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2 AVALIAÇÃO DE PSICOLOGIA DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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Leia com atenção e responda:
1- A psicanálise propõe um modelo topológico do aparelho psíquico e um funcionamento dinâmico deste. Para isso estabeleceu instâncias psíquicas que tem um funcionamento específico. Quais são as principais características do Id, Ego e Superego? (4,0)
2- São vários os mecanismos de defesa estudados (repressão, divisão ou cisão, negação, projeção, racionalização, formação reativa, identificação, regressão, isolamento, deslocamento e sublimação), escolha 4 e explique sua função.(2,0)
3- Freud propõe algumas fases que compõe o desenvolvimento psicossexual humano, que organizam a sua vida afetiva durante toda a vida. Explique o funcionamento de cada uma dessas fases, ressaltando os aspectos mais importantes para o desenvolvimento do psiquismo. (4,0)
BOA PROVA!!!
1 - Freud desenvolveu dois modelos principais de organização da mente para que pudesse entender diferentes indivíduos. A primeira tópica, ou “teoria topográfica”, divide a mente em consciente (formado pelas ideias e sentimentos de cada indivíduo), pré-consciente (formado por conteúdos mentais que são trazidos à mente através de aumento da atenção ou esforço da memória) e inconsciente (formado por conteúdos mentais censurados, inaceitáveis e reprimidos e, por isso, não podem emergir tão facilmente à consciência). A segunda tópica, ou, também, “modelo estrutural”, considera a existência de três instâncias, ou estruturas psíquicas na mente: o Ego (o eu do indivíduo), Id e o Superego. Neste modelo, o Ego pode ser entendido como uma espécie de moderador entre as demandas pulsionais (do ID) e a realidade externa, contendo aspectos do consciente e do inconsciente. A consciência era entendida como o órgão executivo da mente, responsável por tomadas de decisão e a integração perceptiva, enquanto no lado inconsciente conteria mecanismos de defesa, como a repressão, necessários para defender o Ego das pulsões da sexualidade e da agressividade, vindas do Id. O Id trata-se de uma instância psíquica totalmente inconsciente que inclui as pulsões de vida e morte, ou as amorosas e agressivas, que descarregam a tensão provocada pela operação dessas pulsões. Essa instância é controlada por aspectos inconscientes do Ego e pelo Superego, que incorpora a consciência moral e o ideal de ego. Já o Superego é formado a partir das identificações inconscientes com as figuras dos pais e de outras pessoas significativas, assim, pode-se dizer que o Superego é “o herdeiro do complexo de Édipo”. É, também, no Superego que se encontram os valores individuais do sujeito, além dos elementos de cultura do qual ele faz parte. 
Quando há um choque entre as forças inconscientes que buscam expressão, ocorre o conflito psíquico. A neurose, por exemplo, ocorre quando há um conflito entre o Ego (aliado à realidade externa) e o Id; a psicose é resultado do conflito entre o Ego (aliado ao Id) e a realidade externa; a perversão surge pelo conflito entre o Ego (aliado ao Id) e o Superego. O conflito causa uma ansiedade de alarme ou ansiedade-sinal, que é inconsciente, e que faz com que os 
2 - As defesas imaturas, ou defesas narcísicas, envolvem uma grande distorção na imagem de si mesmo e/ou de outros, que podem afetar a autoestima. Essas defesas se caracterizam por manter os estressores, impulsos, ideias, afetos e responsabilidades desagradáveis ou inaceitáveis fora da consciência, atribuindo-os, muitas vezes erroneamente, a causas externas. Essas defesas tendem a ser usadas por sujeitos que sentem-se ameaçados pela intimidade interpessoal ou que comportam-se de forma socialmente indesejável e podem, também, formar esses indivíduos. Alguns desses mecanismos de defesas são: a negação, a projeção, a racionalização, e a formação reativa. A negação ocorre para que se evite a percepção de algum aspecto doloroso da realidade negando dados sensoriais. Ela abole a realidade externa. A negação presente na primeira fase do luto, por exemplo. A projeção acontece quando, para que o Ego seja protegido, se atribui os próprios sentimentos, defeitos pessoais e desejos à outra pessoa, por esses sentimentos internos serem intoleráveis ou dolorosos. A racionalização faz com que se busque explicações racionais em uma tentativa de justificar atitudes, crenças ou comportamentos que podem, de algum modo, ser inaceitáveis. Já a formação reativa acontece ao se tentar transformar um impulso ou sentimento inaceitável em seu oposto. 
3 - Segundo a teoria psicanalítica, as primeiras experiências desempenham papel fundamental no desenvolvimento da personalidade do indivíduo e continuam a influenciar o comportamento na vida adulta. Se as etapas psicossexuais são concluídas com êxito, o indivíduo forma uma personalidade saudável, mas se algumas questões não são resolvidas na fase adequada, o indivíduo pode criar fixações (foco persistente em um estágio psicossexual). As fases que compõem o desenvolvimento psicossexual humano, que organizam a vida afetiva dos indivíduos durante toda sua vida propostas por Freud são: Fase Oral; Fase Anal, Fase Fálica, Período de Latência, Fase Genital.
A Fase Oral (surge, com essa fase, o Ego) ocorre nos primeiros meses de vida da criança (0 - 1 ano) e sua zona erógena é a boca. Nesta fase, o prazer do indivíduo está centrado na boca e na ingestão de comida. O mastigar, comer, morder e engolir são as principais fontes de prazer e são essas ações que reduzem a tensão. Conflitos surgem quando as necessidades orais da criança não são atendidas. Se a fixação oral ocorre, há duas possibilidades de resultados que irão refletir no indivíduo até mesmo na idade adulta. Se houver insatisfação, o indivíduo pode tornar-se pessimista, suspeito, sarcástico e possessivo e que pode buscar satisfação e redução da tensão e ansiedade através da comida, da bebida ou fumo. Caso o indivíduo sofra excessos nessa fase, ele pode tornar-se otimista, ingênuo e hostil. 
A Fase Anal ocorre entre o 1 ano de vida a 3 anos e sua zona erógena é o controle do intestino e bexiga. Nesta fase, a criança procura prazer através da retenção das fezes até que sua eventual eliminação torna-se prazerosa. O exercício dos músculos do ânus torna-se fonte de prazer também. Para Freud, o prazer da evacuação está associado ao prazer em criar algo seu próprio, criar independência. A fixação anal pode ocorrer caso os pais mostram-se rígidos para com a criança que ainda está aprendendo a usar o banheiro. Há duas possíveis vertentes para essa fixação. Uma, caracterizada pela avareza, preocupação excessiva com aparência, pelo perfeccionismo e pela teimosia e conflito com qualquer autoridade. A outra personalidade, que é expulsiva anal, é definida pela falta de autocontrole, descuido e comportamento bagunceiro. Ao forçar a criança a usar o banheiro de modo precoce ou rígido pode propiciar uma personalidade anal-retentiva, que odeia bagunça, é obsessivamente organizado e respeitoso com a autoridade, mas que podem ser fixados à suas posses e teimosos. Já os anal-expulsivos, que passaram por um treinamento da toalete muito liberal no estágio anal, tornam-se adultos que compartilham suas posses, gostam de dar seus pertences, são bagunceiros e desorganizados, além de rebeldes.
A Fase Fálica (quando também ocorre o surgimento do Superego) acontece entre 4 a 6 anos e sua zona erógena é a genital. Nesta fase, prazer da criança está centrado em seus órgãos genitais. A auto manipulação é a principal fonte de prazer. A identificação com os pais do mesmo sexo reduz a tensão. As genitais são o centro de gratificação e a criança desenvolve atração pelos pais do sexo oposto. Esta fase é também chamada de Complexo de Édipo, onde pode ocorrer a angústia da castração e inveja do pênis (nas meninas). A fixação neste estágio pode fazer com que a criança desenvolva um caráter fálico, que é descuidado, determinado, autoconfiante e narcisístico, além de excessivamente vaidoso e orgulhoso. O fracasso na resolução dessa fase pode fazer com que a pessoa torne-se receosa ou incapaz de amar. Ainda, segundo Freud, a fixação nestafase poderia ser uma causa da homossexualidade. O conflito dessa fase pode ser resolvido pelo processo de identificação, que envolve a criança adotar as características do pai do mesmo sexo. Nesta fase, a sublimação é importante, pois os impulsos do Id continuam e continuarão ativos. A sublimação transformará os impulsos libidinais em energia útil para o casamento, a educação dos filhos e desempenho profissional futuramente. 
O Período de Latência ocorre entre os 6 anos e a puberdade, não possui zona erógena, pois os sentimentos sexuais são inativos. Nesta fase, ocorre o desenvolvimento do Ego e do Superego que contribuem para esse período. Esse estágio ocorre na época em que as crianças começam a ir à escola e tornam-se mais preocupadas com as relações entre colegas, hobbies, etc. O período de latência é o período de exploração em que a energia sexual ainda está presente, porém é direcionada à outras áreas, ao invés do próprio corpo, como as atividades intelectuais e interações sociais. Esta etapa é importante para o desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação e autoconfiança.
A Fase Genital ocorre entre 11 a 18 anos. Nesta fase, a libido torna-se ativa novamente. Durante esta fase, ocorre o interesse pelo sexo oposto. Apesar de esta fase iniciar-se durante a puberdade, ela poderá estar presente durante toda a vida de uma pessoa - há uma separação/diferenciação entre o outro e seus pais, resolução do Complexo de Édipo. Diferente das fases anteriores, que buscam satisfação nas necessidades individuais, nessa fase há o interesse pelo bem estar dos outros. Se o desenvolvimento é bem sucedido, o indivíduo continuará a evoluir para que se torne uma pessoa bem equilibrada, tenra e carinhosa. É nesta etapa que se estabelece o equilíbrio entre as diversas áreas da vida. 
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