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Esquistossomose Centro Universitário Unifacvest Disciplina: Parasitologia Profª: Natiele da Silva Galvan Alunos: Andrey Victor Carvalho Bárbara Paola Padilha Lucas Guerino Náthaly Goulart Figueredo Priscila Varela da Silva Sarha Pimentel Tamara Costa O que é? A esquistossomose é uma doença infecciosa parasitária, causada pelo verme trematódeo Schistosoma mansoni, que habita os vasos sanguíneos do fígado e intestino humano. A doença também é conhecida por caramujo, xistose ou barriga d’água”, e pode evoluir para formas clínicas extremamente graves que podem levar à morte. O parasita causador é o Schistosoma mansoni, é um platelminto trematódeo. Essa espécie é comum em regiões da África, Antilhas e América do Sul, pela presença de hospedeiros intermediários adequados e condições ambientais favoráveis. Parasita Causador: O ciclo é iniciando pela penetração de cercárias na pele do homem, hospedeiro definitivo. Quando penetram, perdem a cauda, entrando somente o corpo, que passa a se denominar esquistossômulos. Ele cai na corrente circulatória e é levado ao sistema porta-hepático onde se desenvolve até adulto. Machos e fêmeas copulam nas veias mesentéricas, e a oviposição ocorre na submucosa dos ramos terminais da veia mesentérica inferior. Parte dos ovos atravessam a parede do intestino e cai na luz, sendo depois eliminada com as fezes. Os que não conseguem atravessar a parede intestinal ficam nela retidos ou são arrastados pela corrente circulatória, da veia porta para o fígado. O ovo, quando em contato com água, eclode liberando o miracídio, infectivo para o caramujo, hospedeiro intermediário, onde dará origem, por poliembrionia, às cercárias. Cada miracídio originará cerca de 100.000 cercárias! Ciclo Biológico: Fases da Vida: Fase Aguda: A fase aguda representa o início da doença e caracteriza-se pela dermatite cercariana provocada pela penetração das cercárias na pele. Nesse momento, é comum vermelhidão na pele, edema e coceira no local em que o verme penetrou na pele. A forma aguda pode ser assintomática ou sintomática. Fase Crônica: Na fase crônica, o fígado costuma ser o órgão mais comprometido. Conforme a suscetibilidade do indivíduo e intensidade da infecção, a doença pode evoluir e atingir os seguintes órgãos: • Intestinos: É a forma mais comum, podendo ser assintomática ou caracterizada por diarreias que podem apresentar muco e sangue. • Baço: Aumento do órgão. • Fígado: Aumento do órgão. Nessa fase também é comum o aumento do tamanho da barriga, pois o abdome fica mais dilatado. Dermatite cercariana Barriga d’água https://www.todamateria.com.br/figado/ Morfologia: O corpo, de cor esbranquiçada, não possui divisões, epiderme ou cílios externos, e é recoberto por um tipo de cutícula. Macho: • Comprimento de 1,0cm • Corpo dividido em: Porção Anterior: ventosa oral e ventral Porção Posterior: canal ginecóforo Fêmea: • Comprimento de 1,5cm • Cor mais escura • Ventosa oral e ventral • Vulva, útero e ovário Adultos de S. mansoni – macho e fêmea Fêmea de S. mansoni Sintomas: A maioria dos portadores são assintomáticos. No entanto, na fase aguda, o paciente infectado pode apresentar diversos sintomas, como: • febre; • dor de cabeça; • calafrios; • suores; • fraqueza; • falta de apetite; • dor muscular; • tosse; • diarreia. Na forma crônica da doença, a diarreia se torna mais constante, além de apresentar outros sintomas como: • sangue nas fezes; • tonturas; • sensação de plenitude gástrica; • palpitações; • impotência; • emagrecimento; • endurecimento e aumento do fígado. Transmissão: A transmissão da esquistossomose ocorre quando o indivíduo, hospedeiro definitivo, infectado elimina os ovos do verme por meio das fezes humanas. Em contato com a água, os ovos eclodem e liberam larvas que infectam os caramujos, hospedeiros intermediários que vivem nas águas doces. Após quatro semanas, as larvas abandonam o caramujo na forma de cercarias e ficam livres nas águas naturais. O ser humano adquire a doença pelo contato com essas águas. A transmissão não ocorre por meio do contato direto com o doente. Também não ocorre “autoinfecção”. Tratamento: Diagnóstico da esquistossomose é feito por meio de exames laboratoriais de fezes. É possível detectar, por meio desses exames, os ovos do parasita causador da doença. O médico também pode solicitar teste de anticorpos para verificar sinais de infecção e para formas graves ultrassonografia. Para os casos simples, é em dose única e supervisionado feito por meio do medicamento Praziquantel, receitado pelo médico e distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Os casos graves geralmente requerem internação hospitalar e até mesmo tratamento cirúrgico, conforme cada situação. Grupos-alvo para o tratamento são: • Comunidades inteiras que vivem em áreas de alta contaminação. • Crianças em idade escolar nas áreas urbanas residentes em áreas endêmicas. • Pessoas com profissões que envolvem contato com a água contaminada, tais como pescadores, agricultores, trabalhadores de irrigação. • Pessoas que praticam tarefas domésticas que envolvem contato com água contaminada. A prevenção da esquistossomose consiste em evitar o contato com águas onde existam os caramujos hospedeiros intermediários infectados, implementação de medidas de saneamento básico, educação em saúde. Prevenção:
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