertebrado (carrapato. Possui ciclo sexuado com formação de esporozoítos) • Hosp. intermediários – vertebrados (cães, bovinos e equinos. Apresenta ciclo assexuado com formação de merozoítos que se faz dentro de hemácias) Localização – dentro de hemácias, intra-eritrocitarios. E Dependendo da especie, podem parasitar linfocitos e outras celulas sanguíneas. O ciclo é iniciado pela picada do carrapato sobre o hosp. vertebrado. O carrapato infectado pela babesia, durante o respaldo sanguíneo, junto a saliva, ele acaba inoculando formas infectantes do protozoário (esporozoítos). E na circulação sanguínea, começam infectar hemácias para então iniciar o processo de multiplicação assexuada A extremidade anterior do esporozoíto (célula infectante/invasiva), tem a presença de um complexo apical, que internamente, possui um conjunto de organelas secretoras envolvidas na etapa de aderência e na etapa de internalização. E o complexo apical permite ao esporozoíto, que está livre na circulação sanguínea, se fixar a membrana de uma hemácia e se internalizando junto a ela. E é nesse momento que o esporozoíto adentra a hemácia, onde passa a ser chamado de trofozoíto. Os trofozoítos iniciam um processo de multiplicação assexuada por fissão binaria. Inicialmente ocorre a infecção atraves da inoculação de formas esporozoíticas durante o respaldo sanguíneo do carrapato infectado. E então, os esporozoítos, pelo complexo apical, começam a invadir hemácias se diferenciando em trofoizoíto (estágio responsavel por iniciar a etapa de multiplicação por fissão binaria. E durante a fissão binaria, ocorre a formação de merozoítos E quando o merozoíto é formado, as celulas começam a consumir gradativamente o citoplasma desse eritrócito, cursando com sua lise (com seu rompimento). E frente a ação lítica a célula, os merozoítos possuem acesso ao meio extracelular (sangue), e pela corrente sanguínea, atraves do complexo apical, eles começam a invadir novas hemácias, retomando a etapa de multiplicação assexuada. Onde tem fase de multiplicação assexuada, tem lise celular ocorrendo. E esse processo lítico, é o responsavel pelo quadro anêmico. Na babesia, o ciclo merogonico durante a fase de multiplicação assexuada, pode se estender por até 5/6 gerações de merozoítos formados, e ao invés de reiniciar um novo ciclo merogonico, dentro de hemácias, eles começam a se diferenciar em hematocitos (celulas especializadas) O ciclo é finalizado quando o carrapato retoma ao respaldo sanguíneo sobre um vertebrado infectado. E nesse ato de reiniciar a etapa de alimentação, o carrapato vai ingerir merozoítos e gametocitos dentro de hemácias, e na luz intestinal do carrapato, o ciclo é finalizado @yascrelier_vet Então quando ele ingere os gametocitos infectados, na luz intestinal os merozoítos são destruídos, e os gametocitos evoluem se diferenciando em macro e microgametas. Então é na luz intestinal do carrapato que a diferenciação ocorre. E graças a ela, o ciclo sexuado se faz por gametogonia. Então no momento da diferenciação de macro e microgameta, a partir de gametocitos, na luz intestinal do carrapato, a fusão entre os gametas, ocorre a formação do zigoto chamado de oocineto. OBS.; Oocineto – dotado de motilidade. E junto a sua extremidade anterior, possui complexo apical (forma invasiva). Os oocinetos começam a penetrar as celulas intestinais do artrópode. E no ato da penetração, ele tem acesso a hemolinfa (sangue), e pela hemolinfa ele começa a adentrar a diferentes orgaos e tecidos, infectando principalmente o ovário e glândulas salivares. E é nesses orgaos que o ciclo é finalizado. No momento em que o oocineto infecta esses tecidos, ele vai iniciar uma etapa de esporogonia, formando vários esporozoítos (forma infectante ao vertebrado) E no ato que o carrapato retoma ao respaldo sanguíneo em um novo hospedeiro, junto com a saliva, ele acaba inoculando as formas esporozoiticas No vertebrado, a transmissão ocorre durante a picada do carrapato, atraves da inoculação dos esporozoítos. É no carrapato que a transmissão ocorre, durante o seu respaldo sanguíneo, a partir da ingestão de hemácias contendo gametocitos. É na luz intestinal que se inicia o processo gametogonico. Grande parte das alterações patogênicas observadas no curso sintomático, decorrem de um quadro de hemólise intravascular observado durante o ciclo assexuadopor merogonia. E durante a lise celular, o animal começa a desenvolver a forma clínica. Na babesia, existe também a possibilidade dessa hemólise ocorrer de forma extravascular (fora dos vasos), mas só ocorre quando há adsorção de antígenos junto as membranas dessas celulas. Durante o processo de multiplicação assexuada, do protozoário, dentro das hemácias, é formado uma grande quantidade de proteína antigênica Quando a célula se rompe, as proteínas antigênicas começam a ter acesso ao meio extracelular (ao sangue), se ligando a membrana de celulas. E durante o ligamento, os antígenos acabam marcando as celulas, estimulando a sua destruição no figado e baço, atraves da hemocateresse oque intensifica o quadro anêmico. • a hemólise pode ocorrer de forma intravascular e extracelular. As alterações patogênicas que ocorrem são; • quadros de hemoglobinemia – aumentando as concentrações plasmáticas de hemoglobina (é uma proteína localizada dentro da hemácia). E como o parasita cursa com lise celular, no momento da ruptura, a hemoglobina passa a ter acesso ao meio extracelular. • Quadros de hemoglobinúria – presença de hemoglobina na urina, dando a urina uma coloração bem típica de cor de coca cola (urina escura) Quando ocorre hemólise intravascular, além de anemia e febre, vai está ocorrendo também, quadros de hemoglobinemia e hemoglobinúria. E na babesia, outro achado importante, que por vez é comum de observar, é um quadro de hepatoesplenomegalia (aumento do baço e figado), causando distorção abdominal. E frente a essas alterações, o animal começa a desenvolver sinais clínicos como; • Anemia, anorexia, febre, letargia e mucosas pálidas (hipocoradas) Denominada como grande babesia. Ocupa grande parte do volume celular (hemácia) e possui tropismo em infectar eritrócitos do sangue periférico, ocorrendo uma maior @yascrelier_vet parasitemia e também um maior comprometimento celular. Diante disso, o animal desenvolve um quadro de hemólise intravascular, onde tem um quadro anêmico, tendo também um quadro de hemoglobinúria (presença de hemoglobina na urina) Transmissão Hosp. intermediário – ruminantes (que vai apresentar apenas a fase de multiplicação assexuada do parasito, por merogonia) Hosp. definitivo – Rhipicephalus (boophilus) microplus (apresenta a fase de multiplicação sexuada por gametogonia) Alterações • Anemia, mucosas hipocoradas, anorexia, esplenomegalia (aumento do volume do baço) e presença de hemoglobinúria Considerada como pequena babesia. Possui predileção em infectar hemácias de capilares viscerais. Tem uma menor parasitemia Infecta principalmente hemácias de capilares do SNC, e por isso, essa especie está associada a diversas alterações patológicas Devido ao seu comportamento de infectar hemácias de capilares viscerais, ela é muito mais patogênica a bovinos, pois estimula o sequestro de eritrócitos parasitados, que além de levar a obstrução vascular, leva também a quadros de anorexia e perda da função do órgão. E se ocorre em capilares centrais, o animal começa a apresentar uma série de alterações neurológicas levando a febre alta e anorexia, e pode evoluir para óbito. Hosp. intermediário – equinos Hosp.definitivo – Dermacentor nitens Considerada uma grande babesia. Pequena babesia. Trofozoítos pequenos e arredondados ou em formato piriforme. 4 merozoitos ligados por uma extremidade > cruz de malta Hosp. intermediário – equinos, asininos Quando os esporozoítos são inoculados, eles penetram principalmente os linfocitos > reprodução > merozoítos > atingem as hemácias
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