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TICS-Como o fator RH pode afetar a gestação

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Fabian Lima 
1º Período 
Referências: Hall, John, E. e Michael E. Hall. Guyton & Hall - Tratado de Fisiologia Médica. 
 
 
 
Como o fator RH pode afetar a gestação? 
O fator rhesus (Rh) está localizado na 
periferia das hemácias. Na eritroblastose fetal, na 
qual a mãe não possui o fator Rh e o pai o possui, 
herdando-o para o filho, as hemácias Rh-positivas 
no feto são atacadas por anticorpos da mãe Rh-
negativa. Esses anticorpos fragilizam as células 
Rh-positivas, levando ao rompimento rápido e 
fazendo com que a criança nasça com um caso 
grave de anemia, pois há formação extremamente 
rápida de novas hemácias, para compensar as 
células destruídas na eritroblastose fetal, fazendo 
com que um grande número de formas blásticas iniciais das hemácias seja liberado da medula óssea para o 
sangue. Além disso, após a formação dos anticorpos anti-Rh na mãe, eles migram pela placenta e chegam ao 
sistema circulatório do feto, fazendo que que as hemácias fetais se aglutinem e sofram hemólise, liberando 
hemoglobina no sangue. Em seguida, os macrófagos fetais fazem a conversão dessa hemoglobina em 
bilirrubina, o que dá a cor amarelada característica das anemias (icterícia). Esse processo de destruição das 
células sanguíneas fetais pode ficar intenso à medida de gerar danos mentais permanentes, danos às áreas 
motoras do cérebro e até a morte do feto. 
Como evitar esse problema? 
O antígeno D do sistema de grupo sanguíneo Rh é o principal culpado por imunizar a mãe Rh-negativa 
contra seu feto Rh-positivo. Na década de 1970, uma redução dramática na incidência de eritroblastose fetal 
foi alcançada com o desenvolvimento da imunoglobulina Rh, um anticorpo anti-D que é administrado à 
gestante a partir de 28 a 30 semanas de gestação. O anticorpo anti-D também é administrado a mulheres Rh-
negativas que dão à luz recém-nascidos Rh-positivos para evitar a sensibilização das mães ao antígeno D. Essa 
etapa reduz muito o risco de desenvolver grandes quantidades de anticorpos D durante a segunda gravidez. 
O mecanismo pelo qual a imunoglobulina Rh evita a sensibilização contra o antígeno D não é 
completamente compreendido, mas um efeito do anticorpo anti-D é inibir a produção de anticorpos pelos 
linfócitos B induzida pelo antígeno na gestante. O anticorpo anti-D administrado também se liga aos locais do 
antígeno D nas hemácias fetais Rh-positivas que podem atravessar a placenta e entrar na circulação da 
gestante, interferindo, assim, na resposta imunológica ao antígeno D. 
Qual a importância da tipagem sanguínea no pré-natal? 
A tipagem sanguínea é importante para detectar mulheres que tenham sangue com fator Rh negativo que estejam 
grávidas de bebês com sangue Rh positivo. Em geral, o sangue do bebê não se mistura com o sangue da mãe durante a 
gravidez, porém, durante o parto, pode ocorrer esse contato, estimulando o sistema imunológico materno a produzir 
anticorpos contra o fator Rh do bebê. Em uma próxima gravidez, o sistema imunológico da mãe pode rejeitar um feto 
com fator Rh positivo, causando uma grave complicação conhecida como eritroblastose fetal.

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