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METODOLOGIA DA PESQUISA E DO TRABALHO CIENTÍFICO #CURRÍCULO LATTES# APRESENTAÇÃO Professora Dra. Ana Paula Stroher Possui graduação em engenharia química (UEM - 2007). É mestre e doutora em engenharia química (UEM - 2010/214) e possui especialização em gestão ambiental (UEM - 2011). Possui experiência na elaboração de projetos para licenciamento ambiental, planos de gerenciamento de resíduos (PGR), plano de controle ambiental (PCA), relatório de impacto de vizinhança (RIV), entre outros. Atualmente é docente no ensino presencial nas Instituições de Ensino Superior de Maringá (UniFCV, Unifamma e SMG) nas áreas de Engenharia, Administração e Ciências Contábeis. Orienta projetos de pesquisa em cursos de graduação e pós- graduação. CURRÍCULO LATTES http://lattes.cnpq.br/6608939384267038 APRESENTAÇÃO DA APOSTILA Seja muito bem-vindo(a)! Prezado(a) aluno(a), escrevemos esse material pensando nos estudantes e, assim, esperamos atrair a atenção e motivação para a pesquisa científica. Além disso, o estudo dessa disciplina tem o objetivo de oferecer uma introdução à iniciação científica e suporte para a elaboração de trabalhos acadêmicos, artigos e monografias, fundamentais da estratégia de marketing, ou seja, os produtos e as marcas. Na Unidade I começaremos a nossa jornada apresentando o conceito da ciência e da metodologia científica. Essa noção é necessária para que possamos trabalhar a sequência da nossa apostila, onde aplicaremos esses conceitos. Já na Unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre a pesquisa científica. Além disso, falaremos da consciência no uso das informações retiradas da internet, e quais os cuidados que um pesquisador deve ter ao desenvolver e apresentar sua pesquisa. Depois, na Unidade III, falaremos sobre a elaboração do projeto de pesquisa, bem como sua importância para termos uma pesquisa bem planejada. Por último, na Unidade IV, apresentamos as diferentes modalidades de trabalhos científicos, a importância em pensar no leitor do seu trabalho, bem como uma estruturação adequada de sua apresentação. Aproveito para reforçar o convite a você, para juntos percorrermos esta jornada de conhecimento, podendo multiplicar seu entendimento e contribuir profissionalmente. Muito obrigada e bons estudos! UNIDADE I MÉTODO CIENTÍFICO Professora Dra. Ana Paula Stroher Plano de Estudo: • Conceito de ciência • O conhecimento científico e suas abordagens • Definição e etapas da metodologia científica Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar ciência • Compreender o conhecimento científico • Estabelecer a importância e aplicação da metodologia científica INTRODUÇÃO Prezado(a) aluno(a), essa Unidade tem como objetivo apresentar os principais conceitos da ciência e, consequentemente, da metodologia científica. Essa contextualização é importante para prepará-lo(a) para as unidades seguintes, que tratam mais especificamente da pesquisa científica. Como sabemos, a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações novas evoluem muito rapidamente atualmente. Nesse contexto, falar sobre ciência é algo um tanto quanto complexo, não só pela sua grande abrangência, mas pelo fato dela ser dinâmica e em constante mutação. Para tanto, abordaremos aqui uma concepção mais prática que permita a você, aluno(a), não só conhecer a teoria, como também colocar esses conceitos em práticas e, quem sabe, até uma possível inserção na comunidade científica brasileira... Há alguns anos a pesquisa era mais voltada para a formação profissional e ingresso no mercado de trabalho. Atualmente, muitas das pesquisas respondem a demandas do governo e da sociedade. Assim, espero que você compreenda os conceitos apresentados nessa unidade para, posteriormente, compreender a aplicação da pesquisa científica e futuramente fazer sua contribuição para a sociedade como um pesquisador. Pense nisso! Bons estudos! 1. A DEFINIÇÃO DE CIÊNCIA Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 672939511 Caro(a) aluno(a), você, com certeza, já deve ter ouvido falar sobre a ciência e sua importância para a humanidade. Pode-se dizer que a ciência é tão antiga quanto a própria existência do homem, pois, a partir da existência dessa, houve inquietude e infinitos questionamentos diante da percepção e da compreensão dos fenômenos que cercam a humanidade. Isso pode ser comprovado por meio dos conhecimentos sobre astronomia, geometria e física, oriundas das antigas civilizações, que constituem a base do pensamento científico contemporâneo. A palavra “ciência” tem origem do latim “scientia”, e significa “conhecimento”. Muitas vezes ouvimos o termo “tomar ciência” quando tomou conhecimento de alguma coisa. Ou ainda “estou ciente” para dizer que tem conhecimento de algum fato ou informação repassada. Podemos dizer que a ciência é o conhecimento que almeja a compreensão das verdades, teorias ou leis, para, assim, conseguir explicar o funcionamento do universo como um todo. É por isso que cientistas fazem observações, verificações, medições, análises e classificações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem estatística. E é aí que entra o método científico. O Conceito de ciência de Ander-Egg (1978, p. 15) é definido como “o conjunto de conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma natureza”. De outra maneira, ciência é: uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar. A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação (TRUJILLO, 1974, p. ). Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 3) afirmam que a ciência, atualmente, é “o resultado de descobertas ocasionais, nas primeiras etapas, e de pesquisas cada vez mais metódicas, nas etapas posteriores”. Os autores ainda afirmam que ela é uma das poucas realidades que podem ser deixadas às gerações seguintes, pois os seres humanos de cada período histórico usam e assimilam a ciência desenvolvida nas gerações anteriores, ampliando, assim, novos horizontes. Assis (2009) apresenta algumas características da Ciência, entre elas: • É objetiva, pois descreve a realidade dos fatos; • É racional e sistemática, pois obtém resultados por meio da razão e organiza esses resultados por meio de sistemas; • Apresenta generalidade e é verificável, pois elabora normas e leis que explicam certo fenômeno e é possível comprová-los. • Reconhece sua capacidade de errar. Para Dencker e Viá (2001), o papel da ciência é: • Buscar conhecimento coerente e que, na prática, seja demonstrável, ou seja, produzir conjunto de leis e teorias que sejam harmonizados entre si. • Fazer uma ligação entre o que se afirma e os fenômenos observados, em outras palavras, construir a teoria por meio das relações entre os fatos, resultados e afirmações. Por fim, Köche (1997) afirma que não existe uma única concepção de ciência. Desta maneira, podemos dividi-la em períodos teóricos, cada um com modelos e paradigmas teóricos diferentes a respeito da concepção de mundo, de ciência e de método. De uma forma simplificada podemos fazer essa análise da seguinte maneira: • Ciência grega, que abrange o período do século VIII a.C. até o final do século XVI; • Ciência moderna, do século XVII até o início do século XX; • Ciência contemporânea, que surge no início deste século até os dias atuais. REFLITA Do duplo elemento de uma época, o mutável e o fixo – o ainda não comprovado e o estabelecido definitivamente –,somente o último é cumulativo e progressivo. Os elementos que constituem grande parte da ciência, que são transitórios e efêmeros, como certas hipóteses e teorias, perdem-se no tempo, conservando, quando muito, interesse histórico. Cada época elabora suas teorias segundo o nível de evolução em que se encontra, substituindo as antigas, que passam a ser consideradas como superadas e anacrônicas Fonte: Cervo, Bervian e Silva (2007). #REFLITA# 2. O CONHECIMENTO CIENTÍFICO Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 635229917 Prezado(a) aluno(a), você já deve ter ouvido falar sobre conhecimento científico. Esse tipo de conhecimento vai um pouco além do que chamamos de conhecimento empírico (que é aquele que adquirimos com nossa experiência do dia a dia). O conhecimento empírico tem como característica o que chamamos de conhecimento superficial, com base nos nossos sentidos e subjetividade. Além disso, ele é tratado como conhecimento de senso comum, que tem origem popular e é adquirido pela convivência com coisas e pessoas ao longo do tempo. Nesse tipo de conhecimento não é necessário o aprofundamento do assunto, mas somente a observação. De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007, p. 7) “o conhecimento científico vai além do empírico, procurando compreender, além do ente, do objeto, do fato e do fenômeno, sua estrutura, sua organização e funcionamento, sua composição, suas causas e leis”. É importante ressaltar que o conhecimento científico trata de informações e fatos que passaram por análises e testes e, consequentemente, foram comprovados. Além disso lida com fatos e ocorrências, podendo ser verificado. Outro ponto importante é que ele é aproximadamente exato e sistemático, ou seja, ordenado logicamente. São ainda características do conhecimento científico, segundo Cervo, Bervian e Silva (2007): • É certo, pois sabe explicar os motivos da sua certeza; • Se refere a ocorrências ou fatos; • É geral, pois conhece, no real, o que há de mais universal e válido para todos os casos da mesma espécie; • A ciência, partindo do indivíduo concreto, procura o que nele há de comum com relação aos demais da mesma espécie; • Trabalha com ensaios e experiências; • É metódico e sistemático, pois o conhecimento está logicamente ordenado; • É verificável, pois pode ser testado; • É falível, pois está em permanente evolução. A essas características pode-se acrescentar outras propriedades da ciência, como a objetividade, o interesse intelectual e o espírito crítico. Para você compreender melhor, apresentamos aqui alguns exemplos de conhecimento científico: • Um corpo em queda livre cai com a aceleração da gravidade. • O ouvido humano consegue ouvir frequências entre 20 e 20.000 Hz. • O átomo é a menor partícula da matéria. • O Universo foi gerado por uma grande explosão. Ou seja, todos esses exemplos citados possuem características e foram obtidos mediante métodos abordados anteriormente. REFLITA Como exemplo da importância do método para o desenvolvimento da ciência, pode-se lembrar que, no século XIX, objetivando estudar os neurônios, o médico italiano Camillo Golgi desenvolveu um método de coloração por prata que, ao microscópio, revelava toda a estrutura de um neurônio, incluindo o corpo celular e seus dois principais tipos de projeção ou prolongamento: os dendritos e os axônios. Com base no uso do método de coloração por prata de Golgi, o histologista espanhol Santiago Rámon y Cajal conseguiu marcar as células individuais, mostrando, dessa forma, que o tecido neural não era uma massa contínua, mas uma rede de células distintas (KANDEL; SCHWARTZ; JESSEL, 1997). Hoje existem inúmeros e avançados métodos de estudo do sistema nervoso, os quais são utilizados em conformidade com o objetivo da pesquisa, com o objeto de estudo e o problema. Por exemplo, um dos métodos utilizados para o estudo do sistema nervoso é o método de produção de lesões seletivas por meio de aplicação múltipla e tópica de drogas (neurotoxinas) ou, ainda, por meio de aplicação de radiação, com a finalidade de estudar os efeitos de determinada lesão no comportamento de um animal (SOARES, 2003). #REFLITA# 3 METODOLOGIA CIENTÍFICA: CONCEITOS E DEFINIÇÕES Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 277109057 Olá, aluno(a). Você já deve ter ouvido falar dela, a metodologia científica, mas muitos estudantes ficam confusos sobre o que ela trata e como aplicá-la em seus trabalhos. Por isso vamos falar sobre a metodologia científica e tudo o que é importante você saber sobre ela para conseguir concluir seu curso com êxito em seus trabalhos. A metodologia científica tem fundamental importância para a elaboração de vários tipos de pesquisa acadêmica, tais como: TCC, monografia, artigo científico, tese, dissertação, entre outros. É importante salientar que, para a formação do conhecimento científico, é necessário compreender que a Ciência atende a um procedimento metódico, em que partimos do problema de pesquisa. Assim, a metodologia, de uma forma geral, é o estudo dos métodos e dos instrumentos que visam e auxiliam a elaboração de um trabalho científico (KÖCHE, 1997). De uma maneira geral, o método pode ser entendido como um conjunto de processos ou etapas, dos quais é possível chegar a algum conhecimento (LAKATOS; MARCONI, 2003). Neste contexto, Cervo e Bervian (2007) afirmam que o pesquisador não pode se dar ao luxo de fazer tentativas ao acaso para ver se obtém algum êxito inesperado. Em outras palavras, o método não é escolhido ao acaso ou inventado. Você, como aluno(a), aplicará uma metodologia para a conclusão de um curso de Graduação ou Pós-Graduação, seja no formato de um artigo, TCC ou monografia. Portanto, compreender o método científico é vital para a produção da ciência, mas também pode ser utilizado em situações da sua vida profissional ou até mesmo em situações simples do seu dia a dia. Imagine, caro(a) aluno(a), por exemplo, que ao chegar em casa, após um dia cansativo de trabalho, você decide ligar sua televisão para assistir seu canal preferido. Porém, ao apertar o botão do controle remoto para ligá-la nada acontece. Mais do que depressa, você começa a pensar nas hipóteses que possam explicar esse problema. Por exemplo, pensando em uma das hipóteses: o cabo de alimentação não está ligado na tomada de energia. Entretanto, você observa que está conectado. Assim, a primeira hipótese é refutada. Agora pensando em outra hipótese: acabou a energia da sua rua. Para verificar, você tenta ligar alguma luz ou outro aparelho da sua casa e verifica que tudo está funcionando perfeitamente. Ou seja, a segunda hipótese também é rejeitada. Você poderia pensar em inúmeras hipóteses na tentativa de descobrir a causa de a televisão não ligar. Descobrindo ou não, você acabou de aplicar o método científico em uma simples situação corriqueira Assim, o método científico pode ser definido como um conjunto de regras básicas para realizar uma experiência, a fim de produzir um novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes (VIANNA, 2001). 3.1 Método Racional e Método Científico Alguns autores identificam a ciência com o método. O método científico quer descobrir a realidade dos fatos e, assim, orientarem o seu uso. Porém o método é apenas um meio de acesso, só o pesquisador, por meio da inteligência e reflexão, descobre a verdade sobre os fatos e fenômenos (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). “Em suma, método científico é a lógica geral, tácita ou explicitamente empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa” (NAGEL, 1969, p. 19). O outro tipo de método, o racional, também é científico, embora os assuntos a que se aplica – realidades, fatos ou fenômenos que possam ser comprovadosexperimentalmente – não o sejam. Desta maneira, as disciplinas que o empregam, como, por exemplo, as áreas da filosofia, não por isso deixam de ser verdadeiras ciências (KÖCHE, 1997). 3.2 Etapas do Método Científico Como vimos nos tópicos anteriores, método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um objetivo. Nas ciências, por exemplo, é o conjunto de processos empregados na investigação e demonstração da verdade (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007) Agora que você compreendeu a definição de método científico, vamos falar das suas etapas. Lakatos e Marconi (2003) definem que o método científico é dividido em quatro etapas, sendo elas: a) A observação que é a etapa em que há execução dos questionamentos sobre o fato observado, a formulação de uma hipótese que é uma possível explicação para o problema em questão; b) A experimentação, onde o pesquisador realiza experiências para provar a veracidade de sua hipótese; c) A interpretação dos resultados, momento em que o pesquisador interpreta os resultados de sua pesquisa; e, por fim, d) A conclusão, em que é feita uma análise final e considerável sobre o fato em questão Segundo Nagel (1969, p. 19), “o método científico é a lógica geral, tácita ou explicitamente empregada para apreciar os méritos de uma pesquisa”. Assim, vemos que o método científico faz uso da observação, analise, descrição, comparação e processos de dedução e indução para se chegar ao objetivo da pesquisa. SAIBA MAIS Elaborar um mapa mental pode ajudar a memorizar o conteúdo estudado, assim como organizar informações e ideias. Muitas pessoas têm dificuldade de memorizar conteúdos e os seus detalhes importantes. Dessa maneira, uma das técnicas que auxiliam nessa memorização é elaborar um mapa mental: ele consiste em uma maneira de organizar essas informações e, assim, facilitar sua compreensão. Para assimilar as etapas do método científico, por exemplo, uma dica é fazer uso do mapa mental. E você, aluno(a), pode elaborar o seu! Veja a Figura 1 que apresenta as etapas do método científico, um exemplo para você se inspirar. Figura 1 - Etapas do método científico Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 304096589 #SAIBA MAIS# 4 O MÉTODO CIENTÍFICO E SUAS ABORDAGENS Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 1688082037 Caro(a) aluno(a), ao desenvolvermos uma pesquisa científica, as principais abordagens metodológicas utilizadas são qualitativas e quantitativas (KÖCHE, 1997). Há autores, porém, que apresentam a possibilidade da junção entre as duas abordagens, surgindo, assim, uma pesquisa considerada mista. Repensando o conceito de paradigma postulado por Kuhn (1962), existe um conjunto de crenças e valores partilhados por uma comunidade científica; a escolha de um pesquisador por um paradigma envolve uma visão de mundo e a forma como estudá-lo. Agora você deve estar se perguntando: e qual forma devo utilizar em minha pesquisa científica? A resposta é: depende do tipo de pesquisa que você está desenvolvendo. Lalande (1996, p. 899) faz a seguinte comparação: “O estudo qualitativo de uma curva, por exemplo, é a descrição de seu aspecto geral e, por assim dizer, físico, por oposição ao estudo quantitativo que analisa exatamente a sua equação”. Falaremos, a partir de agora, de cada uma dessas abordagens. 4.1 Abordagem Quantitativa De acordo com Soares (2003), esse tipo de abordagem, como já diz o nome, tem a ver com a quantificação de dados por meio de uma pesquisa. Dessa maneira, são necessários estudos e técnicas estatísticas (porcentagem, medidas de tendência central e de dispersão, entre outras). O autor ainda aconselha a utilização desse tipo de abordagem quando se estuda e dimensiona a relação entre variáveis, ou ainda a relação entre fenômenos. 4.2 Abordagem Qualitativa Para Oliveira (1997), ao contrário da abordagem quantitativa, a qualitativa não aplicará métodos e ferramentas estatísticas para análise de um problema. O autor destaca ainda que na abordagem qualitativa o pesquisador irá analisar os fatos por meio de teorias, buscando a solução do problema inicial. São exemplos de aplicações desse tipo de abordagem: descrever hipóteses e problemas, classificar e compreender processos sociais, interpretar fatos, leis, teorias, entre outros. 4.3 Abordagem Mista Como o nome já diz, trata-se de uma abordagem que mistura técnicas de pesquisa qualitativa e abordagem quantitativa. Essa combinação de diferentes formas de coleta de dados inicia-se na década de 1950 e nos anos 70 houve um crescimento no número de pesquisas que juntavam dados qualitativos e quantitativos. Já na década de 80 cresceu o interesse nos procedimentos que caracterizam estudos mistos e, finalmente, nos anos 90, surgiram obras escritas sobre metodologia mista. Rocco (2003) apresenta as divisões das etapas de um estudo misto, que são: • Primeira Etapa: tipo de projeto a investigar, podendo ser exploratórios ou confirmatórios; • Segunda Etapa: tipo de coleta de dados; • Terceira Etapa: análise e inferência dos dados. Tanto os métodos quantitativos quanto os métodos qualitativos apresentam limitações. Nesse sentido, a utilização da abordagem mista aparece como forma de se obter uma compreensão mais abrangente dos fenômenos, ao combinar os diferentes métodos utilizando os pontos fortes de cada um deles (CRESWELL; 2009) Segundo Silverman (2009), na prática, há três maneiras principais de combinar a pesquisa qualitativa e quantitativa. A primeira consiste na utilização da pesquisa qualitativa para explorar um tema específico, visando montar um estudo quantitativo. O autor ressalta também que é possível começar com um estudo quantitativo a fim de estabelecer os contornos amplos do campo para, a seguir, utilizar a pesquisa qualitativa. E, por fim, existe a possibilidade da elaboração de um estudo qualitativo que utiliza dados quantitativos para localizar resultados em um contexto mais amplo. REFLITA O trinômio verdade - evidência - certeza: o problema do conhecimento é, em grande parte, enigmático. O ser humano é cheio de limitações, e a realidade que pretende conhecer e dominar é múltipla e complexa. Diante disso, surgem inúmeras questões: o ser humano pode conhecer a verdade? O que é verdade? Quais são as evidências que temos de que as verdades reveladas pela religião ou descobertas pela ciência são realmente a verdade? Como podemos ter certeza de que o ser humano e a humanidade estão no caminho certo? Fonte: Cervo, Bervian e Silva (2007). #REFLITA# CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) aluno(a), vimos nessa unidade conceitos da ciência e da metodologia científica, como forma de prepará-lo(a) para as unidades seguintes, que tratam mais especificamente da pesquisa científica. Vimos que a pesquisa, o conhecimento e a produção de informações novas evoluem constantemente atualmente, tornando o assunto complexo. Há alguns anos, a pesquisa era mais voltada para a formação profissional e ingresso no mercado de trabalho, já nos dias de hoje muitas das pesquisas respondem a demandas do governo e da sociedade. Assim, a ciência é o conhecimento que almeja a compreensão das verdades, teorias ou leis para conseguir explicar o funcionamento do universo como um todo. É por isso que cientistas fazem observações, verificações, medições, análises e classificações, procurando entender os fatos e traduzi-los para uma linguagem estatística. E é aí que entra o método científico. A metodologia, de uma forma geral, é o estudo dos métodos e dos instrumentos que visam e auxiliam a elaboração de um trabalho científico. Você, como aluno(a), aplica uma metodologia para a conclusão de um curso de Graduação ou Pós-Graduação, seja no formato de um artigo,TCC ou monografia. Bons estudo e até a próxima! LEITURA COMPLEMENTAR A importância da Ciência para a sociedade A Ciência exerce uma grande influência em nossa vida cotidiana a ponto de ser difícil imaginar como seria o mundo atual sem a sua contribuição ao longo do tempo. Particularmente no mundo dos medicamentos é fácil relembrar a grande evolução acontecida após a segunda guerra mundial. A Ciência tem sido a grande responsável pelas transformações tecnológicas que têm suportado as incríveis evoluções nas concepções dos novos medicamentos, aos entendimentos de mecanismos de ação de fármacos, das particularidades das relações entre estruturas químicas e efeitos farmacológicos, assim como dos efeitos adversos. Contudo, a Ciência, ao lado de proporcionar novas abordagens em torno da maioria dos aspectos envolvidos em nossa vida, também produziu seus efeitos colaterais, tais como as questões éticas importantes envolvidas na clonagem ou nas manipulações genéticas, no uso de animais de laboratório, entre outros. Dessa forma, é inegável que muitas coisas não existiriam ou teriam um entendimento muito limitado sem a contribuição decisiva das teorias científicas, mas também é certo que muitos outros novos problemas derivados dessa evolução virão a existir num futuro próximo. Embora, no passado, nem sempre houve uma percepção clara da contribuição da Ciência na vida cotidiana, ela sempre esteve presente nos grandes eventos da humanidade, por exemplo, desde a percepção do ser humano para a manutenção e aproveitamento do fogo e das técnicas de preparação de corpos por mumificação. Na atualidade, a Ciência tem um papel fundamental no conhecimento do ser humano em torno da realidade e do significado do mundo em que vivemos. Acesse: OLIVEIRA A. G.; SILVEIRA D. A importância da Ciência para a sociedade. Revista Infarma, v. 25, n. 4, 2013. Disponível em: http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=download&path%5B% 5D=572&path%5B%5D=pdf. LIVRO Título: Scielo 15 anos de acesso aberto: um estudo analítico sobre acesso aberto e comunicação científica Autor: Abel Packer e outros Editora: Unesco Sinopse: este é um livro sobre o Scielo que buscou documentar uma boa prática de publicação em acesso aberto. Os acessos aos portais da Rede Scielo de mais de 1 milhão por dia para explorar as ciências e um número semelhante de downloads de pesquisa científica dão o testemunho de que o Scielo tem sido um guia para difundir e ampliar o conhecimento contido nas páginas de periódicos e de livros. FILME/VÍDEO Título: Antônio conselheiro - o taumaturgo dos sertões Ano: 2012 Sinopse: o filme retrata a famosa guerra de Canudos, quando o governo republicano enviou expedições para derrubar a cidade erguida no sertão por Antônio Conselheiro, líder espiritual e político que propunha protestos contra o governo. WEB Para melhor fixação dos conteúdos abordados neste capítulo sugerimos a você aluno. Acessar o seguinte link abaixo. Nele você terá uma abordagem do conhecimento científico bem como o senso comum narrado por Mário Sérgio Cortella que trará uma representação bem real sobre conhecimento. Para saber mais sobre o assunto, acesse: o link disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=u7eVkTJC2ds>. Acessado em: 09 mar. 2020. Publicado por Mário Sérgio Cortella. REFERÊNCIAS ANDER-EGG, E. Introducción a las técnicas de investigación social: para trabajadores sociales. 7. ed. Buenos Aires: Humanitas, 1978. ASSIS, M. C. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo, 2009. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. CRESWELL, J. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Bookman, 2009. DENCKER, A. de F. M.; VIÁ, S. C. Pesquisa Empírica em Ciências Humanas (com ênfase em comunicação). São Paulo: Editora Futura, 2001. KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. M. Princípios da Neurociência. São Paulo: Manole, 2003. KÖCHE, J. C. Fundamentos de metodologia científica: Teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. LALANDE, A. Vocabulário técnico e crítico da filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1993. NAGEL, T. The Philosophical Review, v. LXXXIII, n. 4, p. 435-50, out. 1969. OLIVEIRA A. G.; SILVEIRA D. A importância da Ciência para a sociedade. Revista Infarma, v. 25, n. 4, 2013. Disponível em: http://revistas.cff.org.br/?journal=infarma&page=article&op=download&path%5B% 5D=572&path%5B%5D=pdf. SILVERMAN, D. Interpretação de dados qualitativos – Métodos para análise de entrevistas, textos e interações. Porto Alegre: Artmed, 2009. SOARES, M. Alfabetização e cidadania. In: SOARES, M. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003. TRUJILLO, F. A. Metodologia da ciência. 3. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. VIANNA, I. O. Metodologia do trabalho científico: um enfoque didático da produção científica. São Paulo: EPU, 2001. UNIDADE II PESQUISA CIENTÍFICA Professora Dra. Ana Paula Stroher Plano de Estudo: • Conceitos e Definições de pesquisa científica • Cuidados com a escolha das fontes de pesquisa • Principais aspectos da ética da pesquisa Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar e contextualizar a pesquisa científica • Compreender a ética na pesquisa • Estabelecer a importância da escolha das fontes de pesquisa INTRODUÇÃO Prezado(a) aluno(a), daremos início à segunda unidade da nossa apostila. Aqui falaremos mais especificamente sobre a pesquisa científica e as questões éticas que estão envolvidas nesse contexto. A pesquisa científica é um dos instrumentos que permite se manter informado e também gerar conhecimento. Veremos que a pesquisa é iniciada a partir de fontes de informação que podem trazer o conteúdo desejado, seja em livros, teses, dissertações, artigos científicos etc. É aí que falaremos sobre a importância da escolha das fontes de pesquisa. A escolha das fontes de pesquisa faz parte da ética do pesquisador. Entre outros quesitos, se o pesquisador não obedecer a regras de conduta ética, métodos rigorosos da pesquisa científica, padrões de qualidade e a procedimentos reconhecidos no meio científico, esse legado não será deixado de forma íntegra e com credibilidade. Com a intensificação do uso da internet, o plágio tem sido um assunto preocupante no meio acadêmico. Além disso, muitas pessoas acham que tudo o que é publicado na internet é válido. Veremos que não é bem assim. Dessa maneira, é essencial que os pesquisadores, em seus diferentes níveis, utilizem-se de preceitos éticos ao desenvolverem suas pesquisas. Ao longo dessa unidade abordaremos esses preceitos e ajudaremos você, aluno(a), com os primeiros passos para ingressar na pesquisa científica. Bons estudos! 1. PESQUISA CIENTÍFICA ID do vetor stock livre de direitos: 1451282438 Caro(a) aluno(a), quando falamos em pesquisa várias são as definições que podemos apresentar, tanto em uma simples pesquisa no nosso dia a dia, como em uma pesquisa para descoberta de um novo medicamento. Nosso foco aqui será a pesquisa científica no âmbito acadêmico. A pesquisa é definida como um questionamento, uma investigação, uma indagação que leva ao conhecimento, ou seja, visa o conhecimento de aspectos da realidade. Pode-se dizer que é um processo de produção de conhecimento (TOZONI-REIS, 2007). Para Knechtel (2014), a pesquisa é uma investigação científica que produz conhecimento por meio de uma atividade intelectual, intencional e sistemática, procurando respostas para necessidades do ser humano. Dependendo da qualificação dopesquisador, a pesquisa terá objetivos e resultados diferentes. O estudante universitário, iniciante na pesquisa, e o pesquisador profissional, já há tempos trabalhando com pesquisa, terão objetivos diferentes. O objetivo dos iniciantes é a aprendizagem e treino de técnicas, refazendo caminhos já percorridos por pesquisadores (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007). Segundo Leite (2008), a pesquisa científica obrigatoriamente usa o método científico e tem por objetivo buscar, a partir dos métodos e das técnicas, soluções para os problemas identificados. Além disso, por meio dela é possível a elaboração de teorias e a construção de um conhecimento metódico, sistemático, válido e universal. Veremos ao longo desta apostila que, ao realizarmos uma pesquisa científica, utilizamos a metodologia científica, definindo uma série de etapas, como: escolha do tema, a definição dos objetivos, o procedimento de coleta de dados (método e técnica), a interpretação das informações e apresentação dos resultados SAIBA MAIS Os cursos de Pós-Graduação são divididos em Lato Sensu e Stricto Sensu. Lato Sensu significa “em sentido amplo” e compreende os cursos de Pós-Graduação voltados para especializações. Stricto Sensu significa “em sentido limitado”, ou seja, essa Pós-Graduação está restrita aos cursos de mestrado e doutorado. Assim como no Lato Sensu, os alunos que desejam fazer um curso Stricto Sensu devem ter concluído uma graduação. Fonte: ANPG (2020). #SAIBA MAIS# 1.1 Tipos de Pesquisa O interesse e curiosidade do homem pelo saber levam-no a investigar a realidade e cada abordagem permite diferentes aprofundamentos e enfoques, isso porque depende do objeto de estudo e da qualificação do pesquisador. Dessa maneira, existem diferentes tipos de pesquisa (CERVO, BERVIAN E SILVA, 2007). Köche (1997) define os tipos de pesquisa de acordo com o procedimento geral que é utilizado para investigar o problema e os distingue em: • Pesquisa bibliográfica: é a que se executa tentando explicar um problema, utilizando conhecimentos prévios já publicados. Seu objetivo é o de conhecer e analisar as contribuições teóricas existentes sobre um determinado tema ou problema. • Pesquisa experimental: o pesquisador analisa o problema, constrói hipóteses e manipula variáveis para avaliar suas relações com o fenômeno em estudo. Nesse tipo de pesquisa o pesquisador pode controlar e avaliar os resultados dessas relações. • Pesquisa descritiva, não experimental ou ex post facto: estuda a relação entre as variáveis de um fenômeno, porém sem manipulá- las. Ela constata e avalia as relações à medida que as variáveis se manifestam espontaneamente. • Pesquisa exploratória: é utilizada nos casos em que ainda não se tem teorias e conhecimentos desenvolvidos. É necessário, então, desencadear um processo de investigação que identifique a natureza e as variáveis do fenômeno. 2. ÉTICA NA PESQUISA CIENTÍFICA https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/business-ethics-icon-set-social- responsibility-510864934 ID do vetor stock livre de direitos: 510864934 Caro(a) aluno(a), ao se elaborar e apresentar uma pesquisa científica acredita-se que o que se tem são linhas que transcrevem a verdade de um sujeito de moral, baseado em suas pesquisas e estudos. É fácil perceber isso. Quando você vai até a biblioteca e escolhe um livro para entender melhor um determinado assunto: você acredita no autor do livro ou desconfia daquilo que ele escreveu? Acreditamos, pois partimos do princípio de que o autor teve ética em sua pesquisa e, assim, entre vários dos seus deveres, está transmitindo informações verdadeiras. Segundo Chauí (1994), o termo ético advém do sentido grego de ethos: caráter, índole natural e temperamento. Nesse sentido, a ética é utilizada para estabelecer deveres e regras de um indivíduo em sociedades: seja em suas atividades profissionais, em seu relacionamento com clientes ou, até mesmo, nas amizades. Booth, Colomb e Willians (2000) afirmam que a pesquisa começa com nossa convicção de que essa é uma atividade inteiramente social, que nos une àqueles cuja pesquisa usamos e, da mesma forma, aqueles que usarão a nossa. Quando falamos em pesquisa científica, é importante citar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que é uma agência governamental, junto ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). O CNPq tem como finalidade o incentivo da pesquisa científica e tecnológica e a formação de pesquisadores no Brasil. Para tanto, fez-se necessário definir um conjunto de diretrizes para promover a ética na publicação de pesquisas científicas e estabelecer parâmetros de investigação para condutas não adequadas. Assim, o CNPq (2020) estabelece diretrizes básicas para a integridade na atividade científica, sendo algumas delas: • O autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam diretamente seu trabalho. • Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir o significado exato das ideias ou fatos apresentados pelo autor original, que deve ser citado. • Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e trabalhos anteriores do próprio autor devem ser assinalados, com as devidas referências e citações. • Quando estiver descrevendo o trabalho de outros, o autor não deve confiar em resumo secundário deste trabalho, o que pode levar a uma descrição falha do trabalho citado. Sempre que possível consultar a literatura original. • Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao trabalho merecem autoria em uma publicação, ou seja, participaram da realização de experimentos, na elaboração do planejamento experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. • Falsificação e fabricação de resultados. Além disso, outro ponto que merece atenção é o plágio. Apropriação indevida de obras de outros autores é antiético e é caracterizado como crime de violação do direito autoral pela lei brasileira, assim como pela legislação de outros países. Hoje já existem ferramentas para verificação de plágio em questões dissertativas e produções textuais por exemplo, que pode ser facilmente detectado em programas computacionais. De acordo com Maurer, Kappe e Zaka (2006), os métodos de descoberta de plágio através de softwares geralmente são divididos em três categorias: comparação entre documentos, busca por parágrafo suspeito na internet e a estilometria. Portanto, para evitar uma situação desagradável, toda obra que você utilizar em seu trabalho deve apresentar os devidos créditos aos autores por meio das citações. Caro(a) aluno(a), é importante ressaltar que quando se pratica pesquisa, é indispensável pensar na responsabilidade do pesquisador no processo de suas investigações e de suas produções científicas. REFLITA A ética manifesta-se a partir do momento que o sujeito começa a se relacionar, estabelecer vínculos sociais. A questão do bem e do mal se manifesta na dimensão social cotidiana em consequência dos valores que norteiam as escolhas do sujeito. Essas escolhas constroem e significam conceitos comportamentais que se constituem em valores almejados ao longo da história em sociedade. Fonte: Cordi et al. (2007). #REFLITA# 3. CARACTERÍSTICAS DA PESQUISA CIENTÍFICA https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/vector-programmer-working-on- code-data-229649623 Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 229649623 De acordo com Ruiz (1985, p. ), a “Pesquisa científica é a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas da metodologia consagradas pela ciência”. Naves (1998) destaca algumas características da pesquisa científica: • Ocorre e se desenvolve em torno de um problema: a razão de ser de uma pesquisaé a de estar ligada a um problema e não necessariamente resolvê-lo ou ter uma aplicação imediata. • É necessário trabalho criativo em todas as fases, para tanto é preciso ter curiosidade científica. • Visa descobrir generalizações, isto é, transferir a informação obtida a partir de uma amostra, para toda a população de origem. • Busca “dominar” um fenômeno: por meio da geração de novos conhecimentos e novos problemas, levando a um maior entendimento do fenômeno. • Faz uso de método científico: o estudo que não utiliza métodos e técnicas fundamentados na ciência, não constitui uma pesquisa (falaremos do método científico mais adiante). • Envolve informações precisas. A autora ainda destaca que é importante que o pesquisador também tenha algumas características: • Espírito científico e curiosidade para investigar o problema. • Raciocínio lógico, capacidade de observar e interpretar. • Criatividade. • Disciplina. • Rigor científico. Dessa maneira, pode-se dizer que a pesquisa científica é essencial para a construção do saber nas universidades, para que, assim, elas possam cumprir com o seu papel social do bem-estar e soberania da sociedade. Caro(a) aluno(a), visto a importância da pesquisa científica para a sociedade como um todo, pense na possibilidade em fazer parte desse meio científico já na graduação, quem sabe até por meio de uma Iniciação Científica! Mas lembre-se, é importante que você esteja disposto(a) a cumprir com os deveres de um(a) pesquisador(a), pois pesquisa científica é rigorosa! SAIBA MAIS Conforme o(a) estudante progride na carreira acadêmica, seguindo para programas de Pós-Graduação, seu entendimento sobre pesquisa científica também avança e ele(a) é capaz de aplicar metodologias mais complexas em seus estudos. Fonte: Barthes (1988). #SAIBA MAIS# 4. ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/science-researching-lab- professional-scientists-chemical-1464233756 ID do vetor stock livre de direitos: 1464233756 Caro(a) aluno(a), de acordo com Severino (2013), a documentação é uma prática do trabalho e da pesquisa. Cabe ao aluno recolher as informações dadas em sala de aula, anotações e depois submetê-las a uma triagem. Dessa maneira, é possível fazer uma comparação com a pesquisa científica: esse mesmo processo equivale ao início da estruturação do trabalho acadêmico. O estudante deve identificar qual tema será trabalhado em sua pesquisa científica, e posteriormente buscar as fontes que o ajudarão no desenvolvimento de seu trabalho. Nesse processo de escolha das fontes de pesquisa, deve-se fazer uma análise textual para que o embasamento teórico desse estudo seja o mais adequado e delimitado possível. Atenção: nesse processo deve cuidar para não se distanciar do tema. Aqui, ainda, deve-se atentar às fontes confiáveis de informação, evitando-se o uso de informações incorretas e não validadas cientificamente. Prezado(a) aluno(a), as fontes de pesquisa farão parte de todo o trabalho acadêmico desenvolvido por você ao longo do seu curso. As fontes de pesquisa se referem ao conjunto de materiais que você utilizará para fundamentar o seu projeto de pesquisa. É importante ressaltar que, por mais simples que seja o trabalho ou a pesquisa, estes não poderão ser desenvolvidos com apenas uma fonte de pesquisa. É necessário fazer uma pesquisa ampla, selecionando as melhores fontes de pesquisa para dar embasamento ao seu trabalho. Lembre-se que é necessário termos ética em nossa pesquisa, por isso é preciso ser criterioso com as referências que se utiliza e tomar cuidado para não reproduzir conteúdos sem validade científica. A seguir vamos apresentar algumas dicas que auxiliarão você, aluno(a), em buscar adequadamente as fontes de pesquisa para o seu trabalho. • Saber o que você procura: delimite por meio de palavras-chave, assim, evita ir muito além do assunto que pesquisa. Quanto maior a delimitação da sua pesquisa, maior a quantidade de fontes específicas sobre o tema que procura. • Dê preferência para as fontes de pesquisa que tem maior envolvimento com seu tema e sua área. • Evite fazer as citações de citações (quando você cita um autor por meio da obra de outro). Sempre que possível busque a obra original para sua pesquisa. • Utilize fontes de pesquisa diversificadas. Sabemos que a internet facilita muito o acesso a materiais, porém livros em bibliotecas físicas são muito válidos e confiáveis, portanto, não podem ser deixados de lado. Você pode estar se questionando: mas então quais são os meios confiáveis que posso utilizar para minha pesquisa? Aluno(a), é natural que você fique um pouco perdido(a) nas suas primeiras pesquisas. Vamos indicar algumas fontes que você pode consultar quando precisar: - Livros: tanto no formato físico como e-books. - Periódicos: revistas cientificas nacionais e internacionais. - Artigos científicos. - Legislações. - Teses e dissertações. Lembre-se: a correta escolha da fonte de pesquisa também faz parte da ética do pesquisador! Agora você pode estar se perguntando: mas onde encontrar todo esse material? Seguem algumas bases que você pode acessar. • Bibliotecas universitárias: a maioria das universidades já têm inclusive as bibliotecas online. • Google acadêmico: muito utilizado para fazer busca de artigos, livros e revistas. • Scielo: possui revistas de diferentes países, além de livros e revistas. • Scopus: é o site da editora Elsevier, também podemos encontrar artigos, livros e revistas de diversas áreas. • Plataforma sucupira: permite o acesso a revistas nacionais e internacionais. • Entre outras inúmeras bases de publicações científicas que existem. De acordo com Beaud (2000), apresentamos aqui, de uma forma resumida, as etapas do processo de pesquisa científica: 1) Escolha do tema: O que eu pretendo estudar? 2) Revisão de literatura: Pesquisa bibliográfica da literatura relacionada ao tema. 3) Justificativa: o porquê de ter escolhido o tema. 4) Formulação do problema de pesquisa. 5) Metodologia: como irei chegar aos resultados? 6) Análise e discussão dos resultados. 7) Conclusão: relacionada aos resultados obtidos. Posteriormente falaremos mais detalhadamente de cada uma dessas etapas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Prezado(a) aluno(a), o objetivo dessa unidade foi fornecer conhecimentos sobre a pesquisa científica e principalmente sobre as questões éticas envolvidas nesse meio. Assim como devemos ter ética nas nossas relações com clientes, colegas etc., ao desenvolver uma pesquisa científica temos também um conjunto de regras e deveres a serem cumpridos. Ao iniciar no mundo da pesquisa, é importante termos a convicção de que estamos unidos tanto àqueles cuja pesquisa utilizamos, quanto àqueles que utilizarão a nossa futuramente. Dessa maneira, mais uma vez ressaltamos a importância do cuidado ao desenvolvermos uma pesquisa: estamos produzindo conhecimento para a sociedade. Uma das coisas que mais assusta o estudante é desenvolver uma pesquisa científica. Muitos deles não sabem nem por onde começar. Vimos aqui que escolher boas fontes de pesquisa já é um primeiro passo para o sucesso no seu trabalho. Dessa maneira, ao longo das nossas unidades, queremos oferecer a você subsídios para garantir o maior nível de qualidade nos trabalhos científicos a serem apresentados durante a sua vida acadêmica. LEITURA COMPLEMENTAR O CNPQ, O PLÁGIO E A ÉTICA NA PESQUISA ACADÊMICA Longe de um devido aprofundamento técnico, já que a proposta do presente texto é o trato objetivo-informativo da temática em voga, o plágio possui várias peculiaridades, como se pode observar, não obstante, existirem duas características das quais não se pode desviar: é prática de ato fraudulento e é mera repetiçãode algo já existente, não constituindo nenhum tipo de evolução tecnológica para qualquer seara da ciência – trata-se de atraso na produção de conhecimento humano, com reflexos sociais, econômicos, culturais e políticos. O Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), atualmente chamado de Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, órgão público classificado como agência vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, preocupado com o aumento da incidência de plágios e fraudes no meio científico e com a necessidade de nortear boas condutas nesta seara, que evitem ou amenizem os malefícios da “cópia desmedida”, instituiu em 2011 uma Comissão com a missão, dentre outras, de produzir relatório específico sobre a “integridade” da pesquisa no Brasil. Este citado relatório define modalidades de fraude e más condutas nas publicações (entre elas, o plágio e o autoplágio) e é profícuo em boas observações e contribuições para a pesquisa nacional e respectivo desenvolvimento tecnológico futuro, entretanto, ele se destaca por criar parâmetros éticos (com reflexos no âmbito normativo, claro), no que tange à fraude na pesquisa, recomendando ao CNPq duas linhas de atuação: a) ações preventivas e pedagógicas – diante da importância de uma boa orientação na seara da pesquisa e produção de conhecimento, o CNPq deve definir para todos, principalmente para os jovens, as boas práticas e as práticas que não são consideradas aceitáveis, deve estimular o oferecimento de disciplinas com conteúdo ético e de integridade de pesquisa nos cursos de pós-graduação e de graduação e qualificar/nortear os professores, devido a importância dos mesmos como orientadores acadêmicos. (CNPq, 2017). b) ações de desestímulo a más condutas (inclusive, com punições): instituição de uma comissão permanente pelo Conselho Deliberativo do CNPq, constituída de membros de alta respeitabilidade de diferentes áreas do conhecimento, com competência para examinar situações em que surjam dúvidas fundamentadas quanto à integridade da pesquisa realizada/publicada (não estimulando denúncias falsas ou infundadas), decidir preliminarmente se há fundamentação que justifique uma investigação específica, a ser realizada por especialistas da área nomeados ad hoc, propor ou não à Diretoria Executiva do CNPq os desdobramentos adequados, e, por fim, avaliar a qualidade do material disponível sobre ética e integridade de pesquisa, a ser publicado nas páginas do CNPq. (CNPq, 2017). Além disso, e talvez como maior contribuição, esse citado relatório cria um conjunto das principais e mais adequadas posturas éticas (‘diretrizes’ é o termo no teor do texto), no que tange a citações, indicações de fonte de consulta, respeito à pesquisa e à produção de conhecimento de outrem, aqui no Brasil – regras morais norteadoras de arcabouço jurídico constituído a partir de então e inspiradas em condutas anteriormente já disciplinadas – a saber: 1: O autor deve sempre dar crédito a todas as fontes que fundamentam diretamente seu trabalho. 2: Toda citação in verbis de outro autor deve ser colocada entre aspas. 3: Quando se resume um texto alheio, o autor deve procurar reproduzir o significado exato das ideias ou fatos apresentados pelo autor original, que deve ser citado. 4: Quando em dúvida se um conceito ou fato é de conhecimento comum, não se deve deixar de fazer as citações adequadas. 5: Quando se submete um manuscrito para publicação contendo informações, conclusões ou dados que já foram disseminados de forma significativa (p.ex. apresentado em conferência, divulgado na internet), o autor deve indicar claramente aos editores e leitores a existência da divulgação prévia da informação. 6: se os resultados de um estudo único complexo podem ser apresentados como um todo coesivo, não é considerado ético que eles sejam fragmentados em manuscritos individuais. 7: Para evitar qualquer caracterização de autoplágio, o uso de textos e trabalhos anteriores do próprio autor deve ser assinalado, com as devidas referências e citações. 8: O autor deve assegurar-se da correção de cada citação e que cada citação na bibliografia corresponda a uma citação no texto do manuscrito. O autor deve dar crédito também aos autores que primeiro relataram a observação ou ideia que está sendo apresentada. 9: Quando estiver descrevendo o trabalho de outros, o autor não deve confiar em resumo secundário desse trabalho, o que pode levar a uma descrição falha do trabalho citado. Sempre que possível consultar a literatura original. 10: Se um autor tiver necessidade de citar uma fonte secundária (p.ex. uma revisão) para descrever o conteúdo de uma fonte primária (p. ex. um artigo empírico de um periódico), ele deve certificar-se da sua correção e sempre indicar a fonte original da informação que está sendo relatada. 11: A inclusão intencional de referências de relevância questionável com a finalidade de manipular fatores de impacto ou aumentar a probabilidade de aceitação do manuscrito é prática eticamente inaceitável. 12: Quando for necessário utilizar informações de outra fonte, o autor deve escrever de tal modo que fique claro aos leitores quais ideias são suas e quais são oriundas das fontes consultadas. 13: O autor tem a responsabilidade ética de relatar evidências que contrariem seu ponto de vista, sempre que existirem. Ademais, as evidências usadas em apoio a suas posições devem ser metodologicamente sólidas. Quando for necessário recorrer a estudos que apresentem deficiências metodológicas, estatísticas ou outras, tais defeitos devem ser claramente apontados aos leitores. 14: O autor tem a obrigação ética de relatar todos os aspectos do estudo que possam ser importantes para a reprodutibilidade independente de sua pesquisa. 15: Qualquer alteração dos resultados iniciais obtidos, como a eliminação de discrepâncias ou o uso de métodos estatísticos alternativos, deve ser claramente descrita junto com uma justificativa racional para o emprego de tais procedimentos. 16: A inclusão de autores no manuscrito deve ser discutida antes de começar a colaboração e deve se fundamentar em orientações já estabelecidas, tais como as do International Committee of Medical Journal Editors. 17: Somente as pessoas que emprestaram contribuição significativa ao trabalho merecem autoria em um manuscrito. Por contribuição significativa entende- se realização de experimentos, participação na elaboração do planejamento experimental, análise de resultados ou elaboração do corpo do manuscrito. Empréstimo de equipamentos, obtenção de financiamento ou supervisão geral, por si só não justificam a inclusão de novos autores, que devem ser objeto de agradecimento. 18: A colaboração entre docentes e estudantes deve seguir os mesmos critérios. Os supervisores devem cuidar para que não se incluam na autoria estudantes com pequena ou nenhuma contribuição nem excluir aqueles que efetivamente participaram do trabalho. Autoria fantasma em Ciência é eticamente inaceitável. 19: Todos os autores de um trabalho são responsáveis pela veracidade e idoneidade do trabalho, cabendo ao primeiro autor e ao autor correspondente responsabilidade integral, e aos demais autores responsabilidade pelas suas contribuições individuais. 20: Os autores devem ser capazes de descrever, quando solicitados, a sua contribuição pessoal ao trabalho. 21: Todo trabalho de pesquisa deve ser conduzido dentro de padrões éticos na sua execução, seja com animais ou com seres humanos. (CNPq, 2017). Como se pode ver, cada um dos itens elencados acima mereceria uma reflexão profunda e isso seria campo fértil para a produção de um novo texto acadêmico que demonstrasse a importância de uma postura de respeito a tais condutas no processo de criação do conhecimento; contudo, a lista em foco, além de ser parâmetroético para todos que desenvolvem pesquisa, serve de referencial, devido a uma razoável e sinérgica relação com os ideais de um Estado de Direito, para as regras de padronização para trabalhos científicos da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), por exemplo – entidade privada, sem fins lucrativos e de grande utilidade pública –, que por sua vez, se apresentam como norteadoras das normas de padronização que cada instituição de ensino superior (IES) disponibiliza para seus discentes! Portanto, vejam a dimensão e o alcance destas presentes “diretrizes”. Fonte: adaptado de Vilaça (2017). LIVRO • Título: Metodologia Científica • Autor: Amado L. Cervo, Pedro A. Bervian, Roberto da Silva • Editora. Pearson • Sinopse: Referência na área, Metodologia científica já se tornou um clássico, mas continua em evolução. Esta nova edição, totalmente revista, procura atender aos anseios dos leitores com uma concepção mais prática, refletindo a ênfase atual adotada por agências, institutos, fundações e empresas que investem em estudos para a qualidade do projeto e para a produtividade do pesquisador. O caráter mais prático do livro transparece, por exemplo, no modo como ele aborda a elaboração de projetos e de relatórios finais de pesquisa. É também evidente em seu novo projeto gráfico que, com um aproveitamento mais racional do espaço, ele foi totalmente otimizado, o que tornou o conteúdo mais dinâmico e acessível. Complementa a obra um site de apoio exclusivo, com exercícios e materiais adicionais que ajudam a embasar o conhecimento teórico adquirido, além de links que proporcionam um maior envolvimento do leitor com a comunidade científica brasileira. Todas essas características fazem da sexta edição desta obra uma ferramenta indispensável para estudantes de graduação e pós-graduação que precisam de orientações consistentes não somente para a produção acadêmica, mas também para a elaboração de trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses. FILME/VÍDEO • Título: O óleo de Lorenzo • Ano: 1993 • Sinopse: Um garoto levava uma vida normal até que, quando tinha seis anos, estranhas coisas aconteceram, pois ele passou a ter diversos problemas de ordem mental que foram diagnosticados como ALD, uma doença extremamente rara que provoca uma incurável degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no máximo dois anos. Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de medicamento para uma doença desta natureza. Assim, começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença WEB A importância em se verificar as fontes de informação na internet. Perfil falso na Wikipédia é citado em decisão judicial e trabalho acadêmico. http://g1.globo.com/globo-news/jornal-globo-news/videos/v/perfil-falso-na- wikipedia-e-citado-em-decisao-judicial-e-em-trabalho-academico/4833592/ REFERÊNCIAS BARTHES, R. Escritores, intelectuais, professores. In: BARTHES, R. O rumor da língua. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988, p. 313-332. BEAUD, M. Arte da tese: Como preparar e redigir uma tese de mestrado ou doutorado, uma monografia ou qualquer outro trabalho universitário. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. BOOTH, W. C.; COLOMB, G. G.; WILLIAMS, J. M. A arte da pesquisa. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994. CNPQ. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, 2020. CORDI, C. et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007. FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. KNECHTEL, M. do R. Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórico-prática dialogada. Curitiba: Intersaberes, 2014. LEITE, F. T. Metodologia científica: métodos e técnicas de pesquisa. Aparecida: Ideias & Letras, 2008. MAURER, H.; KAPPE, F.; ZAKA, B. Plagiarism ‐ A survey. J‐Jucs, n. 12, v. 8, 2006. NAVES, M. M. V. Introdução à pesquisa e informação científica aplicada à nutrição. Revista de Nutrição, n. 1, v. 11, 1998. TOZONI-REIS, M. F. de C. Metodologia da pesquisa científica. 2. ed. Curitiba: IESDE, 2007. VILAÇA, L. F. Plágio: impressões gerais sobre questões éticas e o prejuízo ao progresso acadêmico. Revista Jus Navigandi. 2017. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/61218/plagio-impressoes-gerais-sobre-questoes-eticas-e- o-prejuizo-ao-progresso-academico. UNIDADE III TÍTULO DA UNIDADE Professora Doutora Ana Paula Stroher Plano de Estudo: • Conceitos e importância do projeto de pesquisa • Importância e aplicação do projeto de pesquisa • Etapas de um projeto de pesquisa Objetivos de Aprendizagem: • Conceituar o projeto de pesquisa • Estabelecer a importância da elaboração do projeto de pesquisa • Compreender as etapas de um projeto de pesquisa INTRODUÇÃO Caro(a) acadêmico(a), daremos continuidade a nossa ementa. Agora falaremos sobre o projeto de pesquisa, que não é considerado algo fixo, ou seja, caso o objetivo da sua pesquisa seja alterado no decorrer da sua estruturação, você pode realizar a alteração e manter o tema proposto inicialmente. Em geral, o projeto de pesquisa possui os seguintes pontos principais: fundamentação teórica, objetivos, justificativa, metodologia, cronograma e lista de referenciais. O projeto pode apresentar também os recursos necessários, os resultados esperados, entre outros pontos que auxiliam no desenvolvimento da pesquisa. Pensamos que, durante a construção de uma casa ou algo que precisa ser planejado, a primeira situação envolvida é a busca por materiais de construção para obter as matérias primas necessárias, como areia, cimento, pedras, tijolos, madeira entre outros. No entanto, realizar uma construção é algo de grande importância para nossas vidas, assim como é um trabalho de TCC, Monografia, Dissertação e/ou Tese. Para tanto, tudo precisa ser planejado, a fim de garantir uma estruturação perfeita que agradará a nós como autores, bem como a todos que realizarão a leitura ou, no caso de uma casa a ser construída, as pessoas terão uma posição a respeito da construção, como bela, razoável etc. Assim, um projeto de pesquisa apresenta fases que são necessárias para que possamos divulgar nosso trabalho. E quando falamos em trabalho, é necessário estabelecer os passos que devem ser seguidos para obter um bom resultado. Bons estudos! 1 INICIANDO UM PROJETO DE PESQUISA: DEFINIÇÃO DO TEMA, TÍTULO E OBJETIVOS https://www.shutterstock.com/pt/image-hoto/business-people-meeting-office-use- post-696061477 Fonte: ID da foto stock livre de direitos: 696061477 Prezado(a), um projeto de pesquisa pode ser simbolicamente comparado com coordenadas, isso mesmo, coordenadas geográficas, como latitude e longitude. Para isso, é necessário que o pesquisador busque, ao longo de todo o processo de sua pesquisa, a sincronia com os tópicos que falaremos ao longo desta unidade. 1.1 Escolhendo o Tema e o Título da Pesquisa Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007), a escolha do tema é o primeiro passo da pesquisa, porém, muitas vezes, já nessa etapa, o pesquisador encontra dificuldades para defini-lo, visto os inúmeros temas existentes. O tema da pesquisa se refere a um assunto que necessite melhores definições e clareza daquilo já publicado. Um tema deve ser apresentado como uma competência do autor, ou seja, precisamos nos identificar com o propósito a ser instituído. Sua escolha deve levar em conta possibilidade de desenvolvê-lo e capacidade de quem irá elaborar a pesquisa (em conjunto com seu orientador). Dessa maneira, espera-se que o grau de conhecimento sobre o assunto possa ser aumentado em função da pesquisa (KÖCHE, 1996). Aluno(a), vamosiniciar nossa jornada apresentando algumas pretensões quanto a escolha do tema. De acordo com Beaud (2000), podemos citar: O pesquisador e a abordagem do tema: um tema deve ser proposto de ideologias, aquelas que vêm na nossa mente por meio de muita pesquisa realizada. Assim, o pesquisador precisa iniciar seu trabalho com muita dedicação na leitura e discussões que possam despertar o leitor por sua pesquisa. Por isso, nunca deixe de buscar a interação com artigos científicos, livros e muita pesquisa sobre o seu tema, para que possa viabilizar a pesquisa de uma forma interativa e não monótona. Gosto e curiosidade pela pesquisa: apresentar um interesse pela leitura é um fator de grande prestígio pela academia (estudos), especialmente pelo objetivo da descoberta de fontes e/ou conhecimento que possam estabelecer uma conversação e, acima de tudo, uma escrita bem fluida. Muitas pessoas acham, erroneamente, que tema e título são sinônimos dentro de uma pesquisa científica. Título e tema não são sinônimos, mesmo que estejam ligados e se completem. É importante ressaltar que tão importante quanto a escolha do tema é a elaboração do título, pois ele surge em primeiro lugar, como anúncio ou mesmo um rótulo da sua pesquisa. Volpato (2006) sugere que o título deve ser curto, pois, por possuir uma leitura rápida, o leitor quase sempre irá ignorar títulos longos; uma vez que o excesso de artigos científicos existentes demanda uma triagem daqueles que serão lidos. Ainda de acordo com o autor, o título deve ser simples, conciso, claro, curto e impactante. O título deve ser um “resumo bem compactado” de cada trabalho científico. Se bem escrito, pode ser o principal motivo para que alguém leia o que está sendo oferecido. Outro ponto importante é que ele deve ser fiel ao conteúdo do trabalho, não podendo confundir o leitor. Dessa maneira, deve informar precisamente o conteúdo do trabalho, ressaltando seu objetivo ou sua conclusão. SAIBA MAIS A leitura é um fator decisivo no processo de estudo sobre um assunto, pois propicia a ampliação de conhecimentos, a obtenção de informações básicas ou específicas. Isso amplia a abertura de novos horizontes para a mente, a sistematização do pensamento, o enriquecimento voltado ao vocabulário e o melhor entendimento do conteúdo das obras. Fonte: Marconi e Lakatos (2009). #SAIBA MAIS# REFLITA Um acadêmico deve buscar a interação com o tema e ter em mente que o título não pertence ao tema. Mas, ao criarmos um trabalho acadêmico, saberemos distinguir a relação entre ambos, pois o título pode ser incluído no final do trabalho, já o tema é o primeiro a ser definido. Fonte: Marconi e Lakatos (2009). #REFLITA# 1.2 Definindo o Objetivo Geral e Específico Para Cervo, Bervian e Silva (2007) os objetivos que se têm em vista definem a natureza do trabalho, o tipo de problema, o material e dados de coleta etc., e podem ser definidos como geral e específico, como segue: • Geral: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o propósito do estudante com a realização da pesquisa. • Específico: procura-se aprofundar as intenções apresentadas no objetivo geral, ou seja, irá detalhar o que se pretende com a pesquisa. Desta maneira, os objetivos específicos estão sempre ligados ao objetivo geral. Caro(a) aluno(a), para exemplificar melhor a diferença entre os objetivos, encontra-se, a seguir, um exemplo de uma pesquisa envolvendo o tema “cadeia produtiva”. Dessa maneira o objetivo geral do trabalho é: “Contextualizar a partir de uma abordagem de revisão de literatura, os principais fatores envolvidos no processo de gerenciamento da cadeia produtiva, focada no envolvimento de ações que possam limitar o aumento dos custos”. Veja que no objetivo geral, de uma forma clara e sucinta, o autor deixa nítida a pretensão de sua pesquisa. Os objetivos específicos devem estar de acordo com o objetivo geral e apresentar a seguinte conformação: “- Avaliar formas de minimizar o impacto negativo, que envolvam o setor da gestão de processos; - Aplicar procedimentos que visam a melhoria da capacidade de crescimento das empresas mediante ao consumo consciente de matérias primas, redução de estoques e gerenciamento ativo”. Neste sentido, os objetivos específicos precisam ser aprofundados ao tema, para detalhar todo o contexto explorado pelo autor. Assim, a utilização dos verbos, devem seguir o tempo verbal infinitivo, por exemplo: interpretar, levantar, relatar, definir, propor entre outros. 2 DEFININDO O PROBLEMA, HIPÓTESES E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/clipboard-gear-isolated-icon-technical- support-1500159236 Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 1500159236 2.1 Determinando um Problema de Pesquisa e Aplicando Hipóteses Após realizarmos a escolha do tema para abordar a nossa pesquisa científica, precisamos focar no desenvolvimento do problema, que será exposto no projeto de pesquisa. Inúmeras são as definições da palavra “problema” segundo o dicionário, porém na pesquisa científica consiste em dizer de maneira explícita, clara, compreensível e operacional com qual dificuldade nos defrontamos e que pretendemos resolver (KOCHE, 1996). Segundo Gil (1991), nem todo problema é passível de tratamento científico, é preciso identificar o que é científico daquilo que não é. Um problema é de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser definidas como testáveis. Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cientificamente válido, propõe-se uma resposta “suposta”, provável e provisória, isto é, uma hipótese. Ambos, problema e hipótese, são enunciados como relações entre variáveis, a diferença reside em que o problema constitui sentença interrogativa e a hipótese, sentença afirmativa (MARCONI; LAKATOS, 2009). De acordo com Koche (1996), ao delimitar o problema de pesquisa, o investigador propõe, por meio da sua imaginação e conhecimento, uma possível relação entre fatos. Essa fase é resultado de um trabalho mental em que se estruturam as peças de um quebra-cabeça, procurando entender as ligações entre os fatos. Essa busca é determinada pelo problema da investigação. Após a formulação do problema, é necessário propor explicações que nortearão o processo de investigação. Para Cervo e Bervian (2002), a formulação de hipóteses é essencial para o processo da investigação, que visa a busca de informações. Para tanto, quando relacionamos hipóteses, é necessário considerar a busca por explicação. Assim, a formação de uma hipótese deve ser destinada a suposições ou causas que visam a sua inclusão ao projeto de pesquisa. Portanto, a aplicação das hipóteses visa agregar aos pesquisadores a indicação de um caminho a ser seguido. Para isso, é necessário utilizar explicações que possam ser plausíveis de respostas e apontamentos do problema lançado (GIL, 1999). 2.2 Justificativa do Projeto de Pesquisa Prezado(a) aluno(a), a justificativa é muito importante para avaliarmos a nossa trajetória relacionada a um projeto de pesquisa. Assim, a justificativa é baseada em uma resposta no formato “por quê?”. Em outras palavras: “por que estou desenvolvendo essa pesquisa?”. Nessa frase, é importante refletir e explanar sobre relações que levaram o pesquisador a escolher o tema proposto (MARCONI; LAKATOS, 2009). Assim, de acordo com Beaud (2000), precisamos ficar atentos nas seguintes informações aplicadas na justificativa, como: • Importância da pesquisa: no âmbito da prática e intelectual; • Contribuições para compreensão ou solução do problema que poderá advir com a realização de tal pesquisa; • Contribuições teóricas que o trabalho pode trazer; possíveis respostas/soluções para problemas gerais e/ou específicos; possíveis modificações que poderão sergeradas a partir deste estudo • Estado da arte, estágio de desenvolvimento do tema proposto, como vem sendo tratado na literatura. Prezado(a) aluno(a), para finalizar, seguem alguns questionamentos que podem ser feitos para facilitar a construção da justificativa: • Qual a importância deste estudo? • Quem ganha? • que ganha? Portanto, na formação da justificativa o autor deve atuar em evidências de sua trajetória ao tema e do fortalecimento das evidências sobre sua formação. 3 METODOLOGIA, EMBASAMENTO TEÓRICO E CRONOGRAMA https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/tile-vector-pattern-books-on-shelf- 557289715 Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 1423838888 3.1 Metodologia Prezado(a) aluno(a)., aqui trataremos sobre a descrição dos procedimentos que devem ser abordados na obtenção de resultados, objetivos bem como, funcionalidades com base em definições e desenvolvimento da pesquisa. Em resumo, a metodologia é o tópico do projeto de pesquisa que responde às seguintes questões: Como? Com quê? Onde? Quanto? (MARCONI; LAKATOS, 2003). Então, precisamos estabelecer o perfil da pesquisa como uso da amostragem populacional, descrição da obtenção dos dados e a apresentação (GIL, 2009). Para tanto, segundo o autor, é necessário estabelecer as seguintes informações: • Modelo ou tipo de pesquisa: a apresentação sobre a pesquisa deve relacionar sua ação ou natureza, podendo ser exploratória, descritiva e/ou explicativa. Assim, deve ser analisado no formato de delineamento entre eles: trata-se de uma pesquisa experimental, levantamento, estudo de caso e pesquisa bibliográfica; • Amostragem ou população: busca a interação do estudo como a extensão e formato a ser aplicado; • Coletando dados da pesquisa metodológica: os dados serão desenvolvidos e interpretados mediante as coletas que envolvam o perfil aplicado. Dentre eles formatos envolvendo: questionários estruturados e semiestruturados, testes focados em escalas. Bem como, o uso de pesquisas no formato de entrevista e observações a serem destacadas; • Analisando dados da pesquisa metodológica: com base em procedimentos abordados em seu estudo, é necessária a utilização de análises que envolvam análise de conteúdo, testes focados em hipóteses, de análises qualitativa e quantitativa. 3.2 Embasamento Teórico A formação da etapa de embasamento é basicamente o processo teórico da pesquisa a ser desenvolvida. Para tanto, toda pesquisa precisa do embasamento teórico para dar continuidade ao tema proposto pelo pesquisador. Assim, aluno(a), pensamos em trabalhar com um determinado tema de grande importância na atualidade. Para tanto, o pesquisador irá abordar todo o contexto sobre esse tema, buscando fontes científicas e dados confiáveis para redigir o embasamento teórico e posterior fechamento da sua pesquisa com seus resultados e a conclusão. Assim, as autorias citadas no embasamento teórico devem seguir uma legitimidade da abordagem. Segundo Gil (2009), descrever citação de trabalhos e concluir sobre o tema abordado auxilia e muito na pesquisa criada pelo(a) autor(a), especialmente no quesito conhecimento, fontes abordadas e escrita aplicada. Para tanto Marconi e Lakatos (2009) atribuem ao autor a função de interpretar e organizar a citação de fontes que irão compor a sua pesquisa para auxiliar na formação do escopo e acima de tudo na solução do problema, verificação das hipóteses e, por último, as conclusões para finalização da pesquisa. De acordo com Cervo, Bervian e Silva (2007) a citação pode ser: • Direta, quando representa transcrição textual de parte da obra do autor consultado. • Indireta, quando o texto é baseado na obra do autor consultado. A formatação das citações deve seguir orientação da NBR 10520, de 2002. 3.3 O Cronograma No projeto de pesquisa é necessário também apresentar o cronograma, que deve ser elaborado para atender às diversas etapas do projeto de pesquisa. O cronograma indica com clareza o tempo de execução previsto para as diversas fases da pesquisa e apresentará desde o período da escolha do tema e definição do problema até o momento da apresentação do trabalho final (defesa). Figura 1 - Modelo de cronograma Fonte: o autor. É importante ressaltar que não existe um modelo único para o cronograma, cada pesquisador deve elaborá-lo de acordo com suas necessidades específicas. 4 CONCLUSÃO/ CONSIDERAÇÕES FINAIS, RESUMO E LISTA DE REFERÊNCIAS https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/idea-manager-line-icon-set-shining- 1423838888 Fonte: ID do vetor stock livre de direitos: 1423838888 4.1 Conclusão e/ou Considerações Finais Ao chegarmos às considerações finais do nosso projeto de pesquisa deveremos considerar o estado da arte, ou seja, todo o processo anteriormente contextualizado. Assim, o encerramento de um projeto exige muita sincronia e concentração sobre o tema abordado, e deve ser conciso e pontual. Prezado(a) aluno(a), quando trabalharmos com a consideração final, não é usual utilizarmos citações de outros autores para o encerramento do nosso projeto, especialmente por serem acordos que abordam o nosso conhecimento adquirido ao longo da confecção. Assim, a busca de respostas e seu fechamento da conclusão elevam o nível de confiança do escritor, pois é nessa sintonia que ele será o facilitador relacionado ao conteúdo por ele descrito ao longo do escopo do projeto (THIOLLENT, 1997). Neste sentido, a consideração final deve ser realizada e trabalhada sobre o objetivo inicial tratado no seu projeto de pesquisa, que deve ser respondido. Bem como os objetivos específicos ligados à justificativa e fundamentação teórica, focando em informações que irão estabelecer conexão com seu tema proposto, com conclusões significativas conforme dados obtidos ao longo do estudo. Prezado(a) aluno(a), caso a escrita não esteja de acordo com o seu conhecimento, aplique listas fortalecendo os principais tópicos relacionados ao seu projeto de pesquisa, utilize um resumo de cada item proposto. Assim, posterior a isso, inclua textos dissertativos a partir de resumos. Veja um exemplo da aplicação que poderá ser alinhada ao elaborar uma conclusão: • Faça um breve resumo de cada capítulo abordado; • Aplique uma síntese dos resultados alcançados; • Disponha de sugestões para outras pesquisas. 4.2 Resumo Um resumo deve seguir a normativa ABNT NBR 6028. Assim, a sua aplicação é obrigatória, e trata-se de uma síntese do trabalho desenvolvido pelo pesquisador. Prevê em sua escrita a informação, na qual a primeira frase adiciona- se o assunto a ser estudado, seguido pelo objetivo do estudo e aplicação da metodologia imposta na pesquisa e finaliza-se com considerações finais, conhecidas também como conclusão do trabalho. Lembrando, prezado(a) aluno(a), que todo resumo deve ser apresentado em espaço simples, sem a adição de parágrafos, e conter entre 250 a 500 palavras. Além desses recursos, o resumo deve apresentar palavras-chave (em geral de 3 a 5), que são de extrema importância e devem estar direcionadas ao tema da pesquisa. Ainda, é importante ressaltar que um resumo não recebe citações de autores, é de cunho próprio do autor da presente obra. Segundo Cervo, Bervian e Silva (2007), duas técnicas podem ser utilizadas na elaboração do resumo. Na primeira utiliza-se apenas a ideia principal e as ideias secundárias para articular um texto explicativo. Na segunda utiliza-se apenas as palavras-chave para a construção do resumo. Após apresentar o resumo é necessário apresentá-lo traduzido para língua estrangeira, que também seguirá os parâmetros da ABNT NBR 6028 (ABNT, 2003). A linguagem pode ser: inglês, espanhol e/ou francês. A formatação segue o mesmo padrão do resumo em português (já
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