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Habilidades e Atitudes médicas 1 Mariana Abrahão – Medicina 22.2 Exame de linfonodos SEMIOTÉCNICA · O exame físico geral inclui a investigação sistemática dos linfonodos superficiais. · A avaliação dos linfonodos profundos só é possível com exames de imagem. · O exame dos linfonodos se faz por meio da inspeção e da palpação, um método completando o outro. · A região examinada, que deve estar despida. O lado contralateral deve ser sempre comparado. · A palpação é realizada com as polpas digitais e a face ventral dos dedos médio, indicador e polegar. · No caso da extremidade cervical, ajusta-se a cabeça em uma posição que relaxe os músculos do pescoço, inclinando levemente a cabeça para o lado que se deseja examinar. · Para a palpação das cadeias ganglionares, deve-se trazer os tecidos moles contra uma estrutura mais rígida (cadeia cervical superficial: apoia-se o polegar no músculo esternocleidomastóideo e com os quatro dedos movimentam-se os tecidos moles contra o músculo; cadeia submandibular e submentual: com os quatro dedos movimentam-se os tecidos da região contra a base da mandíbula). OBS: Palpação dos linfonodos: axilares (A), retropeitorais (B) e epitrocleanos (C). Para a palpação desses linfonodos, o examinador deve se colocar à frente do paciente. · Com o paciente sentado ou de pé, o examinador segura gentilmente o membro superior do lado a ser examinado, ligeiramente fletido, com a mão heteróloga. · A fossa axilar será examinada com a mão heteróloga, em posição de garra. Deve-se executar deslizamento suave com a pele contra o gradil costal da região axilar e infra-axilar, na região anterior, medial e posterior da fossa axilar · CARACTERÍSTICAS SEMIOLÓGICAS Em condições normais, os linfonodos são individualizados, móveis, indolores, e têm consistência borrachosa. - Localização: o reconhecimento do linfonodo alterado permite ao médico deduzir as áreas drenadas ou órgãos afetados - Tamanho ou volume: descreve-se esta característica estimando o seu diâmetro em centímetros. Normalmente, os linfonodos variam de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro. São bem individualizados, móveis e indolores. O encontro de linfonodos hipertrofiados – adenomegalia – merece sempre uma investigação criteriosa, pois podem aparecer em doenças banais e em doenças graves. - Coalescência: é a junção de dois ou mais linfonodos, formando massa de limites imprecisos. A coalescência é determinada por processo inflamatório ou neoplásico. - Consistência: o linfonodo pode estar endurecido ou amolecido, com flutuação ou não. A primeira é própria dos processos neoplásicos ou inflamatórios com fibrose. Quando mole e/ou com flutuação, indica, em geral, processo inflamatório e/ou infeccioso com formação purulenta. - Mobilidade: com palpação deslizante ou, se possível, fixando-o entre o polegar e o indicador, procura-se deslocar o linfonodo, o qual pode ser móvel ou estar aderido aos planos profundos. - Sensibilidade: o linfonodo pode estar doloroso ou não. Geralmente, as adenopatias infecciosas bacterianas agudas são dolorosas, podendo acompanhar-se de outras características inflamatórias. São pouco dolorosos nos processos infecciosos crônicos e, em geral, indolores nas infecções virais e nos processos parasitários. Os linfonodos metastáticos, além de consistência pétrea, são indolores. Os linfonodos leucêmicos ou linfomatosos são indolores ou levemente doloridos - Alteração da pele: observar a presença de sinais flogísticos (edema, calor, rubor e dor), e de fistulização, descrevendo-se o tipo de secreção que flui pela fístula. BAÇO Regiões abdominais: (1) hipocôndrio direito; (2) epigástrio; (3) hipocôndrio esquerdo; (4) flanco direito; (5) mesogástrio ou região umbilical; (6) flanco esquerdo; (7) fossa ilíaca direita; (8) hipogástrio; (9) fossa ilíaca esquerda. Uma das formas mais conhecidas de palpar o baço é pela Posição de Schuster: O paciente deve estar posicionado em decúbito lateral direito com o membro inferior esquerdo fletido a 90° e o joelho serve como ponto de apoio sobre a mesa do exame, garantindo equilíbrio ao paciente. A segunda técnica, conhecida como: Mathieu Cardarelli, é realizada com o examinador à esquerda do paciente. A mão direita deve ser posicionada em garra, próximo ao rebordo costal esquerdo, onde procura-se sentir a borda inferior do baço. Além da posição de Schuster, a palpação pode ser realizada em decúbito dorsal.