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CAMPUS DUQUE DE CAXIAS PROF. RAFAEL SIMÕES METODOLOGIA DO ENSINO DO BASQUETEBOL CONTATOS WPP: 99787-7841 INSTAGRAM: @PROF.RAFAELSIMOES EMAIL: PROF.RAFASIMOES@GMAIL.COM METODOLOGIA DO ENSINO DO BASQUETE Iniciação esportiva Princípios metodológicos no ensino do basquetebol INICIAÇÃO ESPORTIVA INICIAÇÃO ESPORTIVA Primeiro contato da criança com o esporte de interesse; Regras, movimentações e fundamentos são apresentados aos poucos de forma simples e num nível de exigência compatível com a categoria de trabalho. Prioridade é preparar a criança para o aprendizado do jogo. Aprimoramento do desenvolvimento motor; Ajudar a criança a desenvolver seu potencial da melhor maneira e ao máximo possível A iniciação esportiva vem propor vivências positivas para a criança, incentivando sua autoestima e a autovalorização por meio de estímulos lúdicos. Dessa forma, evita-se: A saturação esportiva Aversão ao esporte associada ao cansaço ou Frustração. Cria-se as condições necessárias para que o indivíduo tenha uma vida esportiva prolongada, com risco de lesões diminuído, chegando ao esporte de alto rendimento com maior qualidade motora. A iniciação esportiva tem como valores fundamentais a valorização da infância e da escolha do jovem atleta por uma modalidade após conhecer os diversos esportes. Por essa razão, na contramão do que faz a especialização precoce, investe no desenvolvimento motor generalizado e no esporte como instrumento lúdico que auxilia na melhora de outras capacidades, como a comunicativa e a desportiva Atividades lúdicas, recreativas e pré-desportivas; Atividades de socialização, integração e autoestima; Trabalhar com as diferenças, assegurando a participação de todos e todas; Promover a convivência entre meninos e meninas; Linguagem deve ser objetiva e de fácil compreensão; Estar atento a maturidade motora e mental das crianças. INICIAÇÃO ESPORTIVA: DESENVOLVIMENTO MOTOR Desempenho técnico está ligado diretamente ligado as possibilidades motoras; Para exercer domínio sobre a técnica individual é necessário domínio sobre os movimentos; A criança bem desenvolvida no aspecto psicomotor responde melhor aos estímulos a sua volta, facilitando o aprendizado das técnicas especificas de um desporto. No inicio do aprendizado é comum gestos motores executados de forma insegura, descoordenados e imprecisos. Progressivamente com a prática sistemática de atividades adequadamente adequadas, planejadas e bem orientadas os gestos motores tornem-se mais consistentes. Assim possibilitará a execução das técnicas com mais dinamismo, precisão e economia de função. A criança que tiver um maior numero de experiências motoras e melhor formação multilateral torna-se apta mais apta. “Aprender a praticar um desporto, é aprender a utilizar técnicas corporais básicas, adequadas às características específicas de uma modalidade esportiva, sendo assim podemos considerar que a aprendizagem desportiva, é essencialmente uma aprendizagem corporal e motora.” Lucena 1999 Basquete como integração social, cultural e esportiva o processo de ensino-aprendizagem esportiva com crianças de outras faixas etárias, a pedagogia deve ir além da abordagem de fundamentos técnicos e sistemas táticos. Ensinar de forma “mecanizada”, com ênfase somente em gestos técnicos do basquete, por exemplo, significa simplesmente repetir o que já foi feito. A atualidade pressupõe novas formas de “pedagogizar” o esporte, impulsionando os avanços da Educação Física, como área de conhecimento. A iniciação no basquete, em uma perspectiva mais ampla, deve considerar uma proposta pedagógica que destaque, como aspectos essenciais para sua base: 1. a diversidade; 2. a inclusão; 3. a cooperação; 4. a autonomia. Aspectos psicomotores desenvolvidos no basquete A psicomotricidade corresponde a aspectos neurofisiológicos associados às concepções psicológicas e sociais capazes de intervir na integração, elaboração e realização do movimento humano; trata-se de um exercício motor considerado no âmbito da atividade psíquica, que, por sua vez, se manifesta na execução motora. a Educação Física se envolve com o desenvolvimento do indivíduo, entremeada aos processos cognitivos, afetivos e psicomotores. Isso significa buscar uma formação integral do aluno. Portanto, uma aula de Educação Física deve favorecer, além da aprendizagem do movimento propriamente dito, outras aprendizagens de ordem afetiva,social e cognitiva, por meio da prática de habilidades motoras; A educação psicomotora tem o seu foco na formação do educando, pelo seu próprio corpo em movimento, considerado em sua totalidade. Sobretudo, quando o aluno/jogador executa quaisquer atividades, considera-se a utilização “no todo” A idade que coincide com a iniciação esportiva das crianças está relacionada às modificações corporais, nas quais se concentra a preocupação das repercussões impostas pelo esforço físico ocasionado. Em geral, na primeira fase da formação esportiva, são trabalhados movimentos básicos e essenciais, comuns a vários esportes, e logo progride para a segunda fase de especialização esportiva, com atividades específicas e enfoque técnico e tático; Dos 2 aos 12 anos A primeira fase, em geral, engloba crianças entre 2 a 12 anos, com inúmeras variações, conforme o grau de desenvolvimento. Trata-se de um período no qual ocorre crescimento destacado no peso e na altura e nítida evolução na psicomotricidade, favorecendo a participação e progressão rápida em atividades como andar, correr e saltar. Assim, já é possível realizar alguns esportes que envolvem corridas, jogos motores de equipes, como gincanas, entre outros. O objetivo é sempre mantido na aprendizagem esportiva, tendo em vista fundamentos das várias modalidades, associando eficiência funcional do organismo, prazer e atividades que envolvam contato com a natureza, com o intuito de manter o equilíbrio orgânico e psíquico. Propõe o desenvolvimento da criança, considerando os seguintes valores: a realização pessoal e social pelo movimento; �. criação de referências essenciais sobre seu próprio corpo; �. responsabilidade sobre o desenvolvimento motor próprio; �. promoção de bem-estar físico e mental. 12 a 14 anos Esse período de especialização inicia-se em torno de 12 a 14 anos, podendo ocorrer até antes, em casos de maior aptidão demonstrada na vivência esportiva e níveis de maturação biológica e psicológica compatíveis com a progressão (TEIXEIRA, 2011). Na fase de especialização, ocorre aumento rápido do crescimento e da altura, acompanhados de mudança na força muscular e, ainda, de alterações nos padrões psicológicos, com aparecimento de conflitos emocionais que passam a exigir uma atenção especial na intervenção profissional. É preciso priorizar treinamentos que envolvam situações de autoconfiança, cooperação e sociabilidade, transformando o ambiente mais prazeroso e menos tenso. A criança com desenvolvimento orgânico adequado já detém capacidades motoras suficientes para a realização de vários gestos técnicos eficientes. Portanto, executar o gesto técnico melhor ou pior dependerá do nível de especialização e da intensidade da carga de treinamento proposta à criança, que pode gerar danos no seu desenvolvimento geral Fases de desenvolvimento da criança e do adolescente no esporte 1ª fase ( 7 - 10 anos) – deve promover a educação do movimento, com o objetivo de aprimorar padrões motores e ritmo geral. Gallahue e Ozmun (1998) explicam que não deve ocorrer a correção dos gestos motores. 2ª fase ( 11 - 13 anos) – fase de estimulação e ampliação do repertório motor, no caso do nosso estudo, dentro das especificidades do basquetebol. • Reverdito e Scaglia (2009) colaboram apontando que é a fase do aperfeiçoamento das capacidades motoras e coordenativas. 3ª fase ( 13 e 14 anos) – é definida pelos autores como “a automatização e refinamento dos conteúdos aprendidos anteriormente”. É a fase do desenvolvimento esportivo, cujo conteúdo está voltadoàs situações de jogo envolvendo sistemas defensivos, ofensivos e contra-ataque. ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE É quando a criança faz, sistematicamente, um único tipo de esporte e encontra aulas que não são diversificadas. Os aspectos mais importantes são a técnica e a tática. O resultado do jogo é mais importante que o aprendizado. A criança é pressionada a ser quem ela não é e não está pronta para isso. Como consequência a criança se afasta do esporte e pode ter sérios problemas de saúde física e mental. “Aprende-se”, antes do tempo, muito sobre pouco. RISCOS DA ESPECIALIZAÇÃO PRECOCE Físicos: estão relacionados a saúde corporal da criança: Lesões ósseas; Articulares; Musculares Cardíacas; Causas: imenso numero de repetições dos gestos técnicos e carga física exagerada dos treinos. Psicológicos: relativos ao estado mental e de conduta dos sujeitos: Níveis altos de ansiedade, estresse e frustrações; Desilusões e abandonos do esporte por conta de mau resultados em competições; Infância não vivida: relatos de ex-atletas que dizem não se lembrar de brincadeiras e de sua época infantil. Riscos de tipo motriz: falta de base poliesportiva, ocasionando uma provável impossibilidade de prática futura de outra modalidade. Risco de tipo esportivo: não se pode saber quais as características ( físicas, técnicas, psíquicas, motrizes) do futuro atleta de elite. Pode esse mesmo atleta no futuro, não apresentar as condições exigidas para aquele determinado esporte. Títulos e conquistas durante a infância não garantem o mesmo sucesso quando se torna adulto. Método lúdico – a aprendizagem do esporte através da recreação ou ludicidade permite que o praticante desenvolva as habilidades e os fundamentos de forma espontânea, agradável e sem pressão. Método ensino dos jogos por compreensão – esse método tem como objetivo o ensino e desenvolvimento do jogo por meio da compreensão tática. FASES DO DESENVOLVIMENTO ESPORTIVO Procedimentos metodológicos no ensino do basquetebol Método tecnicista/tradicional – consiste no ensino do esporte priorizando o desenvolvimento e aprimoramento das técnicas do jogo e dos movimentos estereotipados. Método analítico - sintético – esse método é pautado na realização de exercícios com ênfase na repetição para aprimoramento técnico, possibilitando posterior melhora no jogo formal. Método global-funcional – o princípio desse método parte da realização de jogos menos complexos - tática e técnicas do jogo coletivo, são aprendidas e vivenciadas através do jogo. Método misto – neste método, aplica-se a técnica separadamente do jogo, e quando essa técnica estiver pronta para ser executada, o jogo é realizado de forma completa. Analítico-Sintético: Métodos parciais, exercícios por parte, analíticos, desdobramentos e analítico-sintético. Elementos especiais (técnicas, táticas ou condicionadas) é em relação aos jogos, entrar em conexões maiores (síntese) conjuntos lógicos. Utiliza-se nesse princípio a Série de Exercícios. A medida que o aluno passa a dominar melhor cada exercício, passa-se a praticar uma nova sequência. Princípios metodológicos: Do conhecimento ao desconhecido, dar partes ao todo. Do simples para o complexo é aproximação gradativa. Divisão do movimento em fases funcionais. Princípio da Metodologia Global-Funcional É a criação de cursos de jogos. Simplificação dos jogos esportivos coletivos em relação à idade. Aumenta o grau de dificuldade até chegar ao jogo formal. Podem ser eliminados elementos motores ou táticos que estejam ligados com o jogo fim. Vai adequar toda a complexidade do jogo esportivo (tática, regras e conceitos táticos) com a sequência dos jogos. Método Global Desenvolve e proporciona a aprendizagem do jogo através do próprio jogo. a) Na divisão dos jogos o aluno consegue visualizar o jogo proposto. b) os jogos de iniciação, grandes jogos e pré-esportivos não podem ser difíceis e regras pouco complexas. c) jogos com pequenos grupos e espaços reduzidos, maior intensidade no processo de ensino-aprendizagem. VANTAGENS Maior motivação nas aulas de Educação Física. Proporcionar a alegria do jogo, indo de encontro ao processo de exercícios. Vai ao objetivo da aprendizagem a práxis do esporte. Pode ser utilizado nas atividades relacionadas ao esporte de lazer ou nas colônias de férias. Não existem grandes preparativos e se aproximam dos “jogos livres” (recreação). Relacionamento social mais intenso. Aprendizagem da técnica e do andamento do jogo ao mesmo tempo. Experiências próprias da prática do jogo. A organização da aula é mais fácil. DESVANTAGENS A confrontação nos grandes jogos representa para os iniciantes uma sobrecarga excessiva. Renúncia à aprendizagem do jogo é processo de aprendizagem é retardada. Variações grandes é o que é mais importante do que é o supérfluo. Sucesso com menor frequência, leva a desmotivação com pouca habilidade. Descontrole das destrezas técnicas e táticas, objetivos do jogo. Nas situações de competição surgem conflitos sociais em função das diferenças do nível de rendimento entre os praticantes, não atingindo o nível de interesse da competição. Muitas vezes não tem a alegria de jogar e só será maior quando o aluno sente que aprendeu e sabe jogar de forma positiva. MÉTODO PARCIAL Divide-se em “técnica, tática e treino”. Utilizam-se as “séries de exercícios” (seriação). O aprendizado dos elementos isolados. Objetiva-se a perfeição do gesto esportivo. Ênfase na técnica. Treinamento representado das partes para chegar ao todo. VANTAGENS Treino motor dos elementos isolados do jogo esportivo. O processo de aprendizagem é dividido em pequenas etapas e pode ocorrer, às vezes, o sucesso no rendimento. As correções são diretas e são aplicadas e eventualmente ser entendidas pelos docentes. Avaliação e realizável de forma fácil. Dificilmente é criada uma situação de conflito entre os participantes. DESVANTAGENS Não possibilita de imediato à vontade de jogar do iniciante. Crianças e adolescentes não são atraídos pelos detalhes técnicos e táticos do jogo, mas pelo seu desenrolar. A aula com pouca motivação para alguns alunos. Utiliza-se muito material e grande organização. Muitas vezes o professor visualiza a sua importância, porque fogem a realidade do jogo. Desenvolvem-se as destrezas individuais, mas não como serão exigidas durante o jogo. O relacionamento social é deficiente. Esta metodologia traz mais prejuízos do que vantagens aos iniciantes.
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