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01/10/2022 FAMEG | Afya 1 Marcela Beltrão Mamas 1. Estudar a anatomia das mamas; 2. Entender a fisiologia da lactação; FIGURA 1: ANATOMIA DA MAMA EM CORTE SAGITAL E VISTA ANTERIOR, COM SECÇÃO PARCIAL, RESPECTIVAMENTE. As mamas são formadas por tecido glandular e tecido fibroso de sustentação integrados a uma matriz adiposa, junto com vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos. Normalmente, só são bem desenvolvidas em mulheres. As glândulas mamárias estão localizadas na tela subcutânea, sobre os músculos peitorais maior e menor. Na parte mais proeminente da mama está a papila mamária, circundada por uma área cutânea pigmentada circular, a aréola. As glândulas mamárias estão relacionadas com a reprodução nas mulheres. Nos homens, são rudimentares e não funcionais formadas apenas por alguns pequenos ductos ou cordões epiteliais. Normalmente, no sexo masculino, não há desenvolvimento do sistema glandular. A gordura ao redor do tecido glandular determina o tamanho das mamas não lactantes. O corpo aproximadamente circular da mama feminina fica apoiado sobre um leito que se estende transversalmente da margem lateral do esterno até a linha axilar média e verticalmente da costela II e VI. Dois terços do leito são formados pela fáscia peitoral sobre o músculo peitoral maior; o outro terço, pela fáscia que cobre o músculo serrátil anterior. Entre a mama e a fáscia peitoral há um plano de tecido conjuntivo frouxo ou espaço potencial – o espaço retromamário. Uma parte menor da glândula mamária pode estender-se ao longo da margem inferolateral do músculo peitoral maior em direção à fossa axilar, formando um processo axilar ou cauda de Spence. O processo axilar pode aumentar durante o ciclo menstrual. A glândula mamária está firmemente fixada à derme da pele sobrejacente por ligamentos cutâneos significativos, os ligamentos suspensores da mama (de Cooper). Essas condensações de tecido conjuntivo fibroso, mais desenvolvidas na parte superior da glândula, ajudam a sustentar os lobos e lóbulos da glândula mamária. Durante a puberdade feminina (8 a 15 anos de idade), as mamas normalmente aumentam, em parte devido ao desenvolvimento glandular, mas principalmente por aumento da deposição de gordura. As aréolas e as papilas também aumentam. O tamanho e o formato da mama são determinados, em parte, por fatores genéticos, étnicos e alimentares. FIGURA 2: LEITO DA MAMA. DISSECÇÃO SUPERFICIAL DA REGIÃO PEITORAL FEMININA. A FÁSCIA PEITORAL FOI REMOVIDA, EXCETO A PARTE PROFUNDA À MAMA. O LEITO DA MAMA ESTENDE-SE DA COSTELA II E IV. O PROCESSO AXILAR DA MAMA ESTENDE-SE EM DIREÇÃO À FOSSA AXILAR. Os ductos lactíferos dão origem a brotos que formam 15 a 20 lóbulos da glândula mamária, que consistem o parênquima da glândula mamária. Assim, cada lóbulo é drenado por um ducto lactífero, esses ductos convergem e tem aberturas independentes. Cada ducto tem uma parte Objetivos Anatomia 01/10/2022 FAMEG | Afya 2 Marcela Beltrão dilatada, situada profundamente a aréola, o seio lactífero, na qual uma pequena gotícula de leite se acumula ou permanece na lactante. Quando o bebê começa a mamar, a compressão da aréola e do seio lactífero, expele as gotículas acumuladas e estimula o neonato a continuar mamando enquanto ocorre o reflexo de ejeção do leite, mediado por hormônios. O leite materno é secretado na boca do bebê, e não sugado da glândula por ele. FIGURA 3: ESQUEMA DIDÁTICO DAS PARTES ANATÔMICAS COMPRIMIDAS NA AMAMENTAÇÃO. As aréolas da mama contêm muitas glândulas sebáceas, que aumentam durante a gravidez e secretam uma substância oleosa, que atua como um lubrificante protetor para a aréola e a papila. A aréola e a papila estão particularmente sujeitas a fissuras e irritação no início da amamentação. As papilas mamárias não têm gordura, pelos, nem glândulas sudoríparas. As extremidades das papilas são fissuradas e os ductos lactíferos abrem-se nelas. As papilas são formadas principalmente por fibras musculares lisas circulantes que comprimem os ductos lactíferos durante a lactação e causam a ereção das papilas em resposta à estimulação, como quando um bebê começa a mamar. As glândulas mamárias são glândulas sudoríferas modificadas; portanto, não tem cápsula e nem bainha. O contorno arredondado e a maior parte do volume das mamas são produzidos por gordura subcutânea, exceto durante a gravidez, quando as glândulas mamárias aumentam e há formação de novo tecido glandular. Os alvéolos que secretam leite são organizados de modo semelhante a cachos de uvas. Em algumas mulheres, as mamas aumentam de volume e ficam doloridas durante a fase lútea do ciclo menstrual. Essas alterações se devem, mais provavelmente, à proliferação dos tecidos glandulares das mamas causada por níveis variáveis dos hormônios estrogênio e progesterona. FIGURA 4: A. DISSECAÇÃO SECCIONAL DAS ESTRUTURAS DA MAMA FEMININA E DA PAREDE ANTERIOR DO TÓRAX. OS DOIS TERÇOS SUPERIORES DA FIGURA MOSTRAM OS LIGAMENTOS SUSPENSORES E OS ALVÉOLOS DA MAMA COM LÓBULOS DA GLÂNDULA MAMÁRIA EM REPOUSO; A PARTE INFERIOR MOSTRA LÓBULOS DA GLÂNDULA MAMÁRIA EM LACTAÇÃO. B. RM SAGITAL, MOSTRANDO A ESTRUTURA INTERNA DA MAMA E AS RELAÇÕES ANATÔMICAS POSTERIORES. A irrigação arterial da mama provém dos ramos mamários mediais de ramos perfurantes e ramos intercostais anteriores da artéria torácica interna, a partir da artéria subclávia; das artérias torácica lateral e toracoacromial, ramos da artéria axilar; artérias intercostais posteriores, ramos da parte torácica da aorta nos 2º, 3º e 4º espaços intercostais. A drenagem venosa da mama se faz principalmente para a veia axilar, mas há alguma drenagem para a veia torácica interna. Vascularização da mama 01/10/2022 FAMEG | Afya 3 Marcela Beltrão FIGURA 5: VASCULARIZAÇÃO DA MAMA. A GLÂNDULA MAMÁRIA É SUPRIDA DESDE SUA FACE MEDIAL PRINCIPALMENTE POR RAMOS PERFURANTES DE ARTÉRIA TORÁCICA INTERNA E POR VÁRIOS RAMOS DA ARTÉRIA AXILAR (PRINCIPALMENTE A ARTÉRIA TORÁCICA LATERAL) SUPERIOR E LATERALMENTE. A DRENAGEM VENOSA SE FAZ PELA VEIA AXILAR (PRINCIPALMENTE) E PELAS VEIAS TORÁCICAS INTERNAS. A drenagem linfática da mama é importante devido ao seu papel na metástase de células cancerosas. A linfa passa da papila, da aréola e dos lóbulos da glândula mamária para o plexo linfático subareolar. A drenagem linfática a partir desse plexo ocorre da seguinte maneira: • A maior parte da linfa (>75%), sobretudo dos quadrantes laterais da mama, drena para os linfonodos axilares, inicialmente para os linfonodos anteriores ou peitorais. Entretanto, parte da linfa drena diretamente para outros linfonodos axilares ou até mesmo para os linfonodos interpeitorais, deltopeitorais, supraclaviculares ou cervicais profundos inferiores. • A maior parte da linfa remanescente, sobretudo dos quadrantes mediais da mama, drena para os linfonodos paraesternais ou para a mama oposta, enquanto a linfa dos quadrantes inferiores flui profundamente para os linfonodos abdominais. A linfa da pele da mama, com exceção da papila e da aréola, drena para os linfonodos axilares, cervicais profundos inferiores e infraclaviculares ipsilaterais e, também, para os linfonodos paraesternais de ambos os lados. A linfa dos linfonodos axilares drena para os linfonodos claviculares (infraclaviculares e supraclaviculares) e daí para o tronco linfático subclávio, que também drena a linfa do membro superior. A linfa dos linfonodos paraesternais entra nos troncos linfáticos broncomediastinais, que também drena linfa das vísceras torácicas. A terminação dos troncos linfáticos varia; tradicionalmente, esses troncos se fundem um ao outro e com o tronco linfático jugular, drenando a cabeça e o pescoço para formar um ducto linfático direito curto no lado direito ou entrando no ducto torácico do lado esquerdo. No entanto, em muitos casos, os troncos se abremindependentemente na junção das veias jugular interna e subclávia, no ângulo venoso direito ou esquerdo, que formam as veias braquiocefálicas direita e esquerda. Em alguns casos, eles se abrem em duas veias imediatamente antes do ângulo. FIGURA 6: DRENAGEM LINFÁTICA DA MAMA. A. OS LINFONODOS QUE RECEBEM DRENAGEM DA MAMA. B. AS SETAS VERMELHAS INDICAM O FLUXO LINFÁTICO PROVENIENTE DA MAMA DIREITA. A MAIOR PARTE DA LINFA, SOBRETUDO DO QUADRANTE LATERAL SUPERIOR E DO CENTRO DA MAMA, DRENA PARA OS LINFONODOS AXILARES E DAÍ PARA O TRONCO LINFÁTICO SUBCLÁVIO. NO LADO DIREITO, ENTRA NO SISTEMA VENOSO ATRAVÉS DO DUCTO LINFÁTICO DIREITO. C. A MAIOR PARTE DA LINFA DA MAMA ESQUERDA VOLTA AO SISTEMA VENOSO VIA DUCTO TORÁCICO. Drenagem linfática 01/10/2022 FAMEG | Afya 4 Marcela Beltrão Os nervos da mama derivam dos ramos cutâneos anteriores e laterais do 4º ao 6º nervo intercostal. Os ramos dos nervos intercostais atravessam a fáscia peitoral que cobre o músculo peitoral maior para chegar à tela subcutânea superposta e à pele da mama. Os ramos dos nervos intercostais conduzem fibras sensitivas da pele da mama e fibras simpáticas para os vasos sanguíneos nas mamas e músculo liso na pele e papila mamária sobrejacentes. As mamas começam a se desenvolver na puberdade. Esse desenvolvimento é estimulado pelos estrogênios do ciclo sexual feminino mensal; os estrogênios estimulam o crescimento da parte glandular das mamas, além do depósito de gordura que dá massa às mamas. Além disso, ocorre crescimento bem mais intenso durante o estado de altos níveis de estrogênio da gravidez, e só então o tecido glandular fica inteiramente desenvolvido para a produção do leite. Durante toda a gravidez, a grande quantidade de estrogênios secretada pela placenta faz com que o sistema de ductos das mamas cresça e se ramifique. Simultaneamente, o estroma das mamas aumenta em quantidade, e grande quantidade de gordura é depositada no estroma. Quatro outros hormônios são igualmente importantes para o crescimento do sistema de ductos: hormônio do crescimento (GH), prolactina, glicocorticoides adrenais e insulina. O desenvolvimento final das mamas em órgãos secretores de leite também requer progesterona. Quando o sistema de ductos estiver desenvolvido, a progesterona causará o crescimento adicional dos lóbulos mamários, com multiplicação dos alvéolos e desenvolvimento de características secretoras nas células dos alvéolos. Embora o estrogênio e a progesterona sejam essenciais ao desenvolvimento físico das mamas durante a gravidez, um efeito especial de ambos esses hormônios é inibir a verdadeira secreção de leite. Enquanto a prolactina tem o efeito exatamente oposto na secreção do leite, promovendo-a. A prolactina é secretada pela adeno-hipófise materna e, sua concentração no sangue da mãe aumenta uniformemente a partir da quinta semana de gravidez até o nascimento do bebê. A placenta secreta grande quantidade de somatomamotropina coriônica humana, que provavelmente tem propriedades lactogênicas, apoiando, assim, a prolactina da hipófise materna durante a gravidez. FIGURA 7: A MAMA E SEUS LÓBULOS, ALVÉOLOS E DUCTOS SECRETORES (DUCTOS DE LEITE) QUE CONSTITUEM SUA GLÂNDULA MAMÁRIA (A). AS AMPLIAÇÕES MOSTRAM UM LÓBULO (B) E CÉLULAS SECRETORAS DE LEITE DE UM ALVÉOLO (C). O líquido secretado, nos últimos dias antes e nos primeiros dias após o parto, é denominado colostro, que contém, essencialmente, as mesmas concentrações de proteínas e lactose do leite, mas quase nenhuma gordura, e sua taxa máxima de produção é cerca de 1/100 da taxa subsequente de produção de leite. Nervos da mama Lactação 01/10/2022 FAMEG | Afya 5 Marcela Beltrão Imediatamente depois que o bebê nasce, a perda súbita tanto de secreção de estrogênio quanto de progesterona da placenta permite que o efeito lactogênico da prolactina da hipófise materna assuma seu papel natural de promotor da lactação, e no período de 1 a 7 dias as mamas começam a secretar quantidades fartas de leite, em vez de colostro. Essa secreção de leite requer uma secreção de suporte adequada da maioria dos outros hormônios maternos também, porém os mais importantes são hormônios do crescimento (GH), cortisol, paratormônio e insulina. Esses hormônios são necessários para fornecer aminoácidos, ácidos graxos, glicose e cálcio, fundamentais para a formação do leite. Depois do nascimento do bebê, o nível basal da secreção de prolactina retorna aos níveis não grávidos durante algumas semanas. Entretanto, cada vez que a mãe amamenta o bebê, sinais neurais dos mamilos para o hipotálamo causam um pico de 10 a 20 vezes da secreção de prolactina, que dura aproximadamente 1 hora. Essa prolactina age nas mamas maternas para manter as glândulas mamárias secretando leite nos alvéolos para os períodos de amamentação subsequentes. Se o pico de prolactina estiver ausente, ou for bloqueado em decorrência de dado hipotalâmico ou hipofisário, ou se a amamentação não prosseguir, as mamas perdem a capacidade de produzir leite dentro de mais ou menos uma semana. Entretanto, a produção de leite pode se manter por vários anos se a criança continuar a sugar, embora a formação de leite, normalmente, diminua consideravelmente depois de 7 a 9 meses. FIGURA 8: VARIAÇÃO DA SECREÇÃO DE ESTROGÊNIOS, PROGESTERONA E PROLACTINA DURANTE OITO SEMANAS ANTES DO PARTO E 36 SEMANAS DEPOIS. OBSERVE ESPECIALMENTE A QUEDRA NA SECREÇÃO DE PROLACTINA PARA NÍVEIS BASAIS, POUCAS SEMANAS DEPOIS DO PARTO, MAS TAMBÉM OS PERÍODOS INTERMITENTES DE SECREÇÃO ACENTUADA DE PROLACTINA (CERCA DE 1H POR VEZ) DURANTE E DEPOIS DOS PERÍODOS DE AMAMENTAÇÃO. O hipotálamo tem papel essencial no controle da secreção de prolactina, inibindo sua produção. A secreção pela adeno-hipófise de prolactina seja controlada totalmente, ou quase totalmente, por fator inibidor formado no hipotálamo e transportado pelo sistema portal hipotalâmico-hipofisário à adeno-hipófise. Esse fator, chamado hormônio inibidor de prolactina, é quase certamente o mesmo que a catecolamina dopamina, conhecida por ser secretada pelos núcleos arqueados do hipotálamo e que pode diminuir a secreção de prolactina em até 10 vezes. Na maioria das nutrizes (mulher que alimenta o lactente ao seio), o ciclo ovariano não retorna até poucas semanas depois de ela parar de amamentar. Os mesmos sinais neurais das mamas para o hipotálamo que provocam a secreção de prolactina durante o ato de sugar – seja devido aos sinais nervosos ou devido a efeito subsequente de mais prolactina – inibem a secreção do hormônio liberador da gonadotropina pelo hipotálamo. Isto, por sua vez, suprime a formação dos hormônios gonadotrópicos hipofisários – hormônio luteinizante e hormônio folículo-estimulante. Entretanto, após vários meses de lactação, em algumas mulheres, especialmente naquelas que amamentam seus bebês apenas parte de tempo, a hipófise começa a secretar hormônios gonadotrópicos suficientes para restabelecer o ciclo sexual mensal, embora a amamentação continue. O leite é secretado de maneira contínua nos alvéolos das mamas, mas não flui facilmente doa alvéolos para o sistema de ductos e, portanto, não vaza continuamente pelos mamilos. Em vez disso, o leite precisa ser ejetado dos alvéolos para os ductos, antes de o bebê poder obtê-lo. Essa ejeção é causada por um reflexo neurogênico e hormonal combinado, que envolve o hormônio hipofisário posterior ocitocina. Quando o bebê suga, ele não recebe nenhum leite por mais ou menos 30 segundos. Primeiramente, é preciso que impulsos sensoriais sejam transmitidos através dos nervos somáticos dos mamilos para a medula espinal da mãe, e, então, para o seu hipotálamo, onde desencadeiam sinais neurais que promovem a secreção de Secreção do leite 01/10/2022 FAMEG | Afya 6 Marcela Beltrão ocitocina, ao mesmo tempo em que causam secreção de prolactina.A ocitocina é transportada no sangue para as mamas, onde faz com que as células mioepiteliais se contraiam, assim transportando o leite dos alvéolos para os ductos, sob uma pressão de +10 a 20 mmHg. Em seguida, a sucção do bebê fica efetiva em remover o leite. Assim, dentro de 30 segundos a 1 minuto depois que o bebê começa a sugar, o leite começa a fluir. Esse processo é denominado ejeção ou descida do leite. O ato de sugar uma mama faz com que o leite flua não só naquela mama, mas também na oposta. Diversos fatores psicogênicos ou até mesmo a estimulação generalizada do sistema nervoso simpático em todo o corpo materno possam inibir a secreção de ocitocina e, consequentemente, deprimir a ejeção de leite. Muitas mães devem ter um período de ajuste após o nascimento, sem transtornos para obter sucesso na amamentação de seus bebês. No auge da lactação na mulher, 1,5L de leite pode ser formado a cada dia (ou mais, em casos de gestação gemelar). Com esse grau de lactação, grande quantidade de energia é drenada da mãe; aproximadamente 650 a 750 quilocalorias por litro estão contidas no leite materno, embora a composição e o teor calórico do leite dependam da dieta da mãe e de outros fatores, como a dimensão do seio. Grandes quantidades de substratos metabólicos são perdidas da mãe. Gordura, lactose, fosfato de cálcio; a menos que a mãe beba grandes quantidades de leite e tenha uma ingestão adequada de vitamina D, o débito de cálcio e fosfato pela nutriz, geralmente, será bem maior do que a ingestão dessas substâncias. Para suprir as necessidades de cálcio e fosfato, as glândulas paratireoides aumentam bastante, e os ossos são progressivamente descalcificados. O leite não só fornece ao recém-nascido os nutrientes adequados, como também proporciona uma proteção importante contra infecções. Vários tipos de anticorpos e agentes anti-infecciosos são secretados no leite, em conjunto com os nutrientes. Diversos tipos de leucócitos são secretados, incluindo neutrófilos e macrófagos, alguns dos quais são especialmente letais a bactérias que poderiam causar infecções mortais aos recém-nascidos. • HALL, J.E.; GUYTON, A.C. Tratado de Fisiologia Médica. 13º edição. Rio de Janeiro: Elsevier Editora ltda, 2017. • MOORE, Keith; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne M. R. Anatomia Orientada para a Clínica. 8º edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan ltda, 2018. Quando a mãe pensa no bebê ou o escuta chorar, muitas vezes isso proporciona um sinal emocional suficiente para o hipotálamo provocar a ejeção de leite. Particularmente importantes são anticorpos e macrófagos que destroem a bactéria Escherichia coli, que, com frequência, causa diarreia letal em recém-nascidos. Referências
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