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Aula 5 - Antígenos e interação antígeno/ resposta adaptativa. Antígenos (imunógenos): Substâncias capazes de promover uma resposta imunológica. Haptenos ou antígenos incompletos: Substâncias que por si só não conseguem promover uma resposta imunológica. ex. níquel. Carreadores: Substâncias que se unem a haptenos, tornando-os antígenos completos. ex. proteína da pele que se une ao níquel. Adjuvantes: Substâncias que unidas a antígenos (imunógenos), aumentam seu poder antigênico. ex. hidróxido de alumínio. Alérgenos: São antígenos que promovem uma resposta imunológica exacerbada (alergias). ex. Dermatophagoides pteronyssius. Classificação dos antígenos: De acordo com a origem: Exógenos (do meio externo) Endógenos (do próprio organismo). Espécie: Xenoantígenos (próprios da espécie). Aloantígenos (próprios de membros da espécie). Autoantígenos (próprios do indivíduo). Natureza: Complexos químicos Proteínas Polissacarídeos Lipídeos (quase nunca são imunógenos). Estrutura dos antígenos: Acima de 100 kDa: geralmente são antígenos, quase sempre eliminados (excreção: cálculos renais). Acima de 5 kDa: quase sempre atuam como antígenos. Entre 5 e 70 kDa: grande parte dos alérgenos. Abaixo de 4 kDa: quase nunca atuam como antígenos. Epítopo (= Determinante antigênico) É a parte do antígeno que promove a resposta imunológica. Número e localização dos epítopos: Antígenos lineares: epítopos geralmente nas extremidades. Antígenos tridimensionais: podem apresentar vários epítopos. Vias de penetração dos antígenos: Epitelial Subcutânea. Intradérmica → para os Linfonodos regionais Endovenosa Intraperitoneal → para o Baço. Reatividade cruzada: Antígeno A e Antígeno B → epítopos iguais ou semelhantes. Anticorpo atua contra ambos os antígenos. ex. reatividade cruzada entre tropomiosina de ácaros, baratas, camarões e outros crustáceos. Tolerância dose dependente: Altas doses de AG. Baixas doses repetitivas de AG. → ausência da resposta imunológica. Imunoterapia: Baixas doses repetitivas de alérgenos. Aumento de T regulador adaptativa: → tolerância de observação. Desvio da resposta Th2 para Th1: Diminui: citocinas de Th2. eosinófilos. IgE em longo prazo. → tolerância periférica. Dessensibilização: Apenas para medicamentos insubstituíveis, com protocolos estabelecidos, em pacientes internados → Aumento progressivo das doses do medicamento, determinando diferentes mecanismos imunológicos → Tolerância periférica transitória. Interação antígenos e resposta adaptativa: Antígenos é reconhecido por linfócito T e anticorpo. Especificidade na resposta humoral e celular: Humoral Fab com região hipervariável → especificidade do anticorpo. Linfócito T com TCR → especificidade de T. Interação entre antígeno e resposta humoral: A união ocorre entre o epítopo do antígeno e região hipervariável. Interação entre antígeno e resposta celular: Célula apresentadoHLA → epítopo ←→ TCR linfócitos T. A interação antígênica depende do patógeno e do componente genético do indivíduo. Valência das imunoglobulinas: Anticorpos bivalentes: IgG IgA sérica. IgE IgD IgM de superfície. Anticorpos tetravalentes: IgA secretora 4 regiões hipervariáveis. Anticorpos decavalentes: IgM sérica. 10 regiões hipervariáveis. Características da união antígeno-anticorpo: Não é chave-fechadura. Não há fusão AG-AC. É reação reversível (maior avidez). Forças atrativas da união AG-AC: 1) Forças hidrofóbicas: Mais da metade da força total. 2) Forças eletrostáticas: União entre grupos ionizados com cargas elétricas opostas. 3) Forças hidrogeniônicas: Pontes de hidrogênio entre átomos. 4) Forças de Van der Waals: Interação entre nuvens de elétrons. Afinidade e avidez da união AG-AC: Afinidade: É a força resultante da união entre um epítopo e sua região hipervariável (= determinante de complementaridade) Avidez: É a soma das diversas afinidades (quando existem vários epítopos). Poder antigênicos: É a capacidade do antígeno em determinar a intensidade da resposta imunológica. Antígenos com alto poder antigênico: Proteicos ou com estrutura complexa. Termoestáveis. Resistentes aos ácidos, as enzimas á desnaturação. Antígenos tridimensionais com vários epítopos. Administrados por via intraperitoneal ou EV. Casos clínicos: Paciente apresentando processo infeccioso que pode ter resposta a antibiótico oral ou endovenoso. Qual você escolhe? Por quê? Oral → medicamento substâcia estranha. AG endovenoso tem maior poder antigênico. Em que situação você escolheria diferente? EV → em infecções graves. Quais as vias de adminitração mais perifosas para um medicamento? Intraperitoneal Endovenosa. Indivíduo com rinite alérgica que não responde à higiene ambiental e ao tratamento farmacológico. É iniciada imunoterapia. Baixas doses repetitivas de alérgenos → aumento de T regulador adaptativa; A imunoterapia pode levar o paciente a anafilaxia? AG → dermatophagoides pteronýssinus (agente etiológico da rinite alérgica). Alergia é sempre doença sistêmica. Quais as populações de linfócitos que estão aumentadas nas alergias IgE mediadas? T auxiliar tipo 2 (Th2) ← → B Qual o local da molécula de IgE que se une ao ácaro. Região hipervariável → especificidade. Qual local da molécula de IgE que se une ao mastócito? Região constante. Você faz imuterapia em alergias IgE-mediadas que não respondem à higiene ambiental e ao tratamento farmacológico. Ao receber visista do Sistema de Saúde de para vacina você é obrigado a permitir que este sistema avalie seu consultório? Não. Imuterapia é indução de tolerância dose dependente (NÃO É VACINA). Paciente com endocardite bacteriana é alérgico à penicilina e não responde a outro antibiótico. O que pode ser feito? Doses rapidamente progressivas de antibiótico: Desensibilização → tolerância periférica. Paciente internado → protocolos previamente estabelecidos. Foi feita dessensibilização para insulina em um paciente. Este deixou de receber insulina por um mês. O paciente pode voltar a receber insulina? Dessensibilização → induz a tolerância transitória. É necessária outra dessensibilização. Paciente com gripe. O que ocorre nas resposta inata e adaptativa? Paciente refere apresentar urticária aguda após diferentes vacinas. 1- Você acredita? 2- O que pode estar acontecendo? Sim, alergia ao adjuvante hidróxido de alumínio. Paciente adulto com infecção e esplenomegalia significa maior gravidade do que paciente adulto com infecção e adenomegalia regional? Vias de penetração dos antígenos: Epitelial Subcutânea. Intradérmica → linfonodos regionais. Endovenosa Intraperitonial → Baço. Paciente com infecção bacteriana intestinal de boa evolução. O que deve estar ocorrendo na resposta adaptativa humoral? IgA secretora → anticorpo tetravalente. IgM sérica → anticorpo decavalente.
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