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T Ó P I C O S E S P E C I A I S E M R E L A Ç Õ E S I N T E R N A C I O N A I S 2 0 2 2 . 2 Orientalismo Estrutura de pensamento; Diferencia tudo aquilo que pertence à cultura ocidental e aquilo que não se encaixa nesse nicho; O oriente valida o ocidente, nesse caso: O orientalismo surge como uma perspectiva ocidental Ele tenta diminuir o oriente para validar o ocidente O orientalismo enquanto estrutura de pensamento centra o ocidente nas análises O surgimento do ser humano no oriente para ser aperfeiçoado na Europa Os orientais seriam pessoas que interferem na história europeia Mesmo os impérios mais antigos são tratados como obscuros e decadentes frente à grandeza europeia; Nesse sentido, a dominação operacionaliza o conhecimento O oriente como Invenção europeia; Simbolizado pelos romances, pelo exótico, lembranças e paisagens encantadas e seres encantados; O oriente é uma criação humana e o orientalismo é uma resposta a essa criação; Há noção da criação de uma superioridade entre ocidente e oriente o senso de poder do ocidental sobre o oriente é tido como natural e com status de verdade cientifica O oriente se torna, então, passivo, não autônomo e não soberano Sua historia, mesmo mais antiga, se torna uma resposta ao ocidente, gerando um grau de relação desigual entre as partes. Uma das principais características do orientalismo é o retrato dos chamados povos orientais como culturas que pararam no tempo e são extremamente fechadas e resistentes a interação com ocidentais. Para Said, o Orientalismo é uma doutrina política imposta ao oriente, supostamente mais fraco, que o ocidente. Logo, o atraso precisava ser resolvido e o povo precisava ser conquistado. A dominação do Oriente, seja por meios diretos ou questões culturais, seria necessário para “civilizar” e trazer esse povo para a “luz”, que seria uma representação ocidental. Como um sistema de pensamento o Orientalismo se aproxima de uma realidade humana heterogênea, dinâmica e complexa de um ponto de vista acriticamente essencialista; isso sugere uma realidade oriental duradoura e uma essência ocidental oposta, mas não menos duradoura, que se aproxima do Oriente de longe e de cima. Esta posição falsa esconde a mudança histórica e os interesses dos Orientalistas. Essa objetividade protocientífica levanta uma questão importante: poderiam esses padrões teóricos e antropológicos ter sido um chamariz para a articulação da "lei superior" de um sistema ocidental de dominação? O Orientalismo de Said tenta responder a essa pergunta argumentando que a cultura colonial é sintonizada pela natureza dialógica das relações de poder coloniais e anticoloniais. Enquanto isso, o lugar “mágico” prevalece; A forma como entendemos a construção do Oriente se dá em diversas frentes; As artes fazem parte disso. Um dos exemplos é a obra “Mil e Uma Noites”, responsável por criar, no imaginário popular, uma ideia sobre os povos árabes; O desconhecimento sobre o mundo islâmico na época de lançamento tornou a obra um referencial sobre a região; A obra se tornou a principal referência de islamismo para os ocidentais até o século XX. Orientalismo é uma linha de pensamento cientifico Ocidental que busca a partir de suas lentes investigar como se comportam os estrangeiros, que estão delimitados como orientais. Um dos temas do livro de Edward Said é como os estudiosos europeus consideram o Oriente um “outro ontológico." Em vez de buscarem uma verdadeira compreensão das culturas e religiões asiáticas, esses europeus meramente projetaram seus próprios preconceitos e estereótipos no "Oriente". Fossem quais fossem as qualidades do "Ocidente", essas qualidades foram invertidas no "Oriente". Grande Oriente Médio Um dos objetivos principais do nacionalismo árabe é o fim da influência ocidental no mundo árabe, visto como um "inimigo" da força árabe, e a eliminação dos governos árabes considerados como dependentes das potências ocidentais. Ainda que não buscassem independência, queriam mais autonomia política A região era território otomano; Com a recusa dos otomanos, optam por se aliarem aos franceses e ingleses no contexto da I Guerra Mundial. Houve o estabelecimento de um sistema de mandatos francês e inglês para administrar a região O líder wahabita Abd al-Aziz ibn Sa’ud funda o reino da Arábia Saudita Síria e Líbano viram colônias francesas e a Inglaterra fica com o Iraque e a região onde está Israel As lideranças, nesse momento preferiam o controle francês e inglês do que o otomano. O processo de construção do nacionalismo árabe aliado ao imperialismo francês cai por terra no pós II Guerra Mundial Em 1945, é fundada a Liga Árabe, em Cairo, com o objetivo de estreitar laços entre esses povos. A criação do Estado de Israel em 1948 faz com que haja uma mudança estrutural no pensamento das novas e insurgentes lideranças da região Essas lideranças alçam ao poder e impõem certas dificuldades. O nacionalismo, a guerra fria e o conflito árabe-israelense estiveram reunidos como fatores de um curto e violento conflito nas regiões egípcias do Canal de Suez e da Península do Sinai. O Egito e outras nações árabes ganharam há pouco tempo a independência dos impérios controlados por potências europeias como Grã-Bretanha e França. Estas nações se esforçaram para ganhar suficiência econômica, militar e para valer os seus direitos políticos como povos livres. A luta da Guerra Fria entre o Ocidente, na sua maioria democrática e capitalista, contra o Oriente comunista dominado pela União Soviética ajudou e impediu os objetivos nacionalistas de muitos países africanos e asiáticos. Por exemplo, o Egito procurou ajuda externa na construção do projeto da Barragem de Assuão, que passaria a controlar o rio Nilo. Nasser assume o poder no Egito e a neutralidade na Guerra Fria Em retaliação, perde financiamento dos EUA; Nasser resolve por nacionalizar o Canal de Suez. Israel, França e Inglaterra firma um pacto secreto. Israel invade o Egito e a Inglaterra e a França enviam suas tropas para “pacificação”. Como resultado, o canal de Suez é pacificado. Esse conflito se torna uma afronta direta aos interesses de EUA e URSS, que respondem de forma dura, exigindo a desocupação da região O nacionalismo árabe, então, ganha em Nasser uma face; E o resultado dessa intervenção coloca o Oriente Médio na mira das superpotências. O prestígio de Nasser permanece inabalado até sua morte, em 1970, mesmo sendo derrotado na guerra contra Israel, em 1967 O choque do petróleo de 1973 mostrou certa força da região. Nacionalismo Árabe O Nacionalismo árabe é uma ideologia nacionalista secular que orienta a política da região até o século XXI que celebra as glórias da civilização árabe, a língua e a literatura dos árabes, chamando para o rejuvenescimento e a união política no mundo árabe. Sua premissa central é que os povos do mundo árabe, desde o Oceano Atlântico ao Mar Arábico, constituem uma só nação unidas por patrimônio linguístico, cultural, religioso e histórico comum. Crise no Canal de Suez de 1956 A Crise de Suez, foi uma crise política que teve início em 29 de outubro de 1956, quando Israel, com o apoio da França e Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egito. O presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser havia nacionalizado o canal de Suez, cujo controle ainda pertencia à Inglaterra. Em consequência, o porto israelense de Eilat ficaria bloqueado, assim como o acesso de Israel ao mar Vermelho, através do estreito de Tiran, no golfo de Acaba. Após o início dos combates, as pressões políticas dos Estados Unidos, da União Soviética e das Nações Unidas levaram à retirada dos três invasores. Pan Arabismo O Pan-arabismo é um movimento político tendente a reunir os países de língua árabe e de civilização árabe numa grande comunidade de interesses. É um movimento para unificação entre as populações e nações árabes do Oriente Médio. Possui estreita vinculação com o nacionalismo árabe. Baseado em preceitos nacionalistas,seculares e estatizantes. Opôs- se ao colonialismo e à política ocidental de envolvimento no mundo árabe https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_fria https://pt.wikipedia.org/wiki/Conflito_%C3%A1rabe-israelense https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_de_Suez https://pt.wikipedia.org/wiki/Pen%C3%ADnsula_do_Sinai https://pt.wikipedia.org/wiki/Egito https://pt.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A3-Bretanha https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Assu%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Nilo https://pt.wikipedia.org/wiki/Ideologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalista https://pt.wikipedia.org/wiki/Secular https://pt.wikipedia.org/wiki/Mundo_%C3%A1rabe https://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2ntico https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_Ar%C3%A1bico https://pt.wikipedia.org/wiki/Israel https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido https://pt.wikipedia.org/wiki/Egito https://pt.wikipedia.org/wiki/Gamal_Abdel_Nasser https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionaliza%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_de_Suez https://pt.wikipedia.org/wiki/Eilat https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_Vermelho https://pt.wikipedia.org/wiki/Estreito_de_Tiran https://pt.wikipedia.org/wiki/Golfo_de_Acaba https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica https://pt.wikipedia.org/wiki/Na%C3%A7%C3%B5es_Unidas https://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtico https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_%C3%A1rabe https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabe https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalismo_%C3%A1rabe Realizado em protesto contra o apoio dado aos EUA à Israel na guerra A produção de petróleo americana começou a diminuir durante os 1980, agravando o impacto do embargo. Essa guerra foi uma tentativa de retomar as colinas de Golã, pela Síria, e a Península do Sinai, pelo Egito. Os países árabes foram derrotados, mas, em protesto, pararam de vender petróleo aos EUA e Europa. A OPEP forçou as empresas de petróleo para aumentar os pagamentos drasticamente. O preço do petróleo quadruplicou em 1974. A crise teve um impacto importante nas relações internacionais e criou uma divisão na OTAN. Algumas nações europeias e o Japão procuraram se desassociar da política externa americana no Médio Oriente para evitarem ser alvo de boicote. O embargo teve uma influência negativa sobre a economia dos EUA, causando demandas imediatas para lidar com as ameaças a sua segurança energética. a nível internacional, o aumento de preços alterou a competitividade de muitas indústrias. Problemas macroeconômicos consistiram em impactos tanto na inflação como na deflação. O embargo deixou as empresas petrolíferas interessadas em procurar novas maneiras para aumentar a oferta de petróleo, mesmo em terreno acidentado como o ártico. A ideia começa a perder força após os acordos de Camp David de 1978, entre Egito e Israel Um dos termos era o reconhecimento do Estado de Israel O Irã e mais tarde o Iraque tentam ser herdeiros dessa ideia, mas falham. *Islamofobia é o sentimento de repugnância, satanização ou de repúdio em relação aos muçulmanos e/ou ao Islamismo em geral.Este tipo de aversão vem acontecendo principalmente nos Estados Unidos, no Canadá, na Europa e em Israel, seja devido aos atentados terroristas, ou à presença cada vez maior de muçulmanos nesses lugares. Os atentados terroristas são promovidos por organizações fundamentalistas, tais como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, embora este último grupo não seja apoiado pela população local. Todavia, esse sentimento já existia anteriormente, antes de ser nomeado, embora em menor grau, devido às enormes diferenças culturais e religiosas. Este tipo de discriminação aumentou exponencialmente após os ataques de 11 de setembro de 2001, ocorridos nos Estados Unidos. Por exemplo, o islã em seus primeiros momentos foi mais tolerante na Península ibérica do que a história toda do catolicismo que depois da retirada dos praticantes da primeira fé citada, associou islamofobia ao antissemitismo em seu auge. Contudo, o Islão, tal como outras grandes religiões, também conheceu épocas em que inspirou nos seguidores ódio e violência. Choque do Petróleo de 1973 A crise petrolífera de 1973 teve início em outubro do mesmo ano quando os membros da Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP) proclamaram um embargo petrolífero. O embargo foi direcionado as nações que eram vistas como apoiadoras de Israel durante a Guerra do Yom Kippur. O embargo ocorreu num momento de crescente consumo de petróleo pelos países industrializados, e coincidiu com um forte aumento nas importações de petróleo pelos Estados Unidos. O sucesso do embargo demonstrou o poder diplomático e econômico da Arábia Saudita e resultou em vários países mudando suas políticas energéticas para evitar futura dependência. Presentes dias Salama afirma que a islamofobia* surgida no pós 11 de setembro é o efeito persistente de uma história torta de opressão que não só valida a dominação colonial e imperialista, como reproduz na era pós colonial e sustenta a xenofobia nos dias atuais. Para ele, a assunção do islã como principal inimigo é um reflexo da política que necessita de inimizades ao longo do tempo. https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_do_Tratado_do_Atl%C3%A2ntico_Norte https://pt.wikipedia.org/wiki/Sentimento https://pt.wikipedia.org/wiki/Repugn%C3%A2ncia https://pt.wikipedia.org/wiki/Mu%C3%A7ulmano https://pt.wikipedia.org/wiki/Islamismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos https://pt.wikipedia.org/wiki/Canad%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Europa https://pt.wikipedia.org/wiki/Israel https://pt.wikipedia.org/wiki/Terrorismo https://pt.wikipedia.org/wiki/Fundamentalismo_isl%C3%A2mico https://pt.wikipedia.org/wiki/Al-Qaeda https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_Isl%C3%A2mico_do_Iraque_e_do_Levante https://pt.wikipedia.org/wiki/Discrimina%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Ataques_de_11_de_setembro_de_2001 https://pt.wikipedia.org/wiki/Pen%C3%ADnsula_ib%C3%A9rica https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_dos_Pa%C3%ADses_%C3%81rabes_Exportadores_de_Petr%C3%B3leo https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Yom_Kippur Líbano O Brasil possui o maior contingente de libaneses fora do Líbano (número maior do que a população libanesa). Colonizações diversas ao longo da história, com a independência declarada em 1943 Marcado por conflitos O País conta com conflitos com seus vizinhos, afetado pela guerra Israel - Palestina, invasão da Síria, uma ocupação israelense e uma missão de paz da ONU. Pela proximidade, era país foco de refugiados diversos, como os palestinos, bem como uma das sedes de operação da OLP. Se tornou, também, foco dos refugiados sírios após a primavera árabe. Atualmente, o país contabiliza por volta de 1,5 milhão de refugiados. UNIFIL Força Interina das Nações Unidas no Líbano; Ativa desde 1978, tinha o objetivo de estabilizar a região frente aos conflitos contra Israel e Síria O Brasil participou do braço naval dessa missão entre 2011 e 2020, com um navio de guerra Após o conflito de 2006, são responsáveis pelo patrulhamento da fronteira sul do Líbano. Israel responde com o maior efetivo militar já empregada contra o Líbano; 40 locais bombardeados simultaneamente; Como resultado, 1200 libaneses mortos e 157 israelenses. Mais de 900 mil libaneses desabrigados. Cessar fogo aprovado pelo CSNU Determinação de patrulhamento de fronteira pela UNIFIL A paz possibilitou a retomada do crescimento do Líbano a uma taxa superior a 7% ao ano. A crise de refugiados fez com que a economia libanesa retrocedesse. O Estado estava lidando com muitos problemas em relação à infraestrutura Redução de exportações e aumento de importações O país volta a um período de recessão. Brasil e Líbano tem uma relação longa, marcada, principalmente, pela migração. Cristãoslibaneses emigraram para o Brasil desde o final do século XIX. Atualmente, a comunidade libanesa é formada, majoritariamente, por descendentes. A UNIFIL foi estabelecida para confirmar a retirada das Forças Israelenses do sul do Líbano, devolver a paz e a segurança internacional e assistir o Governo Libanês na retomada da sua autoridade na região. Em 2006, após a 2ª Guerra do Líbano, ela teve seu mandato ampliado e foi reforçada por novos contingentes. Foi a primeira e única Missão de Paz da Organização das Nações Unidas a contar com uma Força-Tarefa Marítima, atualmente comandada pela Marinha do Brasil. Nos tempos mais contemporâneos, o Líbano experimentou um crescimento alto no PIB entre 1989 e 1999. Esse crescimento econômico teve como base o setor de serviços, pois o governo buscou a atração de empresas e de capitais para o país. Beirute estava praticamente reconstruída porém, esse crescimento interrompido, momentaneamente, com o conflito Israel X Hezbollah em 2006. Hezbollah ataca um comboio israelense na faixa de fronteira, que deixa 3 mortos, 2 feridos e 2 soldados capturados. Com a explosão do porto de Beirute em 2020 a crise que já era política, hoje também é econômica. A queda do PIB, o aumento da inflação e a população de forma crescente migrando para a linha da pobreza. Nem as remessas internacionais estão conseguindo dar sustentação. Irã O Irã passa por um processo de ocidentalização e, ao mesmo tempo, de recrudescimento da monarquia. A conjunção dos dois processos contrapõe Reza Pahlavi ao Xiita Aiatolá Khomeini Em 1978, o Irã é paralisado em manifestações contra o regime do Xá Em 1979, Pahlavi foge para os EUA. Khomeini volta para Teerã do Exílio e forma um novo governo. A partir daí, o Irã se tora uma teocracia A oposição não islâmica passa a ser perseguida Todos os membros do governo do Xá foram executados Atualmente, o presidente é o conservador Ebrahim Raisi O Aiatolá Khamenei é o líder supremo do país desde a morte de Khomeini, em 1989. Após a Revolução Iraniana, Saddam Husseim esperou que o país não possuísse condições materiais de se defender de um ataque O conflito é fruto de uma resposta preventiva a uma possível expansão revolucionária, tendo em vista que Khomeini se recusou a se comprometer a um acordo de não interferência mútua Além do fato de Khomeini conclamar a população iraquiana a derrubar Saddam. A guerra foi um banho de sangue com mais de milhão de mortos; Durou 8 anos, até o CSNU conseguir um cessar-fogo É aqui que aparece o apoio ocidental na triangulação Irã-Contras Os últimos prisioneiros de guerra foram libertos no ano de 2003. Era um político menos ligado à religião, mesmo sendo muito religioso. Um homem de inteligência e determinação tal que foi considerado o “Stalin da Revolução Iraniana”. Ahmadinejad tinha posições claras em relação ao Oriente Médio, inclusive um posicionamento sobre a extinção do Estado de Israel que incluía a negação do holocausto Isso além do apoio dado no Líbano e, supostamente, na Palestina. Nessa esteira, o Irã reativa seu programa nuclear. Os EUA e Israel acusam o Irã de buscar uma arma nuclear e o Irã reafirma seu compromisso com o TNP e afirma que esse compromisso significa o apoio das outras nações para um programa nuclear pacífico Em 2010, Barack Obama exclui o Irã da Doutrina Nuclear dos EUA O Irã cobra os EUA formalmente no cenário internacional sobre essa exclusão O país enfrentou sanções por parte do CSNU, mesmo reafirmando seu compromisso O Brasil foi um dos países que protestaram contra as sanções iranianas Os EUA falavam abertamente em invadir o país, enquanto a Europa impôs sanções na compra de petróleo e gás iraniano. Celso Amorim diz que o pedido do ocidente é impossível Afirma que a produção de uma prova negativa não faz sentido bem como que o Irã tem o direito de conduzir um programa nuclear com fins pacíficos. O Irã aceita o acordo, mas tem que passar pela AIEA Celso Amorim acredita que, com a aceitação do Irã, o impasse seria findado mas, ao contrário do que pensou o Chanceler, o acordo foi ignorado Somente em 2013, Obama e Rohani, novo presidente do Irã, sentam para debater o assunto Oficialmente, se chega a um meio termo, em que o Irã se comprometeu a reduzir, significativamente, o enriquecimento de urânio Em troca, as sanções econômicas foram caindo aos poucos Em 2015, o impasse é resolvido, e o programa iraniano é mais tímido do que o anteriormente previsto. Em 2020, outra movimentação Um dos homens fortes da Guarda Revolucionária Iraniana, Qasem Solemani é assassinado pelos EUA em Bagdá Trump afirma que foi retaliação, após a embaixada dos EUA em Bagdá ser invadida por manifestantes com, segundo o presidente, aprovação de Solemani. Solemani era comandante de uma unidade de elite, os Quds, e um general muito próximo ao Aiatolá. Os Quds tinham ação no mundo inteiro, tendo, supostamente, atacado um restaurante em Washington na tentativa de assassinar o embaixador da Arábia Saudita em 2011. A repercussão da morte foi imediata, e o Irã prometeu retaliação. Sede histórica do antigo império dos Medos ou Persas, fundada por Ciro, o Grande, em 550 a.C. Capital em Persépolis, mas tinha Pasárgada como uma das principais cidades. Atualmente, as duas cidades são ruínas e patrimônio histórico O país se torna Irã no começo do século XX, na tentativa de modernização do país. Ascenção da dinastia Pahlavi Após a II Guerra Mundial, os Pahlavi ganham apoio dos EUA e UK no processo de modernização do país Guarda Revolucionária Iraniana Eles possuem a função de serem guardiões do Estado iraniano; É paralelo ás forças armadas iranianas e está sob o comando supremo do Aiatolá; A organização é considerada terrorista pelos EUA, Arábia Saudita e Bahreim; Tem presença no Líbano, no Iêmen, na Síria, e supostamente, na Palestina. Guerra Irã-iraque A Guerra Irã-Iraque foi um conflito travado por Irã e Iraque de 1980 a 1988. Resultou de disputas fronteiriças entre as duas nações e de questões políticas e religiosas. Esse conflito ficou marcado pelo grande grau de violência, sendo responsável por um milhão de mortes. Nenhuma das duas nações conseguiu conquistar seus objetivos com essa guerra. O Irã, segundo Axworthy, é um polo de resistência a uma ideia ocidental de Oriente desde 1979. Mesmo com as ações iranianas na primeira década dos anos 2000, os EUA entregam, como prêmio, a inclusão do país no “Eixo do Mal”, ou seja, houve uma tentativa de reaproximação que foi rechaçada pelo ocidente. A eleição do conservador Ahmadinejad puxa o Irã para mais distante ainda do ocidente Afeganistão O Afeganistão é a Principal área de produção de Papoulas e isso o insere no lucrativo mercado de drogas mundial. A papoula é a base do ópio Marcado por fortes resistências à presença dos grandes impérios e resistiu à invasões inglesas nos séculos XIX e XX. Contudo, a ascensão do Talibã no Afeganistão foi durante a Guerra Fria. A região do Afeganistão é geopolíticamente estratégica pois é uma zona de passagem comercial que influencia diversas potências além de ser rico em petróleo e pedras preciosas. No século XIX, fruto de disputas geopolíticas, o Afeganistão se torna um Estado-tampão no que ficou conhecido como “Grande Jogo”, disputa entre Rússia e Inglaterra na Ásia Fica independente após a I Guerra Mundial e se torna uma monarquia Em 1973, um golpe de Estado depõe o rei, e, em 1979 é invadido pela URSS Os líderes rebeldes se formam e se autoproclamam Musjahidin Apesar de serem apoiados pelos EUA, não aderem a modelos ocidentais Numa guerra que dura toda a década de 1980, os combatentes expulsam os soviéticos do país, estima-se que a quantidade de mortos afegãos superou a de 1 milhão de pessoas. Com a expulsão dos soviéticos, iniciou-se o conflito interno pelo poder. O grupo que venceu esse conflito civil foi o Talibã. Em 1997, Cabul cai pro Talibã e tem-se início um governo mais rigoroso, com preceitos islâmicos de base sunita. A guerra antisoviética faz com que investimentos da CIA e dos EUA, via Paquistão, sedirecionem para o Afeganistão Um dos objetivos para aumentar as tropas era o de “seduzir” islâmicos do mundo inteiro, num esforço quase de jihad Nessa que um jovem saudita de família rica resolve se envolver no conflito: Osama Bin Laden. Bin Laden era próximo dos Talibã e elogiado no Ocidente Funda a Al-Qaeda que acaba por planejar e executar os atentados terroristas em 11 de setembro de 2001. Como resultado, os EUA invadem o Afeganistão em 2001, derrubam o regime Talibã e iniciam a construção de um novo regime: a caçada aos terroristas Contudo, a Guerra ao Iraque “desvia” os recursos da região, o que não estabiliza completamente o país. Os EUA investiram no Afeganistão enquanto esforço de guerra. O Paquistão deu asilo aos terroristas fugitivos e a não estabilização do país fez com que os Talibã pudessem retornar ao poder 20 anos após a invasão. A morte de Bin Laden não deu fim a Al Qaeda. Uma antiga promessa de Obama se torna executável no governo de seu vice, Biden. Uma série de trapalhadas executadas por Biden na retirada do Afeganistão são cruciais Com a volta do Talibã ao poder, mesmo com promessas de moderação, medidas mais radicais são tomadas; Um país em processo de reconstrução agora enfrenta duras sanções econômicas, contudo, sem oposição da China. A Guerra do Afeganistão A Guerra do Afeganistão começou em 1979, quando a União Soviética invadiu o país. A invasão estendeu-se por dez anos e foi extremamente penosa até mesmo para os soviéticos, causando-lhes milhares de mortes, além do forte impacto financeiro sobre o país. Esse conflito inseriu-se no contexto da Guerra Fria, e os adversários dos soviéticos foram amplamente financiados pelos Estados Unidos. Uma disputa interna no PDPA entre o presidente Taraki e outro representante do partido (chamado Hafizullah Amin) levou a um terceiro golpe de Estado na década de 1970. Amin assumiu a presidência do Afeganistão, mas seu governo não agradava aos interesses da União Soviética. A insatisfação com Hafizullah Amin dava-se pelo temor de que esse governante se aproximasse dos Estados Unidos e pusesse fim à aliança com os soviéticos. Assim, a invasão soviética iniciada em dezembro de 1979 teria sido motivada com o intuito de derrubar Amin do poder e impor o controle do PDPA dentro dos interesses soviéticos. Além disso, a invasão foi realizada com o objetivo de controlar o avanço dos grupos rebeldes, os mujahidin, que ameaçavam o poder dos comunistas no Afeganistão. A invasão soviética foi iniciada oficialmente no dia 24 de dezembro de 1979. As tropas soviéticas destituíram do poder Hafizullah Amin, que também foi executado dias depois. Assim, Babrak Karmal foi empossado como novo presidente do Afeganistão. A respeito da ocupação do Afeganistão, até meados de 1979, a opinião vigente no comando soviético era de que a invasão não seria de maneira nenhuma proveitosa para os interesses da União Soviética. Essa visão mudou à medida que os soviéticos começaram a se irritar com o governo de Hafizullah Amin, com a sua incapacidade de derrotar os rebeldes e com o temor de que ele se aliasse aos norte-americanos. Com a invasão soviética, os musjahidin declararam uma jihad (guerra santa) contra os soviéticos, começando uma luta que se estendeu pelos dez anos seguintes. https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-fria.htm
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