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Geovana Sanches, TXXIV SEMIOLOGIA MÉDICA Semeion= sinal; Logos= discurso; Semiologia significa, portanto, o estudo dos sinais das doenças. É a ciência do diagnóstico clínico, sendo indispensável para a terapêutica e o prognóstico. É a base do raciocínio clínico e elemento fundamental para o diagnóstico. Com base no que o paciente nos conta, traduzimos à medicina, coletando os dados e os organizando na Anamnese. Realiza-se posteriormente o exame físico, interpretando os dados e propondo hipóteses diagnósticas. A anamnese refere-se ao que o paciente nos relata, independente do médico acreditar se a informação é verdadeira ou não. Já o exame físico, consiste nas informações provenientes do médico. O exame físico é dividido em duas etapas: geral, através do qual são obtidos dados independentes de sistemas e órgãos e o específico, no qual foca-se nos diferentes sistemas e aparelhos. ANAMNESE Aná= trazer de novo; mnesis= memória. Anamnese significa, portanto, trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença e o paciente. Trata-se do conjunto de informações obtidas através do relato do paciente, de acordo com as perguntas realizadas pelo médico. A anamnese é o núcleo em torno do qual se desenvolve a relação médico-paciente, sendo fundamental para adquirirmos a confiança do paciente e para a construção do raciocínio clínico. Ela é insubstituível para formular hipóteses diagnósticas, estabelecer boa relação médico- paciente e na tomada de decisões. A relação médico-paciente é a base para uma boa prática médica. “As doenças podem ser semelhantes, mas os pacientes nunca são exatamente iguais”. Somente o método clínico apresenta flexibilidade e abrangência suficientes para encontrar as chaves que individualizam cada diagnóstico realizado. A anamnese pode ser conduzida de maneiras diferentes: • O médico deixa que o paciente relate livre e espontaneamente suas queixas sem nenhuma interferência, limitando-se a ouvi-lo; • O médico, tendo em mente um esquema básico, conduz a entrevista mais objetivamente. Essa técnica é denominada Anamnese dirigida e exige rigor técnico e cuidado na sua execução, de modo a não se deixar levar por ideias preconcebidas. Alguns dos defeitos que se pode cometer durante a obtenção da história são a pressa, o espírito preconcebido e a falta de conhecimento sobre os sintomas da doença, o que limita a possibilidade de se obter uma investigação anamnésica completa. O médico deve ter tempo suficiente para extrair a maior quantidade de informações, pois quando mais rica a anamnese, maior a facilidade que o médico terá para chegar a um diagnóstico. A anamnese é, na maioria dos pacientes, o fator isolado mais importante para se chegar a um diagnóstico. Em conjunto com o exame físico, possibilita a criação de uma hipótese diagnóstica em 95% dos casos. O conjunto anamnese + exame físico é chamado de exame clínico. Não há uma técnica padrão para se obter a anamnese, ela é muito dependente da relação médico-paciente. Características culturais, costumes e religião são essenciais para a compreensão adequada das queixas do paciente. Expressões regionais podem ser utilizadas para relatar sintomas e doenças, cabendo ao médico questionar o paciente, assegurando-se de que eles estão compreendendo um ao outro. Nunca podemos utilizar termos médicos ao conversarmos com o paciente, pois provavelmente ele não nos entenderá. Assim como no caso citado acima, devemos sempre nos assegurar de que há entendimento mútuo. O médico deve ouvir com atenção o relato do paciente e extrair as informações relevantes. Não se deve interromper o paciente, pois ele precisa se sentir confiante em relação ao médico. Em situações em que o paciente se torna prolixo e Geovana Sanches, TXXIV confuso, cabe ao médico intervir para que o paciente retome a ideia central de seu relato. Vale ressaltar que o médico deve se manter sempre neutro em relação aos relatos do paciente e que todas as informações obtidas são sigilosas. Os preparativos para o início da anamnese incluem apresentar-se ao paciente, sendo cordial e explicando o que você irá fazer. Deve-se assegurar a privacidade e o sossego do paciente, mostrando sempre estar interessado no que ele tem para te dizer. A anamnese se inicia com perguntas do tipo: “O que o senhor(a) está sentindo?”, “Qual é o seu problema?”. Elementos componentes da anamnese No cabeçalho, devemos incluir: Data e hora, leito (quando se trata de um paciente internado), fonte da história (a partir de quem foram obtidos os dados) e o grau de confiabilidade das informações (Baixa, média ou alta). A anamnese é composta pelas seguintes partes: Identificação, Queixa e duração (queixa principal), História da doença atual (HDA), revisão dos sistemas (ISDA), História médica pregressa (HMP), História pessoal e social, Hábitos de vida, história familiar. IDENTIFICAÇÃO É o perfil sociodemográfico do paciente, que permite a interpretação de dados individuais e coletivos. Seu primeiro objetivo é iniciar o relacionamento com o paciente, sabendo seu nome. São obrigatórios os elementos: • Nome • Idade- a relação médico-paciente apresente peculiaridades de acordo com as diferentes faixas etárias. • Sexo/gênero- há enfermidades que só ocorrem em determinado sexo. • Cor/etnia- é preferível o registro da cor da pele usando-se a seguinte nomenclatura: cor branca, cor parda, cor preta. • Estado civil • Profissão e Local de trabalho- é necessário indagar também sobre outras atividades já exercidas em épocas anteriores (registrada nos hábitos de vida). Em certas ocasiões, há uma relação direta entre o trabalho do indivíduo e a doença que lhe acometeu. • Escolaridade • Naturalidade- local onde o paciente nasceu • Procedência- local onde o paciente residiu durante certo período de tempo ou onde estava anteriormente. • Residência- local de residência atual. Deve- se incluir o endereço do paciente. • Nome da mãe- regra comum em hospitais para diferenciar pacientes homônimos. • Nome do responsável, cuidador, e/ou acompanhante- para crianças, adolescentes, idosos, tutelados ou incapazes. Importante para a relação de corresponsabilidade ética no processo de tratamento do paciente. • Religião • Filiação a órgãos, instituições previdenciárias e planos de saúde- facilita o encaminhamento para exames complementares, outros especialistas ou mesmo a hospitais, nos casos de internação. QUEIXA E DURAÇÃO Nesse item registra-se o motivo que levou o paciente a procurar o médico, repetindo as expressões utilizadas por ele. É uma afirmação breve e espontânea, geralmente um sinal ou sintoma. Geralmente é anotada entre aspas para indicar que se trata das palavras exatas do paciente. Nunca devemos aceitar “rótulos diagnósticos” e nem relatar diagnóstico médico, mas sim a causa pela qual o paciente procurou ajuda médica. Às vezes, uma pessoa pode enumerar vários motivos para procurar assistência médica. Nesses casos, deve-se perguntar qual foi o agravo que o fez ir ao médico, qual o sintoma mais intenso, o que mais a incomoda no momento. Quando o paciente chega ao médico encaminhado por outro colega ou instituição médica, deve-se registrar nesse item o motivo da consulta. Sugestões para obter a queixa principal: Qual o motivo da consulta? ; Por que o senhor me procurou? ; O que o senhor está sentindo? ; O que o está incomodando? Não devemos esquecer de relatar na queixa principal a duração do sintoma. Sempre tentar ao máximo chegar à mais próxima duração possível. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA) A HDA é um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente a Geovana Sanches, TXXIV procurar assistência médica, desde o seu início até a data atual. • Para pacientes internados, deve-se considerar apenas até o momento da internação,não devendo-se acrescentar o que ocorreu enquanto o paciente já estava no hospital. O sintoma-guia é o sintoma ou sinal que permite recompor a história da doença atual com mais facilidade e precisão. Ele não precisa ser único e constante para cada enfermidade e não é necessariamente o sintoma mais antigo. Não existe uma regra fixa para determina-lo, mas como orientação geral, deve-se escolher a queixa de mais longa duração, o sintoma salientado pelo paciente ou a queixa principal. Deve-se descrever o sintoma em relação a: • Início- súbito ou gradativo • Circunstância do aparecimento- o que o paciente estava fazendo quando o sintoma apareceu; pode ser o fator desencadeante • Características do sintoma- localização, duração, intensidade, frequência, tipo. Cada sintoma-guia apresenta características próprias. • Fatores de melhora ou piora • Relação com outras queixas • Evolução- comportamento do sintoma ao longo do tempo, relatando modificações das características e influência de tratamentos efetuados • Situação atual- registrar como o sintoma está no momento da anamnese É muito importante que seja registrada também a cronologia, ou seja, quando o sintoma apareceu e sua evolução. Em casos complexos, é valido utilizar-se de artifícios para definir a cronologia, procurando relacionar o sintoma com eventos que não se esquecem (casamento, gravidez, mudanças, acidentes). Deve-se, ainda, registrar dados negativos pertinentes, ou seja, ausência de sintomas que podem ser diferenciais para o diagnóstico. A meta almejada é obter uma história que apresente início, meio e fim. Para registrar a HDA, deve-se utilizar a terminologia médica, descrevendo com detalhes “como” e “quando” aconteceram os fatos. Quando não achamos o termo médico adequado para determinado sintoma, colocamos a palavra entre aspas e, em seguida, incluímos a sigla SIC entre parênteses , à exemplo “____”(SIC). Devemos, ainda, evitar a repetição de palavras. A descrição deve ser contínua, não sendo permitido o uso de tópicos. • OBS -> Em casos se trauma, é importante registrar a cinética do acidente (como aconteceu), como o paciente chegou ao hospital e quem o socorreu. Para acidentes com motocicletas, ainda é importante questionar acerca do uso de capacetes e se o paciente colidiu com a cabeça. INTERROGATÓRIO SOBRE DIVERSOS APARELHOS E SISTEMAS (ISDAS) O ISDAS documenta a existência ou ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos principais sistemas corporais. É como um complemento da HDA, tendo como ponto principal a certificação de que nenhum sinal ou sintoma foi negligenciado. Sua principal utilidade prática reside no fato de permitir ao médico levantar possibilidades e reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sintomatológico registrado na HDA. Sendo assim, pode originar a suspeita diagnóstica mais importante. Através das perguntas feitas ao paciente, deve-se obter detalhamento das queixas e condições gerais de saúde do paciente, assim como o intuito da consulta. Para cada sintoma, deve-se questionar as variáveis: qualidade, quantidade, fatores de melhora e piora, associações, localização, circunstância em que ocorreu, cronologia, entre outros. A organização do ISDAS é através dos segmentos corpóreos. Deve ser registrado respeitando os tópicos citados a seguir: 1) Sintomas constitucionais gerais: - Febre= pode estar acompanhada ou não de outros sintomas, como cefaleia, calafrios e sede. - Astenia= sensação de fraqueza Geovana Sanches, TXXIV - Alterações de peso= especificar ganho ou perda, quantos quilos, intervalo de tempo e motivo (dieta, estresse, outros fatores) - Sudorese= generalizada ou predominante em mãos e pés. Questionar sudorese noturna. - Calafrios= sensação momentânea de frio com ereção de pelos e arrepiamento da pele - Cãibras= contrações involuntárias de um músculo ou grupo muscular. - Padrão de sono= questionar se houve mudanças desde o aparecimento de sintomas. 2) Pele, cabelo e unhas: - Alterações da pele: cor (palidez, icterícia ou cianose) , manchas, temperatura, umidade textura, sensibilidade (áreas hipoestésicas ou anestésicas) , prurido, lesões - Alterações dos fâneros: alopecia (perda de pelos), hirsutismo (aparecimento de pelos em áreas incomuns, como pelos faciais em mulheres), hipertricose (aumento de pilosidade em locais em que já havia pelo anteriormente), alterações nas unhas • Promoção da saúde: exposição solar (hora do dia, uso de protetor solar); cuidados com pele e cabelos (bronzeamento artificial, tinturas). 3) Cabeça e pescoço - Gerais: cefaleia (frequente ou incomum), tontura, síncope, traumatismos - Olhos: dor ocular, acuidade visual, visão embaçada, prurido, diplopia (visão dupla), fotofobia, queimação ou ardência, nistagmo (movimentos repetitivos rítmicos dos olhos), escotomas (manchas ou pontos escuros no campo visual), secreção, vermelhidão, alucinações visuais. - Ouvidos= dor, transtornos de acuidade auditiva (perda parcial ou total da audição, uni ou bilateral; início súbito ou progressivo), secreção (otorreia- líquido ou otorragia- sangue), zumbido, vertigem (sensação de estar girando – subjetiva ou ver coisas girando - objetiva). - Nariz: prurido, olfato (hiposmia ou anosmia), frequência de resfriados, espirros, obstrução nasal (rinorreia), epistaxe (hemorragia nasal), secreção, dor nos seios paranasais, alterações da fonação (voz anasalada- rinolalia). - Boca e garganta: rouquidão, sialose (excessiva produção de saliva), halitose (mau hálito), alteração da voz, alterações de gengiva, extrações dentárias recentes, lesões na língua ou mucosa bucal, úlceras, alterações de paladar (perda= ageusia) 4) Tecido celular subcutâneo: - Alterações nos linfonodos: aumento, dor a palpação e supuração. Pergunto ao paciente sobre “ínguas” ou “caroços” no pescoço ou braço. - Edemas: simétrico ou assimétrico; período do dia em que aparece e se é ascendente ou descendente. 5) Manifestações cardiorrespiratórias e do tórax: - Dor relacionada a respiração, cianose, sibilo, tosse (seca ou com expectoração), escaro, hemoptise (eliminação de sangue pela boca, através da tosse), hemoptoido (catarro com sangue) - Dor ou desconforto torácico, palpitações (percepção incômoda dos batimentos cardíacos), dispneia (dificuldade para respirar), ortopneia - Mamas: dor, nódulos, secreção mamilar 6) Manifestações TGI: - Apetite (anorexia, hiporexia), digestão, disfagia (dificuldade à deglutição), intolerância a alimentos, pirose (sensação de queimação retroesternal; pode estar relacionada a ingestão de alimentos ou medicamentos) , náusea, êmese (vômito), hematêmese, soluço. - Ritmo intestinal, características das fezes, flatulência, dor abdominal 7) Sistema Geniturinário: - Disúria (desconforto ao urinar), dores, urgência miccional, incontinência urinária, cálculo renal - Mulheres: prurido, libido, dor durante relação sexual (dispareunia), em relação ao ciclo menstrual - regularidade, fluxo, duração, dismenorreia, último período, secreção ou sangramento intermenstrual. • Quando uma mulher sente dores no abdome inferior, é de extrema importância que se questionem as alterações geniturinárias, como a data da última menstruação -> Risco de gravidez ectópica - Homens: disfunção erétil, ejaculação precoce ou ausente, dor testicular, libido 8) Manifestações musculares e articulares: - Mialgia - Artralgia: listar articulações envolvidas, se o comprometimento é aditivo ou migratório e se há sinais flogísticos (ou cardinais- dor, edema, temperatura, perda de função, rubor), o que caracteriza artrite - Limitação de movimentos; Rigidez pós-repouso Geovana Sanches, TXXIV 9) Vascularização periférica: - Claudicação= dor à utilização do membro, como em momentos de atividade física. Em repouso, não há dores -> relacionada à doençaaterosclerótica - Cianose, trombose, varizes 10) Neurológico: - Perda de memória, convulsões, alteração de sensibilidade ou coordenação, lipotimia (perda súbita de consciência), síncope - Alterações na marcha, tremores - Parestesia (sensação anormal e desagradável sobre a pele que assume diversas formas- queimação, dormência, coceira), Paresia (perda parcial da motricidade) , Paralisia (perda da capacidade de movimento voluntário de um músculo) 11) Psiquiátricos: - Depressão, dificuldade de concentração, nervosismo, tensão, pensamentos suicidas, irritabilidade HISTÓRIA MÉDICA PREGRESSA A história médica pregressa deve incluir os antecedentes fisiológicos e patológicos do paciente. Deve ser registrada em itens, como demonstrado a seguir: • Antecedentes fisiológicos: - Mulher= gestação (parto normal ou cesariana), intercorrência na gestação (abortos e em caso positivo, motivo), menarca, número de parceiros sexuais, sexarca (início da atividade sexual), menopausa, período do ciclo menstrual - Homem= sexarca, número de filhos - Para ambos os sexos pode-se questionar nesse momento a sexualidade, com quem o paciente tem relações sexuais. O registro pode ser feito pelos códigos: H:M; H:H; H:HM; M:H; M:M; M:HM • Antecedentes patológicos: - Doenças da infância (catapora, caxumba, rubéola, sarampo, entre outras; é importante questionar se essa doença foi diagnosticada no período) - Enfermidades clínicas da vida adulta (atuais e prévias. Comum: HA, DM, Dislipidemia – questionar quando foi o início da doença) - Cirurgias (todas as realizadas; registrar intercorrências caso existam) - Intercorrências obstétricas e ginecológicas (número de gestações, parto normal ou cesária, intercorrências e abortos; podem ser registradas junto aos antecedentes fisiológicos) o História obstétrica: anotar n° de gestações (G); n° de partos (P); n° de abortos (A); n° de prematuros e n° de cesarianas (C) (G_ P_ A_ C_). Neste item, caso o paciente seja do sexo masculino, indaga-se o número de filhos, enfatizando-se a importância da paternidade. - Quadros psiquiátricos - Acidentes e traumatismos (registrar fraturas e sequelas, caso presentes) - Transfusões de sangue (quantas vezes, quando ocorreu e qual a quantidade) - Imunizações (quais as vacinas tomadas e quando foi a última dose) - Exames preventivos (quais costumam fazer e quando foram realizados pela última vez) - Medicamentos (quantas vezes ao dia, como faz o uso, qual a dosagem; devem-se incluir medicamentos fitoterápicos e ervas pois eles podem ter efeitos colaterais). - Alergias (a alimentos e a medicamentos) HISTÓRIA PESSOAL E SOCIAL É a parte da anamnese que incluirá todas as informações acerca da história do paciente, desde os ocorridos em sua vida, até sua condição econômica. Ajuda a conhecer o paciente como um todo e muitas vezes sugere fatores que podem estar relacionados à sua doença. Pode ser registrada em itens, seguindo os tópicos: • Informações sobre educação (principalmente relacionados a vida profissional) • Profissão e local de trabalho (atual e antigos) • Família (filhos e cônjuge; com quem vive, qual a relação com os familiares, com quem mantem contato; pode-se incluir aqui os animais de estimação) • Interesses pessoais • Atividades de lazer (relacionar com as condições de trabalho -> o paciente tem tempo disponível para o lazer?) • Viagens recentes • Condições de moradia (saneamento básico, alvenaria, água encanada, quantidade de cômodos) • Renda HÁBITOS DE VIDA • Vícios - Bebidas: qual o tipo de bebida alcoólica, quando começou a beber, qual a quantidade, com que frequência. Caso a pessoa não ingira mais bebidas, Geovana Sanches, TXXIV questionar se ela o fez em algum momento da vida e quando ela parou. - Tabagismo: o que fuma, quando iniciou e qual a quantidade. Deve-se calcular a carga tabágica, em maços-ano (1 maço de cigarro industrializado= 20 cigarros; 1h de narguilé= 2 maços de cigarro); quando a carga tabagica excede 15/20 maços-ano, há alto risco de doenças relacionadas ao tabagismo. - Medicamentos - Questionar acerca de drogas ilícitas • Alimentação: - Relacionar os alimentos e líquidos que o paciente costuma ingerir nas refeições que faz durante o dia. • Atividade física: - Trata-se de uma atividade realizada rotineiramente, ou seja, a qual o indivíduo determina um período específico para realizar aquela atividade. Para que a pessoa seja considerada um não-sedentário, é necessário no mínimo 150 minutos de atividade física por semana. - Deve-se descrever qual a atividade realizada, o tempo gasto e quantas vezes por semana - Exposição solar: hora do dia e quanto tempo HISTÓRIA FAMILIAR Ajuda a avaliar os riscos do paciente para desenvolver determinadas doenças. Devemos questionar sobre pessoas com grau de parentesco próximo, como avós, pai, mãe, irmãos e filhos. • História de doenças na família: - Cardiovascular (AVC, IAM, trombose) - Neoplasias o para alguns tipos de canceres, é necessário o questionamento de parentes mais distantes, como tios e primos. Questionar a idade desses parentes quando diagnosticados. - Doenças metabólicas (DM) - Doenças genéticas (hemofilia, anemia falciforme) • Histórico obstétrico Caso haja parentes de primeiro grau que já faleceram, determinar qual a patologia e com que idade ocorreu o óbito.