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Blended Mudando a educação com metodologias ativas_HORN, Michael B.; STAKER, Heather; CHRISTENSEN, Clayton. Blended usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Penso Editora, 2015.

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HORN, Michael B.; STAKER, Heather; CHRISTENSEN, Clayton. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Penso Editora, 2015.
TEXTO 1
	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
	HORN, Michael B.; STAKER, Heather; CHRISTENSEN, Clayton. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Penso Editora, 2015.
	RESUMO
(ideias principais do autor)
p. 31 - 64
	· Ensino híbrido: Metodologia que combina aprendizado online e offline - mesclados (blended), em que o aluno estuda sozinho (virtual) e com outros de forma presencial (interação entre pares, etc).
· EUA: gasto para inserção do ensino híbrido, porém com poucos resultados positivos;
· Ensino híbrido provém do ensino online;
· Ensino online: surgiu como alternativa mais barata e secundária à aula presencial tradicional = pouca notoriedade/relevância até ser usado por escolas para o ensino de línguas estrangeiras para que os alunos pudessem dominar o idioma mais rápido.
· Ensino online passou a propiciar experiências mais reais, ligadas às pessoais. Até então, os alunos tinham aulas tradicionais sozinhos, sem supervisão de alguém, sem que suas dificuldades e contextos fossem levados em conta. Entretanto, mostrou-se a necessidade de supervisão dos alunos para o aprendizado. Daí, surgiu o ensino híbrido, que proporcionava a mescla do ensino virtual e presencial, pois, por mais que o ensino totalmente online nunca substitua o ensino tradicional, foi necessário que se se incorporasse o uso das tecnologias.
· Aprender online é mais do que fazer o aluno usar a internet, é mudar a instrução do ensino presencial e utilizar conteúdos baseados na web - e oferecer autonomia e controle de tempo, lugar, caminho e/ou ritmo ao aluno.
· Além disso, no ensino híbrido é necessário que o aluno tenha um espaço físico em que possa estudar longe de casa e ser supervisionado.
· Ainda, é necessário que haja multimodalidade experiência de aprendizagem integrada (curso integrado - apropriado).
· Muitas escolas instalaram computadores na escola para implementar estudo híbrido, porém isso não ocorreu.
· Modelos de ensino híbrido: Rotação¹; Flex; À la carte; Virtual enriquecido:
· Rotação¹ por estações: alterna entre modalidades de aprendizagem, sendo, pelo menos, um online; pode ser em sala(s) de aula: ensino conduzido em grupos pequenos, aprendizagem virtual, leitura individual modelada e independente. (vide BLU*)
· Laboratório rotacional¹: Parecido com a rotação por estações, mas ocorre no laboratório de informática.
· Sala de aula invertida¹: Lições ou palestras online de modo independente. Aulas expositivas online (muitas vezes) = autonomia do aluno; e tarefas, assistência aos alunos, prática discussões e projetos em sala de aula. (participação ativa)
· Rotação individual¹: “Escolha sua modalidade”. Alunos alternam através de um sistema individual e personalizado. (cronograma diário único que atende às necessidades de cada aluno)
· Flex: Ensino individualizado, cronograma fluido que atende às necessidades do aluno (recuperação, reforço, etc), modalidade pode ser alternada entre presencial e online, levando em consideração se o aluno trabalhará em grupos pequenos ou sozinho. (curso online = espinha dorsal da aprendizagem/apoio físico apenas quando necessário). O professor tutor é o presencial.
· À la Carte: Ensino online e presencial ao mesmo tempo (inclusão de disciplinas que o aluno não teria acesso presencialmente). Também pode-se parecer com Flex, pois pode ter componentes presenciais (professor tutor é o online).
· Virtual enriquecido: Cursos que oferecem sessões de aprendizagem presencial e permitem que o restante seja feito online. Os alunos raramente se encontram com o professor presencial e as presenças pessoais são obrigatórias.
· No ensino híbrido, pode haver um misto e combinação dos modelos citados para enriquecer a aprendizagem.
· Ensino híbrido = autonomia e controle do aluno (ao menos em partes); ensino enriquecido por tecnologia = padronizado para toda a turma com inserção de tecnologia.
· Ensino à distância; ensino tradicional; ensino enriquecido por tecnologia; ensino híbrido; aprendizagem baseada em projetos (ajudar estudantes a explorar problemas e desafios do mundo real dinamicamente. Inspirar estudantes a obter compreensão mais aprofundada das matérias. Pode ser online e presencial.) 
	CITAÇÕES
	· “Ensino híbrido é fundamentalmente diferente da tendência muito mais ampla de equipar as salas de aula com dispositivos e programas de computador, mas é facilmente confundida com ela. [...] As pessoas usam o termo de forma demasiadamente ampla, para se referir a todos os usos da tecnologia na educação (“edtech”) que se acumulam em uma sala de aula, ou demasiadamente restrita para indicar apenas os tipos de aprendizagem que combinam o online e o presencial com a qual têm mais afinidade.” (p. 34)
· “Ensino híbrido é qualquer programa educacional formal no qual um estudante aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino on-line, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, o lugar, o caminho e/ou ritmo.” (p. 34)
· “[...] o estudante aprende, pelo menos em parte, em um local físico supervisionado longe de casa [...], o estudante frequenta uma escola tradicional, com professores ou supervisores.” (p. 35) 
· “O equívoco mais comum relacionado ao ensino híbrido é confundi-lo com ensino enriquecido por tecnologia.” (p. 36)
· “O ensino enriquecido por tecnologia compartilha as características do ensino tradicional, mas tem melhorias digitais, como lousas digitais, amplo acesso a dispositivos de internet, câmeras, livros digitais, ferramentas de internet, Google Docs e planos de aula on-line. A despeito da presença de ferramentas digitais, o ensino online, em geral, não substitui o ensino presencial em termos de transmissão de conteúdo”. (p. 54)
· “O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um estudante aprende, pelo menos em parte, por meio de aprendizagem online, sobre qual tem algum tipo de controle em relação ao tempo, lugar, ao caminho e/ou ao ritmo e, pelo menos em parte, em um local físico supervisionado, longe de casa. As modalidades, ao longo do caminho de aprendizagem de cada estudante em um curso ou uma disciplina, estão conectadas para fornecer uma experiência integrada. O ensino híbrido é o motor que pode tornar possível a aprendizagem centrada no estudante para alunos do mundo todo, em vez de apenas para alguns poucos privilegiados. Devido a sua arquitetura modular, o ensino online é adequado de forma inerente para fornecer ensino personalizado, com base na competência, a um custo acessível, portanto, esses termos frequentemente andam de mãos dadas.” (p. 54)
	 COMENTÁRIOS
	· Muitas escolas confundem o que é “ensino híbrido”” com somente com o “usar tecnologias” na sala de aula e acabam por fazer o mesmo que poderia ser feito na lousa, no computador, ao invés de fazer com que a tecnologia dê suporte para o ensino daquilo que não tem como ser feito em sala de aula - como colocar o aluno em contato com outras culturas em tempo real através de imagens, vídeos, etc.
· O que temos em muitas da escola é o ensino enriquecido por tecnologias, uma vez que os alunos não são incentivados a autonomia. Ainda, falta estrutura e preparo por parte das escolas e padronização do ensino (até que ponto isso é positivo?)
	QUESTIONAMENTOS
	· Como se daria a implementação de ensino híbrido no Brasil? Daria certo?
· Qual o grau de preparação que o professor precisaria e como seria implementado?
· Como se garante que o aluno realizará as tarefas online?
· Até que ponto a padronização do ensino é algo positivo? E como ocorre a individualização em turmas cheias? 
TEXTO 2
	REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
	MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção mídias contemporâneas. Convergências midiáticas, educação e cidadania: aproximações jovens, v. 2, n. 1, p. 15-33, 2015.
	RESUMO
(ideias principais do autor)
p. 15 - 33
	· Necessidade de inovação no ensino para que acompanhe as mudanças da sociedade;
· A escola padronizadaignora as particularidades e competências cognitivas pessoais e sociais dos alunos. Há necessidade de mudança no currículo, participação de professores, organização de atividades didáticas e de espaços e tempos. 
· Modelo atual em que o professor é o único transmissor do conhecimento é limitado, enquanto há acesso à tecnologia. É necessário que o professor use essa ferramenta e torne o aluno mais autônomo em sua aprendizagem, para que abra a escola ao mundo.
· A tecnologia é facilitadora da aprendizagem por integrar vários espaços e tempos (mundo físico e mundo digital = hibridismo).
· A melhor maneira de se aprender é combinando atividades, desafios e informação contextualizada de modo equilibrado (multimodalidade?).
· Para que o aluno seja proativo, deve-se adotar metodologia que propicie que ele seja ativo, avaliando resultados, pesquisando, pensando criticamente, tomando decisões através de materiais relevantes (pode-se se apoiar na tecnologia para isso).
· Sucesso da aprendizagem: desenvolvimento das competências necessárias para cada etapa e promoção de interação através de tecnologias adequadas.
· Em metodologias ativas, o aprendizado se dá através de problemas e soluções reais (que o aluno provavelmente vivenciará ou já vivenciou).
· Necessidade de salas de aula mais multifuncionais, que combine as atividades de grupo, de plenário e individuais mais facilmente. Devem ser conectados para uso de tecnologias móveis. Espaços mais abertos e estudos integrados.
· A mudança necessária deve ser profunda: o aluno deixará de ser passivo e se tornará ativo; o professor não transmissor, mas orientador e curador (escolhendo temas relevantes); envolvimento profundo e não burocrático.
· Inversão do tradicional: ao invés de o aluno aprender na sala e praticar em casa; é mais eficaz que o aluno tente aprender sozinho e pratique, discuta, resolva problemas na sala de aula, sendo orientado pelo professor.
· Devemos trabalhar com modelos flexíveis de aprendizagem, não nos ater a somente um modelo.
· Interconexão entre aprendizagem individual e colaborativa.
· Capacitação de professores, estrutura da escola e da coordenação para lidar com metodologias ativas. Mudanças aos poucos*. (com currículos mais flexíveis, com inversão de processos (primeiro, atividades online e, depois, atividades em sala de aula).
	CITAÇÕES
	· “A escola padronizada, que ensina e avalia a todos de forma igual e exige resultados previsíveis, ignora que a sociedade do conhecimento é baseada em competências cognitivas, pessoais e sociais, que não se adquirem da forma convencional e que exigem proatividade, colaboração, personalização e visão empreendedora.” (p.16)
· “Há indicadores que nos permitem argumentar a favor do currículo por projetos como uma matriz de mudança em potencial para aqueles segmentos da educação que entendem ser necessário recuperar a totalidade do conhecimento e romper com o conservadorismo das práticas pedagógicas repetitivas e acríticas. (KELLER-FRANCO & MASSETTO, 2012, p.12)” (p. 16)
· “As instituições educacionais atentas às mudanças escolhem fundamentalmente dois caminhos, um mais suave - mudanças progressivas - e outro mais amplo, com mudanças profundas. No caminho mais suave, elas mantêm o modelo curricular predominante – disciplinar – mas priorizam o envolvimento maior do aluno, com metodologias ativas como o ensino por projetos de forma mais interdisciplinar, o ensino híbrido ou blended e a sala de aula invertida.
Outras instituições propõem modelos mais inovadores, disruptivos, sem disciplinas, que redesenham o projeto, os espaços físicos, as metodologias, baseadas em atividades, desafios, problemas, jogos e onde cada aluno aprende no seu próprio ritmo e necessidade e também aprende com os outros em grupos e projetos, com supervisão de professores orientadores.” (p. 17)
· “. As metodologias ativas são pontos de partida para avançar para processos mais avançados de reflexão, de integração cognitiva, de generalização, de reelaboração de novas práticas.” (p. 18)
· “Teóricos como Dewey (1950), Freire (2009), Rogers (1973), Novack (1999), entre outros, enfatizam, há muito tempo, a importância de superar a educação bancária, tradicional e focar a aprendizagem no aluno, envolvendo-o, motivando-o e dialogando com ele.” (p. 18 - grifo meu)
· “metodologias ativas como a Aprendizagem por pares (Peer Instruction), por times e outros. O Peer Instruction é uma das metodologias inovadoras aplicadas por professores nos diversos cursos. Outros métodos utilizados são PBL – Project Based Learning (aprendizagem por meio de projetos ou de problemas); TBL –Team-based Learning (aprendizagem por times), WAC – Writing Across the Curriculum (escrita por meio das disciplinas) e Study Case (estudo de caso).” (p. 21)
· “Misturando vídeos e materiais nos ambientes virtuais
com atividades de aprofundamento nos espaços físicos (salas) ampliamos o conceito de sala de aula: Invertemos a lógica tradicional de que o professor ensine antes na aula e o aluno tente aplicar depois em casa o que aprendeu em aula, para que, primeiro, o aluno caminhe sozinho (vídeos, leituras, atividades) e depois em sala de aula desenvolva os conhecimentos que ainda precisa no contato com colegas e com a orientação do professor ou professores mais experientes.” (p. 22)
· “Um bom professor pode enriquecer materiais prontos com metodologias ativas: pesquisa, aula invertida, integração sala de aula e atividades online, projetos integradores e jogos. De qualquer forma esses modelos precisam também evoluir para incorporar propostas mais centradas no aluno, na colaboração e personalização.” (p. 
· “Na educação formal uns projetos pedagógicos dão mais ênfase à aprendizagem colaborativa, enquanto outros à aprendizagem individualizada. Ambos são importantes e precisam ser integrados para dar conta da complexidade de aprender na nossa sociedade cada vez mais dinâmica e incerta.” (p. 26)
· 
	 COMENTÁRIOS
	· Por mais que utilizemos a tecnologia na sala de aula, ainda há “o medo” de mudar o tradicional e acabamos por ficar presos à mesmice, em que o professor é o foco da sala de aula. Estamos “preparando” alunos para provas de fim de bimestre, não para a vida. 
	QUESTIONAMENTOS
	·

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