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Topicos especiais em Relações Internacionais - Orientalismo, Grande Oriente Médio Líbano, Irã e Afeganistão

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T Ó P I C O S
E S P E C I A I S E M
R E L A Ç Õ E S
I N T E R N A C I O N A I S
2 0 2 2 . 2
Orientalismo 
Estrutura de pensamento; 
Diferencia tudo aquilo que pertence à cultura ocidental e aquilo que não se encaixa nesse nicho;
O oriente valida o ocidente, nesse caso: 
O orientalismo surge como uma perspectiva ocidental 
Ele tenta diminuir o oriente para validar o ocidente
O orientalismo enquanto estrutura de pensamento centra o ocidente nas análises
O surgimento do ser humano no oriente para ser aperfeiçoado na Europa 
Os orientais seriam pessoas que interferem na história europeia 
Mesmo os impérios mais antigos são tratados como obscuros e decadentes frente à grandeza
europeia; 
Nesse sentido, a dominação operacionaliza o conhecimento 
O oriente como Invenção europeia; 
Simbolizado pelos romances, pelo exótico, lembranças e paisagens encantadas e seres encantados;
O oriente é uma criação humana e o orientalismo é uma resposta a essa criação;
 Há noção da criação de uma superioridade entre ocidente e oriente 
o senso de poder do ocidental sobre o oriente é tido como natural e com status de verdade cientifica 
O oriente se torna, então, passivo, não autônomo e não soberano 
Sua historia, mesmo mais antiga, se torna uma resposta ao ocidente, gerando um grau de relação
desigual entre as partes. 
Uma das principais características do orientalismo é o retrato dos chamados povos orientais como
culturas que pararam no tempo e são extremamente fechadas e resistentes a interação com ocidentais.
Para Said, o Orientalismo é uma doutrina política imposta ao oriente, supostamente mais fraco, que o
ocidente. Logo, o atraso precisava ser resolvido e o povo precisava ser conquistado. A dominação do
Oriente, seja por meios diretos ou questões culturais, seria necessário para “civilizar” e trazer esse povo
para a “luz”, que seria uma representação ocidental.
Como um sistema de pensamento o Orientalismo se aproxima de uma realidade humana
heterogênea, dinâmica e complexa de um ponto de vista acriticamente essencialista; isso sugere uma
realidade oriental duradoura e uma essência ocidental oposta, mas não menos duradoura, que se
aproxima do Oriente de longe e de cima. Esta posição falsa esconde a mudança histórica e os
interesses dos Orientalistas. 
 Essa objetividade protocientífica levanta uma questão importante: poderiam esses padrões teóricos e
antropológicos ter sido um chamariz para a articulação da "lei superior" de um sistema ocidental de
dominação?
 O Orientalismo de Said tenta responder a essa pergunta argumentando que a cultura colonial é
sintonizada pela natureza dialógica das relações de poder coloniais e anticoloniais. 
Enquanto isso, o lugar “mágico” prevalece; A forma como entendemos a construção do Oriente se dá em
diversas frentes; As artes fazem parte disso. 
Um dos exemplos é a obra “Mil e Uma Noites”, responsável por criar, no imaginário popular, uma ideia
sobre os povos árabes; O desconhecimento sobre o mundo islâmico na época de lançamento tornou a
obra um referencial sobre a região; A obra se tornou a principal referência de islamismo para os
ocidentais até o século XX.
Orientalismo é uma linha de pensamento cientifico Ocidental que busca a partir de suas lentes investigar
como se comportam os estrangeiros, que estão delimitados como orientais. Um dos temas do livro de
Edward Said é como os estudiosos europeus consideram o Oriente um “outro ontológico." Em vez de
buscarem uma verdadeira compreensão das culturas e religiões asiáticas, esses europeus meramente
projetaram seus próprios preconceitos e estereótipos no "Oriente". Fossem quais fossem as qualidades do
"Ocidente", essas qualidades foram invertidas no "Oriente".
Grande Oriente Médio
Um dos objetivos principais do nacionalismo árabe é o fim da influência ocidental no mundo árabe, visto como um
"inimigo" da força árabe, e a eliminação dos governos árabes considerados como dependentes das potências
ocidentais.
Ainda que não buscassem independência, queriam mais autonomia política
A região era território otomano; 
Com a recusa dos otomanos, optam por se aliarem aos franceses e ingleses no contexto da I Guerra Mundial.
Houve o estabelecimento de um sistema de mandatos francês e inglês para administrar a região
O líder wahabita Abd al-Aziz ibn Sa’ud funda o reino da Arábia Saudita
Síria e Líbano viram colônias francesas e a Inglaterra fica com o Iraque e a região onde está Israel
As lideranças, nesse momento preferiam o controle francês e inglês do que o otomano.
O processo de construção do nacionalismo árabe aliado ao imperialismo francês cai por terra no pós II Guerra
Mundial
 Em 1945, é fundada a Liga Árabe, em Cairo, com o objetivo de estreitar laços entre esses povos. A criação do
Estado de Israel em 1948 faz com que haja uma mudança estrutural no pensamento das novas e insurgentes
lideranças da região
Essas lideranças alçam ao poder e impõem certas dificuldades.
O nacionalismo, a guerra fria e o conflito árabe-israelense estiveram reunidos como fatores de um curto e violento
conflito nas regiões egípcias do Canal de Suez e da Península do Sinai. O Egito e outras nações árabes ganharam há
pouco tempo a independência dos impérios controlados por potências europeias como Grã-Bretanha e França. 
Estas nações se esforçaram para ganhar suficiência econômica, militar e para valer os seus direitos políticos como
povos livres. A luta da Guerra Fria entre o Ocidente, na sua maioria democrática e capitalista, contra o Oriente
comunista dominado pela União Soviética ajudou e impediu os objetivos nacionalistas de muitos países africanos
e asiáticos. Por exemplo, o Egito procurou ajuda externa na construção do projeto da Barragem de Assuão, que
passaria a controlar o rio Nilo.
Nasser assume o poder no Egito e a neutralidade na Guerra Fria 
Em retaliação, perde financiamento dos EUA; Nasser resolve por nacionalizar o Canal de Suez.
Israel, França e Inglaterra firma um pacto secreto. Israel invade o Egito e a Inglaterra e a França enviam suas
tropas para “pacificação”. Como resultado, o canal de Suez é pacificado.
Esse conflito se torna uma afronta direta aos interesses de EUA e URSS, que respondem de forma dura, exigindo a
desocupação da região
O nacionalismo árabe, então, ganha em Nasser uma face; E o resultado dessa intervenção coloca o Oriente Médio na
mira das superpotências.
O prestígio de Nasser permanece inabalado até sua morte, em 1970, mesmo sendo derrotado na guerra contra
Israel, em 1967
O choque do petróleo de 1973 mostrou certa força da região.
Nacionalismo Árabe
O Nacionalismo árabe é uma ideologia nacionalista secular que orienta a política da região até o século XXI que celebra
as glórias da civilização árabe, a língua e a literatura dos árabes, chamando para o rejuvenescimento e a união política no
mundo árabe. Sua premissa central é que os povos do mundo árabe, desde o Oceano Atlântico ao Mar Arábico,
constituem uma só nação unidas por patrimônio linguístico, cultural, religioso e histórico comum.
Crise no Canal de Suez de 1956
A Crise de Suez, foi uma crise política que teve início em 29 de outubro de 1956, quando Israel, com o apoio da França e
Reino Unido, que utilizavam o canal para ter acesso ao comércio oriental, declarou guerra ao Egito. O presidente do
Egito, Gamal Abdel Nasser havia nacionalizado o canal de Suez, cujo controle ainda pertencia à Inglaterra. Em
consequência, o porto israelense de Eilat ficaria bloqueado, assim como o acesso de Israel ao mar Vermelho, através do
estreito de Tiran, no golfo de Acaba. Após o início dos combates, as pressões políticas dos Estados Unidos, da União
Soviética e das Nações Unidas levaram à retirada dos três invasores. 
Pan Arabismo 
O Pan-arabismo é um movimento político tendente a reunir os países de língua árabe e de civilização árabe numa grande
comunidade de interesses. É um movimento para unificação entre as populações e nações árabes do Oriente Médio.
Possui estreita vinculação com o nacionalismo árabe. Baseado em preceitos nacionalistas,seculares e estatizantes. Opôs-
se ao colonialismo e à política ocidental de envolvimento no mundo árabe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_fria
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conflito_%C3%A1rabe-israelense
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
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https://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_%C3%A1rabe
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rabe
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nacionalismo_%C3%A1rabe
Realizado em protesto contra o apoio dado aos EUA à Israel na guerra
A produção de petróleo americana começou a diminuir durante os 1980, agravando o impacto do
embargo.
Essa guerra foi uma tentativa de retomar as colinas de Golã, pela Síria, e a Península do Sinai, pelo
Egito. Os países árabes foram derrotados, mas, em protesto, pararam de vender petróleo aos EUA e
Europa.
A OPEP forçou as empresas de petróleo para aumentar os pagamentos drasticamente. O preço do
petróleo quadruplicou em 1974.
A crise teve um impacto importante nas relações internacionais e criou uma divisão na OTAN. Algumas
nações europeias e o Japão procuraram se desassociar da política externa americana no Médio Oriente
para evitarem ser alvo de boicote. 
O embargo teve uma influência negativa sobre a economia dos EUA, causando demandas imediatas
para lidar com as ameaças a sua segurança energética. a nível internacional, o aumento de preços
alterou a competitividade de muitas indústrias. Problemas macroeconômicos consistiram em impactos
tanto na inflação como na deflação. O embargo deixou as empresas petrolíferas interessadas em
procurar novas maneiras para aumentar a oferta de petróleo, mesmo em terreno acidentado como o
ártico.
A ideia começa a perder força após os acordos de Camp David de 1978, entre Egito e Israel
Um dos termos era o reconhecimento do Estado de Israel
O Irã e mais tarde o Iraque tentam ser herdeiros dessa ideia, mas falham.
*Islamofobia é o sentimento de repugnância, satanização ou de repúdio em relação aos muçulmanos e/ou
ao Islamismo em geral.Este tipo de aversão vem acontecendo principalmente nos Estados Unidos, no
Canadá, na Europa e em Israel, seja devido aos atentados terroristas, ou à presença cada vez maior de
muçulmanos nesses lugares. Os atentados terroristas são promovidos por organizações fundamentalistas,
tais como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, embora este último grupo não seja
apoiado pela população local.
 Todavia, esse sentimento já existia anteriormente, antes de ser nomeado, embora em menor grau,
devido às enormes diferenças culturais e religiosas. Este tipo de discriminação aumentou
exponencialmente após os ataques de 11 de setembro de 2001, ocorridos nos Estados Unidos. Por
exemplo, o islã em seus primeiros momentos foi mais tolerante na Península ibérica do que a história
toda do catolicismo que depois da retirada dos praticantes da primeira fé citada, associou islamofobia
ao antissemitismo em seu auge. Contudo, o Islão, tal como outras grandes religiões, também
conheceu épocas em que inspirou nos seguidores ódio e violência.
Choque do Petróleo de 1973
A crise petrolífera de 1973 teve início em outubro do mesmo ano quando os membros da Organização dos
Países Árabes Exportadores de Petróleo (OPAEP) proclamaram um embargo petrolífero. O embargo foi
direcionado as nações que eram vistas como apoiadoras de Israel durante a Guerra do Yom Kippur. O
embargo ocorreu num momento de crescente consumo de petróleo pelos países industrializados, e coincidiu
com um forte aumento nas importações de petróleo pelos Estados Unidos. O sucesso do embargo
demonstrou o poder diplomático e econômico da Arábia Saudita e resultou em vários países mudando suas
políticas energéticas para evitar futura dependência.
Presentes dias 
Salama afirma que a islamofobia* surgida no pós 11 de setembro é o efeito persistente de uma história torta
de opressão que não só valida a dominação colonial e imperialista, como reproduz na era pós colonial e
sustenta a xenofobia nos dias atuais.
Para ele, a assunção do islã como principal inimigo é um reflexo da política que necessita de inimizades ao
longo do tempo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_do_Tratado_do_Atl%C3%A2ntico_Norte
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sentimento
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Yom_Kippur
Líbano
 O Brasil possui o maior contingente de libaneses fora do Líbano (número maior do que a população
libanesa). 
Colonizações diversas ao longo da história, com a independência declarada em 1943
Marcado por conflitos
O País conta com conflitos com seus vizinhos, afetado pela guerra Israel - Palestina, invasão da Síria,
uma ocupação israelense e uma missão de paz da ONU. 
Pela proximidade, era país foco de refugiados diversos, como os palestinos, bem como uma das sedes
de operação da OLP.
Se tornou, também, foco dos refugiados sírios após a primavera árabe. Atualmente, o país contabiliza
por volta de 1,5 milhão de refugiados. 
UNIFIL 
Força Interina das Nações Unidas no Líbano; 
Ativa desde 1978, tinha o objetivo de estabilizar a região frente aos conflitos contra Israel e Síria
 O Brasil participou do braço naval dessa missão entre 2011 e 2020, com um navio de guerra
 Após o conflito de 2006, são responsáveis pelo patrulhamento da fronteira sul do Líbano.
Israel responde com o maior efetivo militar já empregada contra o Líbano; 40 locais bombardeados
simultaneamente; Como resultado, 1200 libaneses mortos e 157 israelenses. Mais de 900 mil libaneses
desabrigados.
Cessar fogo aprovado pelo CSNU
Determinação de patrulhamento de fronteira pela UNIFIL
 A paz possibilitou a retomada do crescimento do Líbano a uma taxa superior a 7% ao ano. 
A crise de refugiados fez com que a economia libanesa retrocedesse. O Estado estava lidando com
muitos problemas em relação à infraestrutura
Redução de exportações e aumento de importações
 O país volta a um período de recessão.
Brasil e Líbano tem uma relação longa, marcada, principalmente, pela migração. Cristãoslibaneses emigraram
para o Brasil desde o final do século XIX. Atualmente, a comunidade libanesa é formada, majoritariamente, por
descendentes.
A UNIFIL foi estabelecida para confirmar a retirada das Forças Israelenses do sul do Líbano, devolver a paz e a
segurança internacional e assistir o Governo Libanês na retomada da sua autoridade na região. Em 2006,
após a 2ª Guerra do Líbano, ela teve seu mandato ampliado e foi reforçada por novos contingentes. Foi a
primeira e única Missão de Paz da Organização das Nações Unidas a contar com uma Força-Tarefa Marítima,
atualmente comandada pela Marinha do Brasil.
Nos tempos mais contemporâneos, o Líbano experimentou um crescimento alto no PIB entre 1989 e 1999.
Esse crescimento econômico teve como base o setor de serviços, pois o governo buscou a atração de
empresas e de capitais para o país. Beirute estava praticamente reconstruída porém, esse crescimento
interrompido, momentaneamente, com o conflito Israel X Hezbollah em 2006. Hezbollah ataca um comboio
israelense na faixa de fronteira, que deixa 3 mortos, 2 feridos e 2 soldados capturados.
Com a explosão do porto de Beirute em 2020 a crise que já era política, hoje também é econômica. A queda
do PIB, o aumento da inflação e a população de forma crescente migrando para a linha da pobreza. Nem as
remessas internacionais estão conseguindo dar sustentação.
Irã
O Irã passa por um processo de ocidentalização e, ao mesmo tempo, de recrudescimento da monarquia.
A conjunção dos dois processos contrapõe Reza Pahlavi ao Xiita Aiatolá Khomeini
Em 1978, o Irã é paralisado em manifestações contra o regime do Xá 
Em 1979, Pahlavi foge para os EUA. Khomeini volta para Teerã do Exílio e forma um novo governo.
A partir daí, o Irã se tora uma teocracia
A oposição não islâmica passa a ser perseguida
Todos os membros do governo do Xá foram executados
Atualmente, o presidente é o conservador Ebrahim Raisi
O Aiatolá Khamenei é o líder supremo do país desde a morte de Khomeini, em 1989.
Após a Revolução Iraniana, Saddam Husseim esperou que o país não possuísse condições materiais de se defender de um ataque
O conflito é fruto de uma resposta preventiva a uma possível expansão revolucionária, tendo em vista que Khomeini se recusou a se
comprometer a um acordo de não interferência mútua
Além do fato de Khomeini conclamar a população iraquiana a derrubar Saddam.
A guerra foi um banho de sangue com mais de milhão de mortos;
Durou 8 anos, até o CSNU conseguir um cessar-fogo
É aqui que aparece o apoio ocidental na triangulação Irã-Contras
Os últimos prisioneiros de guerra foram libertos no ano de 2003.
Era um político menos ligado à religião, mesmo sendo muito religioso. Um homem de inteligência e determinação tal que foi considerado o “Stalin
da Revolução Iraniana”.
Ahmadinejad tinha posições claras em relação ao Oriente Médio, inclusive um posicionamento sobre a extinção do Estado de Israel que incluía a
negação do holocausto
Isso além do apoio dado no Líbano e, supostamente, na Palestina. Nessa esteira, o Irã reativa seu programa nuclear.
Os EUA e Israel acusam o Irã de buscar uma arma nuclear e o Irã reafirma seu compromisso com o TNP e afirma que esse compromisso
significa o apoio das outras nações para um programa nuclear pacífico
Em 2010, Barack Obama exclui o Irã da Doutrina Nuclear dos EUA
O Irã cobra os EUA formalmente no cenário internacional sobre essa exclusão
O país enfrentou sanções por parte do CSNU, mesmo reafirmando seu compromisso
O Brasil foi um dos países que protestaram contra as sanções iranianas
Os EUA falavam abertamente em invadir o país, enquanto a Europa impôs sanções na compra de petróleo e gás iraniano.
Celso Amorim diz que o pedido do ocidente é impossível
Afirma que a produção de uma prova negativa não faz sentido bem como que o Irã tem o direito de conduzir um programa nuclear com
fins pacíficos.
O Irã aceita o acordo, mas tem que passar pela AIEA
Celso Amorim acredita que, com a aceitação do Irã, o impasse seria findado mas, ao contrário do que pensou o Chanceler, o acordo
foi ignorado Somente em 2013, Obama e Rohani, novo presidente do Irã, sentam para debater o assunto Oficialmente, se chega a
um meio termo, em que o Irã se comprometeu a reduzir, significativamente, o enriquecimento de urânio
Em troca, as sanções econômicas foram caindo aos poucos
Em 2015, o impasse é resolvido, e o programa iraniano é mais tímido do que o anteriormente previsto.
Em 2020, outra movimentação
Um dos homens fortes da Guarda Revolucionária Iraniana, Qasem Solemani é assassinado pelos EUA em Bagdá
Trump afirma que foi retaliação, após a embaixada dos EUA em Bagdá ser invadida por manifestantes com, segundo o presidente,
aprovação de Solemani.
Solemani era comandante de uma unidade de elite, os Quds, e um general muito próximo ao Aiatolá. 
Os Quds tinham ação no mundo inteiro, tendo, supostamente, atacado um restaurante em Washington na tentativa de assassinar o 
 embaixador da Arábia Saudita em 2011.
A repercussão da morte foi imediata, e o Irã prometeu retaliação.
Sede histórica do antigo império dos Medos ou Persas, fundada por Ciro, o Grande, em 550 a.C. Capital em Persépolis, mas tinha Pasárgada como uma
das principais cidades. Atualmente, as duas cidades são ruínas e patrimônio histórico
O país se torna Irã no começo do século XX, na tentativa de modernização do país.
Ascenção da dinastia Pahlavi
Após a II Guerra Mundial, os Pahlavi ganham apoio dos EUA e UK no processo de modernização do país
Guarda Revolucionária Iraniana
Eles possuem a função de serem guardiões do Estado iraniano;
É paralelo ás forças armadas iranianas e está sob o comando supremo do Aiatolá;
A organização é considerada terrorista pelos EUA, Arábia Saudita e Bahreim;
Tem presença no Líbano, no Iêmen, na Síria, e supostamente, na Palestina.
Guerra Irã-iraque
A Guerra Irã-Iraque foi um conflito travado por Irã e Iraque de 1980 a 1988. Resultou de disputas fronteiriças entre as duas nações e de questões
políticas e religiosas. Esse conflito ficou marcado pelo grande grau de violência, sendo responsável por um milhão de mortes. Nenhuma das duas
nações conseguiu conquistar seus objetivos com essa guerra.
O Irã, segundo Axworthy, é um polo de resistência a uma ideia ocidental de Oriente desde 1979. Mesmo com as ações iranianas na primeira década
dos anos 2000, os EUA entregam, como prêmio, a inclusão do país no “Eixo do Mal”, ou seja, houve uma tentativa de reaproximação que foi rechaçada
pelo ocidente. A eleição do conservador Ahmadinejad puxa o Irã para mais distante ainda do ocidente
Afeganistão
O Afeganistão é a Principal área de produção de Papoulas e isso o insere no lucrativo mercado de drogas mundial. 
A papoula é a base do ópio 
Marcado por fortes resistências à presença dos grandes impérios e resistiu à invasões inglesas nos séculos XIX e XX.
Contudo, a ascensão do Talibã no Afeganistão foi durante a Guerra Fria.
A região do Afeganistão é geopolíticamente estratégica pois é uma zona de passagem comercial que influencia diversas
potências além de ser rico em petróleo e pedras preciosas.
No século XIX, fruto de disputas geopolíticas, o Afeganistão se torna um Estado-tampão no que ficou conhecido como
“Grande Jogo”, disputa entre Rússia e Inglaterra na Ásia
Fica independente após a I Guerra Mundial e se torna uma monarquia
Em 1973, um golpe de Estado depõe o rei, e, em 1979 é invadido pela URSS
Os líderes rebeldes se formam e se autoproclamam Musjahidin 
Apesar de serem apoiados pelos EUA, não aderem a modelos ocidentais
Numa guerra que dura toda a década de 1980, os combatentes expulsam os soviéticos do país, estima-se que a
quantidade de mortos afegãos superou a de 1 milhão de pessoas. Com a expulsão dos soviéticos, iniciou-se o conflito
interno pelo poder.
O grupo que venceu esse conflito civil foi o Talibã. Em 1997, Cabul cai pro Talibã e tem-se início um governo mais
rigoroso, com preceitos islâmicos de base sunita.
A guerra antisoviética faz com que investimentos da CIA e dos EUA, via Paquistão, sedirecionem para o Afeganistão
Um dos objetivos para aumentar as tropas era o de “seduzir” islâmicos do mundo inteiro, num esforço quase de
jihad
Nessa que um jovem saudita de família rica resolve se envolver no conflito: Osama Bin Laden.
Bin Laden era próximo dos Talibã e elogiado no Ocidente
Funda a Al-Qaeda que acaba por planejar e executar os atentados terroristas em 11 de setembro de 2001.
Como resultado, os EUA invadem o Afeganistão em 2001, derrubam o regime Talibã e iniciam a construção
de um novo regime: a caçada aos terroristas
Contudo, a Guerra ao Iraque “desvia” os recursos da região, o que não estabiliza completamente o país. 
Os EUA investiram no Afeganistão enquanto esforço de guerra. O Paquistão deu asilo aos terroristas
fugitivos e a não estabilização do país fez com que os Talibã pudessem retornar ao poder 20 anos após a
invasão.
A morte de Bin Laden não deu fim a Al Qaeda. Uma antiga promessa de Obama se torna executável no
governo de seu vice, Biden. 
 Uma série de trapalhadas executadas por Biden na retirada do Afeganistão são cruciais
Com a volta do Talibã ao poder, mesmo com promessas de moderação, medidas mais radicais são
tomadas; Um país em processo de reconstrução agora enfrenta duras sanções econômicas, contudo,
sem oposição da China.
A Guerra do Afeganistão
A Guerra do Afeganistão começou em 1979, quando a União Soviética invadiu o país. A invasão estendeu-se por dez anos e foi
extremamente penosa até mesmo para os soviéticos, causando-lhes milhares de mortes, além do forte impacto financeiro
sobre o país. Esse conflito inseriu-se no contexto da Guerra Fria, e os adversários dos soviéticos foram amplamente
financiados pelos Estados Unidos. 
Uma disputa interna no PDPA entre o presidente Taraki e outro representante do partido (chamado Hafizullah Amin) levou a
um terceiro golpe de Estado na década de 1970. Amin assumiu a presidência do Afeganistão, mas seu governo não agradava
aos interesses da União Soviética. A insatisfação com Hafizullah Amin dava-se pelo temor de que esse governante se
aproximasse dos Estados Unidos e pusesse fim à aliança com os soviéticos. Assim, a invasão soviética iniciada em dezembro
de 1979 teria sido motivada com o intuito de derrubar Amin do poder e impor o controle do PDPA dentro dos interesses
soviéticos. Além disso, a invasão foi realizada com o objetivo de controlar o avanço dos grupos rebeldes, os mujahidin, que
ameaçavam o poder dos comunistas no Afeganistão. 
A invasão soviética foi iniciada oficialmente no dia 24 de dezembro de 1979. As tropas soviéticas destituíram do poder
Hafizullah Amin, que também foi executado dias depois. Assim, Babrak Karmal foi empossado como novo presidente do
Afeganistão. A respeito da ocupação do Afeganistão, até meados de 1979, a opinião vigente no comando soviético era de que
a invasão não seria de maneira nenhuma proveitosa para os interesses da União Soviética. Essa visão mudou à medida que os
soviéticos começaram a se irritar com o governo de Hafizullah Amin, com a sua incapacidade de derrotar os rebeldes e com o
temor de que ele se aliasse aos norte-americanos. Com a invasão soviética, os musjahidin declararam uma jihad (guerra santa)
contra os soviéticos, começando uma luta que se estendeu pelos dez anos seguintes.
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/guerra-fria.htm

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