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PROVA ANÁLISE DE DISCURSO CRÍTICA - PROVA - UNIP

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1. ANÁLISE DE DISCURSO CRÍTICA 7756-60_59622_R_E1_20221
PERGUNTA 1
1. A Análise do Discurso surgiu na França, nos anos de 1960, para suprir as insuficiências da análise de conteúdo (das ciências humanas), que concebia o texto em sua transparência, como representação da realidade no mundo (extradiscursivo) sem considerar as relações linguístico-textuais com as práticas ideológicas em sua exterioridade. Nessa análise de conteúdo, atravessa-se o texto, buscando encontrar nele um sentido. A AD, ao contrário, considera o texto em outra perspectiva.
Assinale a alternativa que explicita corretamente essa perspectiva.
	
	a.
	Os sentidos produzidos nos textos não vão muito além da sua literalidade lexical e nem estão marcados pela sua historicidade na memória enunciativo-discursiva.
	
	b.
	A produção de sentidos nos textos não relaciona os elementos linguísticos à sua exterioridade discursiva.
	
	c.
	Considera o texto em sua opacidade significativa, enfatizando-lhe o funcionamento linguístico-textual e sua materialidade, que constitui discursos no contexto ideológico-histórico-social.
	
	d.
	Toma como maior unidade de análise linguística e textual a frase (e não o texto, o discurso, a enunciação).
	
	e.
	Investiga o texto com base no estruturalismo, que via o texto em sua imanência.
0,3 pontos   
PERGUNTA 2
1. Na perspectiva discursiva francesa, há geralmente duas forças que trabalham continuamente o dizer, de tal modo que todo discurso se faz nessa tensão: entre o mesmo e o diferente. Se toda a vez que falamos, ao tomar a palavra, produzimos uma mexida na rede de filiação dos sentidos, no entanto, falamos com palavras já ditas. É nesse jogo entre o mesmo e o diferente, entre o já dito e o a se dizer, que os sujeitos e os sentidos se movimentam, fazem seus percursos, significam. (ORLANDI, E. Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos. SP: Pontes,1999.)
Assinale a alternativa correta:
 
Como se denominam esses processos que têm a ver com “o mesmo” e “o diferente”?
	
	a.
	Assujeitamento, intradiscurso.
	
	b.
	Formação ideológica, formação discursiva.
	
	c.
	Polissemia, interdiscurso.
	
	d.
	Paráfrase, polissemia.
	
	e.
	Interpretação, polissemia.
0,3 pontos   
PERGUNTA 3
1. A AD, mais do que simplesmente fazer parte do arcabouço teórico da linguística, opta epistemologicamente pelos mecanismos de análise linguística, mas sem restringir-se apenas a eles – “é preciso ser linguista e deixar de sê-lo ao mesmo tempo” (MAINGUENEAU, 1997). Assim sendo, Orlandi (2007) sintetiza um pouco mais sistemática e especificamente as balizas teórico-epistemológicas da AD, as quais podem ser desenhadas a partir de três rupturas teórico-filosóficas que estabelecem novos campos de saber.
Marque a alternativa que apresenta corretamente essas três rupturas:
	
	a.
	Linguística, teorias do texto e psicanálise.
	
	b.
	Marxismo, linguística e psicanálise.
	
	c.
	Pragmática, psicanálise e marxismo.
	
	d.
	Teorias da enunciação, linguística aplicada, marxismo.
	
	e.
	Psicanálise, linguística e Análise de Discurso Crítica.
0,3 pontos   
PERGUNTA 4
1. Em Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos, Eni Orlandi apresenta conceitos relevantes para o entendimento da Análise de Discurso de orientação francesa. Com embasamento na leitura dos textos apresentados online, escolha a alternativa em que o conceito não está adequadamente explicitado.
	
	a.
	O discurso é palavra em movimento, prática de linguagem. Ele põe em funcionamento um processo de significação que relaciona sujeitos e sentidos na língua, através da história.
	
	b.
	Ao considerarmos as condições de produção no sentido restrito, temos as circunstâncias da enunciação: é o contexto imediato. Se as considerarmos em sentido amplo, as condições de produção incluem o contexto sócio-histórico-ideológico.
	
	c.
	A ideologia é a condição para a constituição do sujeito e dos sentidos. O indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia para que se produza o dizer.
	
	d.
	Quando falo da posição de mãe, por exemplo, o que digo deriva seu sentido em relação à formação discursiva em que estou inscrevendo minhas palavras, de modo equivalente a outras falas que também o fazem dessa mesma posição.
	
	e.
	A Análise do Discurso trabalha com a língua enquanto um sistema abstrato, não com a língua no mundo, com as maneiras de significar, com homens falando, considerando a produção de sentidos enquanto parte de suas vidas.
0,3 pontos   
PERGUNTA 5
1. A Análise do Discurso de linha francesa recusa a informacionalidade e representação do mundo/verdade como características essenciais e primordiais da linguagem, posto que a produção de sentidos nos textos relaciona os elementos linguísticos à sua exterioridade discursiva, considerando as relações de poder entre as posições-sujeito em seu funcionamento e as determinações ideológicas que ancoram as formações discursivas por trás dos textos. Assim sendo, os sentidos produzidos nos textos vão muito além da sua literalidade lexical e estão marcados pela sua historicidade na memória enunciativo-discursiva. Portanto, é ilusão acreditar que a linguagem simplesmente “informa”, representa de maneira neutra uma verdade que está fora dela, no mundo.
Desse modo, não se pode deixar de enfatizar aquelas que foram as influências teóricas pontuais para a constituição das balizas epistemológicas da AD (cf. MAINGUENEAU, 1997 e ORLANDI, 2007a). Dentre elas, destaca-se a influência da linguística estrutural. A AD, mesmo reconhecendo na linguística saussuriana o ponto de origem da ciência linguística, direciona a ela algumas críticas.
Marque a alternativa que corretamente explicita essas críticas.
	
	a.
	Não considera que a história tem sua materialidade e opacidade, o homem faz a história, mas ela não lhe é transparente.
	
	b.
	Não se apoia na ideia de que é o sujeito que se coloca como tendo sua opacidade – ele não é transparente nem para si mesmo, nem para os outros. A constituição da subjetividade está inteiramente relacionada com a alteridade – o Outro.
	
	c.
	Não dá conta da semântica discursiva e de suas condições sociohistóricas de produção e constituição.
	
	d.
	Apoia-se em análises linguísticas que relacionam ideologia e condições de produção do discurso.
	
	e.
	Considera para a análise linguística apenas a formação discursiva, deixando de lado as formações ideológicas.
0,3 pontos   
PERGUNTA 6
1. Pêcheux retoma que segundo Althusser "a ideologia interpela o indivíduo como sujeito", e afirma que os aparelhos ideológicos do estado não são meramente a realização da ideologia em termos de sujeito. Não pode se deixar de ressaltar em comum a essas duas estruturas, chamadas ideologia e inconsciente, o fato de que elas operam no oculto de sua própria existência, produzindo uma rede de verdades subjetivas evidentes, significando, afetando e constituindo o sujeito.
 
Assinale a única alternativa que não está de acordo com o conceito de ideologia na perspectiva da AD francesa:
	
	a.
	As ações dos indivíduos demonstram a ideologia que eles têm (um exemplo seria a religião que move os fiéis a terem um estilo de vida regrado e a praticarem alguns rituais, como ajoelhar-se para rezar).
	
	b.
	A Ideologia interpela os indivíduos como sujeitos.
	
	c.
	A ideologia representa a relação imaginária dos indivíduos com as condições reais de existência.
	
	d.
	A ideologia não tem relação alguma com a Formação Discursiva em que o sujeito se insere para proferir seu discurso.
	
	e.
	Não existe prática sem uma ideologia e, consequentemente, não existe ideologia, exceto pelo sujeito e para os sujeitos.
PERGUNTA 7
1. A interdiscursividade diz respeito à relação de um discurso com outros, ou seja, o entremear de vozes discursivas manifestadas em certo discurso e interferindo no seu sentido. Esses discursos alheios penetram no discurso em estudo, interferindo assim no seu sentido. A interdiscursividade, assim, está relacionada à noção de heterogeneidade discursiva, de formação discursiva e de “pré-construído ”.
       
Assim sendo, marque a alternativaque não está adequada aos conceitos de interdiscurso/ intradiscurso.
	
	a.
	O interdiscurso é a memória discursiva, que possibilita relacionar o dito (intradiscurso) ao já-dito, o pré-construído que está na base do que é dito.
	
	b.
	O interdiscurso abrange o conjunto das formações discursivas e se inscreve no nível da constituição do discurso, no sentido de que trabalha com a ressignificação do sujeito sobre o que já foi dito, determinando os deslocamentos e rupturas promovidos pelo sujeito nos limites de uma formação discursiva.
	
	c.
	O intradiscurso determina materialmente o efeito de encadeamento e articulação de tal modo que aparece como o puro “já-dito”.
	
	d.
	Ao pensarmos o discurso como uma teia a ser tecida, podemos dizer que o intradiscurso é o ‘fio do discurso’ de um sujeito.
	
	e.
	O que está em evidência, no intradiscurso, é a formulação de um discurso a partir da realidade presente. É o que se está dizendo no texto.
0,3 pontos   
PERGUNTA 8
1. Nos seus estudos na disciplina AD online, você acompanhou ainda a distinção dos diferentes modos organizacionais de funcionamento tipológico do discurso: Discurso Autoritário (polissemia contida, o locutor apaga sua relação com o interlocutor. A troca de papéis tende a ser zero, o objeto do discurso está oculto pelo dizer, centralizando um locutor exclusivo); Discurso Polêmico (a polissemia é controlada, a relação de disputa pelos sentidos é tensa entre os interlocutores. A troca de papéis entre os interlocutores acontece sob certas condições direcionadas pelos interlocutores); Discurso Lúdico (a polissemia está aberta, os interlocutores se expõem aos efeitos dessa presença, não regulando sua relação com os sentidos. A troca de papéis é plena entre os interlocutores).
A partir das considerações teóricas anteriores, marque a alternativa abaixo que apresenta um discurso do tipo mais predominantemente Lúdico.
	
	a.
	O discurso jurídico.
	
	b.
	O discurso político.
	
	c.
	O discurso humorístico.
	
	d.
	O discurso literário.
	
	e.
	O discurso religioso.
0,3 pontos   
PERGUNTA 9
1. Leia o texto a seguir.
“O sentido de uma palavra, expressão, proposição não existe em si mesmo, só pode ser constituído em referência às condições de produção de um determinado enunciado, uma vez que muda de acordo com a formação ideológica de quem o (re) produz, bem como de quem o interpreta. O sentido nunca é dado, ele não existe como produto acabado, resultado de uma possível transparência da língua, mas está sempre em curso, é movente e se produz dentro de uma determinação histórico-social, daí a necessidade de se falar em efeitos de sentido” (FERREIRA, 2001).
Assim sendo, escolha a alternativa que não está adequada aos conceitos anteriormente apresentados
	
	a.
	No movimento de renovação/mobilização de sentidos, a AD abandona a posição que privilegia a hipótese de um sentido mais importante hierarquicamente (sentido literal) em detrimento de outros (efeitos de sentido). Todos os sentidos são, em princípio, sentidos possíveis. Em certos casos, há de fato “dominância” de um sentido, sem que obrigatoriamente se perca a relação com outros sentidos possíveis.
	
	b.
	Os sentidos não são determinados ideologicamente, pois, para a AD francesa, há um sentido nuclear que se estabelece como sentido “literal”, em cujas margens estariam os sentidos periféricos, extensivos, associados, marginalizados, desviados (efeitos de sentido).
	
	c.
	No processo do acontecimento enunciativo-discursivo, os sentidos se recolocam, deslocam, alteram, movimentam a cada momento de forma múltipla e fragmentária.
	
	d.
	A Análise de Discurso de linha francesa procura compreender a língua fazendo sentido, enquanto trabalho simbólico, parte do trabalho social geral, constitutivo do homem e da sua história.
	
	e.
	A AD estabelece ruptura com as perspectivas linguísticas que seguem os princípios de exclusão do sujeito e da produção de sentidos na linguagem (características do estruturalismo), bem como se contrapõe à proposta de descrição do sentido a partir de uma relação de correspondência entre linguagem e mundo (característica da semântica formal).
0,3 pontos   
PERGUNTA 10
1. Dados os textos A, B, C e D, verifique o campo de discurso predominante em cada texto:
 
A –  “O número ainda relativamente reduzido de pesquisas que discutem o discurso de tema ecológico justifica-se, em  parte, pela origem histórica recente da ‘política verde’ (Pádua, 1991). Pádua toma como marco o início dos anos 70, com a formação do primeiro Partido Verde, na Inglaterra.”
B – “O PV defenderá uma sociedade cada vez mais descentralizada, em todos os níveis, onde nenhum grupo, econômico, político ou cultural possa impor sua hegemonia ou a dos seus interesses, sobre os demais. Onde nenhum interesse econômico ou político possa continuar devastando a natureza, poluindo o meio ambiente e ameaçando a vida para servir sua sede de lucro e poder.”
C – “Agora, do deserto brotou capim e o deserto se tornou chana. Mas sob o capim há areia. E que é a areia senão o cobertor do deserto? Não será a floresta uma simples ilha, talvez um Mussulo onde coqueiros nascendo da areia procuram com seus penachos acariciar as nuvens? Ou será a chana, prosaicamente, apenas um terreno sem árvores que é preciso atravessar para chegar à floresta ansiada? E ainda mais no fundo, não será vão definir a CHANA?”
D – “Na Província Petrolífera de Urucu, a 650 quilômetros a sudoeste de Manaus, o desafio de produzir petróleo na Amazônia. O mapeamento das riquezas da Amazônia, fauna e flora. Uma viagem inédita, proporcionada pela Petrobras e sua atuação na região. Algo que precisa ser disseminado na rede. Mais uma demonstração de como a internet pode estar em harmonia com ações de sustentabilidade.  Respeito e ética no trato com a natureza para serem exportados para os quatro cantos do mundo.”
	
	a.
	A - Discurso político; B - Discurso político; C - Discurso enciclopédico; D - Discurso ecológico.
	
	b.
	A - Discurso científico; B - Discurso ecológico; C - Discurso literário; D - Discurso partidário.
	
	c.
	A - Discurso partidário; B - Discurso científico; C - Discurso partidário; D - Discurso político.
	
	d.
	A - Discurso científico; B - Discurso partidário; C - Discurso literário; D - Discurso publicitário.
	
	e.
	A - Discurso político; B - Discurso científico; C - Discurso partidário enciclopédico; D - Discurso político.
· -------------------------------------------------------------------------------------------
	A Análise do Discurso surgiu na França, nos anos de 1960, para suprir as insuficiências da análise de conteúdo (das ciências humanas), que concebia o texto em sua transparência, como representação da realidade no mundo (extradiscursivo) sem considerar as relações linguístico-textuais com as práticas ideológicas em sua exterioridade. Nessa análise de conteúdo, atravessa-se o texto, buscando encontrar nele um sentido. A AD, ao contrário, considera o texto em outra perspectiva.
Assinale a alternativa que explicita corretamente essa perspectiva.
		Resposta Selecionada:
	c. 
Considera o texto em sua opacidade significativa, enfatizando-lhe o funcionamento linguístico-textual e sua materialidade, que constitui discursos no contexto ideológico-histórico-social.
	Respostas:
	a. 
Os sentidos produzidos nos textos não vão muito além da sua literalidade lexical e nem estão marcados pela sua historicidade na memória enunciativo-discursiva.
	
	b. 
A produção de sentidos nos textos não relaciona os elementos linguísticos à sua exterioridade discursiva.
	
	c. 
Considera o texto em sua opacidade significativa, enfatizando-lhe o funcionamento linguístico-textual e sua materialidade, que constitui discursos no contexto ideológico-histórico-social.
	
	d. 
Toma como maior unidade de análise linguística e textual a frase (e não o texto, o discurso, a enunciação).
	
	e. 
Investiga o texto com base no estruturalismo, que via o texto em sua imanência.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: O texto é considerado em sua opacidadesignificativa (e não em sua transparência ) para que seja possível a investigação das questões linguístico-textuais considerando o contexto ideológico-histórico-social.
· Pergunta 2
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Na perspectiva discursiva francesa, há geralmente duas forças que trabalham continuamente o dizer, de tal modo que todo discurso se faz nessa tensão: entre o mesmo e o diferente. Se toda a vez que falamos, ao tomar a palavra, produzimos uma mexida na rede de filiação dos sentidos, no entanto, falamos com palavras já ditas. É nesse jogo entre o mesmo e o diferente, entre o já dito e o a se dizer, que os sujeitos e os sentidos se movimentam, fazem seus percursos, significam. (ORLANDI, E. Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos. SP: Pontes,1999.)
Assinale a alternativa correta:
 
Como se denominam esses processos que têm a ver com “o mesmo” e “o diferente”?
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
Paráfrase, polissemia.
	Respostas:
	a. 
Assujeitamento, intradiscurso.
	
	b. 
Formação ideológica, formação discursiva.
	
	c. 
Polissemia, interdiscurso.
	
	d. 
Paráfrase, polissemia.
	
	e. 
Interpretação, polissemia.
	Comentário da resposta:
	Resposta: D
Comentário:  A paráfrase é responsável pela produtividade na língua, porque, ao enunciar um discurso, o sujeito resgata um dizer que já está estabelecido na memória e o reformula. A polissemia é o deslocamento, a ruptura, a emergência do diferente e da multiplicidade de sentidos no discurso.
	
	
	
· Pergunta 3
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	A AD, mais do que simplesmente fazer parte do arcabouço teórico da linguística, opta epistemologicamente pelos mecanismos de análise linguística, mas sem restringir-se apenas a eles – “é preciso ser linguista e deixar de sê-lo ao mesmo tempo” (MAINGUENEAU, 1997). Assim sendo, Orlandi (2007) sintetiza um pouco mais sistemática e especificamente as balizas teórico-epistemológicas da AD, as quais podem ser desenhadas a partir de três rupturas teórico-filosóficas que estabelecem novos campos de saber.
Marque a alternativa que apresenta corretamente essas três rupturas:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Marxismo, linguística e psicanálise.
	Respostas:
	a. 
Linguística, teorias do texto e psicanálise.
	
	b. 
Marxismo, linguística e psicanálise.
	
	c. 
Pragmática, psicanálise e marxismo.
	
	d. 
Teorias da enunciação, linguística aplicada, marxismo.
	
	e. 
Psicanálise, linguística e Análise de Discurso Crítica.
	Comentário da resposta:
	Resposta: B
Comentário: Influência do pensamento marxista por meio de Althusser; a influência da psicanálise freudiana por meio de Lacan: influência da linguística estrutural (a AD apoia-se criticamente em Saussure), reconhecendo nele o ponto de origem da ciência linguística, mas afirma que o estruturalismo saussuriano não dá conta da semântica discursiva e de suas condições sociohistóricas de produção e constituição.
	
	
	
· Pergunta 4
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Em Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos, Eni Orlandi apresenta conceitos relevantes para o entendimento da Análise de Discurso de orientação francesa. Com embasamento na leitura dos textos apresentados online, escolha a alternativa em que o conceito não está adequadamente explicitado.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	e. 
A Análise do Discurso trabalha com a língua enquanto um sistema abstrato, não com a língua no mundo, com as maneiras de significar, com homens falando, considerando a produção de sentidos enquanto parte de suas vidas.
	Respostas:
	a. 
O discurso é palavra em movimento, prática de linguagem. Ele põe em funcionamento um processo de significação que relaciona sujeitos e sentidos na língua, através da história.
	
	b. 
Ao considerarmos as condições de produção no sentido restrito, temos as circunstâncias da enunciação: é o contexto imediato. Se as considerarmos em sentido amplo, as condições de produção incluem o contexto sócio-histórico-ideológico.
	
	c. 
A ideologia é a condição para a constituição do sujeito e dos sentidos. O indivíduo é interpelado em sujeito pela ideologia para que se produza o dizer.
	
	d. 
Quando falo da posição de mãe, por exemplo, o que digo deriva seu sentido em relação à formação discursiva em que estou inscrevendo minhas palavras, de modo equivalente a outras falas que também o fazem dessa mesma posição.
	
	e. 
A Análise do Discurso trabalha com a língua enquanto um sistema abstrato, não com a língua no mundo, com as maneiras de significar, com homens falando, considerando a produção de sentidos enquanto parte de suas vidas.
	Comentário da resposta:
	Resposta: E
Comentário: A AD trabalha com a língua no mundo, com as maneiras de significar em relação às ideologias e ao contexto sociohistórico.
	
	
	
· Pergunta 5
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	A Análise do Discurso de linha francesa recusa a informacionalidade e representação do mundo/verdade como características essenciais e primordiais da linguagem, posto que a produção de sentidos nos textos relaciona os elementos linguísticos à sua exterioridade discursiva, considerando as relações de poder entre as posições-sujeito em seu funcionamento e as determinações ideológicas que ancoram as formações discursivas por trás dos textos. Assim sendo, os sentidos produzidos nos textos vão muito além da sua literalidade lexical e estão marcados pela sua historicidade na memória enunciativo-discursiva. Portanto, é ilusão acreditar que a linguagem simplesmente “informa”, representa de maneira neutra uma verdade que está fora dela, no mundo.
Desse modo, não se pode deixar de enfatizar aquelas que foram as influências teóricas pontuais para a constituição das balizas epistemológicas da AD (cf. MAINGUENEAU, 1997 e ORLANDI, 2007a). Dentre elas, destaca-se a influência da linguística estrutural. A AD, mesmo reconhecendo na linguística saussuriana o ponto de origem da ciência linguística, direciona a ela algumas críticas.
Marque a alternativa que corretamente explicita essas críticas.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
Não dá conta da semântica discursiva e de suas condições sociohistóricas de produção e constituição.
	Respostas:
	a. 
Não considera que a história tem sua materialidade e opacidade, o homem faz a história, mas ela não lhe é transparente.
	
	b. 
Não se apoia na ideia de que é o sujeito que se coloca como tendo sua opacidade – ele não é transparente nem para si mesmo, nem para os outros. A constituição da subjetividade está inteiramente relacionada com a alteridade – o Outro.
	
	c. 
Não dá conta da semântica discursiva e de suas condições sociohistóricas de produção e constituição.
	
	d. 
Apoia-se em análises linguísticas que relacionam ideologia e condições de produção do discurso.
	
	e. 
Considera para a análise linguística apenas a formação discursiva, deixando de lado as formações ideológicas.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: Os sentidos produzidos nos textos vão muito além da sua literalidade lexical e estão marcados pela sua historicidade na memória enunciativo-discursiva.
	
	
	
· Pergunta 6
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Pêcheux retoma que segundo Althusser "a ideologia interpela o indivíduo como sujeito", e afirma que os aparelhos ideológicos do estado não são meramente a realização da ideologia em termos de sujeito. Não pode se deixar de ressaltar em comum a essas duas estruturas, chamadas ideologia e inconsciente, o fato de que elas operam no oculto de sua própria existência, produzindo uma rede de verdades subjetivas evidentes, significando, afetando e constituindo o sujeito.
 
Assinale a única alternativa que não está de acordo com o conceito de ideologia na perspectiva da AD francesa:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	d. 
A ideologia não tem relação alguma com a Formação Discursiva em que o sujeito se insere para proferir seu discurso.
	Respostas:
	a. 
As ações dos indivíduos demonstram a ideologia que eles têm (um exemplo seria a religião que move os fiéis a terem um estilo de vida regrado e a praticarem alguns rituais, como ajoelhar-se para rezar).b. 
A Ideologia interpela os indivíduos como sujeitos.
	
	c. 
A ideologia representa a relação imaginária dos indivíduos com as condições reais de existência.
	
	d. 
A ideologia não tem relação alguma com a Formação Discursiva em que o sujeito se insere para proferir seu discurso.
	
	e. 
Não existe prática sem uma ideologia e, consequentemente, não existe ideologia, exceto pelo sujeito e para os sujeitos.
	Comentário da resposta:
	Resposta: D
Comentário: A ideologia tem relação direta com a Formação Discursiva.
	
	
	
· Pergunta 7
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	A interdiscursividade diz respeito à relação de um discurso com outros, ou seja, o entremear de vozes discursivas manifestadas em certo discurso e interferindo no seu sentido. Esses discursos alheios penetram no discurso em estudo, interferindo assim no seu sentido. A interdiscursividade, assim, está relacionada à noção de heterogeneidade discursiva, de formação discursiva e de “pré-construído ”.
       
Assim sendo, marque a alternativa que não está adequada aos conceitos de interdiscurso/ intradiscurso.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
O intradiscurso determina materialmente o efeito de encadeamento e articulação de tal modo que aparece como o puro “já-dito”.
	Respostas:
	a. 
O interdiscurso é a memória discursiva, que possibilita relacionar o dito (intradiscurso) ao já-dito, o pré-construído que está na base do que é dito.
	
	b. 
O interdiscurso abrange o conjunto das formações discursivas e se inscreve no nível da constituição do discurso, no sentido de que trabalha com a ressignificação do sujeito sobre o que já foi dito, determinando os deslocamentos e rupturas promovidos pelo sujeito nos limites de uma formação discursiva.
	
	c. 
O intradiscurso determina materialmente o efeito de encadeamento e articulação de tal modo que aparece como o puro “já-dito”.
	
	d. 
Ao pensarmos o discurso como uma teia a ser tecida, podemos dizer que o intradiscurso é o ‘fio do discurso’ de um sujeito.
	
	e. 
O que está em evidência, no intradiscurso, é a formulação de um discurso a partir da realidade presente. É o que se está dizendo no texto.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: O intradiscurso é o que se está dizendo no texto.
	
	
	
· Pergunta 8
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Nos seus estudos na disciplina AD online, você acompanhou ainda a distinção dos diferentes modos organizacionais de funcionamento tipológico do discurso: Discurso Autoritário (polissemia contida, o locutor apaga sua relação com o interlocutor. A troca de papéis tende a ser zero, o objeto do discurso está oculto pelo dizer, centralizando um locutor exclusivo); Discurso Polêmico (a polissemia é controlada, a relação de disputa pelos sentidos é tensa entre os interlocutores. A troca de papéis entre os interlocutores acontece sob certas condições direcionadas pelos interlocutores); Discurso Lúdico (a polissemia está aberta, os interlocutores se expõem aos efeitos dessa presença, não regulando sua relação com os sentidos. A troca de papéis é plena entre os interlocutores).
A partir das considerações teóricas anteriores, marque a alternativa abaixo que apresenta um discurso do tipo mais predominantemente Lúdico.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	c. 
O discurso humorístico.
	Respostas:
	a. 
O discurso jurídico.
	
	b. 
O discurso político.
	
	c. 
O discurso humorístico.
	
	d. 
O discurso literário.
	
	e. 
O discurso religioso.
	Comentário da resposta:
	Resposta: C
Comentário: Na tipologia discursiva, o humor é considerado discurso lúdico.
	
	
	
· Pergunta 9
0,3 em 0,3 pontos
	
	
	
	Leia o texto a seguir.
“O sentido de uma palavra, expressão, proposição não existe em si mesmo, só pode ser constituído em referência às condições de produção de um determinado enunciado, uma vez que muda de acordo com a formação ideológica de quem o (re) produz, bem como de quem o interpreta. O sentido nunca é dado, ele não existe como produto acabado, resultado de uma possível transparência da língua, mas está sempre em curso, é movente e se produz dentro de uma determinação histórico-social, daí a necessidade de se falar em efeitos de sentido” (FERREIRA, 2001).
Assim sendo, escolha a alternativa que não está adequada aos conceitos anteriormente apresentados
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	b. 
Os sentidos não são determinados ideologicamente, pois, para a AD francesa, há um sentido nuclear que se estabelece como sentido “literal”, em cujas margens estariam os sentidos periféricos, extensivos, associados, marginalizados, desviados (efeitos de sentido).
	Respostas:
	a. 
No movimento de renovação/mobilização de sentidos, a AD abandona a posição que privilegia a hipótese de um sentido mais importante hierarquicamente (sentido literal) em detrimento de outros (efeitos de sentido). Todos os sentidos são, em princípio, sentidos possíveis. Em certos casos, há de fato “dominância” de um sentido, sem que obrigatoriamente se perca a relação com outros sentidos possíveis.
	
	b. 
Os sentidos não são determinados ideologicamente, pois, para a AD francesa, há um sentido nuclear que se estabelece como sentido “literal”, em cujas margens estariam os sentidos periféricos, extensivos, associados, marginalizados, desviados (efeitos de sentido).
	
	c. 
No processo do acontecimento enunciativo-discursivo, os sentidos se recolocam, deslocam, alteram, movimentam a cada momento de forma múltipla e fragmentária.
	
	d. 
A Análise de Discurso de linha francesa procura compreender a língua fazendo sentido, enquanto trabalho simbólico, parte do trabalho social geral, constitutivo do homem e da sua história.
	
	e. 
A AD estabelece ruptura com as perspectivas linguísticas que seguem os princípios de exclusão do sujeito e da produção de sentidos na linguagem (características do estruturalismo), bem como se contrapõe à proposta de descrição do sentido a partir de uma relação de correspondência entre linguagem e mundo (característica da semântica formal).
	Comentário da resposta:
	Resposta: B
Comentário: A alternativa está inadequada, pois os sentidos são determinados ideologicamente.
	
	
	
· Pergunta 10
0 em 0,3 pontos
	
	
	
	Dados os textos A, B, C e D, verifique o campo de discurso predominante em cada texto:
 
A –  “O número ainda relativamente reduzido de pesquisas que discutem o discurso de tema ecológico justifica-se, em  parte, pela origem histórica recente da ‘política verde’ (Pádua, 1991). Pádua toma como marco o início dos anos 70, com a formação do primeiro Partido Verde, na Inglaterra.”
B – “O PV defenderá uma sociedade cada vez mais descentralizada, em todos os níveis, onde nenhum grupo, econômico, político ou cultural possa impor sua hegemonia ou a dos seus interesses, sobre os demais. Onde nenhum interesse econômico ou político possa continuar devastando a natureza, poluindo o meio ambiente e ameaçando a vida para servir sua sede de lucro e poder.”
C – “Agora, do deserto brotou capim e o deserto se tornou chana. Mas sob o capim há areia. E que é a areia senão o cobertor do deserto? Não será a floresta uma simples ilha, talvez um Mussulo onde coqueiros nascendo da areia procuram com seus penachos acariciar as nuvens? Ou será a chana, prosaicamente, apenas um terreno sem árvores que é preciso atravessar para chegar à floresta ansiada? E ainda mais no fundo, não será vão definir a CHANA?”
D – “Na Província Petrolífera de Urucu, a 650 quilômetros a sudoeste de Manaus, o desafio de produzir petróleo na Amazônia. O mapeamento das riquezas da Amazônia, fauna e flora. Uma viagem inédita, proporcionada pela Petrobras e sua atuação na região. Algo que precisa ser disseminado na rede. Mais uma demonstração de como a internet pode estar em harmonia com ações de sustentabilidade.  Respeito e ética no trato com a natureza para serem exportados para os quatro cantos do mundo.”
	
	
	
	
		Resposta Selecionada:
	a. 
A - Discurso político; B - Discurso político; C - Discurso enciclopédico; D - Discurso ecológico.
	Respostas:
	a. 
A - Discurso político; B - Discurso político; C - Discursoenciclopédico; D - Discurso ecológico.
	
	b. 
A - Discurso científico; B - Discurso ecológico; C - Discurso literário; D - Discurso partidário.
	
	c. 
A - Discurso partidário; B - Discurso científico; C - Discurso partidário; D - Discurso político.
	
	d. 
A - Discurso científico; B - Discurso partidário; C - Discurso literário; D - Discurso publicitário.
	
	e. 
A - Discurso político; B - Discurso científico; C - Discurso partidário enciclopédico; D - Discurso político.

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