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CIVIL- RESUMO Sucessões

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Art. 1.784 até Art. 1.861/ Art. 1.881 a 1.885; CC - Art. 1.897 até Art. 1.911/ Art. 1.961 até Art. 1.965/ Art. 1.976 até 1.990. CC;
Sucessão em geral
Ato pelo qual uma pessoa assume o lugar de outra, substituindo-se na titularidade de determinados bens.
Sucessão causa mortis: não alcança pessoa jurídica.
Súmula 642 do Superior Tribunal de Justiça: “O direito à indenização por danos morais transmite-se com o falecimento do titular, possuindo os herdeiros da vítima legitimidade ativa para ajuizar ou prosseguir a ação indenizatória”
· Abertura da sucessão
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários
Herança: somatório de bens e dívidas, os créditos e os débitos, os direitos e as obrigações, as pretensões e ações de que era titular o falecido, e as que contra ele foram propostas, desde que transmissíveis. Compreende, portanto, o ativo e o passivo
Princípio da saisine: segundo o qual o próprio defunto transmite ao sucessor a propriedade e a posse da herança.
· os herdeiros são investidos de pleno direito nos bens, direitos e ações do defunto.
Em decorrência deste princípio:
· “regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela” (CC, art. 1.787).
· Súmula 112 STF: O imposto de transmissão causa mortis é devido pela alíquota vigente ao tempo da abertura da sucessão
· o herdeiro que sobrevive ao de cujus, ainda que por um instante, herda os bens por este deixados e os transmite aos seus sucessores, se falecer em seguida
“Desde logo”: o código civil criou uma ficção jurídica, ou seja, para que o patrimônio do de cujus não fique sem titular, entende-se que a transferência é imediata, desde o momento de sua morte. (morte real ou presumida)
Comoriência: (art. 8º do Código Civil)
“Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos”.
Para que haja a transmissão, se faz necessário que o herdeiro sobreviva ao hereditário
Em um acidente interessa saber quem morreu primeiro, caso não consiga descobrir, ocorre a Comoriência e, dessa forma, um não herda do outro
Ex: se morre em acidente casal sem descendentes e ascendentes, sem saber qual morreu primeiro, um não herda do outro. Assim, os colaterais da mulher ficarão com a meação dela; enquanto os colaterais do marido ficarão com a meação dele.
Para que se configure a comoriência não é mister que as mortes tenham ocorrido no mesmo lugar
· Sucessão legítima e testamentária
Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade
· Legitima: em virtude de Lei
art. 1.788CC: “Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo”
· Morrer sem testamento
· Bens que não forem compreendidos no testamento
· Se o testamento caducar (tornar-se ineficaz por causa ulterior, como a falta do beneficiário nomeado pelo testador ou dos bens deixados) ou for julgado nulo
· Testamentaria: disposição de ultima vontade
Havendo herdeiros necessários (ascendentes, descendentes ou cônjuge), divide-se a herança em duas partes iguais e o testador só poderá dispor livremente da metade, denominada porção disponível,
Liberdade de testar: ocorrerá quando não houver herdeiros necessários, podendo ser excluído os colaterais (art.1850)
Testador casado no regime da comunhão universal de bens: o patrimônio dividido em duas meações, e só poderá dispor, em testamento, integralmente, da sua, se não tiver herdeiros necessários, e da metade, correspondente a um quarto do patrimônio do casal, se os tiver.
Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições
seguintes:
I – se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
Enunciado n. 266 da III Jornada de Direito Civil: “Aplica-se o inciso I do art. 1.790 do que couber a cada um daqueles; também na hipótese de concorrência do companheiro sobrevivente com outros descendentes comuns, e não apenas na concorrência com filhos comuns”
II – se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade
III – se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;
IV – não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança
· Sucessão a título universal
Herdeiro possui a totalidade da herança, fração ou parte alíquota (porcentagem) dela.
· Pode ocorrer na legitima ou testamentaria
· A legitima será sempre universal
· da mesma maneira que se investe na titularidade de seu ativo, assume a responsabilidade por seu passivo.
· Sucessão a título singular
o testador deixa ao beneficiário um bem certo e determinado, denominado legado
· o beneficiário nesse caso se chama legatário e não herdeiro.
· LUGAR EM QUE SE ABRE A SUCESSÃO
art. 1.785: A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido
art. 48, caput, e parágrafo único do Código de Processo Civil
o foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro”.
· Domicílio incerto
· Nesse caso será no local dos bens
· os bens que compõem a herança se situarem em locais diversos, tem aplicação o disposto no inc. II do mencionado parágrafo único, segundo o qual é competente o foro “de qualquer destes”.
· Pluralidade domiciliar
· qualquer foro correspondente a um dos domicílios do finado (CPC/2015, art. 46, § 1º)
· A competência para o processo sucessório é relativa, não podendo ser arguida de ofício
Da Herança e de Sua Administração
art. 1.791 A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.
· Até a partilha a herança será indivisível
· Será regulada pelas normas relativas ao condomínio
· Antes da partilha, nenhum herdeiro tem a propriedade ou a posse exclusiva sobre um bem certo e determinado
· data da abertura da sucessão que determina a devolução da herança, que produz o seu efeito translativo
· quando ocorrer a divisão, com seu efeito declarativo (na partilha), é a esta data que remontarão os direitos privativos dos herdeiros sobre os bens correspondentes a suas cotas respectivas
· A INDIVISIBILIDADE DO DIREITO DOS COERDEIROS
princípio da indivisibilidade da herança: considera-se a herança um todo unitário e indivisível ate a partilha.
Antes da partilha, o coerdeiro pode alienar ou ceder apenas sua quota ideal, o direito à sucessão aberta, que o art. 80, II, do Código Civil considera bem imóvel, exigindo escritura pública e outorga uxória, não lhe sendo permitido transferir a terceiro parte certa e determinada do acervo.
Pelo principio da indivisibilidade da herança se faz ineficaz qualquer cessão pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança, somente com a partilha será determinada os bens que comporão o quinhão de cada herdeiro
O coerdeiro não pode, jamais, alienar um bem que componha o acervo patrimonial ou hereditário, sem o consentimento dos demais
Na hipótese de todos os comproprietários desejarem fazer a venda de um bem, é a comunidade que procede à alienação, e o preço recebido, até ser dividido entre os interessados, sub-roga-se no lugar da coisa vendida, pelo princípio da sub-rogação real.
· RESPONSABILIDADE DOS HERDEIROS
art. 1.792. “O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança, porém deve provar o excesso, exceto se tiver inventario que o excuse”
· No inventário é feito um levantamento do patrimônio do falecido, relacionando-se os bens, créditos e débitos que deixou.
· Só serão partilhados os bens ou valores que restarem depois de pagasas dívidas
· CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS
A cessão de direitos hereditários é negócio jurídico translativo inter vivos
Após aberta a sucessão, mostra-se lícita a cessão de direitos hereditários, ainda que o inventario não tenha sido aberto
desde a abertura da sucessão já pode o herdeiro promover a transferência de seus direitos ou quinhão, por meio da aludida cessão 
OBS: Não poderá mais fazê-lo, no entanto, depois de julgada a partilha, pois nesse caso seria considerado uma venda, já que cessão só se aplica à transmissão de bens incorpóreos.
É ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente
Cede direito à sucessão aberta o herdeiro que ainda não tenha declarado, de forma expressa ou tácita, aceitar a herança
· Forma e Objeto
sucessão aberta é considerado bem imóvel, ainda que os bens deixados pelo de cujus sejam todos móveis ou direitos pessoais e somente depois da partilha poderá cuidar dos bens individualmente
sobre a forma: por versar sobre bem imóvel, exige escritura pública e outorga uxória ou autorização marital
Os direitos hereditários são, em última análise, o objeto do contrato.
· EFEITOS DA CESSÃO
O cessionário assume o lugar e a posição jurídica do cedente, ficando sub-rogado em todos os direitos e obrigações, como se fosse o próprio herdeiro
O cessionário não pode receber bens determinados, apenas a totalidade daquela parte
A cessão abrange apenas os direitos hereditários havidos até a data de sua realização. Nada impede, todavia, que as partes, prevendo qualquer daquelas hipóteses, estabeleçam regra oposta
· DIREITO DE PREFERÊNCIA DO COERDEIRO
art. 1.794. O coerdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro coerdeiro a quiser, tanto por tanto
· Significa dizer que a preferência só pode ser exercida nas cessões onerosas
· os coerdeiros são equiparados aos coproprietários
· caso tenha lagum coerdeiro que não tenha tido conhecimento da cessão ONEROSA, poderá haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão. (caso se trate de mais de um, será dividido igualmente)
· A motivação para tal mandamento é de evitar o ingresso de estranho no condomínio, preservando-o de futuros litígios e inconvenientes
· ABERTURA DO INVENTÁRIO
art. 1.796. “No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do patrimônio hereditário, perante o juízo competente no lugar da sucessão, para fins de liquidação e, quando for o caso, de partilha da herança”.
art. 611 do Código de Processo Civil de 2015. o prazo de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, para a instauração do inventário
· A inobservância do prazo para o início do inventário pode acarretar sanção de natureza fiscal
· Súmula 542 do STF; “não é inconstitucional a multa instituída pelo Estado-membro, como sanção pelo retardamento do início ou da ultimação do inventário”.
O que precisa para requerimento de abertura do inventário: 
· certidão de óbito do de cujus
· procuração outorgada ao advogado que assinar a petição.
· Testamento anexado na inicial, caso tenha
· Qualquer outro documento de interesse do herdeiro
caso nenhuma das pessoas legitimadas, elencadas nos arts. 615 e 616 do Código de Processo Civil, tomar a iniciativa de postular a instauração do inventário no prazo de sessenta dias, o juiz determinará, de ofício, que se inicie.
· NOMEAÇÃO DO INVENTARIANTE
· Ao despachar a inicial de abertura do inventário, o juiz nomeará inventariante, que prestará compromisso e, em vinte dias, as primeiras declarações.
· tem por função administrar os bens do espólio, sendo o seu representante legal
· não pode ter interesses contrários aos do espolio
· caso descubra falsidades ou ocultação de bens, incidem as penas de sonegados ou do crime de apropriação indébita
· ADMINISTRAÇÃO PROVISÓRIA DA HERANÇA
o inventário deve ser instaurado no prazo de dois meses, a contar da abertura da sucessão (CPC, art. 611).
Depois da homologação da partilha, o espólio ficará na posse do administrador provisório
O administrador provisório é aquele que está na posse da herança. Representa ativa e passivamente o espólio, é obrigado a trazer ao acervo os frutos que desde a abertura da sucessão percebeu, tem direito ao reembolso das despesas necessárias e úteis que fez e responde pelo dano a que, por dolo ou culpa, der causa
caberá ao juiz indicar o administrador provisório sempre que tal encargo tiver sido assumido por pessoa que não integra o rol estabelecido no art. 1.797 do Código Civil
Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá, sucessivamente:
I — ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão;
II — ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas condições, ao mais velho;
III — ao testamenteiro;
IV — a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz”.
Da Vocação Hereditária
Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão
· No direito sucessório vigora o princípio de que todas as pessoas têm legitimação para suceder, exceto aquelas afastadas pela lei.
· Tanto as pessoas naturais como as jurídicas, de direito público ou privado, podem ser beneficiadas.
· O NASCITURO
· Os nascituros podem ser chamados a suceder tanto na sucessão legítima como na testamentária, ficando a eficácia da vocação dependente do seu nascimento. Podem, com efeito, ser indicados para receber deixa testamentária.
· Caso nasça morto, será como se nunca tivesse existido, dessa forma, não transmite direitos, por esse motivo, a herança ou quota hereditária será devolvida aos herdeiros legítimos do de cujus, ou ao substituto testamentário
· PRINCÍPIO DA COEXISTÊNCIA
· o herdeiro ou legatário tem de sobreviver ao de cujus.
· Se no momento da transmissão o herdeiro já for morto, defere-se a herança aos outros de sua classe, ou aos da imediata, se for ele o único
· LEGITIMAÇÃO PARA SUCEDER POR TESTAMENTO
Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
I – os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrir-se a sucessão;
· contemplando os filhos que estes tiverem, e se tiverem
· o inciso trata de indivíduo nem ainda concebido
· transmissão hereditária será condicional
· se não tiver vivo, caduca a disposição
II – as pessoas jurídicas; (quando já é instituída)
III – as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.
· pode ser criada por escritura pública ou por testamento
· aberta a sucessão os bens permanecerão sob a guarda provisória da pessoa encarregada de instituí-la, até o registro de seus estatutos, quando passará a ter existência legal
Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz
§ 1o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à pessoa cujo filho o testador esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775.
A nomeação do curador será: 
1. pessoa cujo filho o testador pretende beneficiar
2. as citadas no art 1.775
· aberta a sucessão que beneficia a prole eventual, a herança é posta sob administração, permanecendo nessa situação até que a condição se cumpra ou haja a certeza de que não pode cumprir-se, a certeza seria o progenitor morrer ou qualquer coisa que faça não ter dúvidas sobre a existência do possível beneficiado.
· Se, “decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado, ou caso ele nasça morto, os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos”
· DIREITOS SUCESSÓRIOS DE QUEM FOI CONCEBIDO POR INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL POST MORTEM
Art. 1597: presumem “concebidos”na constância do casamento “os filhos havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido”
Art. 227, § 6º, da Constituição Federal: absoluta igualdade de direitos entre os filhos, proibindo qualquer distinção ou
discriminação.
· Sendo assim, não se justifica a exclusão de seus direitos sucessórios
· OS QUE NÃO PODEM SER NOMEADOS HERDEIROS TESTAMENTÁRIOS NEM LEGATÁRIOS
Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:
I – a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro ou os seus ascendentes e irmãos;
· Motivo de suspeição
· A pessoa poderia abusar da confiança do testador para se benenficiar
II – as testemunhas do testamento;
III – o concubino (adulterino) do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver
· Concubinato: “as relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar”.
· não se aplicando às hipóteses em que a sociedade conjugal já se encontra dissolvida, de direito ou apenas de fato, há mais de cinco anos, sem culpa sua separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;
IV – o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem
se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento.
· Evitar o abuso de confiança
· Incapacidade testamentaria passiva por serem consideradas suspeitas
· No caso do concubinato é para proteger a família
· O dispositivo trata de falta de legitimação para o testamente em que tenha as condições em especifico, dessa forma, podem ser beneficiados em outros que não tenham essas exigências
· SIMULAÇÃO DE CONTRATO ONEROSO E INTERPOSIÇÃO DE PESSOAS
Dispõe o art. 1.802 do Código Civil:
“São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa.
Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder”.
· Simulação é uma declaração falsa, enganosa, da vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente desejado
· O testador dissimula a liberalidade sob a aparência de contrato oneroso. Como exemplifica, confessa o testador “ser devedor de obrigação inexistente ou alega haver prometido a venda de certo bem, tendo recebido do não legitimado o preço respectivo”.
· ■ O testador recorre a interposta pessoa para beneficiar o proibido de suceder. Aduz o referido autor: “Ele se vale de testa de ferro, realizando assim obliquamente a operação que tinha em
· mente”
DA ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA
· ACEITAÇÃO
· Ocorre no momento da abertura da sucessão
· É o ato pelo qual o herdeiro aceita a transmissão dos bens
· “só é herdeiro ou legatário quem deseja sê-lo.”
· Fase de deliberação
· Fase em que o adquirente aceita ou renuncia a herança
· É a declaração de renuncia que declara a não aceitação
art. 1.804 do CC: “Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança”.
· A aceitação tem efeito retro-operante, isso significa os direitos hereditários não nascem com ela, mas retroagem.
· ESPÉCIES DE ACEITAÇÃO
· negócio jurídico unilateral e não receptício, não precisando, pois, ser comunicado a quem quer que seja para que produza seus efeitos.
· Pode consistir em declaração, ou em comportamento indicativo de acolhimento de sua condição
Quanto à sua forma
■ expressa: quando é manifestada mediante declaração escrita (CC, art. 1.805, caput);
· Pode ser publica ou particular
· Pode o herdeiro, por motivos de ordem moral, por exemplo, desejar pagar todos os débitos do falecido, mesmo se forem superiores ao seu ativo. Nessa hipótese, será mister que manifeste de modo explícito a sua vontade de renunciar ao benefício de inventário, arcando com todo o passivo do espólio, qualquer que seja o seu ativo.
■ tácita: quando resulta de conduta própria de herdeiro (art. 1.805, caput); 
· como a intervenção no inventário, representado por advogado, concordando com as declarações preliminares e avaliações; a cessão de seus direitos a outrem; a participação em defesa dos interesses do espólio; o apossamento de bens a este pertencentes ou outros atos.
· atos que ultrapassam a simples conservação e administração da herança
· art. 1.805§ 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do falido, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória (são atos praticados altruisticamente)
· Meramente conservatórios: são os atos necessários e urgentes, que têm por fim impedir a perda ou deterioração dos bens da herança.
· De administração e guarda provisória:são os praticados pelo herdeiro para atender a uma necessidade premente, sem a intenção de tê-los para si, mas com o ânimo de entregá-los, logo que possível, a quem deva guardá-los e conservá-los.
· § 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais coerdeiros”.
■ presumida: quando o herdeiro permanece silente, depois de notificado, nos termos do art. 1.807, para que declare, em prazo não superior a trinta dias, a pedido de alguém interessado — geralmente o credor — se aceita ou não a herança.
· Trata-se da actio interrogatoria, sendo competente para o processamento o juízo do inventário
· O interessado pode ser o legatário, algum credor e também aquele que eventualmente sucederia, em substituição, caso se consumasse a renúncia (CC, art. 1.947).
· O silencio nesse caso será interpretado como aceitação presumida ou ficta.
OBS: lei não estabelece prazo para a aceitação. Desse modo, enquanto não intimado a manifestar-se em prazo certo, o herdeiro tem a faculdade de aceitar a herança a todo tempo, até que se consume a prescrição ao cabo de dez anos (CC, art. 205). (esgotado o prazo, a herança estará adquirida)
Quanto ao agente
direta — a que provém do próprio herdeiro;
indireta — quando alguém a faz por ele
a) Pelos sucessores
art. 1.809, caput: “Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada”.
· Sucessão do direito de aceitar
· O herdeiro morre na posse de um direito
· A ressalva só existe na sucessão testamentária, uma vez que tal espécie de condição impede a aquisição do direito
b) Aceitação por mandatário e por gestor de negócios. 
“tanto a adição como a renúncia podem ser feitas por procurador; para a última se requerer poderes especiais”
Em princípio, nada obsta a que a aceitação da herança seja feita pelo gestor de negócios, para evitar prejuízo ao herdeiro, mesmo sem autorização deste. Todavia, tal hipótese se configurará somente quando a não aceitação imediata puder prejudicar o herdeiro,
c) Aceitação pelo tutor ou curador de heranças, legados ou doações, representando o incapaz, mediante autorização judicial
d) Aceitação pelos credores
O art. 1.813 do Código Civil afasta a possibilidade de haver renúncia lesiva a estes.
· podem aceitar a herança em nome do renunciante, nos autos de inventário não encerrado, mediante autorização judicial, sendo aquinhoados no curso da partilha 
· Se houver saldo, será entregue aos demais herdeiros, e não ao renunciante
Herdeiro chamado à sucessão sob títulos sucessórios diversos
§ 1º do art. 1.808: “O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou, aceitando-a, repudiá-los”.
Quando o herdeiro em uma mesma sucessão for legitimo e testamentário, poderá aceitar um e recusar outro, pois são de origens diversas
· IRRETRATABILIDADE DA ACEITAÇÃO
Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
· ANULAÇÃO DA ACEITAÇÃO
· A aceitação pode se tornar ineficaz caso perceba que o aceitante não é herdeiro.
· Mas, se o inventário já houver sido encerrado e homologada a partilha, só por ação de petição de herança poderá o interessado reivindicar o que lhe cabe
· RENÚNCIA
“é o atopelo qual o herdeiro declara, expressamente, que a não quer aceitar, preferindo conservar-se completamente estranho à sucessão
· Trata-o como se nunca tivesse tido direito a herança.
· não vincula a lei, em nenhum caso, o efeito da renúncia à sua homologação. Por essa razão, prevalece o entendimento de que essa declaração unilateral de vontade se completa por si mesma e não depende de homologação judicial
· espécies 
a) Renúncia abdicativa: pura e simples sem indicação de qualquer favorecido
O único imposto devido é o causa mortis
b) Renúncia translativa: O herdeiro que renuncia em favor de determinada pessoa, citada nominalmente, está praticando dupla ação: aceitando tacitamente a herança e, em seguida, doando-a.
Impostos: causa mortis e inter vivos
· Proibição da sucessão por direito de representação
Art 1811: “ninguém pode suceder,
representando herdeiro renunciante”
DOS EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO
· Atentado contra a vida do de cujus
Art 1814. Inc I – que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente;
· a absolvição do réu na esfera penal em razão do expresso reconhecimento da inexistência do fato ou da autoria afasta a pena de indignidade no cível
· o homicídio deve ser doloso
· Atentado contra a honra do de cujus
Inciso II – que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;
· Denunciação caluniosa: quando o agente dá causa a “instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente. (deve ser proferida em juízo)
· Crime contra a honra: calunia, difamação ou injuria.
· Ofensa à memória do de cujus: É admissível, portanto, a perpetração de crime contra a honra mesmo quando já falecida a vítima
· Atentado contra a liberdade de testar
Inciso III – que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade
· Inibir é cercear a liberdade de disposição de bens.
· obstar corresponde a impedir tal disposição
· PROCEDIMENTO PARA OBTENÇÃO DA EXCLUSÃO
Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por sentença
· propositura de ação específica, intentada por quem tenha interesse na sucessão, sendo decretada por sentença, de natureza declaratória
· A ação para exclusão do indigno não pode ser proposta em vida, mas somente após a morte do hereditando, pois até então inexiste a sucessão
· A propositura tem prazo decadencial de quatro anos, contado da abertura da sucessão
· REABILITAÇÃO OU PERDÃO DO INDIGNO
Art. 1.818. Aquele que incorreu em atos que determinem a exclusão da herança será admitido a suceder, se o ofendido o tiver expressamente reabilitado em testamento, ou em outro ato autêntico.
· DESCENDENTES
Somente os descendentes, conforme expresso no art. 1.816 do Código Civil, substituem o indigno
o parágrafo único do art. 1.816 do Código Civil que “o excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens”.
· VALIDADE DOS ATOS PRATICADOS PELO HERDEIRO APARENTE
art. 1.817, caput: São válidas as alienações onerosas de bens hereditários a terceiros de boa-fé, e os atos de administração legalmente praticados pelo herdeiro, antes da sentença de exclusão; mas aos herdeiros subsiste, quando prejudicados, o direito de demandar-lhe perdas e danos
· a sentença de exclusão, como retromencionado, retroage para todos os demais efeitos, exceto para invalidar os atos de disposição praticados pelo indigno.
· A parte negociante não pode ter conhecimento da indignidade
HERANÇA JACENTE
· a herança é aberta sem testamento
· não há conhecimento de herdeiros certos e determinado
· ou quando a herança é repudiada
Art. 1.823. Quando todos os chamados a suceder renunciarem à herança, será está desde logo declarada vacante.
nesse caso não há fase de jacencia
A herança jacente se trata de um acervo de bens administrados pelo curador.
Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.
· Fica sobre fiscalização de autoridade judiciaria
· Herdeiros notoriamente conhecidos são os presentes no lugar em que se abre a sucessão, que podem ser facilmente localizados por serem conhecidos de todos.
· No caso da espera do nascimento de um herdeiro, a herança é arrecadada como jacente, aguardando-se o nascimento com vida do beneficiário. Admite-se nesse caso que seja retirado do acervo, ou de sua renda, o necessário para a manutenção da mãe do nascituro, se ela não tiver meios próprios de subsistência
· Arrecadação dos bens do ausente
art. 28, § 2º: “não comparecendo herdeiro ou interessado para requerer o inventário até trinta dias depois de passar em julgado a sentença que mandar abrir a sucessão provisória, proceder-se-á à arrecadação dos bens do ausente pela forma estabelecida nos arts. 1.819 a 1.823”.
VACÂNCIA DA HERANÇA
Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante.
· Serão publicados editais com prazos de 6 meses, contados da primeira publicação reproduzidos três vezes, com o intervalo de trinta dias, para que venham a habilitar-se os sucessores.
· A jacencia termina com a devolução desta aos herdeiros devidamente habilitados, ou, caso não apareçam e se habilitem, com a sentença declaratória da vacância e consequente incorporação dos bens ao patrimônio do Poder Público”
· EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE VACÂNCIA
Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem; mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando situados em território federal.
art. 743, § 2º, do Código de Processo Civil: “transitada em julgado a sentença que declarou a vacância, o cônjuge, o companheiro, os herdeiros e os credores só poderão reclamar o seu direito por ação direta”
DA PETIÇÃO DE HERANÇA
Serve para o herdeiro preterido ter seu direito de sucessor reconhecido e obter em consequência, a restituição da herança, no todo ou em parte, de quem a possua, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título.
Art. 1.824. O herdeiro pode, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório, para obter a restituição da herança, ou de parte dela, contra quem, na qualidade de herdeiro, ou mesmo sem título, a possua.
art. 628 do Código de Processo Civil de 2015 que o herdeiro “que se julgar preterido poderá demandar sua admissão no inventário, requerendo-o antes da partilha”.
· Legitimidade ativa
a) o sucessor ab intestato (legitimo)
b) sucessor testamentário
c) sucessor ordinário
d) o sucessor reconhecido por ato voluntário dos pais
e) o sucessor reconhecido por sentença proferida na ação de investigação de paternidade
f) sucessor do herdeiro
g) herdeiro fideicomissário
art. 1.825 CC: “a ação de petição de herança, ainda que exercida por um só dos herdeiros, poderá compreender todos os bens hereditários”. 
· Os herdeiros podem entrar com a ação com composse ou condomínio
· Por se tratar de reivindicação a título universal, o legatário estará excluído
· Legitimidade passiva
Tem o possuidor dos bens da herança
· Não se propõe a petitio hereditatis senão para haver bensda herança indevidamente possuídos pelo herdeiro aparente.
EFEITOS DA SENTENÇA
· Transmissão da titularidade do patrimônio
· dispensada a sua anulação. Basta o simples pedido de retificação da partilha realizada anteriormente
caso o herdeiro não participado do inventario, a sentença de partilha não o afeta
· consequências ao herdeiro aparente
a)tem de restituir os bens com todos os seus acessórios;
b)responderá, ainda, por perdas e danos, bem como pelos frutos que tiver colhido, ressalvado direito de retenção, se estiver de boa-fé;
c)faz jus ao ressarcimento das benfeitorias necessárias, ainda que de má-fé (CC, art. 1.220), e também das úteis, se estiver de boa-fé;
d)quanto às voluptuárias, reconhece-lhe a lei, somente no caso de boa-fé, o jus tollendi, que é o direito de retirá-las, se puder fazê-lo sem danificar a coisa
Art. 1.827. O herdeiro pode demandar os bens da herança, mesmo em poder de terceiros, sem prejuízo da responsabilidade do possuidor originário pelo valor dos bens alienados.
· válido o negócio se alienados os bens a título oneroso a terceiro adquirente de boa-fé.
requisitos:
Boa fé, a titulo oneroso e que adquira de herdeiro aparente
· PAGAMENTO DE LEGADO PELO HERDEIRO APARENTE
Art. 1.828. O herdeiro aparente, que de boa-fé houver pago um legado, não está
obrigado a prestar o equivalente ao verdadeiro sucessor, ressalvado a este o direito de proceder contra quem o recebeu.
· O verdadeiro herdeiro pode reagir contra o legatário para que ele restitua o que recebeu indevidamente
· PRESCRIÇÃO
Sumula 149 do STF: “É imprescritível a ação de investigação de paternidade, mas não o é a de petição de herança”.
· Isso por conta da segurança jurídica
não poderá exercer pretensão à herança depois de decorridos 10 anos da abertura da sucessão (petição de herança), caso seja de 1916 será de 20 anos a contar da partilha
· No caso de absolutamente incapaz, só começa a contar quando o herdeiro tiver 16 anos
· se a legitimação depender do prévio reconhecimento da paternidade, o dies a quo do prazo prescricional será a data em que o direito puder ser exercido, ou seja, o momento em que for reconhecida a paternidade
DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
· a mais próxima exclui a mais remota, salvo em direito de representação no caso dos descendentes
· dentro de uma mesma classe, a preferencia será dada pelo grau
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I – aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II – aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III – ao cônjuge sobrevivente;
IV – aos colaterais.
art. 1.833: Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito de representação
Na falta de filhos, chamar-se-ão os netos e posteriormente os bisnetos, ressalvando-se a possibilidade de haver representação
art. 1.835: Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.
ou seja, caso tenha três filhos, e um seja pre morto mas tenha dois filhos, sendo neto do de cujus, a quota deverá ser dividida em três partes, os dois filhos ficarão com as metades correspondentes e a terceira parte deverá ser dividida entre os netos.
· As avoengas
Caso todos os filhos tiverem falecido, deixando apenas netos, estes receberão quotas iguais, por direito próprio, operando-se a sucessão por cabeça, pois encontram-se todos no mesmo grau
· Igualdade entre os descendentes
Art. 1.834. Os descendentes da mesma classe têm os mesmos direitos à sucessão de seus ascendentes.
· Cônjuge sobrevivente e a concorrencia
O cônjuge sobrevivente permanece em terceiro lugar na ordem de vocação hereditária, mas passa a concorrer em igualdade de condições com os descendentes do falecido, salvo quando tem direito a meação
Regime da comunhão universal: meeiro não é herdeiro
Regime da separação obrigatória: exceção a regra da meação, por ser regime imposto por lei como forma de proteção, pois essa separação é total e permanente, atingindo inclusive os bens adquiridos na constância do casamento, que não se comunicam
Regime da comunhão parcial de bens: só tem concorrência se o de cujus tiver deixado bens particulares, ou seja, se já possuía bens ao casar, ou lhe sobrevieram bens, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar.
Regime da separação convencional: concorre
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.
· Descendentes comuns: a cota do cônjuge não poderá ser inferior a quarta parte da herança
· descendentes exclusivos do de cujus: o cônjuge sobrevivente não terá direito à quarta parte da herança, cabendo-lhe, tão só, quinhão igual ao que couber a cada um dos filhos.
· Sucessão dos ascendentes
· § 1o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.
· havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna.
· Não há direito de representação, sendo assim, caso só tenha o pai vivo, ele recebe a totalidade da herança
· se concorrerem à herança avós de linhas diversas (paterna e materna), em número de quatro, divide-se a herança em partes iguais entre as duas linhas;
· a concorrência com o cônjuge não se limita pelo regime patrimonial
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança; caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
· Um terço se concorrer com os pais
· Metade se concorrer com um dos pais
· Metade se concorrer com avos ou ascendentes mais altos
· Sucessão do cônjuge sobrevivente
Artigo 1838: Na falta de ascendentes, a herança de pessoa que tenha falecido enquanto casada ou separada de fato
há menos de dois anos será deferida, por inteiro, ao cônjuge sobrevivente.
· O direito sucessório do cônjuge só estará afastado depois de homologada a separação consensual ou passada em julgado a sentença de separação litigiosa ou de divórcio direto
· Se o caba morrer antes de terminar o processo, ele será extinto e a pessoa será viúva
· Sucessão dos colaterais
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
· Exclusão dos mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos
exceção no caso dos sobrinhos, que mesmo mais distantes dos tios, herdam representando o pai premorto.
Se, no entanto, os referidos sobrinhos forem falecidos, seus filhos, sobrinhos-netos do falecido, nada herdam, a despeito de serem parentes em quarto grau, porque o direito de representação, na
conformidade do disposto no art. 1.840 do Código Civil, só é concedido aos filhos, e não aos netos de
irmãos.
· Sucessão entre irmãos
Caso concorra Irmãos bilaterais com unilaterais: “cada um destes herdará metade do que cada um daqueles herdar”, segundo dispõe o art. 1.841 
art. 1.842 do Código Civil: “não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os unilaterais”, que o fazem por cabeça (in capita). Tal regra aplica-se também quando concorrem unicamente irmãos germanos ou bilaterais.
· Sucessão entre tios e sobrinhos
“Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios” (CC, art. 1.843, caput).
os dois são colaterais de terceiro grau, mas a lei dar preferencia aos sobrinhos, justificando por terem energia mais nova.
art. 1.841, “se concorrerem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes herdará a metade do que herdar cada um daqueles” (§ 2º).
·Parentes colaterais em quarto grau
Não havendo sobrinhos, chamam-se os tios do falecido, e depois os primos-irmãos, sobrinhos-netos e tios-avós.
Como não existe representação, sucedem por direito próprio, herdando todos igualmente, sem qualquer distinção.
OBS: colaterais até o quarto grau (irmãos, sobrinhos, tios, primos, tios-avós, sobrinhos-netos) são herdeiros legítimos (CC, art. 1.829, IV), mas não são herdeiros necessários (art. 1.845). 
 o autor da herança pode excluí-los da sucessão; basta que faça testamento dispondo de todo o seu patrimônio sem os contemplar (art. 1.850).
· Recolhimento da herança pelo Município, Distrito Federal e União
Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, está se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada em território federal.
na falta de herdeiros, o ente público torna-se sucessor obrigatório
DOS HERDEIROS NECESSÁRIOS
Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
· RESTRIÇÃO À LIBERDADE DE TESTAR
Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima.
Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.
dívidas constituem o passivo do de cujus e devem ser abatidas do monte para que se apure o patrimônio líquido e real transmitido aos herdeiros
a parte da legitima pode vim menor, caso o de cujus tenha feito doações em vida aos seus herdeiros, as quais devem vim a colação (doações a ascendentes não obrigam a colação)
Os bens que integram o patrimônio deixado pelo de cujus serão avaliados com base nos preços de mercado vigentes à época da abertura da sucessão, deduzindo-se do total o valor da dívida existente e acrescentando-se o valor dos bens colacionados.
· Deixa da parte disponível ao herdeiro necessário
Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima.

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