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5 - FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL

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AULA 5 - FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL – RESUMO 
 
São costumeiramente divididas em duas: i) fontes materiais e; ii) fontes 
formais. 
 
FONTES MATERIAIS 
Constituem os mais variados elementos e fatores que influenciam e 
determinam a criação de normas jurídicas, destacando-se os fatores econômicos, 
pois todo arcabouço jurídico empresarial é influenciado pela economia do país. Um 
exemplo disso é de que em um país liberal as regras empresariais serão menos 
intervencionistas, garantindo um ambiente de livre mercado mais seguro e estável 
para os empreendedores. 
 
FONTES FORMAIS 
São divididas conforme pensamento de Carvalho de Mendonça: i) primárias 
ou diretas e; ii) subsidiárias ou indiretas. 
 
Primárias ou diretas 
São as normas que regem o exercício profissional de atividade econômica 
organizada (as normas que disciplinam a empresa e os empresários). Normalmente 
são encontradas no próprio Código Comercial, mas, em questão ao Código 
Comercial brasileiro, que foi revogado – com exceção das normas de comércio 
marítimo – as normas centrais que regem o direito comercial/empresarial estão no 
Código Civil (Livro II do CC “Direito de Empresa” - Arts. 966 – 1.195). 
“Elas conceituam o empresário, estabelecem requisitos para o exercício de 
empresa individualmente, regem as sociedades empresárias, tratam do nome 
empresarial e do estabelecimento empresarial etc.”. 
Alguns diplomas legislativos que contém fontes formais primárias do Direito 
comercial/empresarial: 
• Constituição Federal; 
• Código Comercial – comércio marítimo; 
• Código Civil – normas empresariais gerais; 
• Lei 8.934/94 – registro de empresas; 
• Lei 6.404/76 – sociedades por ações; 
• Lei Complementar 123/2006 – microempresas e empresas de pequeno 
porte; 
• Lei 11.101/2005 – lei falimentar (procedimentos de falência e 
recuperação de empresas); 
• Lei 9.279/96 – Propriedade industrial; 
• Tratados internacionais (lembrando que o direito comercial/empresarial 
é cosmopolita): 
o Orientam a Lei de Propriedade Industrial: 
▪ Convenção da União de Paris; 
▪ Acordos TRIPS. 
o Incorporada ao nosso ordenamento jurídico: 
▪ Lei Uniforme de Genebra. 
 
Subsidiárias ou indiretas 
Usos e costumes baseados nas práticas mercantis. São usados quando 
cumpre alguns requisitos: a prática precisa ser (i) uniforme, (ii) constante, (iii) 
observada por certo período de tempo, (iv) exercida de boa-fé e (v) não contrária a 
lei. 
Os usos são divididos da seguinte forma: 
• Usos de direito (propriamente ditos) 
Decorrem de imposição legal, da própria lei. 
 
• Usos de fato (convencionais) 
Decorrem da prática espontânea dos empresários em suas relações 
jurídicas cotidianas – como os contratos mercantis que se firmam 
constantemente. 
Sobre os costumes o CPC determina: 
“Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou 
consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar.” 
Para provar o teor e a vigência, o costume deve estar registrado na Junta 
Comercial, de acordo com a Lei de registro (8.934/94): 
“Art. 8º Às Juntas Comerciais incumbe: 
VI - o assentamento dos usos e práticas mercantis.” 
Também pode-se citar como fonte formal subsidiária as normas civis, 
especialmente no campo das obrigações e dos contratos, porém, com o devido 
temperamento quando usadas para o meio comercial/industrial, pois os contratos 
empresariais têm maior prevalência da plena liberdade de contratar e a máxima 
liberdade contratual.

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