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1 ALIMENTOS TRANGÊNICOS: UMA ANALISE ÉTICA E NUTRICIONAL SOB O CRITÉRIO DA SEGURANÇA ALIMENTAR TRANSGENIC FOODS: AN ETHICAL AND NUTRITIONAL ANALYSIS UNDER THE CRITERIA OF FOOD SAFETY Bárbara Holander Flismino Nina Sant`ana Santos Almeida Vithória Silva Brites* RESUMO O referido artigo analisa os alimentos transgênicos no brasil sob uma ótica de perspectiva ética e nutricional face ao critério da segurança alimentar, abordando, especialmente, os impactos na segurança alimentar e no meio ambiente, com seus consequentes riscos para a saúde das pessoas. Avaliando alguns dos principais benefícios e riscos potenciais inerentes à aplicação da manipulação gênica em alimentos destinados à alimentação humana, procurando verificar e entender como os alimentos transgênicos podem afetar a saúde das pessoas. Trazendo ainda um enfoque dos aspectos éticos e como eles influenciam na aceitação ou não de transgênicos na sociedade. Chegando ao ponto de avaliar que tanto os benefícios da utilização da biotecnologia para o melhoramento das características nutricionais de alimentos, como os riscos potenciais, são factíveis e realmente podem vir a ocorrer. PALAVRAS - CHAVE: Alimentos transgênicos, biotecnologia, ética, segurança alimentar. ABSTRACT This article analyzes transgenic foods in brazil from an ethical and nutritional perspective in view of the food safety criteria, especially addressing the impacts on food safety and the environment, with their consequent risks to people's health. Evaluating some of the main benefits and potential risks inherent to the application of genetic manipulation in foods intended for human consumption, seeking to verify and understand how transgenic foods can affect people's health. Also bringing a focus on ethical aspects and how they influence the acceptance or not of transgenics in society. Going to the point of evaluating that both the benefits of using biotechnology * Bárbara Holander Flismino, Nina Sant`ana Santos Almeida, Vithória Silva Brites. Acadêmicas do Curso de Nutrição e Farmácia da Faculdade Multivix. Cariacica / 2021. 2 to improve the nutritional characteristics of foods, as well as the potential risks, are feasible and can actually occur. KEYWORDS: Transgenic food, biotechnology, ethics, food safety. INTRODUÇÃO Os alimentos transgênicos no Brasil são amplamente discutidos sob a abordagem da segurança alimentar bem como a influência de aspectos éticos na aceitação ou não destes alimentos na vida dos brasileiros, sendo possível destacar as vantagens e desvantagens da utilização destes e a regulamentação sobre o cultivo de alimentos geneticamente modificados. Neste sentido, os transgênicos, são aqueles com material genético alterado pelo homem através da transferência de um gene de uma espécie para outra. Observa-se que os mesmos surgiram a bem a pouco tempo, na década de 70, e rapidamente alcançaram o mundo, principalmente os alimentos, apesar disso, ainda é grande a polêmica em torno do assunto tendo em vista que enquanto para alguns esta tecnologia é uma certeza de desenvolvimento, para outros muito ainda deve ser esclarecido sobre os reais impactos no meio ambiente, na saúde, política, economia e bioética de cada país. No Brasil, os transgênicos chegaram de forma clandestina e hoje tornaram-se uma realidade e em processo de legalização. Proibir ou aceitar? Seria esse o dilema a ser resolvido. A população, geralmente não conhece bem os efeitos que os alimentos geneticamente modificados podem acarretar em sua saúde. Igualmente não faz parte da cultura do brasileiro exercer um controle de segurança e qualidade sobre os alimentos que consomem, ou exigir dos órgãos competentes a fiscalização do cumprimento da legislação, referente a segurança alimentar. Questiona-se a garantia da segurança e qualidade alimentar e nutricional dos produtos, bem como, da solução da fome, isto é, como chegar à superação do problema alimentar no mundo. A segurança alimentar pressupõe o direito fundamental de acesso quantitativo e qualitativo de alimentos. Julga-se que não está 3 nos alimentos transgênicos a solução para a erradicação da fome, bem como do oferecimento da segurança alimentar para a população. Outrossim resta necessário as discussões sobre a relação entre a segurança alimentar e os alimentos geneticamente modificados, de forma que a biotecnologia e a engenharia genética têm sido encaradas como algo revolucionário, justificando-se, entre outras prerrogativas, o uso de alimentos transgênicos como solução do problema da fome no mundo, sem risco à saúde da população e ao meio ambiente. Face a essa premissa, discute-se a segurança alimentar sob os enfoques qualitativos e quantitativos, destacando as atribuições dos órgãos responsáveis e suas interfaces com alimentos geneticamente modificados. Acredita-se que os alimentos transgênicos não sejam a solução para o problema da fome no mundo. 1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A BIOTECNOLOGIA E OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS Inicialmente, para uma melhor abordagem dos alimentos transgênicos importa ressaltar o papel da biotecnologia na introdução desses transgênicos bem como sua relação entre ciência, tecnologia e a nutrição. Na genética, o termo biotecnologia refere-se ao uso de organismos vivos ou substâncias biológicas na produção de uma variedade de substâncias que podem ser úteis ao ser humano. A biotecnologia é fruto da evolução do estudo da célula, o conhecimento de seu funcionamento e mecanismo genético é imprescindível para compreensão da evolução da ciência e tecnologia. Tal pratica tem evoluído muito nos últimos anos, isto claro, é fruto de muitas pesquisas, e assim, tornou-se uma ferramenta imprescindível para obtenção de novos produtos que atendem à demanda da população (CÂMARA, 2016). Outrossim, a biotecnologia remete hoje a nova fronteira da ciência. Visto que além da pesquisa e produção de produtos transgênicos mantem uma acentuada relação de interação com diversos outros setores da ciência e da tecnologia, tais como a biologia molecular, a fisiologia, a microbiologia, as engenharias química, ambiental e genética (CÂMARA, 2016). 4 Deste modo, o aumento da produtividade, a maior resistência às doenças e às pragas, o decréscimo no tempo necessário para produzir e distribuir novos cultivares de plantas, provavelmente com produção de novos organismos vegetais e animais, são alguns ícones que a biotecnologia e a engenharia genética estão criando. Alguns questionamentos são levantados e postos em discussão dos quais serão tratados nos demais capítulos. 1.1 CONCEITO E EVOLUÇÃO Os Organismos Geneticamente Modificados (OGMs), também conhecidos como transgênicos constituem uma das inovações da biotecnologia e da engenharia genética trazida pela Revolução Verde na década de 1966, nos Estados Unidos, cujo processo consiste na transferência de um ou mais genes responsáveis por determinada característica em um organismo para outro organismo ao qual é desejável incorporar tal característica (ESPLAR, 2012). Dentre os discursos e as expectativas dos idealizadores desta revolução no campo destaca-se entre outras prerrogativas o uso de agrotóxicos e outros produtos químicos, aumento da produtividade, diminuição da fome mundial, preservação do meio ambiente, redução de custos para o produtor e preços dos alimentos básicos para a população (YUNTA, 2013). Contudo, a diminuição da fome mundial não aconteceu, e os organismos geneticamente modificados trouxeram incertezas e controvérsias entre grupos de cientistas, governantes e população em geral quanto aos impactos gerados à saúde das pessoas e ao meio ambiente. À vista disso, para que os alimentos transgênicos possam ser desfrutados com segurança é preciso que haja uma análise dos riscos alimentares com embasamento científico (RIBEIRO; MARIN, 2012).A segurança alimentar e nutricional consiste na realização do direito ao acesso a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e que seu alcance implique na promoção à alimentação adequada, requerendo práticas alimentares promotoras da saúde, que respeitem às normas ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. Os programas de segurança alimentar devem propiciar um controle de qualidade efetivo de toda a cadeia alimentar, desde a produção, armazenagem, distribuição até o consumo do alimento in natura ao processado, 5 bem como os processos de manipulação que se fizerem necessários (SANTOS; TORRES,2017). Dado o interesse das empresas, agricultores e governos em investir em pesquisa e comercialização dos alimentos transgênicos foi preciso regulamentar seu uso, para que a exploração do novo recurso acontecesse de forma ética e segura para todas as esferas afetadas pelos transgênicos. Embora existam muitas controvérsias e dúvidas, a produção e a comercialização dos transgênicos no Brasil é regulamentada pela Lei de Biossegurança desde 2005 e reconhecida como uma das mais seguras e completas mundialmente. A Lei de Biossegurança regula todos os processos de produção dos OGMs, com ações que envolvem desde a pesquisa até a comercialização, tais medidas objetivam garantir que estes alimentos ofereçam segurança para o consumo humano e ao ambiente. A publicação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (LOSAN) estabeleceu o conceito de segurança alimentar e nutricional e criou as bases de construção e funcionamento do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), alinhando políticas e ações aos objetivos da segurança alimentar e nutricional (CÂMARA; NODARI; GUILAM, 2013). O processo de evolução e seleção natural tem sido responsável ao logo dos tempos pelas modificações naturais dos seres vivos através de processos genéticos como mutações, interações gênicas e outros. Na atualidade a biotecnologia tem exercido esse papel de uma forma que requer reflexões e ponderações, desta forma é preciso ter consciência que não existe tecnologia sem risco, os transgênicos, fruto da tecnologia, já são uma realidade inevitável a primeira vista. No Brasil os alimentos transgênicos chegaram de forma ilegal e passaram por um processo de legalização. Sendo ainda muito forte o movimento em oposição a esses alimentos, o que se revela uma consequência natural da falta de informações verídicas sobre os seus efeitos benéficos e maléficos. Existem aspectos positivos que fazem com que os transgênicos sejam objeto de intensa especulação por parte dos cientistas, empresários e políticos, porém, como foi visto, estamos ainda diante de um processo de consolidação de uma nova tecnologia que pode produzir efeitos adversos. 6 1.2 PAPEL DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS A existência ou não de alternativa ao uso de transgênicos capaz de satisfazer a demanda mundial por alimento e nutrientes é uma questão que permanece aberta à investigação científica. A importância dos transgênicos ainda não está bem fundamentada no conhecimento científico disponível, em parte porque as conquistas e o potencial da agroecologia não foram objeto de atenção científica suficiente. Segundo Alves (2004) poucas pessoas sabem que, se bem utilizada, a engenharia genética tem um enorme potencial para dar mais qualidade de vida às populações, pois no mundo em que vivemos, com uma população desse porte, é impossível saciar a fome apenas através da coleta de alimentos. Não se tratando neste caso de tentar acabar com a fome através dos transgênicos, mas, ver neles um elemento a mais nessa luta pela sustentabilidade na tão complicada rede de relações da sociedade humana. Consoante o entendimento de Hugh Lacey (2007, p. 33): Os transgênicos são claramente objetos biológicos e uma boa quantidade de conhecimentos sobre eles e suas potencialidades pode ser obtida por pesquisas que adotam a abordagem descontextualizada. Entretanto, os transgênicos não são apenas objetos biológicos, mas também socioeconômicos: são, na maior parte, mercadorias ou detentores de direitos de propriedade intelectual. Não levar em consideração o contexto socioeconômico impede que os benefícios, os riscos e as alternativas sejam investigados de forma apropriada. Embora as pesquisas moleculares e biotecnológicas subjacentes ao desenvolvimento e à implementação da tecnologia de transgênicos sejam indispensáveis à investigação, não são suficientes, pois estão alienadas dos seus contextos. Sob esta ótica, embora o desenvolvimento dos transgênicos fundamente-se nos resultados comprovados da biologia molecular e da biotecnologia, a tendência da sua aplicação prática é pressupor, sem investigações pertinentes terem sido realizadas, que a disseminação rápida e ampla da agricultura baseada em transgênicos tenha um valor social geral. Os proponentes do uso de transgênicos preferem concentrar-se nas discussões sobre as questões especificamente relacionadas aos transgênicos, e não considerar a questão mais abrangente proposta no parágrafo anterior, que não 7 pressupõe a importância dos transgênicos, dando a entender que essa é a maneira “científica” a ser adotada. Em ato continuo, atualmente o Brasil é o segundo país no ranking mundial em plantações transgênicas. Cultiva-se soja, milho, algodão e, mais recentemente, cana-de-açúcar resistentes a herbicidas e aos ataques de insetos e doenças. O feijão e o eucalipto, embora já estejam liberados para plantio, ainda não foram plantados comercialmente. Entre as culturas já autorizadas para o plantio a soja (96%) é a que tem maior taxa de adoção (CÉLERES, 2019). Figura 1 – Aprovação de plantas transgênicas no Brasil Fonte: ISAAA, 2019. Com a aprovação da nova Lei de Biossegurança (11.105/05), em 2005, a regulação dos transgênicos no Brasil se estabilizou e tornou-se uma referência global de rigor científico e eficiência. 2 ASPECTOS ÉTICOS DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS 8 O tema dos alimentos transgênicos desperta questões de natureza ética. A manipulação genética envolvida na criação desses tipos de alimentos provoca reações de grupos que acusam a ciência de ocupar um papel divino que ignora riscos potenciais nos seres humanos e possíveis crises de moralidade e ética na sociedade. Enquanto a engenharia genética defende a metodologia como uma solução para a problemática da fome e da falta de alimentos, além de contribuir para a produção de insumos necessários ao bem-estar social, comparando com os fármacos (RESTA; ELISBÃO, 2020). Além desses grupos que possuem quase extremidades opostas, há aquele que tramita entre eles, formado pelas pessoas que defendem a comercialização e a produção dos alimentos transgênicos, porém, desde que os consumidores sejam informados adequadamente acerca daquilo que estão consumindo, utilizando como proposta a rotulação diferencial especificando a natureza transgênica dos alimentos e suas características. Esse grupo, portanto, demonstra característica mais liberal e possui a perspectiva de que o consumidor é responsável e consciente o suficiente para optar pelo consumo ou não consumo (RESTA; ELISBÃO, 2020). Essa última vertente culminou na inserção do símbolo identificador dos alimentos transgênicos nas embalagens de alimentos brasileiros. O Decreto nº 4.680 de 2003 determinou que na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, com presença acima do limite de um por cento do produto, o consumidor deverá ser informado da natureza transgênica desse produto (BRASIL, 2003). O Decreto dispõe, ainda que tanto nos produtos embalados como nos vendidos a granel ou in natura, o rótulo da embalagem ou do recipiente em que estão contidosdeverá constar, em destaque, no painel principal e em conjunto com o símbolo, uma das seguintes expressões, dependendo do caso: "(nome do produto) transgênico", "contém (nome do ingrediente ou ingredientes) transgênico(s)" ou "produto produzido a partir de (nome do produto) transgênico" (BRASIL, 2003). Eis o símbolo: 9 Figura 01. Símbolo identificador dos alimentos transgênicos. Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2013/11/empresas-ainda-lutam-para-evitar-a-rotulagem-de-transgenicos- no-brasil/ Tal proposta e determinação está relacionada com o princípio bioético da autonomia, caracterizado pela “autodeterminação da pessoa em tomar decisões que afetem sua vida, sua saúde, sua integridade psicofísica, bem como suas relações sociais” (GARCIA, 2013, p.4). Ou seja, parte do pressuposto de que é ético, valendo-se do direito à informação do consumidor, deixar o poder da decisão em suas mãos. Mariconda e Ramos (2003, p.8) pontuam no sentido que a questão dos alimentos transgênicos pode ser elaborada a partir de dois grandes ramos do estudo da ética: a ética deontológica ou material e a ética consequencialista. De modo que o primeiro se fundamenta num conjunto de normas universais que possibilitam também julgamentos de cunho moral, enquanto o segundo ramo determina se uma ação é ética a partir dos resultados obtidos com ela. Neste sentido: Há uma ética deontológica ou material que procura por um fundamento para as ações éticas. Tal fundamento foi, tradicionalmente, procurado na natureza ou na divindade (ou em ambas combinadamente) e, com ele, busca-se erigir um conjunto de normas universais para os julgamentos morais. A moral cristã é um bom exemplo de ética deontológica: dado o caráter sagrado da vida humana em virtude de sua origem sobrenatural, o aborto sempre será considerado moralmente errado, não importam as circunstâncias nas quais ele seja praticado. A outra modalidade é dita uma ética conseqüencialista. Ela não parte de regras morais, mas de objetivos. A qualidade ética de uma ação está ligada à eficácia com a qual o objetivo é atingido. Uma vez que as conseqüências de uma ação variam segundo as circunstâncias, uma mesma ação poderá ser julgada boa ou má em função dessas circunstâncias. Mas isso não significa, como se pode incorretamente concluir, que tal orientação ética cai necessariamente em um relativismo 10 ingênuo. Aqui também a ação é orientada por princípios universais, como no utilitarismo, uma doutrina ética conseqüencialista de grande influência no pensamento moderno. De modo geral, para o utilitarista uma ação será correta quando ela puder aumentar ou, pelo menos, manter a felicidade daqueles que são atingidos por essa ação. Opera aqui um forte princípio de igualdade: todos os humanos são iguais no que se refere à satisfação de seus interesses e de suas necessidades. Não há princípios a priori que justifiquem privilegiar certos interesses em detrimento de outros. A questão dos alimentos transgênicos também pode ser discutida sob a égide da ética utilitarista, tratando-se do princípio da máxima felicidade, aquele que visa agradar o máximo de pessoas de um determinado grupo ou da sociedade (SANDEL, 2012). Supondo que os alimentos transgênicos podem ser capazes de favorecer o aumento de produção alimentícia devido aos seus métodos, há de se pensar que, no curto prazo, há possibilidade de tornar uma maior quantidade de pessoas felizes, desde que haja um acesso democrático ao alimento. Não obstante, no longo prazo, pode ocasionar os riscos que não são conhecidos até então e os que são. De outro modo, também é possível realizar uma análise ética do ponto de vista da lógica libertária. Nessa visão, diante da ausência de evidências justificadas de danos às pessoas e à sociedade, não deve existir paternalismo. Como leciona Sandel (2012, p. 79), para a ética libertária “o Estado não tem o direito de ditar a que riscos eles podem submeter seu corpo e sua vida”, além disso “os libertários são contra o uso da força coercitiva da lei para promover noções de virtude ou para expressar as convicções morais da maioria”. Outra questão ética se refere à questão política, comercial e social do uso de alimentos transgênicos. Sobre esse tema, Yunta (2013, p.1) entende que “cada país deve buscar a sua própria forma de regularizar o tema dos alimentos transgênicos para evitar abusos por empresas transnacionais, evitar riscos e proteger setores vulneráveis da agricultura e pecuária”. Para o autor, para a comercialização ética dos alimentos transgênicos é necessário um debata que tenha a participação de agricultores, pecuaristas e consumidores, limitando os interesses políticos e de empresas transnacionais. Disserta ainda sobre os princípios da precaução e responsabilidade, defendendo o monitoramento e avaliação de riscos ambientais e sociais (YUNTA, 2013) Além disso, ele também pontua que não rotular que um alimento contém uma porcentagem de transgênicos viola os direitos dos consumidores. Por fim, também aduz que a reflexão bioética poderia mediar os diferentes interesses, a favor e contra, que alimentos transgênicos geram no campo política, científica, comércio, 11 religiões, grupos de pressão e cidadãos comuns, usando filosofia, bom senso e dados científicos (YUNTA, 2013). Nesta esteira, Oliveira (2016, p. 73), em análise do agir ético perante a sustentabilidade ambiental com a comercialização de alimentos transgênicos reflete que é necessária a adoção de medidas que equilibrem os interesses da geração presente e das gerações futuras, considerando um sistema internacional de concretização da ética no meio ambiente, traduzindo-se num pacto: Existe uma necessidade premente na justa integração entre três elementos básicos: meio ambiente, sociedade e desenvolvimento econômico, para que os recursos naturais possam ser devidamente respeitados e aproveitados, por meio da ação do homem, com vista à transformação de riqueza natural em econômica. A real transformação deve ocorrer em relação à acumulação descabida, ao “ter” sem medidas, instaurados na cultura de quase toda a humanidade. Percebem-se tímidos avanços em relação à política ambiental global. A ética, na busca de conduzir os passos da humanidade rumo a um seguro futuro, lança o ensinamento sobre a necessidade de coexistência de interesses, fazendo com que a sustentabilidade seja o guia norteador de tal jornada139. Da sustentabilidade consegue-se extrair ensinamentos e direcionamentos suaves e rígidos. Questões suaves e harmoniosas sobre sustentabilidade – emitidas por fontes secundárias de direito – expressam a necessidade de ação, considerando-se o cuidado, o respeito, a responsabilidade ilimitada e a solidariedade. Essas vertentes possuem o propósito de uma maior aproximação entre homem e natureza, especificamente no que tange à percepção humana para consigo mesma e para com o meio. Há uma necessidade natural em se evitar danos futuros e buscar a reparação de danos ocasionados. O cuidado é fator imprescindível para a concretização da ética, pois demonstra preocupação, prudência e zelo para com o outro e para com o meio ambiente. O respeito faz com que não se deseje ou pratique algo desagradável, devendo-se considerar o solicitado pela dignidade, tanto para a pessoa humana, quanto para o próprio ambiente. Portanto, verifica-se que existem dilemas éticos envolvendo a questão dos transgênicos, bem como conflitos de interesses comerciais, de saúde, políticos, ideológicos, científicos e morais que perpassam a liberação do consumo de forma limitada ou ilimitada. Contudo, esses interesses devem ser equilibrados e sopesados com base nos princípios bioéticos. 3 SEGURANÇA ALIMENTAR DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS A segurança alimentar e nutricional é considerada efetivada quando há condiçõesde acesso das pessoas aos nutrientes necessários à sua sobrevivência e bem-estar que sejam livres de contaminações de quaisquer naturezas. Portanto, 12 pode ser medida não apenas pela quantidade de alimento que se produz, mas sobretudo, pela qualidade dos alimentos que se destinam ao consumo. Quanto à correlação entre os alimentos transgênicos com o conceito de segurança alimentar e nutricional, é fundamental compreender que o desenvolvimento científico, a produção e a comercialização desses alimentos, possui uma diversidade de etapas e normas, que envolvem desde a biotecnologia e a engenharia genética à saúde e segurança das pessoas e do meio ambiente (SILVA, 2015) No entendimento de Hoffmann (1996) o aumento da produção de alimentos por si só não possibilita a segurança alimentar e nutricional da população, pois o problema da fome não está na disponibilidade alimentar global, mas sim na pobreza de uma grande parte da população Para Sachs (2000), a luta contra a fome não se reduz ao aumento da oferta de alimentos, mas em fornecer condições à população para adquirir ou autoproduzir o seu sustento, o que remete ao emprego gerador de renda, ao auto--emprego e à reforma agrária. A biotecnologia e engenharia genética como novas tecnologias para a cadeia produtiva, em particular para as companhias desse mercado, são propagadas sob o argumento de não agredirem o ambiente contribuírem para a saúde, inclusive por contribuírem para o fim do uso de pesticidas e da fome no mundo. Os alimentos geneticamente modificados, bem como a biotecnologia, se sustentam sobre tais argumentos e pela disputa entre as corporações do mercado internacional pelos produtos oriundos destas tecnologias, modificando o comércio e o controle específico das cadeias agroalimentares do cenário mundial. A biotecnologia com seus avanços, além de contribuir nas diversas áreas da medicina, agricultura e economia, também apresenta riscos. A presença de riscos indica a necessidade de haver normas de segurança para a análise e o desenvolvimento de estratégias para reduzi-los, que é a principal função da biossegurança. Para que as ações de biossegurança sejam eficazes é importante que todos os envolvidos em atividades de risco estejam aptos acerca das diretrizes de suas práticas (THUSWOHL, 2013). 13 A transgenia é uma técnica que foi elaborada para contribuir de forma significativa com o melhoramento genético das plantas em vários aspectos, principalmente nutricionais e de resistência. O cultivo das plantas transgênicas, por exemplo, requer uma análise de risco. Determinar um risco se dá na probabilidade de um evento (aleatório, futuro ou independente da ação humana) a partir de suas consequências (positivas ou negativas). Um acidente envolvendo técnicas de engenharia genética, poderá ocorrer e, como em toda análise de previsão prudente, não é possível saber quando nem em que intensidade irá acontecer (GAVIOLI; NUNES, 2015). A questão alimentar, por sua amplitude e abrangência implica em compromissos políticos de segurança alimentar, a garantia do acesso e da qualidade nutricional e sanitária dos alimentos e o controle e conservação da base genética. Assim, a biossegurança envolve regulamentações que se destinam à análise e ao manejo dos riscos potenciais de alimentos transgênicos, para o desenvolvimento saudável de plantas e para a preservação do ambiente agrícola ou da biodiversidade como um todo (THUSWOHL, 2013). Pela existência de possíveis efeitos decorrentes dos transgênicos, esses organismos são avaliados pela biossegurança alimentar desde as suas características e propriedades até suas funções, a fim de encontrar eventuais riscos existentes para a saúde. Busca-se uma equivalência substancial entre os transgênicos com os organismos convencionais, observando a sua composição bioquímica e nutricional. Esta análise auxilia na identificação de diferenças entre os dois organismos que são analisadas e estudadas através de diversos experimentos que englobam características nutricionais, digestivas, alergênicas e toxicológicas (GAVIOLI; NUNES, 2015). No que se refere aos efeitos clínicos que o intoxicado, tanto no uso dos agrotóxicos quanto no consumo dos transgênicos, pode ter variados tipos de irritação em mucosa até o desenvolvimento de vários tipos de cânceres. As pesquisas sobre os desdobramentos do glifosato, segundo Samsel e Seneff (2013), princípio ativo do Roundup, tende a causar 50% do autismo em crianças até 2025, e 14 outras doenças modernas, como depressão, infertilidade, alzheimer, câncer e doenças cardíacas. No Brasil, agências de saúde e movimentos sociais tem se esforçado para conscientizar a população, sobretudo nas áreas onde o agronegócio impõe a exposição do corpo do trabalhador ao veneno. Segundo o Guia de prevenção, notificação e tratamento das intoxicações por agrotóxicos (MATO GROSSO DO SUL, 2013) os agrotóxicos com o princípio ativo Carbamato, como o Furazin e o Furadan (Carbofuran), tendem a provocar edema pulmonar, depressão, paralisia respiratória, perda de memória e até dificuldade motora nos intoxicados. Considerando o conceito de alimentação saudável pelo Ministério da Saúde, deve-se incluir entre outros, a qualidade dos alimentos consumidos e a segurança contra contaminação físico-química e biológica. A discussão levantada a respeito dos alimentos transgênicos é a de que ao manipular os genes, de um organismo para o outro, se será preservada a qualidade alimentar e nutricional, pois, ainda, não foi comprovado cientificamente, que esses alimentos são saudáveis ou não e se trarão, no futuro, prejuízos à saúde do consumidor (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). Realizar boas escolhas alimentares, além de proporcionar uma saúde melhor para as pessoas, também significa buscar a efetividade da segurança alimentar. Não basta apenas alimentar as pessoas, é necessário garantir que todos tenham acesso a alimentos saudáveis e ricos em nutrientes (CFN, 2012). Vários produtos geneticamente modificados já estão nos supermercados e já fazem parte da dieta do consumidor brasileiro, um fato quase imperceptível pelos consumidores, devido à discreta rotulagem que esses produtos possuem, conforme apresenta a Tabela 2, (BBC Brasil, 2013). Tabela 2: Principais alimentos transgênicos que fazem parte da dieta do consumidor brasileiro 15 Fonte: BBC Brasil, 2013. Apesar de organizações representativas da sociedade civil que atuam contra a disseminação dos cultivos geneticamente modificados criticarem o pouco rigor dos testes de biossegurança, o Departamento de Segurança Sanitária dos Alimentos da OMS assegura que nenhum caso de efeito nocivo sobre a saúde humana resultante do seu consumo fora identificado. Segundo um estudo publicado em parceria com a FAO em 2005, e acatado até hoje, os efeitos potenciais diretos dos alimentos geneticamente modificados sobre a saúde são em geral comparáveis aos riscos conhecidos associados aos alimentos tradicionais no que diz respeito ao seu potencial alergênico e a toxidade de seus constituintes, como também à qualidade nutricional do alimento e sua segurança sanitária (THUSWOHL, 2013). Deste modo a ciência não provou, ainda, nenhum mal letal ou riscos à vida relacionado ao seu consumo, porém existem situações que requerem orientações jurídicas específicas e/ou pesquisas direcionadas, como no caso do aparecimento supostos danos ao meio ambiente e a vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base nas informações obtidas face as pesquisas do presente trabalho, é possível entender que como consequência das mudanças da sociedade referente ao 16 desenvolvimento do meio técnico científico e informacional a revolução verde e o desenvolvimento da transgenia impactaram na forma de produção, quantidade e qualidade, exigindo novas análises tanto nareorganização do espaço rural como nos padrões e controle de qualidade de alimentas a fim de garantir a segurança alimentar. Apesar da maior disponibilidade dos alimentos no mercado de consumo, uma parte significativa da população na realidade brasileira ainda passa fome. Esses avanços além de causarem impactos na saúde humana também tem gerado ônus para a natureza, ambas veem sendo desgastadas a cada dia mais com o perpetuamento desse modo de produção que já apresenta sinais de crise. A pesquisa abordou o papel da biotecnologia na introdução dos alimentos transgênicos e sua relação com ciência, tecnologia, política e nutrição. Avaliando que o aumento da produtividade, a maior resistência às doenças e às pragas, o decréscimo no tempo necessário para produzir e distribuir novos cultivares de plantas, provavelmente com produção de novos organismos vegetais e animais, são alguns ícones que a biotecnologia e a engenharia genética estão criando. Foi avaliado que a segurança alimentar busca a realização do direito ao acesso a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente e que seu alcance implique na promoção à alimentação adequada, requerendo práticas alimentares promotoras da saúde, que respeitem às normas ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis. De modo que os alimentos transgênicos precisam atender os requisitos que satisfazem esses objetivos. Sob o prisma ético, verificou-se que o tema pode ser avaliado de diversos pontos de vista, desde a análise deontológica, passando pela consequencialista, ou trabalhada pelo utilitarismo, ou de um ponto de vista mais liberal. Percebeu-se que a manipulação genética envolvida na criação desses tipos de alimentos provoca reações de grupos que acusam a ciência de ocupar um papel divino que ignora riscos potenciais nos seres humanos e possíveis crises de moralidade e ética na sociedade. Desde o grupo da engenharia genética que defende a metodologia como uma solução para a problemática da fome e da falta de alimentos, além de contribuir para a produção de insumos necessários ao bem-estar social, comparando com os 17 fármacos. Até o grupo formado pelas pessoas que defendem a comercialização e a produção dos alimentos transgênicos, porém, desde que os consumidores sejam informados adequadamente acerca daquilo que estão consumindo, utilizando como proposta a rotulação diferencial especificando a natureza transgênica dos alimentos e suas características. Sob o prisma do conflito de interesses, observou-se que a comercialização ética dos alimentos transgênicos depende da participação de agricultores, pecuaristas e consumidores, limitando os interesses políticos e de empresas transnacionais. Além disso, a problemática deve levar em consideração os princípios bioéticos da autonomia e da justiça, além dos princípios da precaução e responsabilidade, defendendo o monitoramento e avaliação de riscos ambientais e sociais. Constatou-se que apesar das discussões e inseguranças acerca dos alimentos transgênicos, as pesquisas apontam que diversos produtos geneticamente modificados já estão nos supermercados e já fazem parte da dieta do consumidor brasileiro, um fato quase imperceptível pelos consumidores, devido à discreta rotulagem que esses produtos possuem. Acerca da segurança alimentar, entende-se que a discussão levantada a respeito dos alimentos transgênicos é a de que ao manipular os genes, de um organismo para o outro, se será preservada a qualidade alimentar e nutricional, pois, ainda, não foi comprovado cientificamente, que esses alimentos são saudáveis ou não e se trarão, no futuro, prejuízos à saúde do consumidor. De todo modo, a biotecnologia com seus avanços, além de contribuir nas diversas áreas da medicina, agricultura e economia, também apresenta riscos. Contudo, avaliou-se que a presença de riscos indica a necessidade de haver normas de segurança para a análise e o desenvolvimento de estratégias para reduzi-los, que é a principal função da biossegurança. Apesar disso, a pesquisa constatou que a ciência não provou, ainda, de maneira cabal, nenhum mal letal ou riscos à vida relacionado ao seu consumo, porém existem situações que requerem orientações jurídicas específicas e/ou pesquisas direcionadas, como no caso do aparecimento supostos danos ao meio ambiente e a vida. Além disso, é necessário um debate plural entre os agentes 18 envolvidos na cadeia dos alimentos transgênicos, desde os produtos até os órgãos políticos e os consumidores finais. REFERÊNCIAS ALVES, Gilcean Silva. A Biotecnologia Dos Transgênicos: Precaução É A Palavra De Ordem, 2004. 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