Buscar

Atividade Contextualizada unama Uninassau

Prévia do material em texto

ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DE BIOTECNOLOGIA 
 
 
 Discente: Luanda Maria Pereira Alho 
Matrícula: 26081918 
 Curso: Biomedicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Biotecnologia e bioprospecção 
 
 A bioprospecção é a área que atua com pesquisas que envolvem a exploração de 
fontes naturais, genes, micro e macroorganismos para ser utilizados em indústrias 
biotecnológicas, farmacêuticas, agrícolas e cosméticas com alto valor comercial. 
 Entre várias áreas da bioprospecção, Bolzani (2016), afirma que o campo da 
farmacologia se destaca devido a importância no cenário de pandemias e tratamento de 
doenças em geral. As pesquisas voltadas para o setor de saúde que conseguem obter novos 
compostos capazes de reduzir a virulência, ganham notoriedade no mercado devido sua 
capacidade de reverter quadros altamente patogênicos. Porém, apesar de todos os 
benefícios gerados pelo avanço da produção de fármacos advindos da indústria 
biotecnológica, muitas questões devem ser analisadas e seguidas durante esse 
desenvolvimento. Desde o início da pesquisa até a comercialização dos produtos, entre 
os tópicos que devem ser abordados estão: utilização do ambiente de extração forma 
sustentável, respeito à legislação de acesso, investimento em infraestrutura de pesquisa, 
combate à apropriação ilegal de matéria prima e informações (Berlinck, 2012). 
 A abrangência da bioprospecção na tecnologia de alimentos também exerce um 
grau de importância para a sociedade, pois visa a produção de alimentos de forma 
sustentável, acessível e saudável (Filho, 2015). Desta forma, os organismos 
geneticamente modificados são utilizados para a expressão de vitaminas e aporte 
nutritivo. Entretanto, o uso da biotecnologia a favor desse avanço, deve ser pautado na 
Lei da Biossegurança n° 11. 105 e seguir os princípios bioéticos que incluem: a 
legalização da produção, a segurança da saúde humana e do meio ambiente, a validação 
de pesquisas científicas a cerca da produção até o consumo, receptividade desses 
alimentos no mercado (reações adversas = alergênicos que causam alterações fisiológicas 
e toxicidade), os riscos de exposição do meio ambiente (poluição genética, surgimento de 
super pragas e danos às espécies) e da população e os possíveis danos irreversíveis. 
 Com o avanço da bioprospecção, a exploração de locais extremos se tornou mais 
comum e com isso, aumentam as chances de encontrar organismos inéditos com a 
capacidade de descontaminação de metais. Contudo, os estudos de Palma (2012) mostram 
que o aprofundamento exploratório deve se enquadrar nas diretrizes do Protocolo de 
Nagoia, lançado em 2010, que diz respeito ao acesso de recursos e repartição justa e 
equitativa dos benefícios derivados da sua utilização, que tem como objetivos, estabelecer 
parâmetros e condições de acesso de recursos e garantia na repartição. Os benefícios do 
acordo contribuem para a conservação e o uso sustentável da Biodiversidade. Portanto, a 
exploração pode ser realizada, mas as regras do regulamento devem ser seguidas. 
 Diante desses preceitos, a bioética e a biossegurança são fundamentais dentro do 
campo de desenvolvimento industrial biotecnológico e científico na área de 
bioprospecção, pois são ferramentas que estudam, avaliam, normatizam e controlam 
decisões e ações. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BERLINCK, R. Bioprospecção no Brasil: um breve histórico. Revista Ciência e 
Cultura, São Paulo, SP, v. 64, n. 3, p. 27 - 30, 2012. 
BOLZANI, V. Biodiversidade, bioprospecção e inovação no Brasil. Revista Ciência e 
Cultura, São Paulo, SP, v. 68, n. 1, p. 04 - 05, 2016. 
FILHO, S; SILVA, C; BIGI, M. Bioprospecção e biotecnologia. Revista Parcerias 
estratégicas, São Paulo, SP, v. 19, n. 38, p. 45-80, 2015. 
PALMA, C. Bioprospecção no Brasil: análise crítica de alguns conceitos. Revista de 
Ciência e Cultura, São Paulo, SP, v. 64, n. 3, p. 22 - 26, 2012.

Continue navegando