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Abcesso periodontal e lesão endo-periodontal

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Bruna Miranda 
Odontologia VII 
1 
 
PERIODONTIA 15.06 
Abcesso periodontal e lesão endo-
periodontal 
ABCESSO PERIODONTAL 
Nova classificação  outras condições que 
afetam o periodonto  abcessos periodontais e 
outras lesões que afetam o periodonto. 
O abcesso periodontal possui diferentes fatores 
etiológicos: 
 Origem na polpa necrosada a partir de um 
abcesso periapical/endodôntico. 
 Infecção periodontal nas bolsas profundas 
dando origem a abcesso periodontal ou 
gengival. 
 Pericoronarite associada a dentes inclusos 
ou semi-inclusos (geralmente 3º molar). 
Pode levar à hiperemia, dor irradiada, 
limitação da abertura de boca, 
manifestações locais e sistêmicas. 
 Outros fatores, como: traumatismos, 
cirurgias ou impactações de corpos 
estranhos. 
Acúmulo localizado de secreção purulenta na 
parede gengival de uma bolsa periodontal. 
O abcesso periodontal é a 3ª infecção mais 
prevalente que necessita de tratamento de 
urgência, perdendo para os quadros de 
pericoronarite e abcesso periapical. Pode levar a 
perda dentária (principalmente nos casos de 
perda de inserção moderada a severa pode 
ocorrer em pacientes em manutenção 
periodontal). 
FISIOPATOLOGIA: 
 Epitélio oral normal. 
 Infiltrado de células inflamatórias no tecido 
conjuntivo. 
 Resíduos de tecido de granulação. 
 Foco intenso de neutrófilos e linfócitos. 
 Epitélio da bolsa se mostra ulcerado 
(exposição do tecido conjuntivo). 
MICROBILOGIA: 
Composição similar aos casos crônicos de 
periodontite. 
Predomínio de bactérias anaeróbias estritas, sem 
flagelos, Gram-negativas e proteolíticas. 
CLASSIFICAÇÃO: 
Baseada nos fatores causais: 
Relacionado à periodontite: quando a infecção 
aguda se origina do biofilme presente em bolsas 
periodontais profundas. 
 Exacerbação do quadro agudo por uma 
doença periodontal não tratada, resposta 
inadequada ao tratamento periodontal 
ou tratamento periodontal de suporte. 
 Pós-tratamento: pós-raspagem e 
alisamento radicular pós-cirurgia ou pós-
medicamentos (antibióticos sistêmicos ou 
outras drogas, como nifedipina). 
Não-relacionado à periodontite: quando a 
infecção aguda se origina de outra fonte local 
como impactação por corpos estranhos ou 
alterações na integralidade da raiz. 
 Impacção (fio dental, elástico ortodôntico, 
palito de dente...). 
 Hábitos deletérios (onicofagia, 
apertamento dental). 
 Fatores ortodônticos (forças ortodônticas 
ou mordida cruzada. 
 Crescimento gengival (hiperplasia que 
dificulta a higienização). 
 Alterações na superfície do dente (dente 
invaginado, odontodisplasia, pérolas de 
esmalte, ranhuras de desenvolvimento, 
perfurações, fissura ou fratura, síndrome do 
dente fraturado). 
AVALIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO: 
Queixa principal, exame clínico e exame 
radiográfico. 
SINTOMAS: 
 Dor. 
 Sensibilidade à percussão. 
 “Elevação” do dente no alvéolo. 
SINAIS: 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
2 
 
 Tumefação. 
 Supuração à sondagem. 
 Perda óssea verificada no exame 
radiográfico. 
ACHADOS EXTRA-BUCAIS SÃO INCOMUNS: 
 Inchaço facial, aumento da temperatura 
corporal, mal-estar, linfadenopatia... 
CONDIÇÕES DIAGNÓSTICAS: 
 Elevação ovóide na parte lateral da raiz 
(comum em molares nas regiões de furca). 
 Tumefação difusa ou área avermelhada. 
 Supuração espontânea drenando através 
da bolsa. 
 Dor, sensibilidade a percussão, aumento 
da mobilidade. 
DIAGNÓSTICO DEFERENCIAL: 
 Abcessos periapicais. 
 Cistos periapicais laterais. 
 Fraturas radiculares verticais. 
 Abcessos endoperiodontais. 
Abcesso periapical: lesão cariosa, restauração 
pode não ter bolsa ou ter bolsa rasa, testes 
mostram polpa não vital, edema frequentemente 
localizado no ápice, dor muitas vezes de difícil 
localização, sensibilidade à percussão. 
VS 
Abcesso periodontal: rx mostra perda óssea 
angular e radiolucência na bifurcação. História de 
doença periodontal, bolsas preexistentes, testes 
mostram vitalidade pulpar, edema geralmente 
inclui tecido gengival com fístula ocasional, dor 
geralmente localizada, sensibilidade à percussão 
pode ou não estar presente. 
TRATAMENTO: 
 Drenagem mediante retração da bolsa ou 
incisão. 
 Raspagem e alisamento radicular. 
 Cirurgia periodontal. 
 Antibióticos sistêmicos. 
 Extração dental. 
Etapa 1: incisão com bisturi e drenagem do 
abcesso. 
Etapa 2: instrumentação periodontal com ou sem 
acesso cirúrgico. 
Medicação pré: quando for indicado antibiótico, 
iniciar com dose de ataque de 1g de amoxicilina 
administrada 30-45 min antes da anestesia e início 
da drenagem. Para alérgicos às penicilinas, 
prescrever claritromicina 500 mg ou clindamicina 
600 mg. 
Antissepsia Intrabucal: bochecho 15 ml de uma 
solução aquosa de digluconato de clorexidina 
0,12% por 1 min. 
Antissepsia extrabucal: Clorexidina por 1min. 
Anestesia local em maxila ou mandíbula. 
Medicação pós-operatória: amoxicilina 500 mg a 
cada 8h ou cloritromicina 250 mg ou 500 mg a 
cada 24h ou clindamicina 300 mg a cada 8h. 
Duração do tratamento: geralmente 3 dias 
podendo ser mantido por até 5 dias. 
Analgesia preventiva: 1g de dipirona e prescrever 
500 mg a cada 4h por 2 dias. Ibuprofeno ou 
paracetamol para pacientes com tolerância à 
dipirona. 
Outros cuidados: higienização local adequada, 
bochecho com clorexidina pela manhã e noite de 
5 a 7 dias. 
LESÃO ENDO-PERIODONTAL 
Podem ser crônicas ou agudas. 
Envolve a câmara pulpar (necrose) e os tecidos 
periodontais. 
LESÃO ENDO-PERIONTAL EM PACIENTES 
PERIODONTAIS: 
É lenta, crônica e assintomática. 
1. Bolsas periodontais profundas. 
2. Teste de vitalidade negativo. 
Apresenta reabsorção óssea até o ápice, dor 
espontânea ou a percussão, exsudato purulento, 
mobilidade e alteração da coloração gengival. 
ETIOLOGIA PRIMÁRIA: 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
3 
 
 Infecções periodontais e/ou 
endodônticas: por lesões cariosas 
profundas e microbiota periodontal. 
 Trauma: fratura radicular, reabsorção 
radicular externa ou necrose pulpar 
drenando para o periodonto. 
 Iatrogenia: perfuração da raiz ou furca. 
MICROBIOLOGIA: 
Similar a microbiota encontrada na bolsa 
periodontal e canais radiculares: complexo 
vermelho. 
FATORES DE RISCO: 
 Periodontite avançada. 
 Eventos iatrogênicos. 
 Traumatismo. 
 Outros: envolvimento de furca, presença 
de trincas, lesões de carie, alto nível de 
destruição óssea e coroas de porcelana 
(metal fundido). 
AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO: 
Simon, et al. 1972 
 Lesão endodôntica primária: 
 Lesão endodôntica primária com 
envolvimento periodontal secundário: 
 Lesão periodontal primária: 
 Lesão periodontal primária com 
envolvimento endodôntico secundário: 
 Lesão combinada (verdadeira): os dois 
eventos acontecem simultaneamente. 
Doença periodontal ativa com bolsa 
ganhando o ápice do dente. 
DIAGNÓSTICO: 
Estágio atual da doença  prognóstico do dente 
envolvido: 
1. Sem esperança: iatrogenia, trauma e 
infecções periodontais e/ou 
endodônticas. 
2. Ruim: infecções periodontais e/ou 
endodônticas. 
3. Favorável: infecções periodontais e/ou 
endodônticas. 
HISTÓRIA DO PACIENTE + EXAME CLÍNICO + EXAME 
RADIOGRÁFICO: 
1ª ETAPA: 
História do paciente: houve traumatismo? Houve 
endodontia? Preparo dental prévio? 
Exame clínico e radiográfico: dentes fraturados, 
fraturas e fissuras e reabsorção radicular externa. 
2ª ETAPA: 
Avaliação periodontal, teste de vitalidade e 
percussão. 
DIAGNÓSTICO: 
Presença de bolsa profunda associada a um 
dente necrosado (teste de vitalidade negativo). 
TRATAMENTO: 
Determinar o prognóstico do dente envolvido 
com base na resposta do tratamento periodontal: 
1. Sem esperança: extração estratégica. 
2. Ruim: considerar extração. 
3. Favorável: tratamento do canal radicular 
primeiro e depois tratamento periodontal. 
CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS ENDO-
PERIODONTAIS:COM DANOS RADICULARES: 
 Fratura radicular. 
 Perfuração radicular ou coronária. 
 Reabsorção radicular externa. 
SEM DANOS RADICULARES: 
EM PACIENTES PERIODONTAIS: 
Grau 1: bolsa periodontal estreita em uma 
superfície dental. 
Grau 2: bolsa periodontal larga em uma superfície 
dental. 
Grau 3: bolsa periodontal profunda em mais de 
uma superfície dental. 
EM PACIENTE NÃO PERIODONTAIS: 
Bruna Miranda 
Odontologia VII 
4 
 
Grau 1: bolsa periodontal estreita em uma 
superfície dental. 
Grau 2: bolsa periodontal larga em uma superfície 
dental. 
Grau 3: bolsa periodontal profunda em mais de 
uma superfície dental.

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