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Metodologia da Pesquisa e do Trabalho Científico

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METODOLOGIA DA PESQUISA 
E DO TRABALHO CIENTÍFICO 
#CURRÍCULO LATTES# 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Professora Dra. Ana Paula Stroher 
 
Possui graduação em engenharia química (UEM - 2007). É mestre e doutora em 
engenharia química (UEM - 2010/214) e possui especialização em gestão ambiental 
(UEM - 2011). 
Possui experiência na elaboração de projetos para licenciamento ambiental, planos de 
gerenciamento de resíduos (PGR), plano de controle ambiental (PCA), relatório de 
impacto de vizinhança (RIV), entre outros. 
Atualmente é docente no ensino presencial nas Instituições de Ensino Superior de 
Maringá (UniFCV, Unifamma e SMG) nas áreas de Engenharia, Administração e 
Ciências Contábeis. Orienta projetos de pesquisa em cursos de graduação e pós-
graduação. 
 
CURRÍCULO LATTES 
http://lattes.cnpq.br/6608939384267038 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO DA APOSTILA 
 
Seja muito bem-vindo(a)! 
Prezado(a) aluno(a), escrevemos esse material pensando nos estudantes e, 
assim, esperamos atrair a atenção e motivação para a pesquisa científica. 
Além disso, o estudo dessa disciplina tem o objetivo de oferecer uma introdução 
à iniciação científica e suporte para a elaboração de trabalhos acadêmicos, artigos e 
monografias, fundamentais da estratégia de marketing, ou seja, os produtos e as marcas. 
Na Unidade I começaremos a nossa jornada apresentando o conceito da ciência 
e da metodologia científica. Essa noção é necessária para que possamos trabalhar a 
sequência da nossa apostila, onde aplicaremos esses conceitos. 
Já na Unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre a pesquisa 
científica. Além disso, falaremos da consciência no uso das informações retiradas da 
internet, e quais os cuidados que um pesquisador deve ter ao desenvolver e apresentar 
sua pesquisa. 
Depois, na Unidade III, falaremos sobre a elaboração do projeto de pesquisa, bem 
como sua importância para termos uma pesquisa bem planejada. 
Por último, na Unidade IV, apresentamos as diferentes modalidades de trabalhos 
científicos, a importância em pensar no leitor do seu trabalho, bem como uma 
estruturação adequada de sua apresentação. 
Aproveito para reforçar o convite a você, para juntos percorrermos esta jornada 
de conhecimento, podendo multiplicar seu entendimento e contribuir profissionalmente. 
 
Muito obrigada e bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
UNIDADE I 
MÉTODO CIENTÍFICO 
Professora Dra. Ana Paula Stroher 
 
Plano de Estudo: 
• Conceito de ciência 
• O conhecimento científico e suas abordagens 
• Definição e etapas da metodologia científica 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e contextualizar ciência 
• Compreender o conhecimento científico 
• Estabelecer a importância e aplicação da metodologia científica 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Prezado(a) aluno(a), essa Unidade tem como objetivo apresentar os principais 
conceitos da ciência e, consequentemente, da metodologia científica. Essa 
contextualização é importante para prepará-lo(a) para as unidades seguintes, que 
tratam mais especificamente da pesquisa científica. 
Como sabemos, a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações 
novas evoluem muito rapidamente atualmente. Nesse contexto, falar sobre ciência é 
algo um tanto quanto complexo, não só pela sua grande abrangência, mas pelo fato 
dela ser dinâmica e em constante mutação. 
Para tanto, abordaremos aqui uma concepção mais prática que permita a você, 
aluno(a), não só conhecer a teoria, como também colocar esses conceitos em práticas 
e, quem sabe, até uma possível inserção na comunidade científica brasileira... 
Há alguns anos a pesquisa era mais voltada para a formação profissional e 
ingresso no mercado de trabalho. Atualmente, muitas das pesquisas respondem a 
demandas do governo e da sociedade. 
Assim, espero que você compreenda os conceitos apresentados nessa unidade 
para, posteriormente, compreender a aplicação da pesquisa científica e futuramente 
fazer sua contribuição para a sociedade como um pesquisador. Pense nisso! 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
1. A DEFINIÇÃO DE CIÊNCIA
 
Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 672939511 
 
Caro(a) aluno(a), você, com certeza, já deve ter ouvido falar sobre a ciência e 
sua importância para a humanidade. Pode-se dizer que a ciência é tão antiga quanto a 
própria existência do homem, pois, a partir da existência dessa, houve inquietude e 
infinitos questionamentos diante da percepção e da compreensão dos fenômenos que 
cercam a humanidade. 
 Isso pode ser comprovado por meio dos conhecimentos sobre astronomia, 
geometria e física, oriundas das antigas civilizações, que constituem a base do 
pensamento científico contemporâneo. 
 
 
A palavra “ciência” tem origem do latim “scientia”, e significa “conhecimento”. 
Muitas vezes ouvimos o termo “tomar ciência” quando tomou conhecimento de alguma 
coisa. Ou ainda “estou ciente” para dizer que tem conhecimento de algum fato ou 
informação repassada. 
Podemos dizer que a ciência é o conhecimento que almeja a compreensão das 
verdades, teorias ou leis, para, assim, conseguir explicar o funcionamento do universo 
como um todo. 
É por isso que cientistas fazem observações, verificações, medições, análises e 
classificações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem 
estatística. E é aí que entra o método científico. 
O Conceito de ciência de Ander-Egg (1978, p. 15) é definido como “o conjunto 
de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente 
sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza”. 
De outra maneira, ciência é: 
 
uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições 
logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que 
se deseja estudar. A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades 
racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz 
de ser submetido à verificação (TRUJILLO, 1974, p. ). 
 
 
Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 3) afirmam que a ciência, atualmente, é “o 
resultado de descobertas ocasionais, nas primeiras etapas, e de pesquisas cada vez 
mais metódicas, nas etapas posteriores”. Os autores ainda afirmam que ela é uma das 
poucas realidades que podem ser deixadas às gerações seguintes, pois os seres 
humanos de cada período histórico usam e assimilam a ciência desenvolvida nas 
gerações anteriores, ampliando, assim, novos horizontes. 
Assis (2009) apresenta algumas características da Ciência, entre elas: 
• É objetiva, pois descreve a realidade dos fatos; 
• É racional e sistemática, pois obtém resultados por meio da razão e 
organiza esses resultados por meio de sistemas; 
• Apresenta generalidade e é verificável, pois elabora normas e leis que 
explicam certo fenômeno e é possível comprová-los. 
 
 
• Reconhece sua capacidade de errar. 
 
Para Dencker e Viá (2001), o papel da ciência é: 
• Buscar conhecimento coerente e que, na prática, seja demonstrável, ou 
seja, produzir conjunto de leis e teorias que sejam harmonizados entre si. 
• Fazer uma ligação entre o que se afirma e os fenômenos observados, em 
outras palavras, construir a teoria por meio das relações entre os fatos, 
resultados e afirmações. 
 
 Por fim, Köche (1997) afirma que não existe uma única concepção de ciência. 
Desta maneira, podemos dividi-la em períodos teóricos, cada um com modelos e 
paradigmas teóricos diferentes a respeito da concepção de mundo, de ciência e de 
método. De uma forma simplificada podemos fazer essa análise da seguinte maneira: 
• Ciência grega, que abrange o período do século VIII a.C. até o final do século 
XVI; 
• Ciência moderna, do século XVII até o início do século XX; 
• Ciência contemporânea, que surge no início deste século até os dias atuais. 
 
REFLITA 
Do duplo elemento de uma época, o mutável e o fixo – o ainda não comprovado e o 
estabelecido definitivamente –,somente o último é cumulativo e progressivo. Os 
elementos que constituem grande parte da ciência, que são transitórios e efêmeros, 
como certas hipóteses e teorias, perdem-se no tempo, conservando, quando muito, 
interesse histórico. Cada época elabora suas teorias segundo o nível de evolução em 
que se encontra, substituindo as antigas, que passam a ser consideradas como 
superadas e anacrônicas 
Fonte: Cervo, Bervian e Silva (2007). 
#REFLITA# 
 
 
 
2. O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
 
 
Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 635229917 
 
Prezado(a) aluno(a), você já deve ter ouvido falar sobre conhecimento 
científico. Esse tipo de conhecimento vai um pouco além do que chamamos de 
conhecimento empírico (que é aquele que adquirimos com nossa experiência do dia 
a dia). 
O conhecimento empírico tem como característica o que chamamos de 
conhecimento superficial, com base nos nossos sentidos e subjetividade. Além 
disso, ele é tratado como conhecimento de senso comum, que tem origem popular 
e é adquirido pela convivência com coisas e pessoas ao longo do tempo. Nesse tipo 
de conhecimento não é necessário o aprofundamento do assunto, mas somente a 
observação. 
 De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 7) “o conhecimento científico 
vai além do empírico, procurando compreender, além do ente, do objeto, do fato e 
 
 
do fenômeno, sua estrutura, sua organização e funcionamento, sua composição, 
suas causas e leis”. 
 É importante ressaltar que o conhecimento científico trata de informações e 
fatos que passaram por análises e testes e, consequentemente, foram 
comprovados. Além disso lida com fatos e ocorrências, podendo ser verificado. 
Outro ponto importante é que ele é aproximadamente exato e sistemático, ou seja, 
ordenado logicamente. 
São ainda características do conhecimento científico, segundo Cervo, 
Bervian e Silva (2007): 
• É certo, pois sabe explicar os motivos da sua certeza; 
• Se refere a ocorrências ou fatos; 
• É geral, pois conhece, no real, o que há de mais universal e válido 
para todos os casos da mesma espécie; 
• A ciência, partindo do indivíduo concreto, procura o que nele há de 
comum com relação aos demais da mesma espécie; 
• Trabalha com ensaios e experiências; 
• É metódico e sistemático, pois o conhecimento está logicamente 
ordenado; 
• É verificável, pois pode ser testado; 
• É falível, pois está em permanente evolução. 
 A essas características pode-se acrescentar outras propriedades da ciência, 
como a objetividade, o interesse intelectual e o espírito crítico. Para você 
compreender melhor, apresentamos aqui alguns exemplos de conhecimento 
científico: 
• Um corpo em queda livre cai com a aceleração da gravidade. 
• O ouvido humano consegue ouvir frequências entre 20 e 20.000 Hz. 
• O átomo é a menor partícula da matéria. 
• O Universo foi gerado por uma grande explosão. 
 
 
 
Ou seja, todos esses exemplos citados possuem características e foram 
obtidos mediante métodos abordados anteriormente. 
 
REFLITA 
Como exemplo da importância do método para o desenvolvimento da ciência, 
pode-se lembrar que, no século XIX, objetivando estudar os neurônios, o médico 
italiano Camillo Golgi desenvolveu um método de coloração por prata que, ao 
microscópio, revelava toda a estrutura de um neurônio, incluindo o corpo celular e 
seus dois principais tipos de projeção ou prolongamento: os dendritos e os axônios. 
Com base no uso do método de coloração por prata de Golgi, o histologista 
espanhol Santiago Rámon y Cajal conseguiu marcar as células individuais, 
mostrando, dessa forma, que o tecido neural não era uma massa contínua, mas 
uma rede de células distintas (KANDEL; SCHWARTZ; JESSEL, 1997). 
Hoje existem inúmeros e avançados métodos de estudo do sistema nervoso, 
os quais são utilizados em conformidade com o objetivo da pesquisa, com o objeto 
de estudo e o problema. Por exemplo, um dos métodos utilizados para o estudo do 
sistema nervoso é o método de produção de lesões seletivas por meio de aplicação 
múltipla e tópica de drogas (neurotoxinas) ou, ainda, por meio de aplicação de 
radiação, com a finalidade de estudar os efeitos de determinada lesão no 
comportamento de um animal (SOARES, 2003). 
#REFLITA# 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 METODOLOGIA CIENTÍFICA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES 
 
Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 277109057 
 
Olá, aluno(a). Você já deve ter ouvido falar dela, a metodologia científica, 
mas muitos estudantes ficam confusos sobre o que ela trata e como aplicá-la em 
seus trabalhos. Por isso vamos falar sobre a metodologia científica e tudo o que é 
importante você saber sobre ela para conseguir concluir seu curso com êxito em 
seus trabalhos. 
A metodologia científica tem fundamental importância para a elaboração de 
vários tipos de pesquisa acadêmica, tais como: TCC, monografia, artigo científico, 
tese, dissertação, entre outros. É importante salientar que, para a formação do 
conhecimento científico, é necessário compreender que a Ciência atende a um 
procedimento metódico, em que partimos do problema de pesquisa. 
 
 
Assim, a metodologia, de uma forma geral, é o estudo dos métodos e dos 
instrumentos que visam e auxiliam a elaboração de um trabalho científico (KÖCHE, 
1997). De uma maneira geral, o método pode ser entendido como um conjunto de 
processos ou etapas, dos quais é possível chegar a algum conhecimento 
(LAKATOS; MARCONI, 2003). 
Neste contexto, Cervo e Bervian (2007) afirmam que o pesquisador não pode 
se dar ao luxo de fazer tentativas ao acaso para ver se obtém algum êxito 
inesperado. Em outras palavras, o método não é escolhido ao acaso ou inventado. 
Você, como aluno(a), aplicará uma metodologia para a conclusão de um 
curso de Graduação ou Pós-Graduação, seja no formato de um artigo, TCC ou 
monografia. 
Portanto, compreender o método científico é vital para a produção da ciência, 
mas também pode ser utilizado em situações da sua vida profissional ou até mesmo 
em situações simples do seu dia a dia. Imagine, caro(a) aluno(a), por exemplo, que 
ao chegar em casa, após um dia cansativo de trabalho, você decide ligar sua 
televisão para assistir seu canal preferido. Porém, ao apertar o botão do controle 
remoto para ligá-la nada acontece. Mais do que depressa, você começa a pensar 
nas hipóteses que possam explicar esse problema. 
Por exemplo, pensando em uma das hipóteses: o cabo de alimentação não 
está ligado na tomada de energia. Entretanto, você observa que está conectado. 
Assim, a primeira hipótese é refutada. Agora pensando em outra hipótese: acabou 
a energia da sua rua. Para verificar, você tenta ligar alguma luz ou outro aparelho 
da sua casa e verifica que tudo está funcionando perfeitamente. Ou seja, a segunda 
hipótese também é rejeitada. 
Você poderia pensar em inúmeras hipóteses na tentativa de descobrir a 
causa de a televisão não ligar. Descobrindo ou não, você acabou de aplicar o 
método científico em uma simples situação corriqueira 
Assim, o método científico pode ser definido como um conjunto de regras 
básicas para realizar uma experiência, a fim de produzir um novo conhecimento, 
bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes (VIANNA, 2001). 
 
 
 
3.1 Método Racional e Método Científico 
 
 Alguns autores identificam a ciência com o método. O método científico quer 
descobrir a realidade dos fatos e, assim, orientarem o seu uso. Porém o método é 
apenas um meio de acesso, só o pesquisador, por meio da inteligência e reflexão, 
descobre a verdade sobre os fatos e fenômenos (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). 
“Em suma, método científico é a lógica geral, tácita ou explicitamente empregada 
para apreciar os méritos de uma pesquisa” (NAGEL, 1969, p. 19). 
O outro tipo de método, o racional, também é científico, embora os assuntos 
a que se aplica – realidades, fatos ou fenômenos que possam ser comprovadosexperimentalmente – não o sejam. Desta maneira, as disciplinas que o empregam, 
como, por exemplo, as áreas da filosofia, não por isso deixam de ser verdadeiras 
ciências (KÖCHE, 1997). 
 
3.2 Etapas do Método Científico 
 
 Como vimos nos tópicos anteriores, método é a ordem que se deve impor 
aos diferentes processos necessários para atingir um objetivo. Nas ciências, por 
exemplo, é o conjunto de processos empregados na investigação e demonstração 
da verdade (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007) 
 Agora que você compreendeu a definição de método científico, vamos falar 
das suas etapas. 
Lakatos e Marconi (2003) definem que o método científico é dividido em 
quatro etapas, sendo elas: 
a) A observação que é a etapa em que há execução dos 
questionamentos sobre o fato observado, a formulação de uma hipótese 
que é uma possível explicação para o problema em questão; 
b) A experimentação, onde o pesquisador realiza experiências para 
provar a veracidade de sua hipótese; 
c) A interpretação dos resultados, momento em que o pesquisador 
interpreta os resultados de sua pesquisa; e, por fim, 
 
 
d) A conclusão, em que é feita uma análise final e considerável sobre o 
fato em questão 
 
Segundo Nagel (1969, p. 19), “o método científico é a lógica geral, tácita ou 
explicitamente empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa”. Assim, 
vemos que o método científico faz uso da observação, analise, descrição, 
comparação e processos de dedução e indução para se chegar ao objetivo da 
pesquisa. 
 
SAIBA MAIS 
Elaborar um mapa mental pode ajudar a memorizar o conteúdo estudado, assim 
como organizar informações e ideias. Muitas pessoas têm dificuldade de memorizar 
conteúdos e os seus detalhes importantes. Dessa maneira, uma das técnicas que 
auxiliam nessa memorização é elaborar um mapa mental: ele consiste em uma 
maneira de organizar essas informações e, assim, facilitar sua compreensão. 
 Para assimilar as etapas do método científico, por exemplo, uma dica é fazer uso 
do mapa mental. E você, aluno(a), pode elaborar o seu! 
Veja a Figura 1 que apresenta as etapas do método científico, um exemplo para 
você se inspirar. 
 
 
 
Figura 1 - Etapas do método científico
 
Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 304096589 
#SAIBA MAIS# 
 
 
 
 
4 O MÉTODO CIENTÍFICO E SUAS ABORDAGENS 
 
Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 1688082037 
 
Caro(a) aluno(a), ao desenvolvermos uma pesquisa científica, as principais 
abordagens metodológicas utilizadas são qualitativas e quantitativas (KÖCHE, 
1997). Há autores, porém, que apresentam a possibilidade da junção entre as duas 
abordagens, surgindo, assim, uma pesquisa considerada mista. 
Repensando o conceito de paradigma postulado por Kuhn (1962), existe um 
conjunto de crenças e valores partilhados por uma comunidade científica; a escolha 
de um pesquisador por um paradigma envolve uma visão de mundo e a forma como 
estudá-lo. 
Agora você deve estar se perguntando: e qual forma devo utilizar em minha 
pesquisa científica? A resposta é: depende do tipo de pesquisa que você está 
desenvolvendo. Lalande (1996, p. 899) faz a seguinte comparação: “O estudo 
qualitativo de uma curva, por exemplo, é a descrição de seu aspecto geral e, por 
 
 
assim dizer, físico, por oposição ao estudo quantitativo que analisa exatamente a 
sua equação”. 
Falaremos, a partir de agora, de cada uma dessas abordagens. 
 
4.1 Abordagem Quantitativa 
 
De acordo com Soares (2003), esse tipo de abordagem, como já diz o nome, 
tem a ver com a quantificação de dados por meio de uma pesquisa. Dessa maneira, 
são necessários estudos e técnicas estatísticas (porcentagem, medidas de 
tendência central e de dispersão, entre outras). 
O autor ainda aconselha a utilização desse tipo de abordagem quando se 
estuda e dimensiona a relação entre variáveis, ou ainda a relação entre fenômenos. 
 
4.2 Abordagem Qualitativa 
 
Para Oliveira (1997), ao contrário da abordagem quantitativa, a qualitativa 
não aplicará métodos e ferramentas estatísticas para análise de um problema. O 
autor destaca ainda que na abordagem qualitativa o pesquisador irá analisar os 
fatos por meio de teorias, buscando a solução do problema inicial. 
São exemplos de aplicações desse tipo de abordagem: descrever hipóteses 
e problemas, classificar e compreender processos sociais, interpretar fatos, leis, 
teorias, entre outros. 
 
4.3 Abordagem Mista 
 
 Como o nome já diz, trata-se de uma abordagem que mistura técnicas de 
pesquisa qualitativa e abordagem quantitativa. 
Essa combinação de diferentes formas de coleta de dados inicia-se na 
década de 1950 e nos anos 70 houve um crescimento no número de pesquisas que 
juntavam dados qualitativos e quantitativos. Já na década de 80 cresceu o interesse 
 
 
nos procedimentos que caracterizam estudos mistos e, finalmente, nos anos 90, 
surgiram obras escritas sobre metodologia mista. 
 Rocco (2003) apresenta as divisões das etapas de um estudo misto, que 
são: 
• Primeira Etapa: tipo de projeto a investigar, podendo ser exploratórios 
ou confirmatórios; 
• Segunda Etapa: tipo de coleta de dados; 
• Terceira Etapa: análise e inferência dos dados. 
 
Tanto os métodos quantitativos quanto os métodos qualitativos apresentam 
limitações. Nesse sentido, a utilização da abordagem mista aparece como forma de 
se obter uma compreensão mais abrangente dos fenômenos, ao combinar os 
diferentes métodos utilizando os pontos fortes de cada um deles (CRESWELL; 
2009) 
Segundo Silverman (2009), na prática, há três maneiras principais de 
combinar a pesquisa qualitativa e quantitativa. A primeira consiste na utilização da 
pesquisa qualitativa para explorar um tema específico, visando montar um estudo 
quantitativo. O autor ressalta também que é possível começar com um estudo 
quantitativo a fim de estabelecer os contornos amplos do campo para, a seguir, 
utilizar a pesquisa qualitativa. E, por fim, existe a possibilidade da elaboração de um 
estudo qualitativo que utiliza dados quantitativos para localizar resultados em um 
contexto mais amplo. 
 
REFLITA 
O trinômio verdade - evidência - certeza: o problema do conhecimento é, em 
grande parte, enigmático. O ser humano é cheio de limitações, e a realidade que 
pretende conhecer e dominar é múltipla e complexa. Diante disso, surgem inúmeras 
questões: o ser humano pode conhecer a verdade? O que é verdade? Quais são 
as evidências que temos de que as verdades reveladas pela religião ou descobertas 
pela ciência são realmente a verdade? Como podemos ter certeza de que o ser 
humano e a humanidade estão no caminho certo? 
 
 
Fonte: Cervo, Bervian e Silva (2007). 
#REFLITA# 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Prezado(a) aluno(a), vimos nessa unidade conceitos da ciência e da 
metodologia científica, como forma de prepará-lo(a) para as unidades seguintes, 
que tratam mais especificamente da pesquisa científica. 
Vimos que a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações novas 
evoluem constantemente atualmente, tornando o assunto complexo. 
Há alguns anos, a pesquisa era mais voltada para a formação profissional e 
ingresso no mercado de trabalho, já nos dias de hoje muitas das pesquisas 
respondem a demandas do governo e da sociedade. 
Assim, a ciência é o conhecimento que almeja a compreensão das verdades, 
teorias ou leis para conseguir explicar o funcionamento do universo como um todo. 
É por isso que cientistas fazem observações, verificações, medições, análises e 
classificações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem 
estatística. 
 E é aí que entra o método científico. A metodologia, de uma forma geral, é 
o estudo dos métodos e dos instrumentos que visam e auxiliam a elaboração de um 
trabalho científico. Você, como aluno(a), aplica uma metodologia para a conclusão 
de um curso de Graduação ou Pós-Graduação, seja no formato de um artigo,TCC 
ou monografia. 
Bons estudo e até a próxima! 
 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
A importância da Ciência para a sociedade 
 
A Ciência exerce uma grande influência em nossa vida cotidiana a ponto de 
ser difícil imaginar como seria o mundo atual sem a sua contribuição ao longo do 
tempo. Particularmente no mundo dos medicamentos é fácil relembrar a grande 
evolução acontecida após a segunda guerra mundial. 
 A Ciência tem sido a grande responsável pelas transformações tecnológicas 
que têm suportado as incríveis evoluções nas concepções dos novos 
medicamentos, aos entendimentos de mecanismos de ação de fármacos, das 
particularidades das relações entre estruturas químicas e efeitos farmacológicos, 
assim como dos efeitos adversos. 
Contudo, a Ciência, ao lado de proporcionar novas abordagens em torno da 
maioria dos aspectos envolvidos em nossa vida, também produziu seus efeitos 
colaterais, tais como as questões éticas importantes envolvidas na clonagem ou nas 
manipulações genéticas, no uso de animais de laboratório, entre outros. 
Dessa forma, é inegável que muitas coisas não existiriam ou teriam um 
entendimento muito limitado sem a contribuição decisiva das teorias científicas, mas 
também é certo que muitos outros novos problemas derivados dessa evolução virão 
a existir num futuro próximo. 
Embora, no passado, nem sempre houve uma percepção clara da 
contribuição da Ciência na vida cotidiana, ela sempre esteve presente nos grandes 
eventos da humanidade, por exemplo, desde a percepção do ser humano para a 
manutenção e aproveitamento do fogo e das técnicas de preparação de corpos por 
mumificação. Na atualidade, a Ciência tem um papel fundamental no conhecimento 
do ser humano em torno da realidade e do significado do mundo em que vivemos. 
Acesse: OLIVEIRA A. G.; SILVEIRA D. A importância da Ciência para a 
sociedade. Revista Infarma, v. 25, n. 4, 2013. Disponível em: 
http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=download&path%5B%
5D=572&path%5B%5D=pdf. 
 
 
 
 
LIVRO 
 
Título: Scielo 15 anos de acesso aberto: um estudo analítico sobre acesso 
aberto e comunicação científica 
Autor: Abel Packer e outros 
Editora: Unesco 
Sinopse: este é um livro sobre o Scielo que buscou documentar uma boa prática de 
publicação em acesso aberto. Os acessos aos portais da Rede Scielo de mais de 1 
milhão por dia para explorar as ciências e um número semelhante de downloads de 
pesquisa científica dão o testemunho de que o Scielo tem sido um guia para difundir 
e ampliar o conhecimento contido nas páginas de periódicos e de livros. 
 
FILME/VÍDEO 
 
 
 
Título: Antônio conselheiro - o taumaturgo dos sertões 
Ano: 2012 
Sinopse: o filme retrata a famosa guerra de Canudos, quando o governo 
republicano enviou expedições para derrubar a cidade erguida no sertão por Antônio 
Conselheiro, líder espiritual e político que propunha protestos contra o governo. 
 
WEB 
Para melhor fixação dos conteúdos abordados neste capítulo sugerimos a você 
aluno. Acessar o seguinte link abaixo. Nele você terá uma abordagem do 
conhecimento científico bem como o senso comum narrado por Mário Sérgio 
Cortella que trará uma representação bem real sobre conhecimento. 
Para saber mais sobre o assunto, acesse: o link disponível em: 
https://www.youtube.com/watch?v=u7eVkTJC2ds>. Acessado em: 09 mar. 2020. 
Publicado por Mário Sérgio Cortella. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANDER-EGG, E. Introducción a las técnicas de investigación social: para 
trabajadores sociales. 7. ed. Buenos Aires: Humanitas, 1978. 
 
ASSIS, M. C. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo, 2009. 
 
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São 
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
 
CRESWELL, J. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 
Porto Alegre: Bookman, 2009. 
 
DENCKER, A. de F. M.; VIÁ, S. C. Pesquisa Empírica em Ciências Humanas 
(com ênfase em comunicação). São Paulo: Editora Futura, 2001. 
 
KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. M. Princípios da Neurociência. 
São Paulo: Manole, 2003. 
 
KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: Teoria da ciência e 
iniciação à pesquisa. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 
 
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 
5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
LALANDE, A. Vocabulário técnico e crítico da filosofia. São Paulo: Martins 
Fontes, 1993. 
 
NAGEL, T. The Philosophical Review, v. LXXXIII, n. 4, p. 435-50, out. 1969. 
 
OLIVEIRA A. G.; SILVEIRA D. A importância da Ciência para a sociedade. 
Revista Infarma, v. 25, n. 4, 2013. Disponível em: 
http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=download&path%5B%
5D=572&path%5B%5D=pdf. 
 
SILVERMAN, D. Interpretação de dados qualitativos – Métodos para análise de 
entrevistas, textos e interações. Porto Alegre: Artmed, 2009. 
 
SOARES, M. Alfabetização e cidadania. In: SOARES, M. Alfabetização e 
letramento. São Paulo: Contexto, 2003. 
 
TRUJILLO, F. A. Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. 
 
VIANNA, I. O. Metodologia do trabalho científico: um enfoque didático da 
produção científica. São Paulo: EPU, 2001. 
 
 
UNIDADE II 
PESQUISA CIENTÍFICA 
Professora Dra. Ana Paula Stroher 
 
Plano de Estudo: 
• Conceitos e Definições de pesquisa científica 
• Cuidados com a escolha das fontes de pesquisa 
• Principais aspectos da ética da pesquisa 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar e contextualizar a pesquisa científica 
• Compreender a ética na pesquisa 
• Estabelecer a importância da escolha das fontes de pesquisa 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Prezado(a) aluno(a), daremos início à segunda unidade da nossa apostila. 
Aqui falaremos mais especificamente sobre a pesquisa científica e as questões 
éticas que estão envolvidas nesse contexto. 
A pesquisa científica é um dos instrumentos que permite se manter informado 
e também gerar conhecimento. Veremos que a pesquisa é iniciada a partir de fontes 
de informação que podem trazer o conteúdo desejado, seja em livros, teses, 
dissertações, artigos científicos etc. É aí que falaremos sobre a importância da 
escolha das fontes de pesquisa. 
A escolha das fontes de pesquisa faz parte da ética do pesquisador. Entre 
outros quesitos, se o pesquisador não obedecer a regras de conduta ética, métodos 
rigorosos da pesquisa científica, padrões de qualidade e a procedimentos 
reconhecidos no meio científico, esse legado não será deixado de forma íntegra e 
com credibilidade. 
Com a intensificação do uso da internet, o plágio tem sido um assunto 
preocupante no meio acadêmico. Além disso, muitas pessoas acham que tudo o 
que é publicado na internet é válido. Veremos que não é bem assim. 
Dessa maneira, é essencial que os pesquisadores, em seus diferentes níveis, 
utilizem-se de preceitos éticos ao desenvolverem suas pesquisas. 
Ao longo dessa unidade abordaremos esses preceitos e ajudaremos você, 
aluno(a), com os primeiros passos para ingressar na pesquisa científica. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. PESQUISA CIENTÍFICA 
 
ID do vetor stock livre de direitos: 1451282438 
 
Caro(a) aluno(a), quando falamos em pesquisa várias são as definições que 
podemos apresentar, tanto em uma simples pesquisa no nosso dia a dia, como em 
uma pesquisa para descoberta de um novo medicamento. Nosso foco aqui será a 
pesquisa científica no âmbito acadêmico. 
A pesquisa é definida como um questionamento, uma investigação, uma 
indagação que leva ao conhecimento, ou seja, visa o conhecimento de aspectos da 
realidade. Pode-se dizer que é um processo de produção de conhecimento 
(TOZONI-REIS, 2007). 
Para Knechtel (2014), a pesquisa é uma investigação científica que produz 
conhecimento por meio de uma atividade intelectual, intencional e sistemática, 
procurando respostas para necessidades do ser humano. 
Dependendo da qualificação dopesquisador, a pesquisa terá objetivos e 
resultados diferentes. O estudante universitário, iniciante na pesquisa, e o 
pesquisador profissional, já há tempos trabalhando com pesquisa, terão objetivos 
diferentes. O objetivo dos iniciantes é a aprendizagem e treino de técnicas, 
 
refazendo caminhos já percorridos por pesquisadores (CERVO; BERVIAN; SILVA, 
2007). 
Segundo Leite (2008), a pesquisa científica obrigatoriamente usa o método 
científico e tem por objetivo buscar, a partir dos métodos e das técnicas, soluções 
para os problemas identificados. Além disso, por meio dela é possível a elaboração 
de teorias e a construção de um conhecimento metódico, sistemático, válido e 
universal. 
Veremos ao longo desta apostila que, ao realizarmos uma pesquisa 
científica, utilizamos a metodologia científica, definindo uma série de etapas, como: 
escolha do tema, a definição dos objetivos, o procedimento de coleta de dados 
(método e técnica), a interpretação das informações e apresentação dos resultados 
 
SAIBA MAIS 
Os cursos de Pós-Graduação são divididos em Lato Sensu e Stricto Sensu. Lato 
Sensu significa “em sentido amplo” e compreende os cursos de Pós-Graduação 
voltados para especializações. Stricto Sensu significa “em sentido limitado”, ou seja, 
essa Pós-Graduação está restrita aos cursos de mestrado e doutorado. Assim como 
no Lato Sensu, os alunos que desejam fazer um curso Stricto Sensu devem ter 
concluído uma graduação. 
Fonte: ANPG (2020). 
#SAIBA MAIS# 
 
1.1 Tipos de Pesquisa 
 O interesse e curiosidade do homem pelo saber levam-no a investigar a 
realidade e cada abordagem permite diferentes aprofundamentos e enfoques, isso 
porque depende do objeto de estudo e da qualificação do pesquisador. Dessa 
maneira, existem diferentes tipos de pesquisa (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007). 
 Köche (1997) define os tipos de pesquisa de acordo com o procedimento 
geral que é utilizado para investigar o problema e os distingue em: 
• Pesquisa bibliográfica: é a que se executa tentando explicar um 
problema, utilizando conhecimentos prévios já publicados. Seu 
 
objetivo é o de conhecer e analisar as contribuições teóricas 
existentes sobre um determinado tema ou problema. 
• Pesquisa experimental: o pesquisador analisa o problema, constrói 
hipóteses e manipula variáveis para avaliar suas relações com o 
fenômeno em estudo. Nesse tipo de pesquisa o pesquisador pode 
controlar e avaliar os resultados dessas relações. 
• Pesquisa descritiva, não experimental ou ex post facto: estuda a 
relação entre as variáveis de um fenômeno, porém sem manipulá-
las. Ela constata e avalia as relações à medida que as variáveis se 
manifestam espontaneamente. 
• Pesquisa exploratória: é utilizada nos casos em que ainda não se 
tem teorias e conhecimentos desenvolvidos. É necessário, então, 
desencadear um processo de investigação que identifique a natureza 
e as variáveis do fenômeno. 
 
 
2. ÉTICA NA PESQUISA CIENTÍFICA 
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Caro(a) aluno(a), ao se elaborar e apresentar uma pesquisa científica 
acredita-se que o que se tem são linhas que transcrevem a verdade de um sujeito 
de moral, baseado em suas pesquisas e estudos. 
É fácil perceber isso. Quando você vai até a biblioteca e escolhe um livro 
para entender melhor um determinado assunto: você acredita no autor do livro ou 
desconfia daquilo que ele escreveu? Acreditamos, pois partimos do princípio de que 
o autor teve ética em sua pesquisa e, assim, entre vários dos seus deveres, está 
transmitindo informações verdadeiras. 
Segundo Chauí (1994), o termo ético advém do sentido grego de ethos: 
caráter, índole natural e temperamento. Nesse sentido, a ética é utilizada para 
estabelecer deveres e regras de um indivíduo em sociedades: seja em suas 
 
atividades profissionais, em seu relacionamento com clientes ou, até mesmo, nas 
amizades. 
Booth, Colomb e Willians (2000) afirmam que a pesquisa começa com nossa 
convicção de que essa é uma atividade inteiramente social, que nos une àqueles 
cuja pesquisa usamos e, da mesma forma, aqueles que usarão a nossa. 
Quando falamos em pesquisa científica, é importante citar o Conselho 
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que é uma agência 
governamental, junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). 
O CNPq tem como finalidade o incentivo da pesquisa científica e tecnológica 
e a formação de pesquisadores no Brasil. Para tanto, fez-se necessário definir um 
conjunto de diretrizes para promover a ética na publicação de pesquisas científicas 
e estabelecer parâmetros de investigação para condutas não adequadas. 
Assim, o CNPq (2020) estabelece diretrizes básicas para a integridade na 
atividade científica, sendo algumas delas: 
• O autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam 
diretamente seu trabalho. 
• Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir 
o significado exato das ideias ou fatos apresentados pelo autor 
original, que deve ser citado. 
• Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e 
trabalhos anteriores do próprio autor devem ser assinalados, com as 
devidas referências e citações. 
• Quando estiver descrevendo o trabalho de outros, o autor não deve 
confiar em resumo secundário deste trabalho, o que pode levar a uma 
descrição falha do trabalho citado. Sempre que possível consultar a 
literatura original. 
• Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao 
trabalho merecem autoria em uma publicação, ou seja, participaram 
da realização de experimentos, na elaboração do planejamento 
experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do 
manuscrito. 
 
• Falsificação e fabricação de resultados. 
 
Além disso, outro ponto que merece atenção é o plágio. Apropriação indevida 
de obras de outros autores é antiético e é caracterizado como crime de violação do 
direito autoral pela lei brasileira, assim como pela legislação de outros países. 
Hoje já existem ferramentas para verificação de plágio em questões 
dissertativas e produções textuais por exemplo, que pode ser facilmente detectado 
em programas computacionais. 
De acordo com Maurer, Kappe e Zaka (2006), os métodos de descoberta de 
plágio através de softwares geralmente são divididos em três categorias: 
comparação entre documentos, busca por parágrafo suspeito na internet e a 
estilometria. 
Portanto, para evitar uma situação desagradável, toda obra que você utilizar 
em seu trabalho deve apresentar os devidos créditos aos autores por meio das 
citações. 
Caro(a) aluno(a), é importante ressaltar que quando se pratica pesquisa, é 
indispensável pensar na responsabilidade do pesquisador no processo de suas 
investigações e de suas produções científicas. 
 
REFLITA 
A ética manifesta-se a partir do momento que o sujeito começa a se relacionar, 
estabelecer vínculos sociais. A questão do bem e do mal se manifesta na dimensão 
social cotidiana em consequência dos valores que norteiam as escolhas do sujeito. 
Essas escolhas constroem e significam conceitos comportamentais que se 
constituem em valores almejados ao longo da história em sociedade. 
Fonte: Cordi et al. (2007). 
#REFLITA# 
 
 
3. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA 
 
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Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 229649623 
 
De acordo com Ruiz (1985, p. ), a “Pesquisa científica é a realização concreta 
de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas 
da metodologia consagradas pela ciência”. 
Naves (1998) destaca algumas características da pesquisa científica: 
 
• Ocorre e se desenvolve em torno de um problema: a razão de ser de 
uma pesquisaé a de estar ligada a um problema e não 
necessariamente resolvê-lo ou ter uma aplicação imediata. 
• É necessário trabalho criativo em todas as fases, para tanto é preciso 
ter curiosidade científica. 
• Visa descobrir generalizações, isto é, transferir a informação obtida a 
partir de uma amostra, para toda a população de origem. 
• Busca “dominar” um fenômeno: por meio da geração de novos 
conhecimentos e novos problemas, levando a um maior entendimento 
do fenômeno. 
• Faz uso de método científico: o estudo que não utiliza métodos e 
técnicas fundamentados na ciência, não constitui uma pesquisa 
(falaremos do método científico mais adiante). 
• Envolve informações precisas. 
 
A autora ainda destaca que é importante que o pesquisador também tenha 
algumas características: 
• Espírito científico e curiosidade para investigar o problema. 
• Raciocínio lógico, capacidade de observar e interpretar. 
• Criatividade. 
• Disciplina. 
• Rigor científico. 
 
Dessa maneira, pode-se dizer que a pesquisa científica é essencial para a 
construção do saber nas universidades, para que, assim, elas possam cumprir com 
o seu papel social do bem-estar e soberania da sociedade. 
 Caro(a) aluno(a), visto a importância da pesquisa científica para a sociedade 
como um todo, pense na possibilidade em fazer parte desse meio científico já na 
graduação, quem sabe até por meio de uma Iniciação Científica! Mas lembre-se, é 
importante que você esteja disposto(a) a cumprir com os deveres de um(a) 
pesquisador(a), pois pesquisa científica é rigorosa! 
 
 
SAIBA MAIS 
Conforme o(a) estudante progride na carreira acadêmica, seguindo para programas 
de Pós-Graduação, seu entendimento sobre pesquisa científica também avança e 
ele(a) é capaz de aplicar metodologias mais complexas em seus estudos. 
Fonte: Barthes (1988). 
#SAIBA MAIS# 
 
 
 
4. ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA 
 
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Caro(a) aluno(a), de acordo com Severino (2013), a documentação é uma 
prática do trabalho e da pesquisa. Cabe ao aluno recolher as informações dadas 
em sala de aula, anotações e depois submetê-las a uma triagem. 
Dessa maneira, é possível fazer uma comparação com a pesquisa científica: 
esse mesmo processo equivale ao início da estruturação do trabalho acadêmico. 
O estudante deve identificar qual tema será trabalhado em sua pesquisa 
científica, e posteriormente buscar as fontes que o ajudarão no desenvolvimento de 
seu trabalho. 
Nesse processo de escolha das fontes de pesquisa, deve-se fazer uma 
análise textual para que o embasamento teórico desse estudo seja o mais adequado 
e delimitado possível. Atenção: nesse processo deve cuidar para não se distanciar 
do tema. 
Aqui, ainda, deve-se atentar às fontes confiáveis de informação, evitando-se 
o uso de informações incorretas e não validadas cientificamente. 
Prezado(a) aluno(a), as fontes de pesquisa farão parte de todo o trabalho 
acadêmico desenvolvido por você ao longo do seu curso. As fontes de pesquisa se 
referem ao conjunto de materiais que você utilizará para fundamentar o seu projeto 
de pesquisa. 
É importante ressaltar que, por mais simples que seja o trabalho ou a 
pesquisa, estes não poderão ser desenvolvidos com apenas uma fonte de pesquisa. 
 
É necessário fazer uma pesquisa ampla, selecionando as melhores fontes de 
pesquisa para dar embasamento ao seu trabalho. 
Lembre-se que é necessário termos ética em nossa pesquisa, por isso é 
preciso ser criterioso com as referências que se utiliza e tomar cuidado para não 
reproduzir conteúdos sem validade científica. 
A seguir vamos apresentar algumas dicas que auxiliarão você, aluno(a), em 
buscar adequadamente as fontes de pesquisa para o seu trabalho. 
• Saber o que você procura: delimite por meio de palavras-chave, 
assim, evita ir muito além do assunto que pesquisa. Quanto maior a 
delimitação da sua pesquisa, maior a quantidade de fontes específicas 
sobre o tema que procura. 
• Dê preferência para as fontes de pesquisa que tem maior 
envolvimento com seu tema e sua área. 
• Evite fazer as citações de citações (quando você cita um autor por 
meio da obra de outro). Sempre que possível busque a obra original 
para sua pesquisa. 
• Utilize fontes de pesquisa diversificadas. Sabemos que a internet 
facilita muito o acesso a materiais, porém livros em bibliotecas físicas 
são muito válidos e confiáveis, portanto, não podem ser deixados de 
lado. 
 
Você pode estar se questionando: mas então quais são os meios confiáveis 
que posso utilizar para minha pesquisa? 
Aluno(a), é natural que você fique um pouco perdido(a) nas suas primeiras 
pesquisas. Vamos indicar algumas fontes que você pode consultar quando precisar: 
- Livros: tanto no formato físico como e-books. 
- Periódicos: revistas cientificas nacionais e internacionais. 
- Artigos científicos. 
- Legislações. 
- Teses e dissertações. 
 
 
Lembre-se: a correta escolha da fonte de pesquisa também faz parte da ética 
do pesquisador! 
 Agora você pode estar se perguntando: mas onde encontrar todo esse 
material? Seguem algumas bases que você pode acessar. 
• Bibliotecas universitárias: a maioria das universidades já têm 
inclusive as bibliotecas online. 
• Google acadêmico: muito utilizado para fazer busca de artigos, livros 
e revistas. 
• Scielo: possui revistas de diferentes países, além de livros e revistas. 
• Scopus: é o site da editora Elsevier, também podemos encontrar 
artigos, livros e revistas de diversas áreas. 
• Plataforma sucupira: permite o acesso a revistas nacionais e 
internacionais. 
• Entre outras inúmeras bases de publicações científicas que existem. 
 
De acordo com Beaud (2000), apresentamos aqui, de uma forma resumida, 
as etapas do processo de pesquisa científica: 
1) Escolha do tema: O que eu pretendo estudar? 
2) Revisão de literatura: Pesquisa bibliográfica da literatura relacionada 
ao tema. 
3) Justificativa: o porquê de ter escolhido o tema. 
4) Formulação do problema de pesquisa. 
5) Metodologia: como irei chegar aos resultados? 
6) Análise e discussão dos resultados. 
7) Conclusão: relacionada aos resultados obtidos. 
 
Posteriormente falaremos mais detalhadamente de cada uma dessas etapas. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Prezado(a) aluno(a), o objetivo dessa unidade foi fornecer conhecimentos 
sobre a pesquisa científica e principalmente sobre as questões éticas envolvidas 
nesse meio. 
Assim como devemos ter ética nas nossas relações com clientes, colegas 
etc., ao desenvolver uma pesquisa científica temos também um conjunto de regras 
e deveres a serem cumpridos. 
Ao iniciar no mundo da pesquisa, é importante termos a convicção de que 
estamos unidos tanto àqueles cuja pesquisa utilizamos, quanto àqueles que 
utilizarão a nossa futuramente. Dessa maneira, mais uma vez ressaltamos a 
importância do cuidado ao desenvolvermos uma pesquisa: estamos produzindo 
conhecimento para a sociedade. 
Uma das coisas que mais assusta o estudante é desenvolver uma pesquisa 
científica. Muitos deles não sabem nem por onde começar. Vimos aqui que escolher 
boas fontes de pesquisa já é um primeiro passo para o sucesso no seu trabalho. 
Dessa maneira, ao longo das nossas unidades, queremos oferecer a você 
subsídios para garantir o maior nível de qualidade nos trabalhos científicos a serem 
apresentados durante a sua vida acadêmica. 
 
 
 
 
LEITURA COMPLEMENTAR 
 
O CNPQ, O PLÁGIO E A ÉTICA NA PESQUISA ACADÊMICA 
Longe de um devido aprofundamento técnico, já que a proposta do presente 
texto é o trato objetivo-informativo da temática em voga, o plágio possui várias 
peculiaridades, como se pode observar, não obstante, existirem duas 
características das quais não se pode desviar: é prática de ato fraudulento e é mera 
repetiçãode algo já existente, não constituindo nenhum tipo de evolução 
tecnológica para qualquer seara da ciência – trata-se de atraso na produção de 
conhecimento humano, com reflexos sociais, econômicos, culturais e políticos. 
O Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), atualmente chamado de 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, órgão público 
classificado como agência vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, 
Inovações e Comunicações, preocupado com o aumento da incidência de plágios e 
fraudes no meio científico e com a necessidade de nortear boas condutas nesta 
seara, que evitem ou amenizem os malefícios da “cópia desmedida”, instituiu em 
2011 uma Comissão com a missão, dentre outras, de produzir relatório específico 
sobre a “integridade” da pesquisa no Brasil. 
Este citado relatório define modalidades de fraude e más condutas nas 
publicações (entre elas, o plágio e o autoplágio) e é profícuo em boas observações 
e contribuições para a pesquisa nacional e respectivo desenvolvimento tecnológico 
futuro, entretanto, ele se destaca por criar parâmetros éticos (com reflexos no 
âmbito normativo, claro), no que tange à fraude na pesquisa, recomendando ao 
CNPq duas linhas de atuação: 
a) ações preventivas e pedagógicas – diante da importância de uma boa 
orientação na seara da pesquisa e produção de conhecimento, o CNPq deve definir 
para todos, principalmente para os jovens, as boas práticas e as práticas que não 
são consideradas aceitáveis, deve estimular o oferecimento de disciplinas com 
conteúdo ético e de integridade de pesquisa nos cursos de pós-graduação e de 
graduação e qualificar/nortear os professores, devido a importância dos mesmos 
como orientadores acadêmicos. (CNPq, 2017). 
 
b) ações de desestímulo a más condutas (inclusive, com punições): 
instituição de uma comissão permanente pelo Conselho Deliberativo do CNPq, 
constituída de membros de alta respeitabilidade de diferentes áreas do 
conhecimento, com competência para examinar situações em que surjam dúvidas 
fundamentadas quanto à integridade da pesquisa realizada/publicada (não 
estimulando denúncias falsas ou infundadas), decidir preliminarmente se há 
fundamentação que justifique uma investigação específica, a ser realizada por 
especialistas da área nomeados ad hoc, propor ou não à Diretoria Executiva do 
CNPq os desdobramentos adequados, e, por fim, avaliar a qualidade do material 
disponível sobre ética e integridade de pesquisa, a ser publicado nas páginas do 
CNPq. (CNPq, 2017). 
Além disso, e talvez como maior contribuição, esse citado relatório cria um 
conjunto das principais e mais adequadas posturas éticas (‘diretrizes’ é o termo no 
teor do texto), no que tange a citações, indicações de fonte de consulta, respeito à 
pesquisa e à produção de conhecimento de outrem, aqui no Brasil – regras morais 
norteadoras de arcabouço jurídico constituído a partir de então e inspiradas em 
condutas anteriormente já disciplinadas – a saber: 
1: O autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam 
diretamente seu trabalho. 
2: Toda citação in verbis de outro autor deve ser colocada entre aspas. 
3: Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir o 
significado exato das ideias ou fatos apresentados pelo autor original, que deve ser 
citado. 
4: Quando em dúvida se um conceito ou fato é de conhecimento comum, não 
se deve deixar de fazer as citações adequadas. 
5: Quando se submete um manuscrito para publicação contendo informações, 
conclusões ou dados que já foram disseminados de forma significativa (p.ex. 
apresentado em conferência, divulgado na internet), o autor deve indicar claramente 
aos editores e leitores a existência da divulgação prévia da informação. 
 
6: se os resultados de um estudo único complexo podem ser apresentados 
como um todo coesivo, não é considerado ético que eles sejam fragmentados em 
manuscritos individuais. 
7: Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e 
trabalhos anteriores do próprio autor deve ser assinalado, com as devidas 
referências e citações. 
8: O autor deve assegurar-se da correção de cada citação e que cada citação 
na bibliografia corresponda a uma citação no texto do manuscrito. O autor deve dar 
crédito também aos autores que primeiro relataram a observação ou ideia que está 
sendo apresentada. 
9: Quando estiver descrevendo o trabalho de outros, o autor não deve confiar 
em resumo secundário desse trabalho, o que pode levar a uma descrição falha do 
trabalho citado. Sempre que possível consultar a literatura original. 
10: Se um autor tiver necessidade de citar uma fonte secundária (p.ex. uma 
revisão) para descrever o conteúdo de uma fonte primária (p. ex. um artigo empírico 
de um periódico), ele deve certificar-se da sua correção e sempre indicar a fonte 
original da informação que está sendo relatada. 
11: A inclusão intencional de referências de relevância questionável com a 
finalidade de manipular fatores de impacto ou aumentar a probabilidade de 
aceitação do manuscrito é prática eticamente inaceitável. 
12: Quando for necessário utilizar informações de outra fonte, o autor deve 
escrever de tal modo que fique claro aos leitores quais ideias são suas e quais são 
oriundas das fontes consultadas. 
13: O autor tem a responsabilidade ética de relatar evidências que contrariem 
seu ponto de vista, sempre que existirem. Ademais, as evidências usadas em apoio 
a suas posições devem ser metodologicamente sólidas. Quando for necessário 
recorrer a estudos que apresentem deficiências metodológicas, estatísticas ou 
outras, tais defeitos devem ser claramente apontados aos leitores. 
14: O autor tem a obrigação ética de relatar todos os aspectos do estudo que 
possam ser importantes para a reprodutibilidade independente de sua pesquisa. 
 
 
15: Qualquer alteração dos resultados iniciais obtidos, como a eliminação de 
discrepâncias ou o uso de métodos estatísticos alternativos, deve ser claramente 
descrita junto com uma justificativa racional para o emprego de tais procedimentos. 
16: A inclusão de autores no manuscrito deve ser discutida antes de começar 
a colaboração e deve se fundamentar em orientações já estabelecidas, tais como 
as do International Committee of Medical Journal Editors. 
17: Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao 
trabalho merecem autoria em um manuscrito. Por contribuição significativa entende-
se realização de experimentos, participação na elaboração do planejamento 
experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. 
Empréstimo de equipamentos, obtenção de financiamento ou supervisão geral, por 
si só não justificam a inclusão de novos autores, que devem ser objeto de 
agradecimento. 
18: A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos 
critérios. Os supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria 
estudantes com pequena ou nenhuma contribuição nem excluir aqueles que 
efetivamente participaram do trabalho. Autoria fantasma em Ciência é eticamente 
inaceitável. 
19: Todos os autores de um trabalho são responsáveis pela veracidade e 
idoneidade do trabalho, cabendo ao primeiro autor e ao autor correspondente 
responsabilidade integral, e aos demais autores responsabilidade pelas suas 
contribuições individuais. 
20: Os autores devem ser capazes de descrever, quando solicitados, a sua 
contribuição pessoal ao trabalho. 
21: Todo trabalho de pesquisa deve ser conduzido dentro de padrões éticos na 
sua execução, seja com animais ou com seres humanos. (CNPq, 2017). 
Como se pode ver, cada um dos itens elencados acima mereceria uma reflexão 
profunda e isso seria campo fértil para a produção de um novo texto acadêmico que 
demonstrasse a importância de uma postura de respeito a tais condutas no 
processo de criação do conhecimento; contudo, a lista em foco, além de ser 
parâmetroético para todos que desenvolvem pesquisa, serve de referencial, devido 
 
a uma razoável e sinérgica relação com os ideais de um Estado de Direito, para as 
regras de padronização para trabalhos científicos da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), por exemplo – entidade privada, sem fins lucrativos e de 
grande utilidade pública –, que por sua vez, se apresentam como norteadoras das 
normas de padronização que cada instituição de ensino superior (IES) disponibiliza 
para seus discentes! Portanto, vejam a dimensão e o alcance destas presentes 
“diretrizes”. 
Fonte: adaptado de Vilaça (2017). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIVRO 
 
• Título: Metodologia Científica 
• Autor: Amado L. Cervo, Pedro A. Bervian, Roberto da Silva 
• Editora. Pearson 
• Sinopse: Referência na área, Metodologia científica já se tornou um clássico, mas 
continua em evolução. Esta nova edição, totalmente revista, procura atender aos 
anseios dos leitores com uma concepção mais prática, refletindo a ênfase atual 
adotada por agências, institutos, fundações e empresas que investem em estudos 
para a qualidade do projeto e para a produtividade do pesquisador. O caráter mais 
prático do livro transparece, por exemplo, no modo como ele aborda a elaboração 
de projetos e de relatórios finais de pesquisa. É também evidente em seu novo 
projeto gráfico que, com um aproveitamento mais racional do espaço, ele foi 
totalmente otimizado, o que tornou o conteúdo mais dinâmico e acessível. 
 
Complementa a obra um site de apoio exclusivo, com exercícios e materiais 
adicionais que ajudam a embasar o conhecimento teórico adquirido, além de links 
que proporcionam um maior envolvimento do leitor com a comunidade científica 
brasileira. Todas essas características fazem da sexta edição desta obra uma 
ferramenta indispensável para estudantes de graduação e pós-graduação que 
precisam de orientações consistentes não somente para a produção acadêmica, 
mas também para a elaboração de trabalhos de conclusão de curso, dissertações 
e teses. 
 
FILME/VÍDEO 
 
• Título: O óleo de Lorenzo 
• Ano: 1993 
• Sinopse: Um garoto levava uma vida normal até que, quando tinha seis anos, 
estranhas coisas aconteceram, pois ele passou a ter diversos problemas de ordem 
mental que foram diagnosticados como ALD, uma doença extremamente rara que 
provoca uma incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no 
 
máximo dois anos. Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos 
e a falta de medicamento para uma doença desta natureza. Assim, começam a 
estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o 
avanço da doença 
 
WEB 
A importância em se verificar as fontes de informação na internet. 
Perfil falso na Wikipédia é citado em decisão judicial e trabalho acadêmico. 
http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/perfil-falso-na-
wikipedia-e-citado-em-decisao-judicial-e-em-trabalho-academico/4833592/ 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BARTHES, R. Escritores, intelectuais, professores. In: BARTHES, R. O rumor da 
língua. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988, p. 313-332. 
 
BEAUD, M. Arte da tese: Como preparar e redigir uma tese de mestrado ou 
doutorado, uma monografia ou qualquer outro trabalho universitário. 3. ed. Rio de 
Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. 
 
BOOTH, W. C.; COLOMB, G. G.; WILLIAMS, J. M. A arte da pesquisa. 3. ed. São 
Paulo: Martins Fontes, 2005. 
 
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994. 
 
CNPQ. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 
2020. 
 
CORDI, C. et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007. 
 
FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 
 
KNECHTEL, M. do R. Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem 
teórico-prática dialogada. Curitiba: Intersaberes, 2014. 
 
LEITE, F. T. Metodologia científica: métodos e técnicas de pesquisa. Aparecida: 
Ideias & Letras, 2008. 
 
MAURER, H.; KAPPE, F.; ZAKA, B. Plagiarism ‐ A survey. J‐Jucs, n. 12, v. 8, 
2006. 
 
NAVES, M. M. V. Introdução à pesquisa e informação científica aplicada à 
nutrição. Revista de Nutrição, n. 1, v. 11, 1998. 
 
TOZONI-REIS, M. F. de C. Metodologia da pesquisa científica. 2. ed. Curitiba: 
IESDE, 2007. 
 
VILAÇA, L. F. Plágio: impressões gerais sobre questões éticas e o prejuízo ao 
progresso acadêmico. Revista Jus Navigandi. 2017. Disponível em: 
https://jus.com.br/artigos/61218/plagio-impressoes-gerais-sobre-questoes-eticas-e-
o-prejuizo-ao-progresso-academico. 
 
 
 
 
 
UNIDADE III 
TÍTULO DA UNIDADE 
Professora Doutora Ana Paula Stroher 
 
Plano de Estudo: 
• Conceitos e importância do projeto de pesquisa 
• Importância e aplicação do projeto de pesquisa 
• Etapas de um projeto de pesquisa 
 
Objetivos de Aprendizagem: 
• Conceituar o projeto de pesquisa 
• Estabelecer a importância da elaboração do projeto de pesquisa 
• Compreender as etapas de um projeto de pesquisa 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Caro(a) acadêmico(a), daremos continuidade a nossa ementa. Agora 
falaremos sobre o projeto de pesquisa, que não é considerado algo fixo, ou seja, 
caso o objetivo da sua pesquisa seja alterado no decorrer da sua estruturação, você 
pode realizar a alteração e manter o tema proposto inicialmente. 
Em geral, o projeto de pesquisa possui os seguintes pontos principais: 
fundamentação teórica, objetivos, justificativa, metodologia, cronograma e lista de 
referenciais. O projeto pode apresentar também os recursos necessários, os 
resultados esperados, entre outros pontos que auxiliam no desenvolvimento da 
pesquisa. 
Pensamos que, durante a construção de uma casa ou algo que precisa ser 
planejado, a primeira situação envolvida é a busca por materiais de construção para 
obter as matérias primas necessárias, como areia, cimento, pedras, tijolos, madeira 
entre outros. 
No entanto, realizar uma construção é algo de grande importância para 
nossas vidas, assim como é um trabalho de TCC, Monografia, Dissertação e/ou 
Tese. Para tanto, tudo precisa ser planejado, a fim de garantir uma estruturação 
perfeita que agradará a nós como autores, bem como a todos que realizarão a 
leitura ou, no caso de uma casa a ser construída, as pessoas terão uma posição a 
respeito da construção, como bela, razoável etc. 
Assim, um projeto de pesquisa apresenta fases que são necessárias para 
que possamos divulgar nosso trabalho. E quando falamos em trabalho, é necessário 
estabelecer os passos que devem ser seguidos para obter um bom resultado. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
1 INICIANDO UM PROJETO DE PESQUISA: DEFINIÇÃO DO TEMA, TÍTULO E 
OBJETIVOS 
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Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 696061477 
 
Prezado(a), um projeto de pesquisa pode ser simbolicamente comparado 
com coordenadas, isso mesmo, coordenadas geográficas, como latitude e 
longitude. Para isso, é necessário que o pesquisador busque, ao longo de todo o 
processo de sua pesquisa, a sincronia com os tópicos que falaremos ao longo desta 
unidade. 
 
1.1 Escolhendo o Tema e o Título da Pesquisa 
 
Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007), a escolha do tema é o primeiro passo 
da pesquisa, porém, muitas vezes, já nessa etapa, o pesquisador encontra 
 
dificuldades para defini-lo, visto os inúmeros temas existentes. O tema da pesquisa 
se refere a um assunto que necessite melhores definições e clareza daquilo já 
publicado. 
Um tema deve ser apresentado como uma competência do autor, ou seja, 
precisamos nos identificar com o propósito a ser instituído. Sua escolha deve levar 
em conta possibilidade de desenvolvê-lo e capacidade de quem irá elaborar a 
pesquisa (em conjunto com seu orientador). Dessa maneira, espera-se que o grau 
de conhecimento sobre o assunto possa ser aumentado em função da pesquisa 
(KÖCHE, 1996). 
Aluno(a), vamosiniciar nossa jornada apresentando algumas pretensões 
quanto a escolha do tema. De acordo com Beaud (2000), podemos citar: 
O pesquisador e a abordagem do tema: um tema deve ser proposto de 
ideologias, aquelas que vêm na nossa mente por meio de muita pesquisa realizada. 
Assim, o pesquisador precisa iniciar seu trabalho com muita dedicação na leitura e 
discussões que possam despertar o leitor por sua pesquisa. Por isso, nunca deixe 
de buscar a interação com artigos científicos, livros e muita pesquisa sobre o seu 
tema, para que possa viabilizar a pesquisa de uma forma interativa e não monótona. 
Gosto e curiosidade pela pesquisa: apresentar um interesse pela leitura é 
um fator de grande prestígio pela academia (estudos), especialmente pelo objetivo 
da descoberta de fontes e/ou conhecimento que possam estabelecer uma 
conversação e, acima de tudo, uma escrita bem fluida. 
Muitas pessoas acham, erroneamente, que tema e título são sinônimos 
dentro de uma pesquisa científica. Título e tema não são sinônimos, mesmo que 
estejam ligados e se completem. 
É importante ressaltar que tão importante quanto a escolha do tema é a 
elaboração do título, pois ele surge em primeiro lugar, como anúncio ou mesmo um 
rótulo da sua pesquisa. 
Volpato (2006) sugere que o título deve ser curto, pois, por possuir uma 
leitura rápida, o leitor quase sempre irá ignorar títulos longos; uma vez que o 
excesso de artigos científicos existentes demanda uma triagem daqueles que serão 
lidos. 
 
 Ainda de acordo com o autor, o título deve ser simples, conciso, claro, curto 
e impactante. O título deve ser um “resumo bem compactado” de cada trabalho 
científico. Se bem escrito, pode ser o principal motivo para que alguém leia o que 
está sendo oferecido. Outro ponto importante é que ele deve ser fiel ao conteúdo 
do trabalho, não podendo confundir o leitor. Dessa maneira, deve informar 
precisamente o conteúdo do trabalho, ressaltando seu objetivo ou sua conclusão. 
 
SAIBA MAIS 
 A leitura é um fator decisivo no processo de estudo sobre um assunto, pois propicia 
a ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações básicas ou específicas. 
Isso amplia a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização do 
pensamento, o enriquecimento voltado ao vocabulário e o melhor entendimento do 
conteúdo das obras. 
Fonte: Marconi e Lakatos (2009). 
#SAIBA MAIS# 
 
REFLITA 
Um acadêmico deve buscar a interação com o tema e ter em mente que o título não 
pertence ao tema. Mas, ao criarmos um trabalho acadêmico, saberemos distinguir 
a relação entre ambos, pois o título pode ser incluído no final do trabalho, já o tema 
é o primeiro a ser definido. 
Fonte: Marconi e Lakatos (2009). 
#REFLITA# 
 
1.2 Definindo o Objetivo Geral e Específico 
 
Para Cervo, Bervian e Silva (2007) os objetivos que se têm em vista definem 
a natureza do trabalho, o tipo de problema, o material e dados de coleta etc., e 
podem ser definidos como geral e específico, como segue: 
• Geral: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o propósito 
do estudante com a realização da pesquisa. 
 
• Específico: procura-se aprofundar as intenções apresentadas no 
objetivo geral, ou seja, irá detalhar o que se pretende com a pesquisa. 
Desta maneira, os objetivos específicos estão sempre ligados ao 
objetivo geral. 
 
Caro(a) aluno(a), para exemplificar melhor a diferença entre os objetivos, 
encontra-se, a seguir, um exemplo de uma pesquisa envolvendo o tema “cadeia 
produtiva”. Dessa maneira o objetivo geral do trabalho é: 
“Contextualizar a partir de uma abordagem de revisão de literatura, os 
principais fatores envolvidos no processo de gerenciamento da cadeia produtiva, 
focada no envolvimento de ações que possam limitar o aumento dos custos”. 
 Veja que no objetivo geral, de uma forma clara e sucinta, o autor deixa nítida 
a pretensão de sua pesquisa. Os objetivos específicos devem estar de acordo com 
o objetivo geral e apresentar a seguinte conformação: 
“- Avaliar formas de minimizar o impacto negativo, que envolvam o setor da 
gestão de processos; 
- Aplicar procedimentos que visam a melhoria da capacidade de crescimento 
das empresas mediante ao consumo consciente de matérias primas, redução 
de estoques e gerenciamento ativo”. 
Neste sentido, os objetivos específicos precisam ser aprofundados ao tema, 
para detalhar todo o contexto explorado pelo autor. Assim, a utilização dos verbos, 
devem seguir o tempo verbal infinitivo, por exemplo: interpretar, levantar, relatar, 
definir, propor entre outros. 
 
 
 
 
 
 
 
2 DEFININDO O PROBLEMA, HIPÓTESES E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA 
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Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 1500159236 
 
2.1 Determinando um Problema de Pesquisa e Aplicando Hipóteses 
 Após realizarmos a escolha do tema para abordar a nossa pesquisa 
científica, precisamos focar no desenvolvimento do problema, que será exposto no 
projeto de pesquisa. 
 Inúmeras são as definições da palavra “problema” segundo o dicionário, 
porém na pesquisa científica consiste em dizer de maneira explícita, clara, 
compreensível e operacional com qual dificuldade nos defrontamos e que 
pretendemos resolver (KOCHE, 1996). 
 
 Segundo Gil (1991), nem todo problema é passível de tratamento científico, 
é preciso identificar o que é científico daquilo que não é. Um problema é de natureza 
científica quando envolve variáveis que podem ser definidas como testáveis. 
Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cientificamente válido, 
propõe-se uma resposta “suposta”, provável e provisória, isto é, uma hipótese. 
Ambos, problema e hipótese, são enunciados como relações entre variáveis, a 
diferença reside em que o problema constitui sentença interrogativa e a hipótese, 
sentença afirmativa (MARCONI; LAKATOS, 2009). 
De acordo com Koche (1996), ao delimitar o problema de pesquisa, o 
investigador propõe, por meio da sua imaginação e conhecimento, uma possível 
relação entre fatos. Essa fase é resultado de um trabalho mental em que se 
estruturam as peças de um quebra-cabeça, procurando entender as ligações entre 
os fatos. Essa busca é determinada pelo problema da investigação. 
Após a formulação do problema, é necessário propor explicações que 
nortearão o processo de investigação. Para Cervo e Bervian (2002), a formulação 
de hipóteses é essencial para o processo da investigação, que visa a busca de 
informações. Para tanto, quando relacionamos hipóteses, é necessário considerar 
a busca por explicação. Assim, a formação de uma hipótese deve ser destinada a 
suposições ou causas que visam a sua inclusão ao projeto de pesquisa. 
Portanto, a aplicação das hipóteses visa agregar aos pesquisadores a 
indicação de um caminho a ser seguido. Para isso, é necessário utilizar explicações 
que possam ser plausíveis de respostas e apontamentos do problema lançado (GIL, 
1999). 
 
2.2 Justificativa do Projeto de Pesquisa 
 
Prezado(a) aluno(a), a justificativa é muito importante para avaliarmos a 
nossa trajetória relacionada a um projeto de pesquisa. Assim, a justificativa é 
baseada em uma resposta no formato “por quê?”. Em outras palavras: “por que 
estou desenvolvendo essa pesquisa?”. Nessa frase, é importante refletir e explanar 
 
sobre relações que levaram o pesquisador a escolher o tema proposto (MARCONI; 
LAKATOS, 2009). 
Assim, de acordo com Beaud (2000), precisamos ficar atentos nas 
seguintes informações aplicadas na justificativa, como: 
• Importância da pesquisa: no âmbito da prática e intelectual; 
• Contribuições para compreensão ou solução do problema que 
poderá advir com a realização de tal pesquisa; 
• Contribuições teóricas que o trabalho pode trazer; possíveis 
respostas/soluções para problemas gerais e/ou específicos; 
possíveis modificações que poderão sergeradas a partir deste 
estudo 
• Estado da arte, estágio de desenvolvimento do tema proposto, como 
vem sendo tratado na literatura. 
 
Prezado(a) aluno(a), para finalizar, seguem alguns questionamentos que 
podem ser feitos para facilitar a construção da justificativa: 
• Qual a importância deste estudo? 
• Quem ganha? 
• que ganha? 
 
Portanto, na formação da justificativa o autor deve atuar em evidências de 
sua trajetória ao tema e do fortalecimento das evidências sobre sua formação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 METODOLOGIA, EMBASAMENTO TEÓRICO E CRONOGRAMA 
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557289715 
 
Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 1423838888 
 
3.1 Metodologia 
Prezado(a) aluno(a)., aqui trataremos sobre a descrição dos procedimentos 
que devem ser abordados na obtenção de resultados, objetivos bem como, 
funcionalidades com base em definições e desenvolvimento da pesquisa. 
Em resumo, a metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que responde 
às seguintes questões: Como? Com quê? Onde? Quanto? (MARCONI; LAKATOS, 
2003). 
 
Então, precisamos estabelecer o perfil da pesquisa como uso da amostragem 
populacional, descrição da obtenção dos dados e a apresentação (GIL, 2009). 
Para tanto, segundo o autor, é necessário estabelecer as seguintes 
informações: 
• Modelo ou tipo de pesquisa: a apresentação sobre a pesquisa deve 
relacionar sua ação ou natureza, podendo ser exploratória, descritiva 
e/ou explicativa. Assim, deve ser analisado no formato de 
delineamento entre eles: trata-se de uma pesquisa experimental, 
levantamento, estudo de caso e pesquisa bibliográfica; 
• Amostragem ou população: busca a interação do estudo como a 
extensão e formato a ser aplicado; 
• Coletando dados da pesquisa metodológica: os dados serão 
desenvolvidos e interpretados mediante as coletas que envolvam o 
perfil aplicado. Dentre eles formatos envolvendo: questionários 
estruturados e semiestruturados, testes focados em escalas. Bem 
como, o uso de pesquisas no formato de entrevista e observações a 
serem destacadas; 
• Analisando dados da pesquisa metodológica: com base em 
procedimentos abordados em seu estudo, é necessária a utilização 
de análises que envolvam análise de conteúdo, testes focados em 
hipóteses, de análises qualitativa e quantitativa. 
 
3.2 Embasamento Teórico 
A formação da etapa de embasamento é basicamente o processo teórico da 
pesquisa a ser desenvolvida. Para tanto, toda pesquisa precisa do embasamento 
teórico para dar continuidade ao tema proposto pelo pesquisador. 
Assim, aluno(a), pensamos em trabalhar com um determinado tema de 
grande importância na atualidade. Para tanto, o pesquisador irá abordar todo o 
contexto sobre esse tema, buscando fontes científicas e dados confiáveis para 
redigir o embasamento teórico e posterior fechamento da sua pesquisa com seus 
resultados e a conclusão. 
 
Assim, as autorias citadas no embasamento teórico devem seguir uma 
legitimidade da abordagem. Segundo Gil (2009), descrever citação de trabalhos e 
concluir sobre o tema abordado auxilia e muito na pesquisa criada pelo(a) autor(a), 
especialmente no quesito conhecimento, fontes abordadas e escrita aplicada. 
Para tanto Marconi e Lakatos (2009) atribuem ao autor a função de interpretar 
e organizar a citação de fontes que irão compor a sua pesquisa para auxiliar na 
formação do escopo e acima de tudo na solução do problema, verificação das 
hipóteses e, por último, as conclusões para finalização da pesquisa. 
De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007) a citação pode ser: 
• Direta, quando representa transcrição textual de parte da obra do 
autor consultado. 
• Indireta, quando o texto é baseado na obra do autor consultado. 
 
A formatação das citações deve seguir orientação da NBR 10520, de 2002. 
 
3.3 O Cronograma 
No projeto de pesquisa é necessário também apresentar o cronograma, que 
deve ser elaborado para atender às diversas etapas do projeto de pesquisa. O 
cronograma indica com clareza o tempo de execução previsto para as diversas 
fases da pesquisa e apresentará desde o período da escolha do tema e definição 
do problema até o momento da apresentação do trabalho final (defesa). 
 
 
Figura 1 - Modelo de cronograma
 
Fonte: o autor. 
 
É importante ressaltar que não existe um modelo único para o cronograma, 
cada pesquisador deve elaborá-lo de acordo com suas necessidades específicas. 
 
 
 
4 CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS, RESUMO E LISTA DE 
REFERÊNCIAS 
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1423838888 
 
Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 1423838888 
 
4.1 Conclusão e/ou Considerações Finais 
 
Ao chegarmos às considerações finais do nosso projeto de pesquisa 
deveremos considerar o estado da arte, ou seja, todo o processo anteriormente 
contextualizado. Assim, o encerramento de um projeto exige muita sincronia e 
concentração sobre o tema abordado, e deve ser conciso e pontual. 
 
Prezado(a) aluno(a), quando trabalharmos com a consideração final, não é 
usual utilizarmos citações de outros autores para o encerramento do nosso projeto, 
especialmente por serem acordos que abordam o nosso conhecimento adquirido ao 
longo da confecção. 
Assim, a busca de respostas e seu fechamento da conclusão elevam o nível 
de confiança do escritor, pois é nessa sintonia que ele será o facilitador relacionado 
ao conteúdo por ele descrito ao longo do escopo do projeto (THIOLLENT, 1997). 
 Neste sentido, a consideração final deve ser realizada e trabalhada sobre o 
objetivo inicial tratado no seu projeto de pesquisa, que deve ser respondido. Bem 
como os objetivos específicos ligados à justificativa e fundamentação teórica, 
focando em informações que irão estabelecer conexão com seu tema proposto, com 
conclusões significativas conforme dados obtidos ao longo do estudo. 
Prezado(a) aluno(a), caso a escrita não esteja de acordo com o seu 
conhecimento, aplique listas fortalecendo os principais tópicos relacionados ao seu 
projeto de pesquisa, utilize um resumo de cada item proposto. Assim, posterior a 
isso, inclua textos dissertativos a partir de resumos. 
Veja um exemplo da aplicação que poderá ser alinhada ao elaborar uma 
conclusão: 
• Faça um breve resumo de cada capítulo abordado; 
• Aplique uma síntese dos resultados alcançados; 
• Disponha de sugestões para outras pesquisas. 
 
4.2 Resumo 
 
Um resumo deve seguir a normativa ABNT NBR 6028. Assim, a sua 
aplicação é obrigatória, e trata-se de uma síntese do trabalho desenvolvido pelo 
pesquisador. Prevê em sua escrita a informação, na qual a primeira frase adiciona-
se o assunto a ser estudado, seguido pelo objetivo do estudo e aplicação da 
metodologia imposta na pesquisa e finaliza-se com considerações finais, 
conhecidas também como conclusão do trabalho. 
 
Lembrando, prezado(a) aluno(a), que todo resumo deve ser apresentado em 
espaço simples, sem a adição de parágrafos, e conter entre 250 a 500 palavras. 
 Além desses recursos, o resumo deve apresentar palavras-chave (em geral 
de 3 a 5), que são de extrema importância e devem estar direcionadas ao tema da 
pesquisa. Ainda, é importante ressaltar que um resumo não recebe citações de 
autores, é de cunho próprio do autor da presente obra. 
 Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007), duas técnicas podem ser utilizadas 
na elaboração do resumo. Na primeira utiliza-se apenas a ideia principal e as ideias 
secundárias para articular um texto explicativo. Na segunda utiliza-se apenas as 
palavras-chave para a construção do resumo. 
 Após apresentar o resumo é necessário apresentá-lo traduzido para língua 
estrangeira, que também seguirá os parâmetros da ABNT NBR 6028 (ABNT, 2003). 
A linguagem pode ser: inglês, espanhol e/ou francês. A formatação segue o mesmo 
padrão do resumo em português (já

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